A vida dá, nega e tira: valeu a pena enfrentar a República de Curitiba. Por Kakay

Lava Jato. Foto: Divulgação

Como se fosse uma noite escura, dessas que tiram a luz e sufocam as esperanças e parecem não terminar nunca, a Operação Lava Jato veio para fazer política. Escolheu os alvos preferidos e protegeu outros, destruiu parte da indústria brasileira e elegeu o fascista Bolsonaro para a presidência da República. Instrumentalizou o Poder Judiciário e o Ministério Público e corrompeu o sistema de Justiça. 

Ontem, a Operação fez 10 anos. Durante esse longo tempo, a chamada República de Curitiba conheceu a glória, incensada pela grande mídia e ruiu, vergonhosamente, com a exposição pública da sua podridão. Como o grupo que coordenava a farsa – Moro e seus procuradores amestrados – era composto de indigentes intelectuais, com pouquíssimo conhecimento jurídico e literário, precisava ter uma grande estrutura de marketing. Assim, passaram a acreditar que eram realmente super heróis. Nunca leram Brecht, que nos ensina que “miserável país que precisa de heróis”.

Ainda há muito o que ser desvendado e enfrentado. Os responsáveis pela Operação, que foi praticamente anulada pela Suprema Corte, têm que ser responsabilizados civil e criminalmente. A desmoralização já é importante, mas é necessário ir além. Abrir os porões da 13ª Vara de Curitiba vai fazer bem para a Democracia. O relatório que está prestes a ser publicado pelo CNJ vai jogar um pouco de luz nas falcatruas e nos crimes cometidos. Alimentar a corrupção sob o manto de combatê-la é um acinte à Democracia e ao processo penal democrático.

O ex-procurador e deputado cassado Deltan Dallagnol e o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR). Foto: Divulgação

Para mim, foram 10 anos de enfrentamento. Centenas de artigos, palestras, debates e entrevistas. Desde setembro de 2014, saí pelo Brasil para denunciar os excessos e os abusos, mesmo sem conhecer o tamanho exato do golpe e a dimensão da estrutura criminosa. Combati o bom combate com grandes prejuízos pessoais e financeiros. Perdi dezenas de clientes, inclusive para pseudoadvogados que serviam de linha auxiliar do juiz e do Ministério Público. Mas como valeu a pena!

Para dar um só exemplo, recebi, nesta semana, um áudio de um ex-senador que foi preso pela Lava Jato e teve agora seu processo anulado. Ele, ao me agradecer, ressaltou o quanto era importante, para quem estava encarcerado no Paraná, ouvir minhas entrevistas e ler meus artigos fazendo o enfrentamento daquele bando da República de Curitiba. Ele me disse que se reuniam na prisão e que minha voz dava ânimo e esperança a eles. Confesso que me emocionei e tive, mais uma vez, a certeza de que valeu a pena toda a exposição e todo o combate. Nesse mundo tão desigual e injusto, é raro a justiça prevalecer.

Remeto-me a Paul Éluard, nos últimos versos do seu imortal soneto “Liberté”, em homenagem aos que foram presos injustamente:

Em meus refúgios destruídos

Em meus faróis desabados

Nas paredes de meu tédio

Escrevo teu nome

Na ausência sem mais desejos

Na solidão despojada

E nas escadas da morte

Escrevo teu nome

Na saúde recobrada

No perigo dissipado

Na esperança sem memórias

Escrevo teu nome

E ao poder de uma palavra

Recomeço a minha vida

Nasci para te conhecer

E te chamar

LIBERDADE

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Bilionário lança projeto para construir segunda versão do Titanic

Projeto já está em andamento. Foto: Blue Star Line.

O australiano Clive Palmer, dono de uma fortuna bilionária, fruto do setor de mineração, lançou a terceira versão de seu projeto Titanic II – uma réplica do famoso navio que afundou em 1912 com mais de 2,2 mil pessoas a bordo, das quais apenas 700 sobreviveram. A apresentação do projeto aconteceu em um evento na Sydney Opera House. 

É muito mais divertido fazer o Titanic do que ficar sentado em casa contando meu dinheiro“, disse Palmer.

O navio terá 269 metros de comprimento e 32,2 metros de largura – um pouco mais largo que o original. A capacidade será de 2.345 passageiros distribuídos em nove decks com 835 cabines. Quase metade delas será reservada para passageiros de primeira classe.

Em 2012, ele apresentou pela primeira vez o sonho de construir uma versão moderna do Titanic, mas a ideia não foi para frente. Depois, lançou novamente em 2018, mas com a pandemia de covid-19, o projeto foi suspenso à medida em que os portos fechavam. Agora, os trabalhos retornaram. A empresa por trás do projeto é a Blue Star Line, da qual Palmer é presidente.

No relançamento, a equipe de Palmer distribuiu um vídeo de oito minutos que já existe há vários anos, mostrando o layout do navio e a aparência de cada sala, completo com atores vestidos com trajes de época. Os passageiros serão incentivados a vestir-se para os anos 1900, mas não é obrigatório, disse um porta-voz.

Fonte: www.opoti.com.br

OPERAÇÃO ÁTRIA: Em duas semanas, sobe para 70 total de pessoas presas por violência contra mulheres no RN

Homem acusado de tentativa de homicídio e tortura contra ex-mulher é denunciado; estudo indica que, por hora, 14 mulheres foram vítimas de violência no Rio, em 2022
Foto: reprodução/ Agência Brasil

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), divulgou nesta sexta-feira (15), o segundo balanço da Operação Átria – deflagrada nacionalmente no início do mês, e cuja missão é combater os crimes de violência contra a mulher. Somente no Rio Grande do Norte, 2.576 diligências já foram realizadas, com 70 pessoas presas, cinco armas brancas e uma arma de fogo apreendidas até o momento.

Pelo menos 160 policiais, agentes e servidores da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e do Instituto Técnico-Científico de Perícia participam das atividades em território potiguar. Ainda durante as ações, 497 mulheres, vítimas de violência física e/ou psicológica, foram atendidas, 12 resgatadas e 137 medidas protetivas de urgência solicitadas.

Também foram realizadas 144 ações educativas, sendo 84 panfletagens e 60 palestras em escolas e unidades de saúde.

A maior já realizada

A Operação Átria foi deflagrada no dia 1º de março e vai até o dia 29. É a maior já realizada no país com a finalidade de promover medidas preventivas e de combate aos crimes de violência de gênero. No Rio Grande do Norte, a Operação Átria é coordenada pela SESED, com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade (DPGV) da Polícia Civil está como ponto focal da coordenação. O papel é planejar a execução da operação, além de realizar a articulação com as forças de segurança e a rede de proteção, monitorar e acompanhar as ações.

“A ação desse ano tem uma novidade, que é a integração entre as forças. Estamos unidos para um objetivo em comum, combater a violência contra a mulher”, afirmou Helena De Paula, diretora do DPGV.

Posição de destaque

A denominação da Operação Átria é uma alusão ao nome da principal estrela da constelação “Triângulo Austral”, do hemisfério estelar sul. A estrela tem posição de destaque na bandeira do Brasil, e por este detalhe ilustra a ideia de reposicionar mulheres agredidas, retirando-as da condição de vítima e devolvendo-as ao seu lugar.

Entidades cobram cumprimento da decisão judicial para desocupação de prédio em Petrópolis

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal) se soma às entidades produtivas do Rio Grande do Norte em defesa do cumprimento da decisão judicial sobre a desocupação do terreno invadido pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), na Avenida Deodoro da Fonseca, no bairro Petrópolis. A decisão judicial de desocupação do prédio foi proferida pela justiça no dia 5 de fevereiro, com 15 dias de prazo para acontecer de forma voluntária. O período ultrapassou dos 30 dias e até o momento decisão não foi executada.

O terreno na Zona Leste foi tomado por integrantes do MLB/RN, na madrugada do dia 29 de janeiro. Segundo o movimento, a ação é um protesto contra a demora do Governo do Estado em entregar as casas prometidas do programa Pró-Moradia, que, conforme acordo, deveriam ter sido construídas em 2021.

“O descumprimento da decisão judicial é uma desobediência civil, gera insegurança jurídica e repercute negativamente tanto para a sociedade quanto para o ambiente de negócios e investimentos. O Judiciário exerceu seu papel, agora se faz necessário e urgente o cumprimento da lei”, informou a CDL Natal em nota.

Na decisão, para o juíz ficou provado pela Poti Incorporações, proprietária do imóvel, os requisitos legais para a concessão de liminar. A empresa demonstrou a posse através da certidão de registro imobiliário expedida pela 1ª. CRI (3º Ofício) de Natal, que comprova a propriedade e justo título, além da certidão de regularidade fiscal referente ao IPTU do imóvel.

“O Governo do Rio grande do Norte e a Prefeitura de Natal são partes neste litígio e precisam se posicionar.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal reforça que, para a promoção do bem comum social, esta demanda seja resolvida com celeridade”, reforça a CDL.

Em janeiro, em entrevista à Rádio Jovem Pan News, do Sistema Tribuna, a secretária Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), Shirley Cavalcanti, reforçou que a Prefeitura chegou a propor a concessão de aluguel social aos membros do MLB antes da invasão, ainda no ano passado, mas a proposta foi recusada por lideranças do grupo.

Tribuna do Norte

Morre Joana Peixinho, a nadadora potiguar que ganhou 5 medalhas de Ouro no Parapan de Toronto e levou o título de ‘mais rápida do mundo’

Joana ganhou o apelido de Peixinho pelo desempenho nas piscinas.

Foi no Parapan de Toronto que ela gamhou o título de nadadora mais rápida do mundo. Nesta competição ela voltou para Natal com 5 medalhas de ouro.

É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento da renomada atleta paralímpica Joana Neves, ocorrido durante a madrugada de hoje. Joana era uma inspiração para todos nós, não apenas pelo seu talento esportivo, mas também pela sua determinação, coragem e espírito resiliente.

Joana deixou um legado marcante no mundo do esporte paralímpico, conquistando inúmeras medalhas e admiradores ao redor do mundo. Sua dedicação e paixão pelo esporte serviram de exemplo para muitos, e seu impacto será lembrado e celebrado por gerações.

Neste momento de luto e dor, expressamos nossas mais sinceras condolências à família, amigos e colegas de equipe de Joana Neves. Que encontrem conforto e forças para superar essa perda irreparável.

Informaremos em breve o local e horário em que o corpo de Joana será velado, para que todos os que desejarem prestar suas últimas homenagens possam fazê-lo.

Que a memória de Joana Neves permaneça viva em nossos corações, inspirando-nos a perseguir nossos sonhos com a mesma determinação e paixão que ela demonstrou ao longo de sua vida.

Descanse em paz, querida Joana. Seu espírito valente e sua luz continuarão a brilhar em nossas lembranças para sempre.

FONTE: thaisagalvao.com.br

Em Parnamirim, equipes de Vigilância Ambiental em Saúde realizam o LIRA

No último sábado (16), as equipes de Vigilância Ambiental em Saúde, realizaram o LIRA (Levantamento de índice Rápido), que é um dos indicadores preconizados pelo Ministério da Saúde e serve para medir a infestação predial dos bairros e consequentemente do município.

Foram feitas inspeções em diversas localidades. Essa coleta serve de informação. É como um dos norteadores entomológicos que são realizados para fazer o cruzamento com os dados epidemiológicos atuais, para definir quais áreas ou microrregiões que estão com maior risco para a população.

As vistorias foram realizadas por 35 agentes, que fizeram a pesquisa larvaria e tratamento de eliminação de larvas. “Estamos em alerta epidêmico em todo o estado por causa das chuvas. Na décima semana epidemiológica tivemos 112 casos notificados para Dengue e 10 confirmados. Portanto, precisamos do auxílio da população nos cuidados e no combate”, disse Diego Dione Silva Coordenador de Vigilância Ambiental.

Assessoria de Comunicação de Parnamirim – ASCOM (Marciano Costa)
Foto: Vigilância Ambiental em Saúde

Calor em Natal: Cidade perdeu 50% da cobertura vegetal e ficou 1,5º mais quente

Foto: reprodução

Um estudo realizado em Natal apontou que a capital do Rio Grande do Norte ficou 1,5º C ao longo de 30 anos. Um dos principais fatores, de acordo com a pesquisa, foi a diminuição da área verde na cidade. A cobertura vegetal foi reduzida em cerca de 50% no período.

De acordo com o doutor em climatologia e professor geógrafo do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Malco Jeiel de Oliveira, a pesquisa levantou dados de 1984 a 2013 e segue em revisão.

“Houve um acréscimo de 0,9º chegando até 2º, fazendo a média de 1,5º. Com o crescimento da cidade, com a horizontalidade, o crescimento da área urbana, e o crescimento vertical, isso trouxe a sua consequência que é justamente o crescimento da temperatura”, afirmou o professor.

De acordo com ele, o aquecimento da cidade não é um fenômeno exclusivo de Natal, mas de todas as grandes e médias urbes em crescimento, por fatores como a impermeabilização do solo e mais construções.

“Em climas temperados, nas cidades frias, não é tão catastrófico. Agora, em uma cidade tropical, próxima à linha do Equador, com insolação intensa, com o crescimento, a impermeabilização, a verticalização e a diminuição da área verde, a população vai sentir muito mais desconforto. Essa é uma questão muito séria”, ponderou.

Embora a cidade tenha muitas árvores, o professor aponta que elas estão concentradas em zonas de proteção, como é o caso do Parque das Dunas e o Parque da Cidade, entre outras. Por outro lado, Natal conta com ilhas de calor – grandes trechos sem cobertura vegetal.

De acordo com o professor, uma única árvore consegue reduzir em até 3º graus a área sombreada por ela, na comparação com outro trecho asfaltado, mas sem a cobertura de qualquer planta.

“Essas ilhas possuem temperaturas maiores que as outras áreas e menos densidade de vegetação. Praticamente não há em Natal ruas totalmente sombreadas, e inclusive praças públicas. Essa falta de arborização contribui para formação das ilhas de calor”, pondera.

G1 RN