ABC tem retrospecto positivo contra o Náutico em Natal, com três vitórias em sequência

O ABC faz neste sábado (27) o seu primeiro jogo dentro de casa na Série C 2024. O rival da vez será o Náutico, do qual o time alvinegro tem retrospecto favorável quando joga em Natal e vem de sequência de três vitórias em confrontos no Frasqueirão. A partida de amanhã é válida pela segunda rodada da competição nacional, com início marcado para as 17h.

Nos jogos oficiais dentro de casa, o ABC tem seis vitórias contra o Náutico, cinco empates e três derrotas. O último revés contra o time pernambucano ocorreu há sete anos, na Série B de 2017. Na ocasião, os visitantes venceram pelo placar de 1 a 0, no Frasqueirão.

Vencer, aliás, é uma palavra que está fora do vocabulário das duas equipes há algum tempo. O ABC já soma quatro jogos sem ganhar, com dois empates e duas derrotas no mês de abril. Já o Náutico não vence há oito partidas, com a última vitória no dia 10 de março, no jogo de ida da semifinal do Campeonato Pernambucano contra o Retrô.

A última vez que ABC e Náutico se enfrentaram no Frasqueirão foi no ano passado, nas quartas de final da Copa do Nordeste, quando o time potiguar venceu por 3 a 1. Antes disso, outras duas vitórias do ABC, por 2 a 0 ambas, na Série C de 2019 e 2018.

Histórico ABC x Náutico

ABC como mandante
6 vitórias

5 empates
3 derrotas

Náutico como mandante
7 vitórias

3 empates
1 derrota

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São Gonçalo amplia faixa etária da vacinação contra a Dengue

São Gonçalo amplia faixa etária da vacinação contra a Dengue

Em São Gonçalo do Amarante, a faixa etária de vacinação contra a Dengue começou a ser ampliada na última semana. As doses dos lotes foram enviados pelo Ministério da Saúde. Crianças e adolescentes, entre 6 e 16 anos de idade, receberão as doses.

São Gonçalo do Amarante é um dos vinte e nove municípios do Rio Grande do Norte que está aplicando o imunizante contra a dengue. No total, o RN recebeu 45,1 mil doses e os municípios registraram no sistema do Ministério da Saúde, até a manhã desta quinta-feira, 25.836 doses aplicadas.

Em São Gonçalo, as vacinas são aplicadas em todas as Unidades Básicas de Saúde do município. “Todas as nossas Unidades Básicas de Saúde seguem em atendimento sob o que determina a nota de ontem, publicada pelo ministério. Atualmente temos menos 300 doses do lote atual e, uma vez terminadas as doses, aguardaremos um novo envio de vacinas pelo Ministério da Saúde”, informa Renata Nascimento, secretária Municipal da Saúde. Ela ainda acrescenta: “Reforçamos que a população dentro da faixa etária ampliada busque a UBS mais próxima e se vacine”, disse a Secretária.

Eclipse total do Sol acontece na segunda-feira; saiba como ver pela internet

Foto: Philip Yabut/Getty Images

O eclipse total do Sol em 2024, que acontece nesta segunda-feira (08), será visível nos três países da América do Norte (Canadá, Estados Unidos e México) e também poderá ser observado de forma parcial em quase toda a América Central e em uma faixa da Europa Ocidental. No Brasil, porém, o fenômeno astronômico não poderá ser visto nem parcialmente, porque a América do Sul não está na trajetória do eclipse.

Um eclipse total ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, bloqueando completamente a luz solar e projetando uma sombra sobre o planeta. De acordo com o site especializado em horários, fusos horários e astronomia Time and Date, o eclipse solar total deste ano começará às 12h42, atingirá o máximo às 15h17 e terminará às 17h52, no horário do Brasil. os melhores lugares do mundo para vê-lo serão no norte do México; no Texas, no sul dos EUA; e o leste do Canadá.

Transmissão ao vivo

A próxima vez que o Brasil perceberá o dia virar noite completa será somente em 12 de agosto de 2045. Para que os brasileiros possam acompanhar as fases do fenômeno desta segunda-feira, o Observatório Nacional (ON), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, fará uma transmissão ao vivo a partir de 12h30, pelo seu canal no YouTube.  

A previsão é que a transmissão em tempo real mostre todas as fases parciais do espetáculo da natureza até o alinhamento total da Lua, da Terra e do Sol, mas dependerá apenas das condições climáticas, em cada localidade.

Além de exibir o fenômeno, os astrônomos amadores e profissionais que fazem parte do projeto conversarão com o público sobre astronomia, astrofísica, telescópios e captura de imagens astronômicas, como habitualmente é feito durante observações públicas presenciais promovidas.

Segurança

O Observatório Nacional alerta que os eclipses nunca devem ser encarados diretamente sem a proteção adequada, pois podem causar danos permanentes à visão, como a queima da retina. E, ao contrário do que muitos pensam, óculos de sol comuns, mesmo os muito escuros, chapas de raio-X não são apropriados para esse fim, muito menos lentes, binóculos, telescópios ou qualquer instrumento óptico sem os filtros corretos, pois não são seguros. O uso de acessórios inadequados para observação de eclipses pode causar perda da visão temporária ou em definitivo.

A orientação do Observatório Nacional é que sejam usados filtros apropriados e mesmo assim não se pode olhar por muito tempo seguidos. Somente por cerca de 20 segundos para garantir a segurança.

Portanto, não há momento em que seja seguro olhar diretamente para o Sol durante um eclipse sem usar um filtro solar especial, por exemplo, em óculos de eclipse.

Próximos eventos

Os próximos eclipses solares parciais visíveis no Brasil acontecerão em 6 de fevereiro de 2027, 26 de janeiro de 2028 e 20 de março de 2034. Porém, o eclipse solar total será visto pelos brasileiros em 12 de agosto de 2045, com ápice previsto para ocorrer às 16h19, com o disco solar coberto em sua totalidade por 2 minutos e 44 segundos. Depois desse, o próximo eclipse total visível no Brasil ocorrerá em 2125.

Em abril deste ano, o planeta ainda testemunhará no dia 8 a Super Lua Nova; e uma chuva de meteoros que deve atingir o pico entre 21 e 22 de abril, dependendo da localização do observador.

Assista!

Um bispado para Assú

Padre João Medeiros Filho

Câmara Cascudo, ícone da erudição e cultura potiguar, em “História do Rio Grande do Norte”, menciona a paróquia de São João Batista de Assú, como a segunda a ser criada em nosso estado. Isto ocorreu em 1726, no pontificado de Dom José de Fialho, bispo de Olinda. Seguiu-se à provisão canônica um decreto régio, em virtude da vigência do Padroado em Portugal. Entretanto, o historiador caicoense Monsenhor Francisco Severiano de Figueiredo assegura, em “História Eclesiástica da Parayba”, que Goianinha é canonicamente a segunda paróquia norte-rio-grandense. Em 1690, Dom Matias de Figueiredo e Mello erigiu aquela freguesia, dedicando-a a Nossa Senhora dos Prazeres. O citadosacerdote aventa a hipótese de extravio da documentação na Corte, não tendo recebido o edito real, perdendo a validade por força da Concordata. O ato oficial civil só veio a ser publicado em 1746, após a recomposição do processo e as tratativas de Dom Luiz de Santa Teresa da Cruz, quando bispo olindense. O sucessor de Dom Matias Figueiredo foi o religioso carmelita Dom Francisco Lemos. Este incentivou os confrades (por ele enviados à região mossoroense) a pensar numa futura paróquia.Favorecia a localização de Assú, no centro da Província. Ali, eram missionários os jesuítas, destacando-se em 1714 o Padre Miguel de Carvalho. O processo teve tramitação célere, em razão da distância de Natal, sede da única paróquia.

Há mais de oito décadas, não se erige no território potiguar uma diocese. A população norte-rio-grandense em 1940, quando da instalação do bispado caicoense, contava 768.018 habitantes. Em 2021, consoante dados da Santa Sé, reproduzidos pelo site “Catholic Hierarchy”, o estado potiguar detinha 3,4 milhões de habitantes, dos quais 85% católicos. Hoje, apenas a população da diocese mossoroense ultrapassa o número de habitantes do RNnaquele ano. É importante que os pastores atuais possam dizer, como Cristo: “Eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem” (Jo 10, 14).

Dom João dos Santos Cardoso, arcebispo de Natal, sabiamente em sua primeira Carta Pastoral aos cristãos potiguares, manifesta o desejo de criar mais um bispado com terras desmembradas da arquidiocese. Expressa-se o nosso metropolita, no item 165 daquele documento: “Iniciar o processo de criação de uma nova diocese para melhor atender as necessidades específicas das regiões pastorais.” Referiu-se a um ponto fundamental: a especificidade das microrregiões. A paróquia de São João Batista de Assú canonicamente pertence à diocese de Mossoró. Caberá, portanto, a seu bispo pleitear aconstituição de uma nova igreja diocesana. Para tanto deverá ter o assentimento dos titulares de outros bispados, caso algumas das paróquias de suas jurisdições venham a integrar a futura circunscrição.

Desde 2001, tenho me manifestado sobre o assunto, em artigos publicados nos jornais: A Verdade, Jornal de Hoje e Tribuna do Norte. Atualmente, a densidade demográfica das dioceses potiguares (1, 1 milhão de hab.) supera a média nacional (750 mil). Caso sejam criadas mais duas sedes episcopais no RN, resultaria numa média de setecentos mil habitantes por circunscrição eclesiástica. De acordo com estudos do Vaticano, o ideal em população para uma diocese é não ultrapassar quinhentos mil habitantes. É relevante também o fator da distância. Por exemplo, São Rafael dista 220 km da sede arquidiocesana. “Não há quem não compreenda quão útil seja para as igrejas demasiado extensas a divisão em novas dioceses”, escreveu São Paulo VI, na Bula “Quantum conferat”, erigindo a diocese de Jundiaí (SP).

Assú é polo regional, em torno do qual gravitamvários municípios. Sua vocação de liderança manifesta-se no comércio, na indústria, atividade agropastoril, fruticultura e oferta de serviços. Trata-se de um centrocultural e acadêmico com instituições de ensino públicas e particulares de nível fundamental, médio e superior. Acolhe muitos funcionários de empresas sediadas em municípios vizinhos, tendo a vida familiar, social, financeira e religiosa voltada para “a terra dos poetas”. Esta possui hoje uma população (58 mil) cinco vezes maior que a de Caicó, ao se tornar bispado e quase o triplo de habitantes de Mossoró, quando constituída em sé episcopal. Natal, ao ser alçada à condição de bispado, tinha menos de trinta mil pessoas. Disse Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15).