Gabinete de Guerra de Israel defende responder ataque do Irã; dúvida é como e quando

O Gabinete de Guerra de Israel é favorável a responder ao ataque de drones e mísseis do Irã —a dúvida é em que escala e quando, segundo autoridades ouvidas pela Reuters. Neste domingo (14), um dos membros do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, afirmou que o Irã pagará na hora certa pelo ataque feito ao país na noite de sábado (13).

“Construiremos uma coalizão regional e cobraremos o preço do Irã da maneira e no momento certo para nós”, afirmou Gantz em comunicado oficial.

O Gabinete de Guerra se reuniu para discutir a resposta do país ao ataque iraniano. O órgão é composto pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant e por Gantz, ex-comandante das Forças Armadas de Israel.

Contexto

A ofensiva do Irã é uma retaliação ao ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria. Rivais de longa data, Israel e Irã travam um duelo sangrento cuja intensidade varia conforme o momento geopolítico. Teerã é contra a existência de Israel, que, por sua vez, acusa o país inimigo de, movido pelo antissemitismo, financiar grupos terroristas. Com a guerra em Gaza, a situação só piorou.

O porta-voz da Diplomacia Pública de Israel, Avi Hyman, afirmou que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu ameaçou “ferir qualquer um” que tenha planos de atacar Israel.

O primeiro-ministro disse que vai ferir qualquer um que tenha planos de nos atacar ou que aja nesse sentido. O Irã continua a desestabilizar o mundo e a trazer perigo para a região […]. Nenhum país no mundo toleraria ameaças repetidas dessa natureza.
— Avi Hyman

“Houve um tempo que os judeus não tinham defesa e não tinham como se proteger. Hoje os judeus têm Israel e nós vamos defender nosso direito de viver livremente na nossa terra”, acrescentou.

Reuniões previstas para este domingo

Além do encontro do Gabinete de Guerra israelense para definir uma resposta ao ataque do Irã, outras reuniões estão previstas para tratar do tema, que elevou a tensão na região do Oriente Médio.

Os líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, também realizaram uma reunião virtual para articular uma resposta “diplomática e unida” à situação.

Após o encontro, os líderes do grupo afirmaram condenar o ataque iraniano “sem precedentes” e expressaram “total solidariedade e apoio” a Israel e sua população, reiterando o compromisso em manter a segurança do país.

“Com suas ações, o Irã deu um passo a mais em direção à desestabilização da região e corre o risco de provocar uma escalada regional [das tensões] incontrolável. Isso deve ser evitado”, afirmaram os líderes do grupo em posicionamento oficial.

“Continuaremos a trabalhar para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada [das tensões]. Nesse espírito, exigimos que o Irã e seus aliados cessem seus ataques, e estamos prontos para tomar novas medidas agora e em resposta a [eventuais] novas [ofensivas]”, acrescentaram.

A Itália, que ocupa a presidência rotativa do Grupo dos Sete, agendou uma reunião virtual com os demais membros do grupo, que, além dos EUA e da Itália, inclui Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou na rede social X (antigo Twitter) que o governo italiano “reitera sua condenação dos ataques iranianos contra Israel”.

Mais para o fim da tarde, será a vez do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que convocou uma reunião de emergência a pedido de Israel para tratar do assunto.

“O ataque iraniano é uma séria ameaça à paz e segurança globais, e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irã. […] Chegou o momento do Conselho de Segurança tomar ações concretas contra a ameaça iraniana”, disse o embaixador israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan, em documento enviado à ONU.

Os ministros de Relações Exteriores dos países que compõem a União Europeia também foram chamados pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, para um encontro extraordinário neste domingo para discutir a escalada do conflito.

Ataque inédito

Israel foi alvo de um ataque inédito do Irã. Mais de 300 artefatos, incluindo drones e mísseis, foram lançados contra o país. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos lançados. Entretanto, a mídia iraniana disse que mísseis conseguiram furar a proteção israelense.

A agressão iraniana é uma resposta ao bombardeio de Israel à embaixada do país na Síria — entenda a cronologia do caso.

Militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior se Israel contra-atacar. O governo iraniano também disse que pode atingir bases dos Estados Unidos caso Washington apoie uma retaliação israelense.

O que se sabe sobre o ataque do Irã
  • O Irã enviou dezenas drones para atacar o território de Israel no fim da tarde de sábado (13), pelo horário de Brasília.
  • Os drones demoraram horas até chegar ao alvo.
  • No caminho, uma parte dos drones e dos mísseis foi derrubada por aeronaves de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia.
  • Perto das 20h, as primeiras explosões e sirenes de aviso foram ouvidas em Israel.
  • O serviço nacional de emergência médica de Israel informou que uma menina de 10 anos ficou gravemente ferida, no deserto de Negev, por estilhaços de um artefato para interceptar drones.
  • O ataque é uma retaliação do Irã contra Israel: em 1º de abril, a embaixada iraniana na cidade de Damasco, na Síria, foi atingida, e sete pessoas morreram.
  • Às 19h, ainda antes de os artefatos chegarem a Israel, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque estava encerrado, referindo-se a ele com uma “ação legítima”.

www.g1.globo.com

“Quem ferir Israel também será ferido”, diz Netanyahu sobre ataque do Irã

Foto: Ronen Zvulun/Reuters

O Irã lançou drones em direção a Israel, disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel neste sábado (13).

“Nossos sistemas defensivos estão implantados; estamos prontos para qualquer cenário, tanto defensiva quanto ofensivamente. O Estado de Israel é forte. As Forças de Defesa são fortes. O público é forte”, afirmou Netanyahu.

O premiê agradeceu aos EUA, Reino Unido, França e seus outros aliados por “estarem ao lado de Israel”.

“Determinamos um princípio claro: quem nos ferir também será ferido. Nos defenderemos contra qualquer ameaça e faremos isso com equilíbrio e determinação”, completou.

CNN Brasil

Estado Islâmico assume autoria de ataque em casa de shows que deixou mais de 60 mortos na Rússia

Foto: Sergei VEDYASHKIN / Moskva News Agency / AFP

Um tiroteio e uma série de explosões no Crocus City Hall, uma casa de shows na região de Moscou, deixou mortos e feridos nessa sexta-feira (22). O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque.

Ao menos 62 pessoas morreram, segundo a imprensa russa. A informação é do veículo de comunicação russo Baza. Cerca de cinco pessoas com trajes camuflados invadiram a casa de espetáculos e dispararam indiscriminadamente.

Em vídeos publicados nas redes, as pessoas aparecem tentando fugir do prédio. Ao fundo, é possível ouvir metralhadoras. Os relatos começaram a surgir por volta das 20h15.

Também foram relatadas explosões, que deixaram o prédio em chamas. Até 100 pessoas podem estar presas no prédio, segundo o canal da Crocus no Telegram.

Centenas de pessoas aguardavam uma apresentação do grupo Picnic quando o ataque começou. Os músicos da banda, porém, não ficaram feridos, relatam os serviços operacionais russos.

O telhado da casa de espetáculos começou a desabar por volta das 20h47 (horário local). Os bombeiros não puderam iniciar a extinção do incêndio devido à ameaça à vida das pessoas que ainda estão no prédio, informou o site de notícias Fontanka. Helicópteros estão sendo enviados ao local para extinguir o fogo de forma menos arriscada, informou o Diário de Notícias.

Cerca de 50 ambulâncias foram enviadas ao local. O Departamento de Transportes informou que a estação Myakinino, próxima à Crocus, está aberta para entrada e saída de passageiros.

A Rússia anunciou que abriu uma investigação sobre “atentado terrorista” após o ataque a tiros em Moscou.

Prefeitura de Moscou cancelou todos os eventos públicos deste fim de semana. O governador da região de Moscou, Andrey Vorobyov, foi até o local do ataque: “Fui até o local. Uma sede operacional foi criada. Todos os detalhes virão mais tarde”, afirmou, em seu canal do Telegram.

UOL

Grávida sequestrada pelo Hamas deu à luz dentro de cativeiro em Gaza

Desde que começou a guerra, apenas quatro reféns foram libertados pelos terroristas do Hamas.
Desde que começou a guerra, apenas quatro reféns foram libertados pelos terroristas do Hamas. Foto: Getty Images

Uma mulher grávida sequestrada por terroristas do Hamas deu à luz em um cativeiro subterrâneo na Faixa de Gaza. A informação foi compartilhada pela esposa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma carta divulgada na última quarta-feira (15).

“Uma das mulheres sequestradas pelo Hamas, em 7 de outubro, estava grávida. Ela deu à luz a seu bebê no cativeiro”, escreveu Sarah Netanyahu, na carta à primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden.

O Hamas capturou pessoas em ao menos 10 kibutzim (comunidades) e no festival de música Supernova, edição Universo Parallelo. Ao menos 240 pessoas foram levadas para a Faixa de Gaza durante os ataques do Hamas, segundo as autoridades israelenses.

A mulher que deu à luz ao bebê foi capturada e levada pelos terroristas quando estava no nono mês de gravidez. Desde que começou a guerra, apenas quatro reféns foram libertados.

As primeiras foram Judith Raanan, de 59 anos, e Natalie Raanan, de 17, mãe e filha, respectivamente, seguidas por Nurit Yitzhak, de 80 anos, e Yocheved Levschitz, de 85 anos, ambas do kibutz Nir Oz.

Fonte: www.terra.com.br

 

 

Presidente de Israel exibe livro de Hitler encontrado em base do Hamas

Foto: reprodução

Um exemplar em árabe do “infame” livro “Mein Kampf” (em português, “Minha luta”), de Adolf Hitler, foi encontrado pelas tropas israelenses “no quarto de uma criança, usado como base terrorista do Hamas em Gaza”, informaram as Forças de Defesa de Israel.

“O livro foi descoberto entre os pertences pessoais de um dos terroristas, apresentando anotações e destaques. O Hamas abraça a ideologia de Hitler, o responsável pela aniquilação do povo judeu”, acrescentaram as FDI no X, ex-Twitter. A nota começa com o lema “Nunca mais é AGORA”, em referência ao Holocausto.

O presidente de Israel, Isaac Herzog (foto), exibiu o livro de Hitler durante entrevista à emissora de TV britânica BBC.

“Este é o livro que levou ao Holocausto e que levou à Segunda Guerra Mundial. Este é o livro que levou à vitória eleitoral dele na Alemanha, o que levou às piores atrocidades da história humana, contra as quais os britânicos lutaram. Bem, ele foi encontrado há apenas alguns dias, no norte de Gaza, num quarto de criança, que foi transformado em base militar de operações do Hamas, no corpo de um dos terroristas e assassinos do Hamas. Ele escreveu anotações, destacou trechos e estudou de novo e de novo a ideologia de Hitler de odiar os judeus, de matar os judeus, de queimar os judeus, de massacrar os judeus”, disse Herzog, concluindo que os terroristas “basicamente apoiam essa ideologia”.

O Antagonista