Inmet alerta para chuvas de até 100 milímetros em 130 cidades do RN; veja lista

Imagen: Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para pelo menos 130 cidades do Rio Grande do Norte. O aviso é válido até 10h deste domingo (21).

O alerta é da cor laranja (perigo), o segundo nível no grau de severidade do órgão. No alerta laranja, as chuvas variam 30 e 60 milímetros por hora ou 50 e 100 mm/dia, com ventos intensos entre 60 e 100 km/h. Há nesse tipo de alerta risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas, segundo o Inmet.

Recomendações

Em caso de chuva intensa e rajadas de vento, é recomendado:

  • não se abrigar debaixo de árvores;
  • não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • se possível, desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia
  • em caso de necessidade, acionar Defesa Civil (telefone 199) e Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Cidades atingidas pelas chuvas

 

  1. Acari
  2. Assú
  3. Afonso Bezerra
  4. Alto do Rodrigues
  5. Angicos
  6. Apodi
  7. Areia Branca
  8. Arez
  9. Augusto Severo
  10. Baía Formosa
  11. Baraúna
  12. Barcelona
  13. Bento Fernandes
  14. Bodó
  15. Bom Jesus
  16. Brejinho
  17. Caiçara do Norte
  18. Caiçara do Rio do Vento
  19. Caicó
  20. Campo Redondo
  21. Canguaretama
  22. Caraúbas
  23. Carnaúba dos Dantas
  24. Carnaubais
  25. Ceará-Mirim
  26. Cerro Corá
  27. Coronel Ezequiel
  28. Cruzeta
  29. Currais Novos
  30. Equador
  31. Espírito Santo
  32. Extremoz
  33. Felipe Guerra
  34. Fernando Pedroza
  35. Florânia
  36. Galinhos
  37. Goianinha
  38. Governador Dix-Sept Rosado
  39. Grossos
  40. Guamaré
  41. Ielmo Marinho
  42. Ipanguaçu
  43. Itajá
  44. Itaú
  45. Jaçanã
  46. Jandaíra
  47. Janduís
  48. Januário Cicco
  49. Japi
  50. Jardim de Angicos
  51. Jardim de Piranhas
  52. Jardim do Seridó
  53. João Câmara
  54. Jucurutu
  55. Jundiá
  56. Lagoa d’Anta
  57. Lagoa de Pedras
  58. Lagoa de Velhos
  59. Lagoa Nova
  60. Lagoa Salgada
  61. Lajes
  62. Lajes Pintadas
  63. Macaíba
  64. Macau
  65. Maxaranguape
  66. Messias Targino
  67. Montanhas
  68. Monte Alegre
  69. Monte das Gameleiras
  70. Mossoró
  71. Natal
  72. Nísia Floresta
  73. Nova Cruz
  74. Olho d’Água do Borges
  75. Ouro Branco
  76. Paraú
  77. Parazinho
  78. Parelhas
  79. Parnamirim
  80. Passa e Fica
  81. Passagem
  82. Patu
  83. Pedra Grande
  84. Pedra Preta
  85. Pedro Avelino
  86. Pedro Velho
  87. Pendências
  88. Poço Branco
  89. Porto do Mangue
  90. Pureza
  91. Riachuelo
  92. Rio do Fogo
  93. Ruy Barbosa
  94. Santa Cruz
  95. Santa Maria
  96. Santana do Matos
  97. Santana do Seridó
  98. Santo Antônio
  99. São Bento do Norte
  100. São Bento do Trairí
  101. São Fernando
  102. São Gonçalo do Amarante
  103. São José de Mipibu
  104. São José do Campestre
  105. São José do Seridó
  106. São Miguel do Gostoso
  107. São Paulo do Potengi
  108. São Pedro
  109. São Rafael
  110. São Tomé
  111. São Vicente
  112. Senador Elói de Souza
  113. Senador Georgino Avelino
  114. Serra Caiada
  115. Serra de São Bento
  116. Serra do Mel
  117. Serrinha
  118. Severiano Melo
  119. Sítio Novo
  120. Taipu
  121. Tangará
  122. Tenente Laurentino Cruz
  123. Tibau
  124. Tibau do Sul
  125. Touros
  126. Triunfo Potiguar
  127. Upanema
  128. Várzea
  129. Vera Cruz
  130. Vila Flor

O fim das ondas de calor no Brasil

O fim das ondas de calor no Brasil
Foto: reprodução/fotos públicas

O El Niño está chegando ao fim e entrando em um período de neutralidade, no qual as águas do Pacífico não estão tão quentes quanto antes. Porém, os especialistas alertam para a chegada de outro fenômeno climático, o La Niña, que é o oposto do El Niño.

Em vez das ondas de calor intensas, a tendência para o inverno de 2024 é de um clima mais frio, devido ao resfriamento das águas do Pacífico tropical central e oriental causado pelo La Niña.

De acordo com análises do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há uma probabilidade de que o Brasil já esteja sob os efeitos do fenômeno no trimestre compreendido entre junho, julho e agosto deste ano.

Chuvas acima da média

A intensidade do La Niña ainda não pode ser afirmada com certeza, mas normalmente os impactos desse fenômeno incluem chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Por outro lado, na região Sul e parte do Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas ocorrem de forma irregular, aumentando os riscos de seca ou estiagem, principalmente durante a primavera e o verão, conforme informações do Inmet em seu site oficial.

Os efeitos do El Niño são justamente o oposto: diminuição das chuvas no Norte e Nordeste, calor e aumento das chuvas nas demais regiões.

Segundo as análises divulgadas pelo Inmet, desde o início de abril foi registrado um resfriamento das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs), que nos últimos cinco dias chegaram a valores próximos a 0,5ºC acima da média. Esse valor é considerado o limite para o início da fase neutra do oceano. Além disso, as TSMs já vinham em constante esfriamento no Pacífico Equatorial, com as temperaturas caindo de 1,5ºC para 1,2ºC acima da média entre fevereiro e março de 2024.

Transição entre os fenômenos

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, um ponto que tem chamado a atenção dos especialistas é a rápida transição entre os dois fenômenos. Enquanto um ainda está se encerrando, o outro já está demonstrando sinais de chegada. Isso se deve às constantes mudanças climáticas que estamos enfrentando.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, tanto o El Niño quanto a La Niña têm duração de nove a 12 meses e ocorrem a cada dois a sete anos, embora não sigam um calendário regular e possam praticamente se sobrepor, como está acontecendo este ano.

Há apenas um ano, saímos de uma La Niña e em março já tínhamos sinais de El Niño. Agora, em março e abril, estamos novamente com sinais de La Niña. Essas rápidas mudanças climáticas dificultam a recuperação dos impactos causados pelos fenômenos, como destaca Yolanda González, diretora do Centro Internacional de Pesquisa para o Fenômeno El Niño.

Essas oscilações climáticas têm impactado diretamente a produção agrícola na América Latina como um todo, especialmente nas culturas de trigo, arroz e milho. Isso acarreta efeitos significativos na economia dos países que dependem dessas commodities.

Chuvas no Sudeste

Em um boletim divulgado pelo Inmet em março, a previsão para os próximos três meses na região Sudeste do país era de chuvas levemente acima da média. No entanto, essa previsão pode ser alterada agora no final de abril, quando um novo levantamento será realizado.

As mudanças abruptas que as espécies estão enfrentando e o fato de que esses ciclos estão quase se sobrepondo reduzem significativamente a capacidade de resiliência para se adaptar a essas mudanças. Portanto, estamos diante de um cenário que representa um enorme desafio, como aponta Marion Khamis, especialista em Gestão de Riscos e Resiliência para a América Latina da FAO, organização intergovernamental da ONU responsável por negociar acordos e discutir políticas para combater a fome mundial.

O Antagonista

RN terá chuvas intensas até o fim do mês, diz Inmet

Foto: Adriano Abreu

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) renovou o alerta para chuvas intensas em cidades do Rio Grande do Norte, nessa terça-feira (16). Desta vez, o aviso é válido para em 136 municípios que estão sob alerta de cor amarela, que corresponde a perigo potencial e aponta para chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos (40-60 km/h). O alerta é válido até o fim do mês.

Segundo o Sistema de Monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), em abril de 2024 choveu um total de 99,5 mm, representando 70% da média esperada para o mês (146,8 mm). A Emparn alerta que as chuvas serão contínuas até o fim do mês.

As chuvas ocorridas na capital ontem 16 já eram previstas com acúmulo de 50 milímetros para os dias 15 e 20 de abril. A previsão de maior exatidão dos episódios de precipitações no estado são no período noturno nas áreas litorâneas e a partir do entardecer para os municípios do interior do estado.

Tribuna do Norte

Chuvas e bloqueio na BR-304 vão interferir em preços nos supermercados do RN, diz Assurn

O desabamento da ponte na BR-304, na altura do município de Lajes, vai acarretar no aumento dos preços nos supermercados no Rio Grande do Norte. A informação é do presidente da Associação dos Supermercados do estado (Assurn), Mikelyson Góis. O motivo será o aumento do frete e a consequente dificuldade no abastecimento de certos produtos.

Segundo o presidente da Assurn, não é possível apontar qual será o encarecimento percentual dos produtos, já que o frete varia de acordo com o produto, com a forma como os supermercadistas fazem a compra e a periodicidade das entregas. Contudo, a tendência é que os pequenos comerciantes sintam mais os reflexos, já que os pequenos fornecedores, em tese, também sentem mais os efeitos do aumento das distâncias (e consequentes custos) para os fretes.

“Não sei mensurar quanto vai ser o impacto, mas que vai, vai. Principalmente porque aquela área de Mossoró e cidades vizinhas são produtoras de muitas frutas e compramos de lá. Então, com as chuvas, há área de alagamento e já prejudica a produção, havendo a diminuição da oferta e naturalmente já afeta nos preços. Sem contar nem com a logística. Com a interrupção, será um desvio de mais de 100km, então tudo será levado em conta. Talvez não hoje ou amanhã, mas nessa semana haverá a diferenciação nos preços desses produtos”, explicou o presidente da Assurn.

Além do grave ocorrido em Lajes, as intensas chuvas deixaram diversas pessoas ilhadas em várias partes do Estado. O helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e equipes dos bombeiros removeram famílias ilhadas em comunidades rurais de Santa Cruz. Levantamento da Defesa Civil, com base em dados enviados por prefeituras até o fim da tarde desta segunda-feira, mostravam que pelo menos 37 pessoas estavam desalojadas em Currais Novos, outras 22 pessoas isoladas em Apodi, e 11 em Santa Cruz. Em São Miguel, no Alto-Oeste potiguar, havia 600 pessoas isoladas, e outras 1.800 em Coronel Ezequiel, onde as aulas foram suspensas.

Boa parte dessas pessoas isoladas, no município, é composta por estudantes que ficarão sem acesso às escolas. Em Assu, 200 pessoas isoladas numa comunidade próxima ao açude Mendubim. Em Paraú, 40 pessoas isoladas na comunidade do Alagamar devido à sangria do Açude Beldroega.

Reconstrução
A reconstrução da ponte que desabou com a força das águas na BR-304 no município de Lajes, a 145 km de Natal, deve demorar alguns meses e o Ministério dos Transportes anunciou que fará um desvio temporário dentro da própria rodovia para retomar o fluxo na BR, além de decretar emergência para auxílio ao Rio Grande do Norte. As chuvas do fim de semana de páscoa chegaram a deixar várias pessoas ilhadas em diversas regiões do Estado, sendo necessário o uso de helicópteros para resgate.

“Nós vamos fazer uma contratação emergencial para construção da ponte, a fim de que a gente abrevie o prazo. Além disso, nós vamos no curto espaço de tempo promover um desvio pela própria BR-304”, explicou o ministro dos Transportes, Renan Filho, em uma live no final da tarde. Acerca do desvio, no entanto, não foram ditos prazos para início e fim da obra.

A ponte sobre o rio Bom Fim colapsou no último domingo após as fortes chuvas elevarem o nível do rio que passava sob o equipamento. Com a destruição da ponte, o trecho na BR-304 ficou interditado desde então. Rotas alternativas foram divulgadas para os motoristas e demais condutores nesta segunda-feira. O ministro anunciou ainda que fará visita ao Rio Grande do Norte nos próximos dias para fazer entrega de trechos da Reta Tabajara e vai aproveitar para acompanhar a situação da BR-304 em Lajes.

“As equipes do Dnit já trabalham no projeto para construção emergencial de uma nova ponte e estão monitorando as demais estruturas existentes na rodovia. Em paralelo, visando garantir a trafegabilidade dos usuários da rodovia, foram elaboradas em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Governo do RN, rotas alternativas ao trecho interditado”, acrescentou o ministro Renan Filho.

Chuvas superam 100mm e açudes sangram

As chuvas no feriadão foram intensas em todas as regiões do Rio Grande do Norte. Os maiores acumulados registrados no Sistema de Monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), no período entre as 7h15 da sexta-feira (29/03) até o mesmo horário desta segunda-feira (1/04) ocorreram em Luís Gomes (Oeste Potiguar) 178,4 mm, Parnamirim (Leste Potiguar) -150 mm, em São Pedro(Agreste Potiguar)-125mm. Em Luís Gomes e Severiano Melo, ambos no Oeste Potiguar, choveu de ontem para hoje, 99,1mm e 80,8mm, respectivamente.

“As recentes chuvas foram ocasionadas pela atuação da Zona de Convergência e pelo aquecimento que ainda está acontecendo sobre as águas do Oceano Atlântico, que estão liberando muita umidade e essa umidade está entrando na Zona de Convergência e com isso há a formação de nuvens com chuva. A previsão para semana é de continuidade das chuvas, principalmente concentradas entre os dias 2 e o dia 5 de abril em todas as regiões aqui do estado”, explicou o chefe da unidade de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.

As chuvas fizeram com que três açudes no interior do Estado transbordassem. Um deles foi a barragem Mendubim, localizada em Assú, com capacidade para 77.600.250 m³, atingiu 100% da sua capacidade neste domingo, 31 de março. O açude público de Riacho da Cruz, com capacidade para 9.604.200 m³, também chegou a 100% da sua capacidade ontem. Já o açude Malhada Vermelha, localizado em Severiano Melo, começou a sangrar no último sábado, 30 de março.

Outros reservatórios monitorados pelo Igarn que continuam com 100% da sua capacidade, são: Campo Grande, em São Paulo do Potengi; Pataxó, em Ipanguaçu; Dourado, em Currais Novos; Passagem, em Rodolfo Fernandes; Beldroega, em Paraú; o açude público de Encanto; e Santa Cruz do Trairi, em Santa Cruz.

Desvios
Sentido Natal – Mossoró
Rota 1: BR-226/RN, seguindo por Currais Novos e Jucurutu (via Florânia), até Triunfo Potiguar, pela RN-233 até Assú, acessando a BR-304, em direção a Mossoró;

Rota 2: BR-406/RN até Macau, seguindo pela RN-118, acessando a BR-304/RN (acesso no km 118, após o ponto de interdição), em direção a Mossoró.

Sentido Mossoró – Natal
Rota 3: Saindo pela BR-304/RN e acessando a RN- 118 (acesso a Ipanguaçu), no sentido Macau ingressar na BR-406/RN, em direção à capital Natal;

Rota 4: BR-304/RN, acessar RN-118 (acesso a São Rafael), via Jucurutu para BR-226/RN;

Rota 5: Sair pela BR-110/RN e pegar a BR-226 até Natal;

Rota 6: Santana dos Matos saída única via Jucurutu na BR-226/RN.

Fonte: Dnit

PREPARE-SE: Natal tem previsão de chuva de 100mm nesta quarta-feira (27), segundo o Inmet

Imagem: reprodução/Rede Globo

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um aviso de chuvas intensas para Natal nesta quarta-feira (27). Pode chover até 100mm na capital potiguar. A informação também foi destaque no Jornal Nacional, da Rede Globo, na noite desta terça-feira (26).

No mês de março já choveu 185mm em Natal. A média de março é de 200mm e deve ser superada de acordo com a previsão de chuvas para esta quarta-feira.

Confira abaixo o que diz o Inmet:

Riscos Potenciais:

INMET publica aviso iniciando em: 27/03/2024 00:00. Chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h). Risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Imagem: reprodução/Inmet

Fonte: www.portal.inmet.gov.br

Calor no Rio Grande do Norte pode diminuir no outono, diz professor

“O outono [que começa nesta quarta-feira] é uma estação de maior chuva. Se tivermos precipitações dentro da média ou ligeiramente abaixo dela, como mostra a previsão, espera-se também temperaturas dentro da média. Mas, se a distribuição pluviométrica for irregular, ocorrendo em cinco dias, por exemplo, teremos meses mais quentes”, atesta. “Com a perspectiva de pancadas dentro do esperado, as temperaturas devem reduzir de uma média de 29 graus para 25 ou 26 graus, no outono”, pontua o professor Prestrelo.

De forma técnica e diferente do que que está no vocabulário da população, para a caracterização da onda de calor é necessária a presença de um sistema onde uma massa de ar quente fica localizada sobre uma determinada região por algum tempo. É o que tem acontecido na região Central do País. “A gente tem notado que, às vezes, esse sistema parte para o Sudeste e para o Norte e, portanto, temos uma área gigantesca sob influência dele. Essas massas são caracterizadas por regiões de pressão atmosférica mais altas, que estacionam em uma determinada área por um período de três a cinco dias”, esclarece o professor.

“Elas produzem céu claro, sem formação de nuvens e chuva. Com isso, muita radiação entra na região, aquece a superfície e a atmosfera, o que gera a onda de calor. No RN, não temos esse fenômeno, tecnicamente falando, porque o Estado não esteve inserido nos sistemas que vêm ocorrendo no País. O calor aqui está associado às ondas presentes no Brasil Central”, acrescenta. A causa principal para a elevação da temperatura no Estado, segundo o professor, é o El Niño, que está em fase de enfraquecimento.

“O El Niño atua, por exemplo, na questão das chuvas em algumas regiões, cuja duração ficou menor, como é o caso de Natal, onde as precipitações têm sido espaçadas. Esse calor e a má distribuição das chuvas que temos aqui, portanto, são impactos desse fenômeno. Ele reduz as precipitações e enfraquece o vento, gerando aumento de calor. Por causa do El Niño, aliás, as temperaturas estão cerca de 0,5ºC a 1ºC mais quentes do que o normal no RN”, diz Prestrelo. A temperatura deve ser amenizada nesta segunda quinzena de março, se as chuvas de outono se mantiverem dentro da média. De acordo com o professor, a previsão é de índices pluviométricos dentro do esperado ou ligeiramente abaixo disso.

Tribuna do Norte

Calor em Natal: Cidade perdeu 50% da cobertura vegetal e ficou 1,5º mais quente

Foto: reprodução

Um estudo realizado em Natal apontou que a capital do Rio Grande do Norte ficou 1,5º C ao longo de 30 anos. Um dos principais fatores, de acordo com a pesquisa, foi a diminuição da área verde na cidade. A cobertura vegetal foi reduzida em cerca de 50% no período.

De acordo com o doutor em climatologia e professor geógrafo do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Malco Jeiel de Oliveira, a pesquisa levantou dados de 1984 a 2013 e segue em revisão.

“Houve um acréscimo de 0,9º chegando até 2º, fazendo a média de 1,5º. Com o crescimento da cidade, com a horizontalidade, o crescimento da área urbana, e o crescimento vertical, isso trouxe a sua consequência que é justamente o crescimento da temperatura”, afirmou o professor.

De acordo com ele, o aquecimento da cidade não é um fenômeno exclusivo de Natal, mas de todas as grandes e médias urbes em crescimento, por fatores como a impermeabilização do solo e mais construções.

“Em climas temperados, nas cidades frias, não é tão catastrófico. Agora, em uma cidade tropical, próxima à linha do Equador, com insolação intensa, com o crescimento, a impermeabilização, a verticalização e a diminuição da área verde, a população vai sentir muito mais desconforto. Essa é uma questão muito séria”, ponderou.

Embora a cidade tenha muitas árvores, o professor aponta que elas estão concentradas em zonas de proteção, como é o caso do Parque das Dunas e o Parque da Cidade, entre outras. Por outro lado, Natal conta com ilhas de calor – grandes trechos sem cobertura vegetal.

De acordo com o professor, uma única árvore consegue reduzir em até 3º graus a área sombreada por ela, na comparação com outro trecho asfaltado, mas sem a cobertura de qualquer planta.

“Essas ilhas possuem temperaturas maiores que as outras áreas e menos densidade de vegetação. Praticamente não há em Natal ruas totalmente sombreadas, e inclusive praças públicas. Essa falta de arborização contribui para formação das ilhas de calor”, pondera.

G1 RN