Iran Padilha: “Os políticos de Parnamirim são farinha do mesmo saco: para ganhar a eleição, vendem pai, mãe e alma a Satanás”

Para ele, os políticos de Parnamirim são “farinha do mesmo saco”. Garante que não é polêmico: “Eu digo a verdade e sou desconfiado com esse pessoal que aceita tudo, que é bonzinho demais. Eu não sou falso”. O professor Iran Padilha ganhou notoriedade nas redes sociais e chegou a anunciar seu nome como pré-candidato a prefeito, mas desistiu e, agora, chega como vice, na chapa do bolsonarista coronel Dolvim.

Na entrevista que concedeu aos jornalistas Gilson Moura e João Ricardo Correia, na Liberdade FM, avisou: “Sou contra o fundo partidário. Se tivesse, eu não usaria, diferente de outros pré-candidatos que procuram o partido que tem mais fundo partidário. É isso que a gente precisa mudar nesse Brasil, o pessoal precisa criar vergonha”.
Iran não poupou críticas aos que chama de “políticos profissionais”, ressaltando não ser inimigo e não ter problema pessoal com nenhum deles. “O confronto deve ser de ideias”, disse. “O pessoal conhece a classe política de Parnamirim, todo mundo conhece. A Nilda, que se diz de oposição, aquele negócio todo. Primeiro que ela é de esquerda e deve assumir. Sou contra esse negócio de esquerda e de direita. A gente deve pensar em um outro modelo de fazer política. Os políticos profissionais se candidatam e para ganhar a eleição eles vendem, pai, mãe e alma a Satanás”, analisa.

Conhecido como professor de língua portuguesa em escolas e cursinhos preparatórios para vestibulares e concursos públicos, além de ser procurador concursado do município de Alto do Rodrigues, Iran Padilha disse que deve à educação “o pouco que é”. “Sou filho de pais paupérrimos, morei na Casa do Estudante, mas não é por isso que o povo deve votar em mim. O povo deve votar em mim se acreditar que eu tenho competência e vou realizar projetos. Esse negócio de vitimismo pra mim não cola, isso pra mim é demagogia pura”, provoca.

Sem receio de desagradar adversários, disse que ouviu, na Liberdade FM, entrevista com as pré-candidatas a prefeita e vice, Nilda e Elienai, respectivamente: “Elas dizendo que Maurício [ex-prefeito] era bem-vindo, agora eu via nas redes sociais dizendo que Kátia [vereadora] também é bem-vinda. Eu acho até que para escolher os candidatos de Parnamirim, poderia botar um saco e colocar os nomes deles: Taveira, Nilda, Elienai, bota tudo lá, balança e tira o nome. É a mesma coisa. Quando eu digo que não tem oposição, é um grupo só em Parnamirim, é um grupo só mamando, que na hora da campanha se divide pelos interesses próprios”, declarou Iran Padilha.

Sobre a desistência da pré-candidatura a prefeito, explica: “Sempre disse que poderia me unir a Dolvim, a Francisca Henrique e a Pinto Júnior, porque não são políticos profissionais. Saiu meu amigo Pinto Júnior, retirou a candidatura. A professora Francisca entrou no Podemos e lá quem manda é o capitão Styvensson e sobrou Dolvim. Conversamos e percebemos que temos muita coisa em comum e eu disse que aceitaria ser o vice se ele deixasse que eu trabalhasse com foco na educação e ele concordou. Por exemplo: eu defendo a implantação de uma escola cívico-militar em Parnamirim. Parnamirim respira respeito, respira valores cristãos, por isso Parnamirim é contra esquerda total. Não apoio e nem quero voto desse povo que apóia o aborto, que pai faça sexo com a filha, que defende a ideologia de gênero, isso é coisa de Satanás. Eu não tô aqui para enganar ninguém não. Esses políticos chegam e querem agradar todo mundo, mas o povo cansou dessa falsidade”.

Iran Padilha concorda com o presidente Jair Bolsonaro não participar de campanha nos municípios. “Muitos se aproveitaram dele para se eleger no PSL e está aí a bagunça no PSL. Estão brigando para ficar no PSL por causa do fundo eleitoral, todo mundo sabe disso. Não precisa de vídeo com declaração do presidente da República para saber que Iran Padilha e Dolvim são alinhados com a política, com a ideologia, com os princípios de Bolsonaro, todo mundo sabe”.
O pré-candidato a vice na chapa de Dolvim, pré-candidato pelo PRTB (partido do vice-presidente da República, general Mourão), ironiza: “Não tenho nada pessoal contra a senhora Elienai, inclusive ela está colocando Parnamirim na história. É a primeira pessoa a fazer oposição a ela mesma. Ela está fazendo oposição ao governo que ela executou. Veio sair no fim da gestão e fica reclamando que não teve apoio”.

Descontraído e firme em sua fala, na Liberdade FM, Iran Padilha esclareceu que a expressão “tudo farinha do mesmo saco” é porque, segundo ele, os políticos de Parnamirim possuem as mesmas características, “não quero ofender ninguém”.

Iran reforça que pretende focar atuação na educação e implantar a “Cidade do Saber”, que seria uma área cercada, com ginásio de esportes, quadras, refeitório, cozinha, biblioteca digital e física, pista de atletismo, campo de futebol, dois mil alunos em sala de aula pela manhã e dois mil alunos praticando esportes, com revezamento das turmas no período da tarde. Seriam estudantes do 6º ao 9º ano. “Faríamos um convênio que permitira que alunos fardados e com carteira de identificação, pegassem, gratuitamente, qualquer ônibus que passe pela escola, acrescentando que de nada adianta ter uma estrutura como essa se não houver a valorização dos professores.

Fotos: Dimas Nascimento

Diego Américo: “Essa conversa de que vão puxar o tapete da professora Nilda no PSL é de quem queria ela como vice na chapa”

Diego Américo concedeu entrevista no programa “A Voz da Liberdade”

O professor de matemática e biomédico Diego Américo, pré-candidato a vereador em Parnamirim, descarta a possibilidade levantada por algumas pessoas, nas redes sociais, que haveria em curso um plano, na cúpula do PSL, para prejudicar a pré-candidatura de Nilda, sua aliada partidária, a prefeita do município. “Ninguém chuta cachorro morto”, resume.

Diego foi entrevistado pelos jornalistas Gilson Moura e João Ricardo Correia, na Liberdade FM. Ele defende a escola em tempo integral e revela que o PSL terá 27 pré-candidatos a vereador na terceira maior cidade do RN.

Em 2017, o professor assumiu a direção do Planetário da cidade, na gestão de Rosano Taveira, pré-candidato à reeleição. Diego explica que foi convidado para desenvolver um trabalho e logo começou a sentir “barreiras”. “Tive embates com a segunda secretária de Educação (sem citar nome), após Francisca Henrique sair, e isso foi me desgastando na base governista, as pessoas foram me tendo como inimigo, foram me tendo como oposição lá dentro. A pré-candidatura do meu irmão, Daniel Américo, a prefeito de Parnamirim também contribuiu para minha saída, pois muita gente poderia pensar que eu era um espião”, recorda.

Após avaliar o quadro político de Parnamirim, Diego relata que procurou a professora Nilda e ela disse que queria ser prefeita para “mudar essa cidade”, assegurando que não teria filha, nem marido candidato a vereador. “Então, apertei a mão dela e disse tá fechado. E saí de lá com o compromisso de união dos dois blocos”, disse.

Diego Américo contou que o MDB tentou “puxar” Daniel Américo, na tentativa de, com isso, conseguir atraí-lo e, consequentemente, seu grupo. Daniel terminou acompanhando Diego para o PSL. “Até chegaram a publicar notas que ele seria o vice de Nilda. Mas acho que faltou Daniel sair dos grupos de WhatsApp e ir pra ruas, bater na porta do povo. Ir pra rua, ir para o mercado público, ir pras praças”, avalia o pré-candidato a vereador.

“Essa conversa de que vão puxar o tapete da professora Nilda no PSL é de quem queria ela como vice na chapa”, reforça Diego, confirmando que existe a possibilidade do retorno do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao PSL, o que deve acontecer, segundo ele, até o final de dezembro de 2020.

O professor Diego Américo acredita que o coronel Dolvim, assessor do ministro Marcos Pontes e pré-candidato a prefeito de Parnamirm pelo PRTB (partido do vice-presidente Hamilton Mourão), não é candidato de Bolsonaro e que “o currículo dele é muito bom para continuar em Brasília”. “Tem muito pré-candidato na sombra de Bolsonaro. Eu quero ver é ter vídeo do presidente Bolsonaro dizendo que apóia esse ou aquele candidato”, desafia.

Agora é oficial: Vontade do Povo vem com Nilda e Elienai para conquistar a Prefeitura

A coligação Vontade do Povo oficializou, na manhã de hoje (03), a chapa Nilda e Elienai, que disputará a Prefeitura de Parnamirim, dia 15 de novembro próximo. A convenção aconteceu no Restaurante Gosto e Sabor, das 10 às 13 horas, reunindo correligionários e lideranças do Solidariedade, PTB, PL, PSL e PV.

Nilda se emocionou ao assistir o vídeo mostrando sua caminhada política, que começou em 2012 como candidata a vereadora pelo PSC; posteriormente em 2016, quando foi eleita pelo PRP e, hoje, integrante do PSL. As pré-candidatas assumiram o compromisso de “cuidar do povo parnamirinense como realmente merece, transformar Parnamirim em uma cidade mais humana, justa e acolhedora”.

Por causa da pandemia, todos os cuidados foram tomados para evitar aglomeração.

Atual vice-prefeita do município, Elienai ressaltou sua confiança em Nilda, disse sentir que terá o devido valor de uma vice ao lado da “guerreira”. Nilda reafirmou sua gratidão a Deus e ao povo, por terem a colocado em primeiro lugar nas intenções de votos da oposição em todas as pesquisas, e a confiança de todos os partidos coligados no projeto.

Fotos: Celso Oliveira

Taveira que se cuide: Maurício e padre Murilo são bem-vindos ao grupo liderado por Nilda e Elienai

Vereadora Nilda e vice-prefeita Elienai: afinadas na oposição ao prefeito Taveira

A vereadora Nilda e a vice-prefeita Elienai chegam forte para a disputa no dia 15 de novembro próximo, apoiadas – até agora – por cinco partidos. As conversas continuam e essa parte da oposição ao prefeito Taveira, pré-candidato à reeleição em Parnamirim, pode ser reforçada a qualquer momento.

Nilda e Elienai, pré-candidatas a prefeita e vice, respectivamente, foram entrevistadas neste sábado, 29, pelos jornalistas Gilson Moura e João Ricardo Correia, no programa “A Voz da Liberdade”, na Liberdade FM. Apresentando discursos afinados e firmeza no que dizem, elas asseguram que, caso eleitas, Parnamirim terá “duas prefeitas”, pois falarão “a mesma linguagem para defender os serviços que a população precisa”.

Para Nilda, que sempre apareceu bem nas pesquisas de intenção de votos, liderando os nomes de oposição ao prefeito, a saúde em Parnamirim não funciona bem, pois enfrenta falta de alguns remédios e de médicos. “Tudo isso mostra que é falta de gestão, não é falta de dinheiro”, analisa.

Além do PSL de Nilda e do PL de Elienai, estão no grupo o PV, o PTB e o Solidariedade. Mas a pré-candidata a prefeita avisa que não há dificuldade em dialogar com qualquer partido, “desde que seja para o bem de Parnamirim, que está praticamente abandonada”.

Nilda, Gilson Moura, Elienai e João Ricardo Correia

O ex-prefeito Maurício Marques, pré-candidato a prefeito pelo PROS, e o padre Murilo, reconhecido em Parnamirim como pessoa de confiança da governadora Fátima Bezerra, do PT, estão no radar da chapa de Nilda e Elienai, que concordaram em dizer que os dois seriam bem-vindos para compor no grupo de oposição à atual gestão. Conversas com eles já ocorreram, revelam.

Vice-prefeita rompida com Taveira, Elienai chegou a lançar seu nome como pré-candidata a prefeita, mas após as pesquisas indicarem que Nilda liderava a oposição, as duas se uniram. “Motivos pelos quais me afastei do atual prefeito não acontecerão com Nilda. Um dos motivos é que Taveira é uma pessoa que não tem diálogo. Até mesmo quando eu fiquei sabendo que ele seria candidato à reeleição, ele não me procurou para conversar comigo. Eu até propus permanecer na chapa, mas ele nunca conversou comigo e eu me sentia completamente desrespeitada. Nada contra a pessoa dele, mas contra as atitudes dele como homem político”, disse Elienai.

Elienai disse que houve discernimento na hora da união com sua companheira de chapa. “Não estamos num projeto pessoal. É um projeto coletivo e temos que nos unir. Perfil de Nilda é parecido com o meu, a gente tem uma relação muito aberta”, reforça.

Nilda explicou que, como professora e gestora, acredita que é preciso “valorizar os professores, dar condições de trabalho” e considera ser “inadmissível que não haja um plano pára melhorar a segurança no contexto escolar, que sabemos que não existe não é por falta de dinheiro, é por falta de planejamento, é falta de querer fazer”.

Fotos: Dimas Nascimento / Liberdade FM

Oposição e governo podem comemorar: mais da metade do eleitorado ainda está indecisa e Taveira lidera aceitação e em rejeição

Taveira é o mais rejeitado, mas levantamento espontâneo aponta que seria reeleito, segundo a pesquisa Consult (Foto: José Aldenir/Agora RN)

A pesquisa Consult divulgada nesta segunda-feira, 27, registrada na Justiça Eleitoral sob o número 07081/2020, mostra que no levantamento espontâneo para prefeito, com o eleitor citando o nome de pré-candidato sem acesso a qualquer tipo de lista, o prefeito Rosano Taveira tem 8,2% das intenções de voto. A professora Nilda vem em segundo, com 2,2%. A vice-prefeita Elienai Cartaxo aparece em terceiro lugar, com 1,2%. O ex-prefeito Maurício Marques, a professora Francisca Henrique e o pastor Alex empatam com 0,2% das preferências.

O já ganhou de Taveira não pode ser cantado. Ainda há muita água para correr embaixo da ponte. Dois aspectos precisam ser destacados: primeiro, o bolsonarismo, que poderá turbinar, de última hora, a candidatura do Coronel Dolvim e, segundo, a famosa união da oposição.

Apesar dos números favoráveis, o momento é de cautela e muito chá de boldo, que além de melhorar a má digestão, ainda diminui o desconforto da azia e dos gases. Ele também é excelente para o bom funcionamento do fígado, ajudando a amenizar os enjoos, causados pela ressaca desses números.

O chá de boldo tem que ser servido para todos, tanto governo quanto para oposição, que precisam entender a principal lição dessa eleição: a covid mata e alguns já foram mortos antes mesmo da disputa começar.

Agora, a grande verdade é que retirar a candidatura da professora Nilda dessa eleição será algo muito mais difícil do que se imagina. Apesar do prefeito escolher, segundo fontes do Blog do GM, como adversário o ex-prefeito Maurício Marques, que em sua visão seria o mais frágil, no ringue há outros lutadores com bom potencial.

Detalhe 1: a margem de erro é de 4,3%, para cima ou para baixo, e irá fazer uma senhora diferença. Detalhe 2: a rejeição do prefeito Taveira é de 13,8%. Detalhe 3: a distribuição dos quantitativos por cada bairro precisam ser bem analisados. Detalhe 4: o número de indecisos ainda é muito alto: 51,4%.

Mesmo assim, governo e oposição podem comemorar, pois o platô eleitoral está perto de ser alcançado. Resta saber que irá declinar nas próximas pesquisas.

Com informações do Blog do BG