Prefeitura de Parnamirim realiza trabalho preventivo contra a raiva no município

Foto: cedida

A Prefeitura de Parnamirim, por meio da Unidade de Vigilância de Zoonoses, segue realizando trabalho preventivo contra a Raiva no município. A ação é desenvolvida em conjunto, por agentes de endemias e de zoonoses, em casos em que seja detectada a presença de morcegos com características suspeitas. Estes animais são potenciais transmissores do vírus para cães e gatos.

Os morcegos encontrados nessas condições são recolhidos e encaminhados para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do RN (LACEN-RN). Se houver confirmação da presença do vírus, é iniciado um plano de vacinação de cães e gatos em residências que estejam em um raio de até 300 metros de onde o morcego foi encontrado.

De acordo com Michele Silva, coordenadora da Unidade de Zoonoses, mais recentemente, este trabalho foi realizado no bairro de Cajupiranga. Na ocasião, foram vacinados 86 cães e gatos. De acordo com ela, caso algum morador encontre algum morcego morto, caído ou moribundo, a recomendação é colocar um balde e cima e ligar para o Zoonoses no número 3644-8185, que uma equipe irá ao local para recolher o animal.

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

Sintomas

Após o período de incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos inespecíficos (pródromos) da raiva, que duram em média de 2 a 10 dias. Nesse período, o paciente apresenta:

· Mal-estar geral;
· Pequeno aumento de temperatura;
· Anorexia;
· Cefaleia;
· Náuseas;
· Dor de garganta;
· Entorpecimento;
· Irritabilidade;
· Inquietude;
· Sensação de angústia.

Podem ocorrer linfoadenopatia, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.

Transmissão

A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. O período de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.

Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas. Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente.

Assessoria de Comunicação de Parnamirim – ASCOM (Saulo Tarso)