Captura de presos dá alívio, mas não diminui pressão sobre Lewandowski por ações na segurança pública

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A captura dos dois fugitivos do presídio federal de Mossoró, nesta quinta-feira (4), representa o desfecho da primeira crise encarada pelo ministro Ricardo Lewandowski à frente da pasta da Justiça.

A fuga inédita no sistema penitenciário federal ocorreu na madrugada do dia 14 de fevereiro e os detentos foram presos após 50 dias de buscas.

O episódio, porém, não deve encerrar a pressão de aliados do presidente Lula (PT) para que o ministro dê respostas enfáticas na área da segurança pública.

Folha de S. Paulo

Emprego em Parnamirim registra crescimento no primeiro bimestre de 2024

Foto: ASCOM

O mercado de trabalho de Parnamirim apresentou um crescimento positivo no primeiro bimestre de 2024, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo de empregos formais no município foi de 405 vagas, quase o dobro em relação ao mesmo período do ano passado. 

O crescimento do mercado de trabalho de Parnamirim é uma boa notícia para a cidade. Parnamirim está em segundo lugar no RN, atrás apenas da capital, Natal. O setor de serviços liderou o crescimento admitindo 1634 trabalhadores, principalmente nas áreas da saúde, educação, comunicação e transporte.

Apesar do crescimento positivo, ainda existem desafios a serem superados no mercado de trabalho da cidade, como a informalidade. As perspectivas para o mercado de trabalho de Parnamirim são positivas. A expectativa é que o município continue crescendo nos próximos meses, impulsionado pela expansão de empreendimentos habitacionais e a chegada de novas obras estruturantes para resolver problemas considerados crônicos, preparando a cidade para as próximas décadas. 

Assessoria de Comunicação de Parnamirim – ASCOM (Joel Câmara)

Transferência de presos, novas câmeras e reforço na luminária: veja o que mudou na Penitenciária Federal de Mossoró após fuga

Foto: reprodução

Desde a fuga de dois presos no dia 14 de fevereiro, a Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e as outras quatro unidades de segurança máxima do Brasil passaram por uma série de “providências, revistas e vistorias”. Foi o que afirmou o secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, nesta quinta-feira (4).

Os fugitivos Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram recapturados nesta quinta em Marabá, no Pará, no 51º dia de buscas. A cidade fica 1,6 mil quilômetros distante de Mossoró.

Os dois presos retornaram ainda na noite desta quinta para a Penitenciária Federal de Mossoró, de onde haviam escapado, para o cumprimento das penas. Os dois ficarão em celas separadas e sob constante monitoramento, segundo o Ministério da Justiça. Desde a fuga dos dois, a unidade passou por algumas mudanças.

Segundo o secretário, entre as medidas tomadas estão a troca de iluminação e a compra de novas câmeras de monitoramento para todas as unidades federais de segurança máxima. Segundo o Senappen, também estão sendo construídas muralhas nas cinco unidades federais de segurança máxima no país.

Na Penitenciária de Mossoró também houve a transferência de presos para outras unidades, a instalação de reforços nas grades das luminárias das celas, e a aplicação de cursos e treinamentos de capacitação para os policiais penais.

Em entrevista nesta quinta, o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, falou que “o sistema penitenciário federal não é mais o mesmo” desde a fuga, que foi a primeira na história do sistema, criado em 2006.

“As câmeras foram adquiridas e estão sendo instaladas a medida que chegam dos fornecedores. São 10 mil câmeras que foram adquiridas recentemente. Parte delas vai ser trocada e vai reforçar todo o parque de monitoramento das unidades que compõem o sistema penitenciário federal”, disse.

O g1 questionou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à Senappen se a reforma que estava sendo feita no presídio de Mossoró, quando houve a fuga, foi concluída, mas não recebeu resposta até a atualização mais recente desta reportagem.

G1 RN

Erineide Sá, empossada como a primeira mulher presidente na Federação das Câmaras Municipais do RN

A Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte deu posse na manhã da última quinta-feira (04) à nova presidente da FECAM/RN, a diretora executiva Erineide Sá. Erineide assume o lugar do vereador Wolney França, que disputará as eleições municipais em Parnamirim. De acordo com o Estatuto da federação, assume o cargo o Diretor(a) Executivo(a).

A nova presidente da FECAM/RN tem formação em Secretariado Executivo e Gestão de Políticas Públicas, está na federação há mais de sete anos e desempenha um papel fundamental na articulação com os presidentes, vereadoras e vereadores da instituição, sendo a primeira mulher a assumir o cargo.

“Vamos continuar com uma gestão de comprometimento, valorizando e fortalecendo o municipalismo e o papel dos vereadores desta instituição, proporcionando mais oportunidades e promovendo cada vez mais a integração dos legisladores do estado do Rio Grande do Norte”, enfatizou a presidente.”

 

Tramas macabras e narrativas criminosas

Na imagem, vidraça do Congresso Nacional quebrada depois dos atos extremistas do 8 de Janeiro com uma pichação com os dizeres: “Destituição dos Três Poderes”.

“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” –Hannah Arendt.

Kakay 5.abr.2024 (sexta-feira) – 5h58.

Um dos legados da tragédia da gestão Bolsonaro foi a divisão irracional e brutal do país. A força das diferenças, impulsionada com a inoculação do ódio, fez com que a impossibilidade da convivência passasse a ser uma regra. Depois das eleições, o natural seria os grupos conviverem em razoável harmonia. Uma coexistência democrática. O modo bolsonarista de governar com a mentira, de criar um mundo paralelo e de atacar todos os pilares da democracia fez com que o ódio fosse um dos ingredientes da massa que foi criada e alimentada com uma completa irresponsabilidade. Insanidade mesmo. Figuras bizarras se aproveitaram do caos e saíram de um esgoto para ocupar o plano nacional.

O plano desse desmonte era a base para fomentar o golpe. Nada era por acaso. A estratégia era desmantelar todas as estruturas democráticas e propiciar um governo desordenado, com seguidores acríticos, cegos e dispostos a apoiar todas as teratologias criadas pelo grupo bolsonarista. Assim, foram gestadas a ideia e a tentativa de golpe para quebrar a institucionalidade democrática e instaurar uma ditadura de extrema-direita no Brasil.

O outro legado foi disseminar narrativas sobre fatos relevantes, mas mudando a realidade. E o que mais impressiona é que boa parte dos democratas e da esquerda comprou certas versões absolutamente sem nenhuma reflexão. É uma espécie de efeito manada. O gado passa e os incautos vão seguindo. É o que ocorre agora com a investigação do caso Marielle. A Polícia Federal descobriu e prendeu os mandantes, altas autoridades do Estado do Rio de Janeiro, assim como o ex-chefe da Delegacia de Homicídio. A trama é macabra. O responsável, à época, por essa delegacia era, desde o início, um integrante da gangue miliciana.
Se o Lula não fosse eleito e se não tivesse demonstrado interesse político de prestigiar a Polícia Federal, a investigação jamais chegaria aos mandantes. À milícia interessa fragilizar o trabalho que foi feito com êxito. Ora, é evidente que, se durante 6 anos, os responsáveis pela investigação cuidaram de ocultar, esconder e destruir provas, o trabalho, neste momento, é tecnicamente muito difícil. Mas boa parte dos que querem desvendar o crime comprou a perspectiva miliciana.
Por uma falta de sorte, sob um prisma, a apuração sobre a morte de Marielle foi distribuída ao ministro Alexandre de Moraes. O ministro, corajoso, técnico e competente, é relator do inquérito do 8 de Janeiro, o dia da infâmia. Contra ele, a extrema-direita faz sistemático e opressivo trabalho para fazer as pessoas acreditarem em um excesso de rigor. Chegam a falar, em um desserviço ao Judiciário e ao Estado Democrático de Direito, em uma “ditadura do Alexandre e do Supremo Tribunal”.

E essa esdrúxula ideia vai tomando corpo, mesmo entre alguns democratas incautos. Houve quem defendesse que ele deveria se dar por suspeito, pois foi descoberto um plano para prendê-lo, ou, até, para matá-lo. Ora, seria uma maneira infantil de os investigados, os criminosos, escolherem seu juiz. Bastava ameaçar os que entendiam ser “perigosos” no cumprimento da lei e, assim, iriam eliminando os magistrados até que fosse escolhido algum mais flexível.

Esse é um dos nossos grandes desafios neste momento: não permitir que a obtusidade vença a razão e a racionalidade. Continuar acreditando que ainda é possível viver em um mundo em que o respeito, a solidariedade, a compaixão e a preocupação por justiça social sejam a regra e o comum do dia a dia. “Alguém já disse que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas: quem não tem princípios morais costuma se enrolar em uma bandeira, e os bastardos sempre se reportam à pureza da sua raça. A identidade nacional é o último recurso dos deserdados. Muito bem, o senso de identidade se baseia no ódio,

no ódio por quem não é idêntico.”
–Umberto Eco.
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