Com BR-304 interditada há quase um mês, Dnit anuncia que construção de desvio chega a 50% de conclusão

Foto: Divulgação

Com a BR-304 interditada há quase um mês, após o rompimento de uma ponte no município de Lajes, o desvio construído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está com 50% de execução, segundo anunciou o órgão federal.

A ponte se rompeu no dia 31 de março deste ano, após a cheia de rios na região. O desvio começou a ser construído no dia 3 de abril e tinha previsão de conclusão de 15 dias. Segundo o Dnit, a expectativa atual é de que o desvio comece a ser usado na primeira quinzena de maio.

“A conclusão dos serviços está condicionada a condições climáticas favoráveis, uma vez que o excesso de chuva dificulta a colocação de material do pavimento”, informou o órgão.

A rodovia corta o Rio Grande do Norte de Leste a Oeste e é a principal ligação entre as maiores cidades do estado – Natal e Mossoró.
Enquanto o desvio oficial não é finalizado, usuários da BR-304 têm utilizado uma estrada improvisada, aberta por dentro de fazendas da região. Os motoristas chegam a pagar até R$ 30 para atravessar o trecho.

G1RN

Avante e PRTB reúnem pré-candidatos em grande vento prestigiado pelo público em Parnamirim

Um grande evento. Uma noite para ficar na história e alavancar a pré-campanha dos partidos Avante e PRTB em Parnamirim.

Foi o que aconteceu na noite desta quinta-feira (25), na sede da Cohabinal, que ficou totalmente lotada pelo público que acorreu ao local para ouvir e conhecer os pré-candidatos dos dois partidos (a prefeito e vereadores).

O mega encontro contou com as presenças do pré-candidato a prefeito de Parnamirim, o ex-deputado Marciano Júnior; do presidente municipal dos dois partidos; do presidente estadual do Avante, empresário Jorge do Rosário, além do pré-candidato a prefeito de Natal, ex-deputado federal Rafael Motta. Todos levaram suas mensagens otimistas ao público, em que demonstraram a disposição dos dois partidos de, na campanha política deste ano, apresentarem  proposições diferentes e renovadoras para a cidade de Parnamirim.

Ao abrir os discursos, o ex-prefeito Raimundo Marciano de Freitas, que administrou Parnamirim por dois mandatos, disse que tinha certeza que seu filho estava preparado, “pois ele tem competência para administrar a nossa cidade e fazer o diferente na política voltado para os interesses maiores da população”.

O presidente do diretório municipal do Avante, advogado Jonas Godeiro, destacou que os dois partidos desejam fazer a diferença. “Nós temos um pré-candidato a prefeito que tem competência, mãos limpas e experiência para administrar a nossa cidade”. Na mesma linha seguiu o presidente municipal do PRTB, advogado Anderson Bezerra.

Por sua vez, Jorge do Rosário destacou que “o povo de Parnamirim vem sofrendo com uma administração sem compromisso com as causas populares, que tem abandonado a saúde, a infra-estrutura, a educação e diversas outras áreas. “E prosseguiu: “Nós temos a proposta de fazer a diferença, porque temos um pré-candidato a prefeito que tem história, tem competência comprovada e todas as credenciais para administrar a cidade juntamente com nossos futuros vereadores, fazendo uma política voltada principalmente para os interesses públicos”.

Já Rafael Motta, pré-candidato a prefeito de Natal pelo Avante, foi muito cumprimentado e destacou que deseja, juntamente com Marciano Júnior, caso ambos sejam eleitos, “trabalharmos  em conjunto para a solução de problemas comuns aos dois municípios”.

O pré-candidato Marciano Júnior arrancou aplausos do público e fez um discurso mostrando suas credenciais, sua competência e, principalmente, a sua história política no município.

“Este encontro, com certeza, é a alavanca da nossa pré-campanha. Estou preparado, tenho mãos limpas, sem processos judiciais e sei que tenho condições de administrar Parnamirim. Todos podem ter certeza que, se eu for eleito, farei uma administração diferente, com competência e voltada para os interesses maiores do povo, da mesma forma com fez o meu pai – Raimundo Marciano – quando foi prefeito por duas vezes desta cidade”.

Um pouco de fuga e muito de encontro

Na imagem, foto aérea do ato com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, no Rio.

Kakay 26.abr.2024

É um momento de reflexão que alivia as angústias do dia a dia. A cada passo, parece que conseguimos nos distanciar das guerras, da violência e do ódio que hoje assolam o mundo. Corremos, muitas vezes, como quem está em fuga permanente. Um pouco de fuga e muito de encontro. Aprendi a me isolar nesses momentos quando fazia análise em Paris. Meu analista tinha seu consultório à beira do Jardin des Tuileries e, depois de cada sessão de 1 hora, vagava sozinho por mais 2 ou 3 horas. Era como se cada sessão tivesse 3 ou 4 horas.

“Perdi muito tempo até aprender que não se guarda as palavras. Ou você as fala, as escreve, ou elas te sufocam.” –Clarice Lispector Correr em Paris faz bem para a saúde e, especialmente, para o espírito. Normalmente, corro à beira do Sena e no Jardin des Tuileries. Mesmo cedinho, é interessante ver a enorme quantidade de turistas que parecem brigar por um espaço e por uma foto. Com a loucura das pessoas pelo celular, é comum ter que desviar de algum incauto que parece não notar a beleza de Paris e se ocupar tão somente da tela do WhatsApp.

São coisas que não conseguimos fazer no dia a dia comum, quando estamos em casa trabalhando. O mundo cotidiano tem uma velocidade que acaba nos distanciando de nós mesmos. Sem tempo para leitura, para não fazer nada e nem para olharmos devagar os detalhes que nos cercam. A crueza das notícias 24 horas faz mal às pessoas. Há, permanentemente, uma guerra a nos ocupar. Ou nós nos embrutecemos com as atrocidades, quase fingindo não as ver, ou, literalmente, enlouquecemos.

No Brasil, vivemos várias batalhas internas. A pobreza dominou as grandes cidades e as milhares de pessoas morando nas ruas não mais chamam a atenção. Parece que já fazem parte da arquitetura. E a irracionalidade campeia em quase todas as áreas. Em São Paulo, o governador insiste, abertamente, em apoiar a violência policial. Ao dizer, despudoradamente, que não se preocupa com a matança promovida pela sua polícia, deixa claro que essa atrocidade é para a direita e, especialmente, para a ultradireita, um capital político.
Não é preciso mais fingir que se preocupa com a crescente violência policial. Diferentemente, hoje, esse grupo de pessoas se jacta de apoiar abertamente as barbaridades cometidas em nome do Estado.
A herança maldita de 4 anos de fascismo bolsonarista tirou do armário seres que se libertaram de qualquer viés humanista. A cultura da arma de fogo, da prioridade do clube de tiro no lugar das bibliotecas, do exercício diário do machismo, do racismo e do ódio ao pobre fez com que a sociedade ficasse impregnada com um ar denso que dificulta a respiração e com uma espécie de muro que nos tolhe a visão. Hoje, vivemos permanentemente em um círculo de giz invisível, mas que nos aprisiona. E nos aniquila pouco a pouco.
E o pior é que é fácil perceber que existe um movimento mundial de valorização da ultradireita. O orgulho do brasileiro que se elegeu deputado pelo partido de extrema direita, o Chega, em Portugal, é de causar ânsia de vômito. Em recente discurso, ele disse que a Europa é para os brancos e a África, para os negros. E que vai lutar contra a imigração. E isso, pasmem, sendo ele um imigrante negro! É muito difícil discutir com quem não tem nenhum escrúpulo ou sequer um critério para se contrapor. É a valorização da mediocridade que, em nosso país, parece ter vindo para ficar.
O ataque sistemático e organizado que se faz ao Poder Judiciário, à toda evidência, faz parte desse propósito de desestabilizar a democracia. Não por acaso, trouxeram aqui o bilionário Elon Musk para atacar o ministro Alexandre de Moraes e o Supremo Tribunal. Para esses extremistas, a democracia é um perigo. Em nome de uma pretensa liberdade de expressão plena, buscam solapar as bases de uma sociedade democrática. Já cansou ver o tal Malafaia ser a voz estridente de um Bolsonaro “calado” por medo da prisão. A que ponto chegamos! Um ex-presidente da República que usa um ventríloquo patético para dizer o que não tem coragem de ele próprio falar.
É hora de colocar um final nos inquéritos, especialmente o que investiga a tentativa de golpe do 8 de Janeiro. O Brasil merece sair desse impasse que nos emparedou. Vamos julgar todos esses golpistas e dar a eles o que merecem. As guerras pelo mundo afora continuarão, a pobreza vai continuar a nos tirar o sono e a violência vai nos manter em estado de permanente alerta. Vamos tentar viver com esses fantasmas que são o espelho da sociedade moderna, mas, pelo menos, poremos fim ao fantasma do golpe e da boçalidade institucionalizada. Talvez aí a gente possa voltar a correr pelas ruas e praças de uma maneira mais leve.
Lembrando-nos do velho Pessoa:

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

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