A Prefeitura de Parnamirim, por meio da Secretaria Municipal de Educação, realizou a cerimônia de conclusão da primeira turma de profissionais de saúde capacitados em Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Os profissionais que passaram pelo curso agora estão aptos a exercer a comunicação funcional nas unidades básicas de saúde do município, começando pela UBS Cohabinal.
Para a titular da pasta da Educação em Parnamirim, Eliza Toscano, a Secretaria está atendendo sua função social, que vai além do cognitivo em sala de aula até o atendimento dos anseios da população. “Com esse curso e com a reabertura do núcleo de atendimento aos surdos, estamos garantindo que esta comunidade seja atendida com qualidade e se sinta verdadeiramente incluída em nossa cidade”, disse.
A cerimônia marcou época em Parnamirim. Foi a primeira vez na história da cidade que os Hinos Nacional e Municipal foram interpretados na língua brasileira de sinais: um grande diferencial para as pessoas surdas. O secretário de Saúde, Rogério Gurgel, enfatizou os preceitos do Sistema Único de Saúde que dizem respeito à acessibilidade e inclusão. “Capacitar nossos profissionais é uma medida muito importante. Vamos expandir essa iniciativa para todas as nossas unidades para que a comunidade surda se sinta de fato acolhida”, disse.
O curso foi oferecido pelo setor de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação. Durante o evento, um vídeo produzido pela turma “Sinal de Esperança” demonstrou brilhantemente o desafio que é a busca do atendimento médico na visão de uma pessoa surda, tanto para ela quanto para os profissionais sem capacitação.
A presença da Associação de Surdos de Parnamirim validou ainda mais o evento, que também contou com a presença da prefeita Nilda Cruz. Para a gestora, o aprendizado, com certeza, vai transformar a vida de muita gente. “Este é apenas um pontapé inicial da inclusão em nossa cidade. Pretendemos levar esse conhecimento para todas as nossas repartições públicas”, disse Nilda, pouco antes de ser homenageada pela sensibilidade de investir no conhecimento do corpo de servidores.
O curso contou com 4 módulos e cerca de 50 dias de atividade entre os meses de março e maio. No Brasil, são mais de 10 milhões de pessoas surdas. Capacitar os profissionais de saúde é visto como mais do que investir no serviço público: trata-se de um ato de empatia, no qual pessoas que não precisam nativamente da língua de sinais se colocam no lugar do outro e buscam conhecimento para atender com qualidade quem mais necessita.
Joel Câmara ASCOM – Parnamirim
Fotografia de: Celso Oliveira
Confira o vídeo abaixo!