TikTok enfrenta julgamento perante tribunal dos EUA

TikTok em julgamento perante tribunal dos EUA
Fonte: Forbes

Um tribunal de apelações dos Estados Unidos apreciou, nesta quarta-feira (17), uma ação contra a rede social TikTok, acusada de ser responsável por um caso fatal envolvendo uma menina de 10 anos. A plataforma de compartilhamento de vídeos é acusada de induzir a criança ao chamado “desafio blackout” – um perigoso jogo de asfixia.

Proteções Legais para Empresas de Internet

Durante a sessão de argumentações no Tribunal do 3º Circuito de Apelações da Filadélfia, juízes mencionaram que a seção 230 da Lei de Decência das Comunicações de 1996, uma peça legislativa central dos EUA, protege, em geral, empresas de internet como o TikTok a serem processadas por conteúdos postados pelos usuários. No entanto, o debate surgiu em torno de como essa lei se aplica a plataformas que, além de hospedar, recomendam conteúdos aos usuários por meio de sofisticados algoritmos.

Detalhes do Caso

O caso penal remonta a 2021, quando a garota Nylah Anderson, aos 10 anos, tentou o perigoso “desafio blackout”. A menina utilizou a alça de uma bolsa pendurada no armário da mãe para se asfixiar, resultando em uma perda de consciência, múltiplos ferimentos e, após cinco dias, em sua morte. A mãe de Nylah, Tawainna Anderson, processou o TikTok e sua empresa controladora, a chinesa ByteDance, acusando a plataforma de promover o desafio letal.

Advogados Apresentam Argumentos

Jeffrey Goodman, advogado de Tawainna Anderson, alegou no tribunal que, apesar da Seção 230 fornecer uma certa cobertura legal ao TikTok, essa proteção não deveria se aplicar a um produto que fomenta conteúdo prejudicial. Segundo Goodman, a plataforma tecnicamente promoveu o desafio “blackout” para a menina por meio de seu algoritmo.

Por outro lado, o representante legal do TikTok, Andrew Pincus, argumentou que, segundo a interpretação correto da Seção 230, o processo de Anderson seria inválido. Segundo Pincus, o tribunal de apelações deve manter a decisão de uma corte inferior de outubro de 2022, que utilizou como premissa a mesma interpretação.

O caso marca mais um episódio no debate sobre a responsabilidade das plataformas digitais em relação ao conteúdo que seus usuários acessam, especialmente quando este conteúdo põe em risco a segurança e integridade dos mesmos. A decisão que o tribunal de apelações tomar, certamente, terá um impacto significativo nesse debate.

Fonte: www.oantagonista.com.br

Itamaraty confirma sequestro de brasileiro no Equador

Brasileiro sequestrado no Equador — Foto: Reprodução/Facebook

A embaixada do Brasil em Quito confirmou nesta quarta-feira (10) que um brasileiro foi sequestrado no Equador. Na terça-feira o Ministério das Relações Exteriores tinha dito que acompanhava a denúncia do sequestro. Thiago Allan Freitas, de 38 anos, foi sequestrado na cidade de Guayaquil.

Freitas é de São Paulo e mora no Equador há cerca de três anos, onde tem uma empresa que faz churrasco brasileiro. Os diplomatas brasileiros afirmaram que estão acompanhando as diligências das autoridades equatorianas para que o homem sequestrado seja libertado.

Itamaraty confirma sequestro de brasileiro no Equador

Gustavo, um dos filhos de Thiago, afirmou na terça-feira (9) que a família pagou parte do resgate, mas não tem todo o dinheiro que os sequetradores pedem.

Em um vídeo publicado em redes sociais ele disse o seguinte: “Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso, recorro a vocês, [para] que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Se é US$ 1, US$ 2. Precisamos de verdade. Estamos desesperados. Não temos como fazer. Já pagamos US$ 1,1 mil (R$ 5,9 mil), mas estão pedindo US$ 3 mil (R$ 14,7 mil). Peço que nos ajudem. Muito obrigado”.

Crise de segurança no Equador

Por causa de uma crise de segurança o presidente do país, Daniel Noboa, tomou duas medidas severas de segurança:

  • Decretou estado de exceção.
  • Colocou o país em um regime de conflito armado interno.

Os problemas recentes começaram com motins em prisões. Houve fuga de criminosos de grandes facções do país, ataques a delegacias e sequestro de policiais. Em reação, Noboa decretou o estado de exceção.

Na terça-feira, homens armados invadiram um estúdio de TV e transmitiram a ação ao vivo. Foi depois disso que o presidente Noboa baixou o decreto determinando que o país vive um conflito armado interno.

Também na terça-feira, cidades do país registraram invasões, explosões e sequestros. A imprensa equatoriana afirma que 11 pessoas morreram na cidade de Guayaquil e 2 na cidade de Nobol.

Mais de 130 agentes penitenciários e outros funcionários eram mantidos como reféns por detentos, nesta quarta-feira, em pelo menos cinco prisões do Equador, país que está sofrendo com uma escalada de violência nos últimos dias.

Fuga de prisão

A crise começou na segunda-feira (8), após a fuga da prisão do criminoso José Adolfo Macías, mais conhecido como “Fito”. Ele é chefe da “Los Choneros”, uma das facções criminosas mais temidas do país.

O governo disse que a violência é uma reação ao plano de Noboa de construir uma nova prisão de alta segurança para os líderes de gangues.

Após, a fuga de Fito, o presidente Noboa decretou estado de exceção. Essa foi a primeira medida de endurecimento do regime. Um toque de recolher passou a vigorar e foram impostas restrições a direitos de reunião, de privacidade de domicílio e de residência. Além disso, as Forças Armadas também foram autorizadas a ir para as ruas apoiar o trabalho da polícia.

www.g1.globo.com

Imagem de homens que foram detidos pela polícia por terem invadido um estúdio de TV no Equador — Foto: Vicente Gaibor del Pino/Reuters Políciais apresentam os homens que invadiram um estúdio de TV em Guayaquil — Foto: Vicente Gaibor del Pino/Reuters
Militares nas ruas da cidade de Guayaquil, em 10 de janeiro de 2024 — Foto: Vicente Gaibor del Pino/Reuters

Hezbollah: o que se sabe sobre prisão de suspeitos de planejar ataques no Brasil

Membros do Hezbollah durante protesto no Líbano
Movimento islâmico tem base no Líbano e é apoiado pelo Irã – Felipe Souza e Leandro Prazeres – Role, Da BBC News Brasil em São Paulo e Brasília

A Polícia Federal (PF) anunciou que prendeu em São Paulo na quarta-feira (8/11) duas pessoas que teriam ligações com o grupo libanês Hezbollah. Os nomes dos detidos não foram informados.

Assim como o palestino Hamas, o grupo do Líbano prega a destruição do Estado de Israel.

Por meio de nota, a PF informou que a operação, batizada de Trapiche, tem o “objetivo de interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país”.

A operação, segundo fontes ouvidas pela BBC News Brasil, contou com o apoio de órgãos policiais e de inteligência dos Estados Unidos e de Israel.

Ainda de acordo com duas fontes policiais, a investigação apontou que os suspeitos são financiados pelo Hezbollah e que planejavam fazer ataques contra a comunidade judaica no Brasil. Um deles foi preso no aeroporto de Guarulhos, quando chegava do Líbano.

O suposto plano de ataque a alvos judaicos no Brasil vinha sendo trabalhado há algum tempo, mas as tratativas para que ele fosse executado se intensificaram após o início do conflito entre o Hamas e Israel, no início de outubro, informaram fontes familiarizadas com o assunto.

Os supostos terroristas já teriam selecionado seus alvos, incluindo sinagogas e prédios ligados à comunidade judaica no Brasil. Um deles seria a Embaixada de Israel, em Brasília. Além dos dois suspeitos presos no Brasil, a Justiça Federal expediu mandados de prisão para outros dois suspeitos que estão no Líbano.

Os dois são brasileiros descendentes de libaneses. Seus nomes, segundo investigadores, estão na lista de procurados da Interpol. Ainda de acordo com pessoas familiarizadas com a investigação, um dos alvos presos já respondia por crimes de lavagem de dinheiro e contrabando.

A PF pretende analisar os dados financeiros do grupo para checar como ele era financiado. Além das duas prisões, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.

Os detidos em São Paulo devem responder pelos crimes de constituir ou integrar uma organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo. De acordo com a PF, se somadas, as penas máximas desses crimes chegam a 15 anos e 6 meses de prisão.

Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são inafiançáveis, e a pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.

O que é o Hezbollah?

Líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, durante discurso
Crédito, Reuters TV – Líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, durante discurso
 

O Hezbollah — cujo nome significa “partido de Deus” — é um partido político islâmico xiita que tem um braço paramilitar apoiado pelo Irã e exerce grande poder no Líbano.

As origens precisas do Hezbollah são difíceis de rastrear, mas seus precursores surgiram depois de Israel ter invadido uma parte do sul do Líbano em 1982, em resposta a uma série de ataques de militantes palestinos contra Israel, nomeadamente a tentativa de assassinato do embaixador israelense no Reino Unido.

Ariel Sharon, que era então Ministro da Defesa de Israel, visou expurgar a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) do sul do Líbano e impedir as incursões do grupo através da sua fronteira.

Alguns líderes xiitas no Líbano queriam uma resposta militante à invasão e romperam com o Movimento Amal, um grupo político que se tornou uma das mais importantes milícias muçulmanas xiitas durante a Guerra Civil Libanesa (1975-1990).

Os rebeldes formaram um movimento militar xiita que recebeu apoio militar e organizacional da Guarda Revolucionária do Irã (divisão das forças armadas do Irã, fundada depois da Revolução Iraniana) e foi denominado Amal Islâmico.

Pouco depois, essa organização aliou-se a outros grupos e criou o Hezbollah.

O Hezbollah anunciou oficialmente a sua criação em 1985, publicando uma “carta aberta” que identificava os Estados Unidos e a antiga União Soviética (URSS) como os principais inimigos do Islã.

No polêmico manifesto, o Hezbollah também levantou a destruição de Israel como um objetivo fundamental.

“É o inimigo odiado que temos de combater até que os odiados consigam o que merecem”, diz o texto.

“Este inimigo é o maior perigo para as nossas gerações futuras e para o destino das nossas terras, especialmente porque glorifica as ideias de colonização e expansão, iniciadas na Palestina.”

Desde 1992, o Hezbollah é liderado por Hassan Nasrallah e tornou-se a força militar mais poderosa da nação árabe.

No mesmo ano, o grupo participou pela primeira vez nas eleições nacionais, obtendo mais assentos do que qualquer partido.

O grupo ganhou gradualmente influência no sistema político do Líbano e tem poder de veto no Executivo do país.

O Hezbollah é considerado por alguns libaneses como uma ameaça à estabilidade do país, mas continua popular entre a comunidade xiita libanesa que representa.

Apesar de o Hezbollah defender uma corrente do Islã diferente da do Hamas, sendo o primeiro xiita e o segundo, sunita, os dois grupos convergem quanto ao desejo de destruir Israel.

Tanto o Hamas quanto o Hezbollah são considerados organizações terroristas pelos governos do Reino Unido, dos EUA e de outros países.

O Hezbollah possui um vasto arsenal de armas que inclui mísseis guiados com precisão que podem afetar intensamente o território israelense e dezenas de milhares de combatentes bem treinados e experientes em batalha.

Desde o ataque do Hamas a Israel, o Hezbollah intensificou seus ataques a Israel, que está retaliando essas ações.

Mas ambos os lados aparentemente tomaram medidas para evitar uma escalada perigosa e a maioria dos ataques se limitou à zona fronteiriça.

Nasrallah disse recentemente que os últimos ataques do Hamas em Israel foram “corretos, sábios e justos”, mas os descreveu como “100% palestinos”.

Ainda no discurso, feito em um local secreto e transmitido para milhares de pessoas na capital do Líbano, ele criticou os Estados Unidos, dizendo que o país era o responsável pelo conflito em Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu uma resposta de magnitude “inimaginável” se o Hezbollah abrir uma segunda frente no conflito.

Fonte: www.bbc.com

Curioso: homem vive há 55 anos isolado do mundo por medo de mulher

Nzamwita sofre de um tipo raro de fobia, a ginofobia - Foto: Reprodução/Twitter
Nzamwita sofre de um tipo raro de fobia, a ginofobia — Foto: Reprodução/Twitter

Callixte Nzamwita, um homem de 71 anos residente em Ruanda, país da África Oriental, tem vivido isolado do mundo por mais de cinco décadas, evitando qualquer interação com mulheres devido a uma condição conhecida como ginofobia. A ginofobia é caracterizada pelo medo intenso ou aversão a se aproximar de mulheres ou estabelecer relações sexuais com elas.

Nzamwita iniciou seu isolamento aos 16 anos, confinando-se a um único cômodo de sua casa, onde realiza todas as atividades diárias, desde dormir e cozinhar até urinar. Ele revelou que construiu uma cerca de quase cinco metros de altura ao redor de sua residência, na tentativa de garantir que nenhuma mulher pudesse se aproximar.

Apesar de sua situação, um vizinho bem-intencionado tentou ajudá-lo, porém, Nzamwita insistiu em evitar qualquer contato. O vizinho relatou: “Nós fornecemos suprimentos a ele, lançando-os dentro de sua casa.”

 O que é Ginofobia?

Conforme o Instituto de Psicologia Aplicada de Brasília, ginofobia é caracterizada pelo medo ou uma aversão intensa às mulheres.

Os homens ginecofóbicos evitam as mulheres, talvez devido a uma experiência negativa na infância, algum abuso físico, sexual ou mental cometido por uma figura feminina. Inclusive, alguns deles tendem a adiar o casamento por causa de tal medo.

Além disso, a genética, fatores ambientais e histórico familiar de fobias e transtornos de ansiedade também podem causar a ginofobia. 

A entidade esclarece ainda quem a doença pode ser definida como um tipo de fobia específica. No entanto, diversos especialistas que afirmam que o termo surgiu para definir o medo que os homens tinham de serem humilhados pelo sexo feminino. Entretanto, o medo, nas fobias, são desproporcionais e sem bases concisas. Em geral , não há um perigo iminente quando os sintomas são desencadeados.

Ademais, há outros termos que se assemelha ao quadro, como a misoginia. Todavia, a misoginia é classificada como o ódio por mulheres. O oposto de ginofobia é conhecido como androfobia, sendo caracterizado como medo ou aversão aos homens.

Segundo estudos, é possível que as origens da ginofobia e a da misoginia estejam interligadas com as origens da sociedade.

 

VÍDEOS: Veja imagens dos ataques do Hamas a Israel; Benjamin Netanyahu, diz que país está “em guerra”, mas vencerá

Membros palestinos das Brigadas Ezz Al-Din Al Qassamque, a ala militar do Hamas, queimam veículos blindados militares pertencentes às forças israelenses perto da Faixa de Gaza | Crédito: Ashraf Amra/Anadolu Agency via Getty Images

Israel declarou “estado de alerta para guerra” depois de um ataque surpresa do Hamas neste sábado (7). O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está em “em guerra”, mas sairá vencedor. “O inimigo pagará um preço como nunca conheceu antes”, afirmou.

Integrantes do grupo radical islâmico palestino se infiltraram em território israelense e foguetes foram disparados a partir da Faixa de Gaza. Foram relatados tiroteios em cidades do sul do país. O incidente deixou pelo menos 40 mortos e 545 feridas, segundo o jornal Times of Israel.

A IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel) disse que o Hamas “enfrentará as consequências e a responsabilidade por estes acontecimentos”. O órgão informou no X (antigo Twitter) que foi lançada “uma operação em grande escala para defender os civis israelenses”. A operação foi chamada de “Espada de Ferro”.

Veja imagens divulgadas nas redes sociais:

https://www.youtube.com/shorts/O3jspxC87R4?feature=share

Poder 360

Brasileiro foragido nos EUA rouba arma e polícia acredita que ele está “desesperado o suficiente” para usá-la

Reprodução

O brasileiro Danilo Cavalcante, que fugiu de um presídio na Pensilvania, EUA, segue foragido desde 31 de agosto, “é considerado armado e extremamente perigoso”, segundo a polícia estadual informou nesta terça-feira (12). Na noite de segunda-feira (11), a Polícia Estadual da Pensilvânia recebeu um chamado de um morador relatando que um homem que se encaixa na descrição de Cavalcante invadiu sua casa e roubou um rifle de calibre .22 de sua garagem.

O morador também disse que sacou uma pistola e começou a atirar no invasor, mas a polícia afirma não ter “nenhuma razão para acreditar” que ele tenha sido atingido ou ferido. “Ele agora está armado com um rifle calibre .22 com mira telescópica e lanterna montada”, disse o tenente-coronel George Bivens em entrevista coletiva nesta terça. A polícia solicitou que os moradores da área protejam suas casas enquanto Cavalcante segue foragido.

“Nós o consideramos desesperado, nós o consideramos perigoso, tudo o que isso faz é confirmar para nós que ele tem uma arma”, acrescentou Bivens. “Ele já matou duas pessoas anteriormente. Eu suspeito que ele está desesperado o suficiente para usar essa arma.”

Os polícias também encontraram pegadas na lama “idênticas” às marcas de sapatos que o brasileiro usava quando fugiu da prisão. E pouco adiante, os sapatos foram encontrados abandonados. Um morador da área relatou que um par de botas de trabalho foi roubado de sua varanda.

Mesmo após os tiros disparados pelo morador contra Cavalcante, a polícia afirma que não há sangue ou outras evidências que apontem que ele foi ferido.