Educação Legislativa será tema de palestra na Câmara de Parnamirim

Educação Legislativa será tema de palestra na Câmara de Parnamirim
“Educação Legislativa – Uma revolução silenciosa a favor do Brasil”. Esse será o tema da palestra que será realizada pela Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Parnamirim, no próximo dia 17, às 8h30. A apresentação será feita pelo professor José Bezerra Marinho, diretor da Escola da Assembleia do Rio Grande do Norte – ALRN. 

Comemorado pela primeira vez no Brasil, o evento faz parte das atividades da 1ª Semana Nacional da Educação Legislativa, organizada pela ABEL – Associação Brasileira das Escolas do Legislativo e de Contas. As ações simultâneas propostas pelas Escolas de todo o país ocorrem na semana de 13 a 17 de maio, em alusão à Comemoração do Dia Nacional da Educação Legislativa, celebrado em 15 de maio.

Para Josilane Marques, pedagoga da Escola do Legislativo da Câmara Municipal, este momento é de suma importância: “Essa é a educação que nós tentamos levar ao cidadão para que eles tenham consciência dos seus direitos e dos seus deveres, e pela oportunidade de levar conhecimento a todos”, comentou em sua fala. A palestra será aberta ao público e promete debater sobre o papel da Educação Legislativa no contexto nacional e sua contribuição para o fortalecimento da democracia e do desenvolvimento do país.

Palestrante

José Bezerra Marinho, atualmente exerce o cargo de diretor da Escola da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, possui formação em Direito pela UFRN, tendo passado por cursos em instituições educativas na Califórnia (EUA) e em Genebra (Suíça), é Consultor Organizacional com formação na Organization Development Association – ODA, em Los Angeles, entre outras diversas atuações, assumiu por duas vezes o mandato de Deputado Federal e secretário de Estado.

Por Cida Ramos

Derradeiro de Maio movimenta rede hoteleira e traz o “Xote do Bem” em sua segunda edição

FOTO: DIVULGAÇÃO

Com sua segunda edição confirmada, o show “Derradeiro de Maio”, que acontece dia 29 deste mês, na Cidade do Forró, que fica Fazenda Tome Xote, em Olho D’Água do Borges, tem movimentado a rede hoteleira da cidade e da região Oeste do RN.

Além do anfitrião Dorgival Dantas, a edição deste ano terá como convidados Adelmário Coelho, Waldonys, Luciano Moreno, Aduílio Mendes, Cícero Dantas, Alan Matias, os 3 do Nordeste e Brenno Senna.

Patrimônio Material Cultural do Rio Grande do Norte, a Fazenda Tome Xote foi palco da primeira edição do Derradeiro de Maio, em 2023, que surgiu por causa de uma tradicional festa que ocorre no interior sempre no mês de maio e que tem esse nome.

Já a Cidade do Forró foi construída com objetivo de valorizar a cultura nordestina e incrementar a economia e o turismo na região Oeste do estado.

Nesta edição, o Derradeiro de Maio traz o Xote do Bem, que é uma iniciativa em que todos os acessos ao evento estarão vinculados à arrecadação de recursos para compra de cestas básicas, que serão destinadas a pessoas em vulnerabilidade socioeconômica da região Oeste.  Para se ter ideia disso, R$ 20 de cada ingresso vendido será revertido para essa ação.

Blog do FM

Preço do arroz pode elevar 5% “em cenário otimista”

FOTO: GETTY IMAGES

As fortes enchentes que atingem o Rio Grande do Sul podem provocar a elevação no preço do arroz, item cuja produção é liderada pelo estado gaúcho. O economista William Eufrásio Nunes, professor da UFRN, avalia que é ainda é cedo para projeções, mas aponta que o item pode ficar 5% mais caro, dentro de um cenário mais otimista. Ele não acredita que haverá desabastecimento nos supermercados. Eufrásio chama atenção, no entanto, para uma avaliação aprofundada dos impactos da tragédia para que haja o dimensionamento real dos reflexos no bolso do consumidor brasileiro.

“Não se sabe ainda o tamanho das perdas e, portanto, não se conhece, do mesmo modo, os impactos que elas vão gerar em níveis de preços, não somente do arroz, mas de vários itens produzidos na região”, afirma o professor. Ele ressaltou que o Governo Federal já adotou medidas para evitar uma escalada de preços e impedir que a escassez do produto nos estoques. “Em um panorama otimista, com o processo de importação aliado com o pouco que sobrou das produções gaúchas, espera-se que se mantenha as variações de preço dentro da média dos últimos meses, com um impacto de mais ou menos 5% nos preços”, pontua.

Os efeitos serão notados tão logo os estoques comecem a baixar, segundo o professor. “A produção naquela área está parada e a comercialização do arroz tende a diminuir. Isso vai criar pressões em cadeia e gerar o aumento de preços. Quando começar a importação, as empresas que têm estoques reguladores começam a abastecer a própria cadeias e tem início a mitigação do volume de preços ampliado em um primeiro momento”, detalha Eufrásio. Segundo ele, os aumentos devem atingir primeiro os estados mais próximos à área afetada.

O economista descarta que haverá desabastecimento pelo País. “Possivelmente, haja escassez pontual no próprio Rio Grande do Sul, em locais onde os silos de estoques tenham sido destruídos ou prejudicados pelas chuvas. Nas outras regiões, não haverá problema de desabastecimento, em particular, no Nordeste”, explica.

Na sexta-feira (10), o Governo Federal autorizou a importação, em caráter excepcional, de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O objetivo é recompor os estoques públicos para o enfrentamento das consequências sociais e econômicas decorrentes dos eventos climáticos extremos ocorridos no Rio Grande do Sul.

A ação foi tomada por meio da Medida Provisória (MP) Nº 1.217, publicada em edição extra do Diário Oficial da quinta-feira (9). De acordo com o documento, a compra de arroz por meio de leilões públicos, a preço de mercado, é válida para 2024. Os estoques serão destinados, preferencialmente, à venda para pequenos varejistas das regiões metropolitanas. O Rio Grande do Sul, que sofre com enchentes desde o final de abril, responde por 70% da produção de arroz no País.

Em ato conjunto, os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (MAPA) e da Fazenda (MF) definirão, mediante proposta da Conab, a quantidade de arroz a ser adquirida, os limites e as condições da venda do produto, incluída a possibilidade de deságio. Também foi autorizada a inclusão, nos leilões, dos custos relativos ao preço da sacaria e da remoção do produto para as localidades de entrega definidas pela Companhia.

Tribuna do Norte

Câmara de Natal entrega comendas “Heróis da Segurança Privada” e “Guardiões da Limpeza”

Foto: Francisco de Assis

Em sessão solene nessa segunda-feira (13), a Câmara Municipal de Natal entregou pela primeira vez as Comendas “Heróis da Segurança Privada” e “Guardiões da Limpeza”, criadas em 2023, por proposição do vereador Milklei Leite.

As comendas foram criadas pelo Projetos de Resolução: PR 19/2023 – “Comenda Heróis da Segurança Privada”, destinada aos vigilantes e profissionais da segurança privada, seguranças de eventos, escoltas armadas, transportes de valores, seguranças pessoais, controladores de acesso, coordenadores de segurança, supervisores de segurança e gestores de segurança privada; e PR 22/2023 – Comenda Guardiões da Limpeza, em homenagem aos Profissionais da Limpeza Pública.

“A Comenda Heróis da Segurança Privada é uma forma de expressar a gratidão e o reconhecimento aos vigilantes e profissionais da segurança privada, que desempenham um papel fundamental na preservação da segurança e da ordem. Já a Comenda Guardiões da Limpeza foi criada em homenagem aos trabalhadores incansáveis da limpeza urbana, para expressar nossa gratidão e respeito por eles”, resumiu o vereador Milklei Leite, lembrando que a entrega da comenda Guardiões da Limpeza será feita anualmente na semana do dia 16 de maio, para celebra o Dia do Gari.

Para a encarregada de máquinas Elineide Isidoro da Silva, há 16 anos na Urbana, oito dos quais na função de monitorar e programar a retirada de lixo de pontos crônicos de descarte irregular, receber a homenagem é um reconhecimento ao trabalho e à dedicação por ela empenhada. “Me sinto honrada e incentivada a continuar fazendo o melhor pela população”, disse a servidora, que é consciente de que seu trabalho evita a proliferação de insetos e doenças.

Já para o presidente do Sindicato dos Profissionais de Segurança (Sindsegur), Marcio Lucena, a Comenda Heróis da Segurança Privada credita valorização à categoria que ainda luta por respeito a direitos trabalhistas conquistados. “Convivemos com baixos salários e condições de trabalho insalubres”, denuncia. “Mas sem o vigilante e o segurança, o banco não abre, e o nosso dinheiro não é transportado”, lembrou o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Vigilância, Iran Marcolino Victor.

Prestigiaram a sessão solene o superintendente regional do trabalho e emprego do MTE no RN, Cláudio Gabriel de Macedo Júnior; o subsecretário do Gabinete Civil do Estado, José Gilderlei Soares; o comandante da Guarda Municipal, Rosivan Valle da Costa e o diretor presidente da Urbana, Alvamar Vale.

Texto: Ilana Albuquerque
Foto: Francisco de Assis

Homem morre após ser atropelado na BR-226

Foto: Ilustrativa

Um homem de 32 anos morreu após ser atropelado por um veículo no Km 40 da BR-226, em Macaíba, Grande Natal. De acordo com a Polícia Rodoviária do Rio Grande do Norte (PRF/RN), o acidente aconteceu na noite dessa segunda-feira (13), por volta das 23h10.

Conforme apontam as informações da PRF, a vítima foi atropelada quando estava na região correspondente ao sentido Macaíba/Bom Jesus, na BR-226. O veículo responsável pelo atropelamento ainda não foi identificado.

O pedestre foi atropelado, ainda, por outros dois veículos quando já estava sem vida. A ocorrência foi atendida pela SAMU, Instituto Técnico Científico de Perícia (ITEP) e Polícia Civil.

Tribuna do Norte

Derrubar muros e barreiras

Padre João Medeiros Filho

Nos idos de 1960, quando estudante na Bélgica, ouvia colegas europeus, notadamente alemães, discutir sobre o Muro de Berlim. O objetivo deste era separar os habitantes daquela cidade germânica, por razões políticas e ideológicas. Ficava pensando como isso acontecera num país considerado civilizado e desenvolvido. Não poderia imaginar que, décadas depois, veria algo semelhante, em meu país. Atualmente, há no Brasil um muro, de difícil demolição. Foi construído, não com pedra, ferro e cimento, mas com intransigência, radicalismo, rancor e ódio, tornando irmãos e compatriotas em inimigos. Infelizmente, passados tantos anos, a civilização contemporânea não conseguiu ainda fazer com que avanços tecnológicos e científicos fossem acompanhados de posturas humanistas e éticas, capazes de demolir paredões fraticidas para estabelecer vínculos entre as pessoas.

Cada vez mais, verificam-se cenários de conflitos e diferentes modos de exclusão social. Os discursos e propostas tornam-se repetitivos, obsoletos, estéreis e demagógicos. A sociedade paga um alto preço por sua deterioração social. Ocorre uma inércia ético-moral, neutralizando ações de efetiva solução dos graves problemas e fragilizando iniciativas para o enfrentamento de crises. Há falta de união, racionalidade, interesse e solidariedade, até mesmo para aniquilar um mosquito.  Mais do que descuido administrativo, configura-se na carência de sensibilidade humana e espiritual. Isso gera incapacidade para diálogos indispensáveis à ruína de vários muros. Muitos deles são erguidos em nome do bem-estar e proteção à democracia. Outros, com tons de “apartheids”, inviabilizam o respeito à liberdade ou dignidade humana. Recorde-se a Palavra inspirada: “Irmãos, exorto-vos a ter cuidado com os que causam divisões e colocam obstáculos em seu caminho” (Rm 16, 17).

Apesar do progresso e desenvolvimento tecnológico, científico e socioeconômico, o Brasil ainda padece de muitos males, cuja solução necessita de diagnósticos precisos, lúcidos e ações eficazes. Poder-se-ia citar um conjunto de barreiras sociais que se levantam, inviabilizando pontes. Dentre elas, incluem-se a apatia e a anestesia social, que fazem crescer a indiferença, criando obstáculos entre os indivíduos. A esperança para a queda dos muros reside na convicção e vivência da fé. Esta poderá apontar saídas justas e humanizadas para as diferentes situações desoladoras, aparentemente insuperáveis.  

O saber técnico, o desempenho político e outras habilidades são importantes. Todavia, têm-se mostrado ineficientes diante de singularidades da existência humana e complexidades do funcionamento das instituições. A fé e a espiritualidade trazem alentos e sentidos existenciais, alargam o horizonte para cada um tomar consciência do seu relevante papel de agente do bem e da paz. Exorta o apostolo Paulo: “Não haja divisão entre vós. Ao contrário, sede bem unidos” (1Cor 1, 10). A fé proporciona ao ser humano ir além do território do seu próprio bem-estar. É com ela que se aprende a praticar e demonstrar o amor fraterno, superando o anseio de destruir o semelhante.  Viver a espiritualidade e a autêntica crença religiosa consiste em cultivar uma abertura para todos, efetivando a derrubada de barreiras e a edificação de pontes. Para tanto é indispensável ultrapassar a lógica materialista, a dinâmica interesseira e as conveniências ideológicas e partidárias. Cabe lembrar que Cristo é o Pontífice. Este termo etimologicamente significa aquele que faz pontes. Segundo a teologia, a Igreja é sacramento de nosso Salvador, portanto deve ser construtora de união. Nisto compõe-se também a sua missão. Será que está acontecendo assim no Brasil atual? Como faz falta uma ponte. Que o digam os viajantes, de dias passados, com destino de Mossoró a Natal e vice-versa. Sua inexistência torna a viagem mais demorada e talvez perigosa. Assim é o mundo sem Deus. E para se achegar a Ele, precisa-se recorrer ao Pontífice: Jesus.

A ausência de ligações leva ao monólogo, fomentando a insensatez de eliminar os outros. Há muros e fossos construídos, colocando em lados opostos e incomunicáveis indivíduos e grupos. Essa divisão é semanticamente diabólica. Diabo (em grego diábolos) quer dizer separação. Cristo rezou: “Pai que todos sejam um como Eu e Tu” (Jo 17, 21). Somente a vivência da fé e a espiritualidade poderão derrubar muros ou cercas e construir vínculos. Urge edificar pontes de confiança, diálogo, entendimento, reconciliação e paz. Esta “nos é dada [por Deus], não como o mundo no-la dá” (Jo 14, 27).