Programa Bolsa-Atleta Potiguar oferece auxílio de até R$ 1.430; saiba como se inscrever

Foto: Carmem Félix

O governo do Rio Grande do Norte abriu nesta quinta-feira (2) as inscrições de atletas do estado no programa Bolsa-Atleta Potiguar. A iniciativa vai oferecer auxílios mensais que variam de R$ 440 a R$ 1.430.

Ao longo do primeiro ano, o programa vai apoiar 100 esportistas. Segundo o governo, foram disponibilizados R$ 731 mil para o incentivo.

O programa vai contemplar diversas categorias, como atleta estudantil, regional, nacional, internacional e olímpico e paralímpico. A bolsa será concedida pelo prazo de um ano e poderá ser renovada.

Criado em 2015, por meio da Lei Estadual 9.955, o programa Bolsa-Atleta Potiguar está sob responsabilidade da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (SEEC), por meio da Subsecretaria do Esporte e do Lazer (SEL).

Inscrições abertas

O edital com as regras do novo Bolsa-Atleta foi publicado na edição desta quarta-feira (1º) do Diário Oficial do Estado. Os interessados em participar do programa poderão realizar as inscrições até o 3 de junho de 2024.

Para isso, devem entregar os documentos necessários na recepção da Subsecretaria do Esporte e do Lazer – no Centro Administrativo do Estado, em Natal. De acordo com o edital, o responsável pelo recebimento da documentação, entregará ao responsável pela inscrição o número do protocolo de recebimento.

Segundo o subsecretário de Esporte e Lazer do RN, Júlio Cezar Nunes Júnior, serão aceitas as modalidades esportivas reconhecidas e regularizadas pelas entidades esportivas competentes, incluindo aquelas presentes nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, além de modalidades paradesportivas não olímpicas.

Valores:

  • Bolsa-atleta estudantil (50 bolsas) – R$ 440
  • Bolsa-atleta regional (22 bolsas) – R$ 550
  • Bolsa-atleta nacional (15 bolsas) – R$ 770
  • Bolsa-atleta internacional (10 bolsas)– R$ 1,1 mil
  • Bolsa-atleta olímpica/paralímpica (3 bolsas) – R$ 1.430 mil

Segundo o edital, os candidatos deverão apresentar, na inscrição, um formulário de adesão no programa, com foto 3×4; além de cópias e originais de documentos como identidade, CPF, comprovante de residência; comprovante de filiação à federação ou associação do esporte ligado ao seu esporte, entre outros.

No caso de atletas menores de idades, também é necessário apresentar documentos dos responsáveis e autorização deles para participação no programa.

O edital e os formulários necessários para inscrição estão disponibilizados no site da SEL (aqui).

G1RN

Remoer o passado ou respeitar o presente?

Foto: reprodução

Por Antonio Carlos de Almeida Castro, o advogado criminalista, Kakay.

O argumento usado pelo Presidente Lula e por alguns ministros sobre a não instalação da Comissão Nacional da Verdade, no sentido de que não é hora de remoer o passado, parte de uma premissa absolutamente falsa. Segundo estudo feito durante o governo Dilma, dos 243 desaparecidos pela ditadura, só 33 de foram encontrados os restos mortais! Ou seja, não se trata de remoer o passado, mas de enfrentar o presente. Essas famílias de brasileiros têm o direito de obter hoje, no presente, agora, o mais urgente possível, uma resposta do Estado.

No passado, a cruel e sanguinolenta Ditadura matou e torturou. Depois, houve uma anistia na qual os assassinos e os torturadores foram perdoados. Se não perdoados, pelo menos não foram enfrentados e admoestados. É este o momento, e já é longe demais, de darmos uma explicação, não só aos familiares e aos amigos, mas a todas as pessoas que têm ainda um pouco de formação humanista. Não se trata de esquerda e direita. O que se coloca é se o Estado deve respeitar o básico: o direito de deixar claro para todos onde, quando e como foram assassinados, torturados, enterrados ou desaparecidos os brasileiros e brasileiras que se opuseram à Ditadura.

Para quem espera há longos 39 anos, pode ser tarde, mas ainda é tempo. Uma das causas do surgimento do bolsonarismo foi exatamente a inação do Estado no confronto a essa gravíssima questão. O Bolsonaro era um militar golpista. Tentou dar um golpe com um atentado terrorista e foi expulso do Exército. O próprio General Geisel afirmou que ele era um mau militar. Porém, nunca foi realmente punido. Ao contrário, ganhou o apoio de grupos de extrema direita e de parte da mídia para exaltar a tortura, o racismo e a misoginia.

Todos sabem que é o Estado o responsável por tudo. Até por isso, não pode se omitir. O coroamento da não ação e do não esclarecimento por parte do Estado desembocou na longa noite de horror do 8 de janeiro. Como nunca foram responsabilizados, foi normal e natural tentar voltar ao estado de ruptura constitucional. Agiram acobertados pela covardia histórica do Estado Brasileiro. E com a certeza da cumplicidade por parte desse Estado. É necessário fazermos um enfrentamento para não sujarmos as mãos pela omissão.

Sempre nos lembrando do mestre Ruy Barbosa: “A justiça atrasada não é justiça; senão injustiça qualificada e manifesta”.

www.ultimosegundo.ig.com.br