Primeira aeronave da FAB decolou de Natal (RN) para resgate de brasileiros em Israel

Foto: FAB/Divulgação

A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou às 18h da Base Aérea de Natal, em Parnamirim (RN), para missão de resgate de brasileiros em território afetado pelos acontecimentos recentes entre Israel e Palestina. A região vive em conflito desde  sábado (7).

Além do avião Airbus A330 200 que partiu do Rio Grande do Norte, outras cinco aeronaves, sendo elas mais um KC-30, dois KC-390 Millennium (Embraer) e dois VC-2 (Embraer 190), que atendem à Presidência da República, estão em prontidão para serem empregadas nos próximos dias, de acordo com a FAB.

A missão que saiu do Rio Grande do Norte tem destino inicial Roma, capital da Itália, onde aguardará a autorização para prosseguir até Israel. A bordo, além da tripulação, estão militares da equipe de saúde, que irão prestar apoio em caso de necessidade.

Foto: FAB/Divulgação

Grupo de potiguares está em Tel Aviv

Padre Francisco Fernandes junto a um grupo de pelo menos 20 pessoas do Rio Grande do Norte desembarcaram em Tel Aviv na madrugada de sábado (7). Eles foram até a região para fazer o roteiro de peregrinação, viagem chamada de peregrinação pela Terra Santa. Logo após a acomodação, foram informados dos ataques que estavam acontecendo em solo israelense. O grupo se encontra bem e faz parte dos brasileiros que estão em Israel com dificuldade para conseguir voos comerciais de volta.

Grupo de potiguares chegou em Tel Aviv, Israel, na madrugada do sábado (08) para peregrinação guiada pelo padre Francisco Fernandes. Foto: Reprodução/Instagram

O pároco descreveu em sua página no Instagram como se encontra a região após início dos acontecimentos. Segundo informações dadas pelo padre, a madrugada e a manhã deste domingo (8) foram tranquilas na cidade em que se encontram.

Batata, uva, melancia, feijão, arroz, água mineral e mistura, esse foi o cardápio principal da oposição

O ex-prefeito Maurício Marques, juntou alguns nomes para conversar sobre política em Parnamirim e o resultado foi a promessa que irão marchar juntos, formando um grupão para enfrentar o candidato de Taveira em 2024. Mas na hora do regabofe, só rolou água para baixar a temperatura da professora Nilda, uva para agradar a vereadora Rhalessa, melancia para Fativan e o tradicional feijão com arroz para Maurício Marques.

O comentário depois da reunião, é que Abidene irá conseguir se livrar da condenação eleitoral que o tornou inelegível passando a ser um dos nomes para disputar a candidatura a vice , mas o tabelião Airene Paiva corre por dentro em busca desse espaço e já conta com o apoio de Maurício Marques. Vamos ver como será a digestão desse cardápio político, quando se aplicar às regras para eleição proporcional, já tem muitos pré candidatos a vereador que só em ver essa fotografia da mesa e do cenário político, já ficou com indigestão.

Amanda Melo reforça a sua luta em defesa da criança e do adolescente e dá um NÃO para a exploração ao trabalho infantil

Foto: Dimas Nascimento

Eleita conselheira tutelar mais votada de Parnamirim, Amanda Melo, foi a entrevistada desse sábado (7), no Programa “A voz da Liberdade”, apresentado pelos jornalistas Gilson Moura e Rannier Lira.

Durante a conversa, ela falou um pouco da sua trajetória de vida, da paixão que possui pela política e sobre o seu mandato de conselheira tutelar que começa no dia 10 de janeiro de 2024.

Foto: Dimas Nascimento

Quando questionada sobre sua possível candidatura de vereadora em 2024, Amanda Melo afirmou que essa pergunta quem irá responder é o povo de Parnamirim.

No quadro “ A Caixa Preta”, ela reforçou a sua luta em defesa da criança e do adolescente, dando um NÃO para a exploração ao trabalho infantil.

Clique AQUI, para conferir a entrevista na íntegra e saber quem mais recebeu um NÃO da conselheira tutelar mais votada de Parnamirim, Amanda Melo.

Foto: Dimas Nascimento

Israel se declara oficialmente em guerra, após ataques do Hamas; mortos já superam 900

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou que seu Gabinete de Segurança declarou o país oficialmente em guerra, após um ataque mortal do Hamas no sul de Israel.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu – Foto: agência Lusa
A decisão, anunciada neste domingo, 8, autoriza formalmente “a tomada de medidas militares significativas”, disse o gabinente, em um comunicado. “A guerra que foi imposta ao Estado de Israel em um ataque terrorista assassino da Faixa de Gaza começou às 6h de ontem”, disse.
Não foram fornecidos mais detalhes. Mas Netanyahu já havia declarado o país em guerra, e os militares prometeram uma resposta dura em Gaza. Os líderes do Hamas, por sua vez, afirmaram estar preparados para uma nova escalada.
Uma questão importante agora era se Israel lançará um ataque terrestre em Gaza, uma ação que, no passado, causou um grande número de baixas. Netanyahu prometeu que o Hamas “pagará um preço sem precedentes”. Mas, ele advertiu: “Essa guerra levará tempo. Será difícil”.
O número de mortos no conflito não para de aumentar. Os meios de comunicação israelenses, citando funcionários dos serviços de defesa, afirmaram que pelo menos 600 pessoas foram mortas, incluindo 44 soldados, enquanto em Gaza as autoridades disseram que 313 pessoas tinham morrido. Um oficial militar israelense afirmou que mais de quatrocentos militantes do Hamas tinham sido mortos e dezenas capturados.
Estadão Conteúdo

Ética jurídica e literatura: uma boa mistura

Marcelo Alves Dias de Souza – Procurador Regional da República – Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

              Havendo proposto, na semana passada, o estudo interdisciplinar da ética jurídica com a literatura/cinema, venho hoje fazer uma defesa dessa curiosa mistura. Especificamente, pretendo responder à dúvida básica que deve estar na cabeça de vocês: por que os profissionais do direito devem estudar ética jurídica através da literatura/cinema? Há alguma utilidade nisso?

Sem titubear, minha resposta é sim. E por vários motivos.

            Antes de mais nada, o contato com a boa literatura é fundamental para o aprimoramento do discurso jurídico, sobretudo a capacidade de escrever dos profissionais do direito, incluindo aqui bacharelandos, advogados, promotores, juízes, legisladores e por aí vai. Para escrever bem, é preciso, ou pelo menos muito recomendável, ler bem. Isso sem falar que ler boa literatura é algo muito – muitíssimo mesmo – gostoso (certamente bem mais que os enfadonhos tratados jurídicos). Aqui já ganhamos duplamente.   

            Ademais, já sendo mais específico, a literatura/cinema testemunha a visão sobre o mundo jurídico existente em determinada sociedade em certa época (embora marcada, em boa medida, pela ótica particular do autor da obra estudada). Esse testemunho é bem mais acessível/compreensível aos leitores (com ou sem formação jurídica), para fins de reconstrução da imagem que a sociedade tem de seus atores/profissionais do direito, do que os áridos estudos jurídico-sociológicos de caráter estritamente científico. Mesmo em se tratando de obras estrangeiras, podemos nos valer da análise comparativa para conhecer melhor a imagem que a literatura e a sociedade brasileiras fazem da nossa atividade jurídica e dos seus profissionais. E vale a pena estudar ética jurídica através da literatura/cinema porque a (re)construção ficcional dos operadores jurídicos pode ser um incentivo para que os estudantes e os profissionais do direito reais (juízes, promotores, advogados, policiais etc.) repensem – e, por consequência, reconstruam com aprimoramento – os seus papéis e as suas imagens na sociedade.

            Doutra banda, na literatura/cinema, há inúmeras estórias que enfrentam e resolvem eticamente problemas jurídicos. Os grandes autores/diretores relatando a casuística da vida forense, dos escritórios de advocacia ou das prisões, em linguagem mais elegante e acessível do que a linguagem técnico-jurídica, são frequentemente excelentes professores de direito. Aliás, vale a pena estudar o direito/ética jurídica através da literatura/cinema porque, na medida em que haja uma correspondência entre a obra estudada e a realidade do mundo jurídico (o que nem sempre se dá, já que estamos falando de obras de ficção), o estudo do direito, partindo da casuística narrada, torna-se menos abstrato.

            Outrossim, a ficção, ao mesmo tempo em que reproduz (além da concepção particular de seu autor) o direito posto e o imaginário popular acerca das diversas temáticas ético-jurídicas, também influencia, em graus variados, a construção desse direito e, sobretudo, desse imaginário. Nesse ponto, como se dá com outras interfaces da literatura (com a religião, com os costumes, com a moda etc.), a literatura e o cinema são subversivos, tanto para a filosofia do direito como para o direito positivo. Não é de causar espanto que esses “críticos” tenham antecipado muito das modernas teorias e tendências do direito (tais como a ética jurídica, o ambientalismo, o biodireito, o feminismo, a transexualidade etc.). De fato, muitas das ideias inovadoras no direito, assim como boa parte das críticas à mentalidade jurídica consolidada, historicamente encontraram sua mais vívida expressão nesse popular e imaginativo meio de expressão, denominado por nós de romance, mas que, poeticamente, o mesmo William P. MacNeil chamou certa vez de “lex populi” (na obra “Lex Populi: The Jurisprudence of Popular Culture”, Stanford University Press, 2007).

            Por fim, concluo afirmando que, com os grandes autores, com suas belas estórias, aprendemos que o direito não é um fim em si mesmo, isolado do mundo; ao contrário, ele faz parte da vida cotidiana, que é carregada de dramas bem reais. Alguns até acreditam ser essa a principal razão pela qual a literatura – e a arte em geral – interessa ao direito.

Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL