“Vamos radicalizar ainda mais”, afirma presidente do Sinpol-RN sobre mobilização

Na última segunda-feira 15, os policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram suspender as diárias operacionais. Foto: José Aldenir/AGORA RN
Na última segunda-feira 15, os policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram suspender as diárias operacionais. Foto: José Aldenir/AGORA RN

Policiais civis do Rio Grande do Norte realizaram nessa terça-feira 16 um ato público em forma de protesto saindo em caminhada da sede do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol-RN), na Avenida Rio Branco, em direção à Assembleia Legislativa, para cobrar dos deputados a aprovação do auxílio-fardamento dos policiais civis, um dos pontos da mais recente pauta de reivindicações.

Na última segunda-feira 15, os policiais civis do RN decidiram suspender as diárias operacionais, inclusive nas delegacias de plantão. Com isso, nenhum agente ou escrivão está realizando trabalho extraordinário. De acordo com o presidente do Sinpol-RN, Nilton Arruda, a decisão da categoria afetará o funcionamento das delegacias de plantão.

“Muitas delegacias precisam do serviço extraordinário e voluntário dos policiais, através das diárias operacionais, para conseguir formar uma equipe de atuação. Delegacias como as Deams, as plantões da Grande Natal e as plantões regionais do interior não têm efetivo fixo suficiente e são compostas por policiais civis que trabalham além da carga horária para suprir essa necessidade. Sem a realização das DOs, as unidades podem ficar fechadas”, disse Nilton Arruda.

A decisão do sindicato de realizar o ato na ALRN tinha o objetivo de pressionar os parlamentares, acerca da votação da matéria do auxílio-fardamento. “O auxílio-fardamento é um dos pontos da pauta de reivindicações. O Governo do Estado enviou o projeto para Assembleia, após as cobranças do Sinpol-RN, mas a matéria ainda não foi votada e, por isso, os policiais civis decidiram realizar esse ato nesta terça-feira, para pressionar os parlamentares”, frisou Nilton.

Além disso, a categoria luta pela valorização salarial: foi pedido 15% para 2025 e mais 15% de aumento em 2026, mas a gestão estadual ofereceu 4% e para apenas uma classe dos policiais civis, sendo que ao todo são sete classes. A categoria busca também a nomeação dos 153 policiais civis que foram formados no início do ano. De acordo com o sindicato, a Polícia Civil do RN recebe o terceiro pior salário do país, ficando atrás apenas da Paraíba e de Pernambuco.

O Sinpol pretende realizar uma nova assembleia geral para decidir quais serão as ações futuras, enquanto isso, continuam suspensas as diárias operacionais. Porém, o presidente do sindicato afirmou que deve tomar medidas mais fortes. “Seria prejudicar os outros serviços, não é? Já que o Governo do Estado não nos chama para conversar, está esperando a radicalização do nosso movimento, então vamos cumprir o desejo, atender o desejo do governo. Então, vamos radicalizar mais ainda a nossa mobilização”, relatou.

www.agorarn.com.br