Farmácias criticam proposta de vender medicamentos em supermercados

Foto: Reprodução

O presidente da Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias), Sérgio Mena Barreto, publicou uma nota com críticas à proposta de venda de medicamentos em supermercados. A medida seria adotada para reduzir a inflação de alimentos. Eis a íntegra do texto (PDF ­– 58 kB).

Os supermercados seriam autorizados a vender os MIPs (medicamentos isentos de prescrição). Ao comercializar mais uma categoria de produtos, os preços dos alimentos poderiam cair. O presidente da Abrafarma criticou a medida. Disse que esses produtos representam aproximadamente 30% das vendas dos produtos em farmácias.

“Nas 93.000 farmácias brasileiras, que cobrem 99% das cidades do país, geramos 2 milhões de empregos diretos; 56.000 farmácias são optantes do Simples/micro-empresas”, disse. “Aprovar MIPs em supermercados, apenas para lhe dar MAIS UMA categoria de vendas, é provocar o desequilíbrio econômico de um setor que funciona bem e é muito respeitado em todo o mundo”, completou.

Barreto defendeu ainda que o custo de operação da uma farmácia é alto com aluguel, salários, estoques e outros. Disse que a medida teria um efeito rebote de aumento nos preços de medicamentos de prescrição, impactando negativamente a população, principalmente os mais pobres.

As farmácias dizem que os MIPs têm riscos e podem exigir indicação específica. Afirmou que em 68% dos casos o cliente esclarece suas dúvidas com o farmacêutico.

“Quem vai responder a essas perguntas no supermercado? O açougueiro? O padeiro? O caixa?”, questionou Barreto. “Será lamentável que, num governo que sempre colocou a saúde das pessoas em 1º lugar, a ‘marca’ dessa gestão Lula 2023-2026, seja a destruição das farmácias, o aumento da automedicação e o agravo de doenças crônicas na população”, completou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na 2ª feira (20.jan.2025), durante a 1ª reunião ministerial de 2025, que os ministros têm que trabalhar para abaixar os preços dos alimentos. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou na 4ª feira (22.jan.2025) que o governo está trabalhando em medidas para baratear os alimentos.

Segundo noticiou o jornal Valor Econômico, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) teria sugerido vender medicamentos em supermercados para viabilizar a queda dos preços dos alimentos.

Poder 360

Unicat registra falta de 30% do total de medicamentos

Foto: Magnus Nascimento

Usuários da Unidade Central de Agentes Terapêuticos do Rio Grande do Norte (Unicat-RN) continuam enfrentando dificuldades para ter acesso a medicamentos que deveriam estar disponíveis gratuitamente para a população. Na manhã desta terça-feira (21), conforme levantamento feito com base nos dados disponíveis no site da Unicat, havia 65 medicamentos em falta, o equivalente a 30% de um total de 216 ofertados. Alguns usuários não conseguem receber os remédios desde o ano passado, conforme relatos colhidos pela reportagem.

É o caso da tia de Eineide Maria. A idosa, de 81 anos, faz tratamento para a coluna, em função de um problema ósseo avançado. Em outubro, o médico receitou que ela fosse tratada com romosozumabe 90 mg/ml, uma solução injetável que Erineide conta não ter acesso nem em farmácias. “Desde que o médico passou essa injeção que a gente tenta, mas não consegue pegar aqui na Unicat. Minha tia não consegue nem andar porque está com os ossos da coluna todos desgastados. O caso é muito grave”, relata Erineide sobre o estado da tia.

Diante da contínua falta de acesso, Erineide afirma que pretende acionar a justiça para fazer com que a Unicat viabilize a medicação. “Ela vai precisar tomar duas aplicações por mês. Por enquanto, não tem outro jeito a não ser esperar, porque a gente não encontra essa injeção na farmácia”, diz a mulher. A dona de casa Maria da Guia Soares, de 56 anos, está preocupada porque a irmã dela, diagnosticada com cirrose, vai ficar sem o remédio (pancreatina 25 000 UI CAP) que auxilia na digestão. “Faz quatro meses que ela descobriu a cirrose, está com a barriga muito grande. Cheguei hoje para pegar o remédio e não tem”, conta Soares.

Os problemas na Unicat não se restringem à falta de fármacos. Na segunda-feira (20), usuários relataram longa espera para conseguir pegar os remédios – alguns deles contaram que a espera chegou a seis horas. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que administra a Unicat, divulgou que um problema no sistema interno da unidade provocou a demora no atendimento. Ontem, usuários disseram à reportagem que não havia problemas em relação à espera, que registrava tempo médio de 30 minutos.

Ainda nesta terça, foi questionado à Sesap sobre a falta de medicamentos, mas a pasta não respondeu à reportagem. De acordo com as informações que constam no site da Unidade, 51 fármacos estão em processo de licitação (incluindo o formoterol e a pancreatina, citados nesta reportagem), 12 aguardam distribuição do Ministério da Saúde (incluindo o romosozumabe) e dois estão suspensos.

Tribuna do Norte

RN registra aumento de 45% nos transplantes de órgãos em 2024

O Rio Grande do Norte registrou um aumento de 45% no número de transplantes de órgãos em 2024, acompanhado por um crescimento significativo nas doações. Ao todo, foram realizados 419 transplantes, enquanto que em 2023 foram 289. Os dados são da Central de Transplantes do Estado, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), e se referem aos procedimentos feitos por meio do SUS.

Dos 419 transplantes registrados no ano passado, 194 são de córneas, 165 de medula óssea, 57 de rins e três transplantes cardíacos. Foram registradas, também, 36 doações de múltiplos órgãos e 133 doações de córneas. Já em 2023, dos 289 transplantes, 132 foram de córneas, 107 de medula, 44 de rins, quatro transplantes cardíacos e dois de pele, além de 28 doações de múltiplos órgãos e tecidos.

A coordenadora da Central de Transplantes do RN, Rogéria Nunes, atribui esse aumento ao trabalho integrado da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e das Comissões Intra-hospitalares para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Essas comissões, formadas por profissionais de saúde, desempenham um papel crucial na organização dos processos e protocolos que viabilizam as doações. Ela destaca a importância de campanhas de conscientização, como o Setembro Verde, que incentiva a doação de órgãos. “A conscientização da população tem sido fundamental para o aumento do número de transplantes e doações”.

O trabalho acontece por meio da parceria entre a Sesap, os hospitais públicos e privados, e diversos órgãos como o Centro Integrado de Operações Aéreas da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e a Força Aérea Brasileira. Esses parceiros viabilizam o transporte eficiente de pacientes e órgãos, tanto por via terrestre como aérea.

Fila de espera por orgãos

Apesar do avanço, a fila de espera por transplantes ainda é uma realidade. Atualmente, 641 pessoas aguardam um transplante de córnea, 379 esperam por um rim e 22 necessitam de um transplante de medula. No momento, não há pacientes aguardando transplantes cardíacos no estado.

O Brasil é reconhecido mundialmente como referência na área de transplantes, considerado o maior sistema público de transplantes do mundo. Por meio do SUS, os pacientes recebem assistência integral e gratuita, que inclui desde exames preparatórios até o acompanhamento pós-operatório e fornecimento de medicamentos.

Tribuna do Norte

Dom Heitor Sales é diagnosticado com Covid, deixa UTI e se recupera bem

Foto: Rivaldo Júnior

O arcebispo emérito da arquidiocese de Natal, Dom Heitor Sales, recebeu o diagnóstico de Covid. A Arquidiocese de Natal informou que ele se recupera bem e já deixou a UTI do Hospital da Unimed, onde deu entrada na última última quarta-feira (15) para tratar um quadro de pneumonia.

Em comunicado emitido pela Arquidiocese de Natal, foi informado que Dom Heitor permanecerá internado até o seu pleno restabelecimento. A nota também adverte que, devido ao quadro, as visitas ao arcebispo estão suspensas.

Confira a note da Arquidiocese de Natal na íntegra:

Dom Heitor Sales, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Natal, internado deste a última quarta-feira (15), no Hospital da Unimed, foi diagnosticado com Covid e se recupera bem. Já fora da UTI, seguirá internado até o seu pleno restabelecimento. Dada a natureza do quadro, as visitas estão suspensas.

Tribuna do Norte

Sesap: RN está em estado de alerta para epidemia de dengue

O Rio Grande do Norte está em estado de alerta para uma epidemia de arboviroses, segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Segundo a pasta, o aumento de notificações de casos de arboviroses em dezembro e em janeiro deste ano acenderam o alerta das autoridades de saúde, que anteciparam a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (CES) para dengue e outras arboviroses. Só para a dengue, são 432 casos prováveis nas duas primeiras semanas de janeiro. Aliado a isso, o aumento de casos em 2024 em relação a 2023 foi de 180%, segundo Diana Rêgo, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap. O RN é o primeiro estado do Brasil a abrir o centro para dengue neste ano, segundo o Ministério da Saúde.

Esse é um de três fatores para que a Sesap decidisse antecipar a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (CES) para esta quinta-feira (16), numa ação que deverá ser integrada entre uma série de secretarias e municípios. A ideia é unir esforços para evitar casos graves e óbitos. Em 2024, o Estado registrou dois óbitos de dengue e três de chikungunya. De acordo com o plano de contingência para as arboviroses, o RN encontra-se em nível de alerta, com possibilidade de entrar em situação de epidemia caso registre um aumento expressivo de casos ou confirme algum caso de óbito.

“Quando fizemos a avaliação do cenário epidemiológico, informei as secretarias e a governadora que tínhamos três motivos suficientes para instalação desse centro. O primeiro motivo é a comparação dos números de casos de 2024 para 2023, com um aumento de mais de 180% de incidências de casos de dengue. O segundo motivo é que comparando o RN com outros estados do Nordeste somos o terceiro com maior incidência de casos”, explica Diana Rêgo, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap.

Ainda segundo Diana Rêgo, outro fator que amplia a preocupação no Estado é a circulação do sorotipo 3 no Brasil, que desde 2008 não circulava de forma predominante no Brasil. No país, são endêmicos sorotipos 1 e 2, e uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, uma pessoa passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.

“O estado do RN não tem a presença desse sorotipo Denv-3 da dengue. No ano passado só tivemos a identificação do 1 e do 2. Então se viemos a ter a circulação desse sorotipo Denv-3 podemos vir a ter um número de pessoas com um desenvolvimento da forma grave da doença”, acrescenta Diana Rêgo.

Neste primeiro momento, trinta municípios potiguares estão em estado de alerta e terão ações programadas específicas para as arboviroses. As ações incluem capacitações de gestores e corpo técnico, visitas a domicílio, busca ativa, entre outras ações. Os municípios foram incluídos levando em considerações fatores como incidência, casos graves, óbitos e fluxo turístico.

“Quando falamos em dengue, zika ou chikungunya, precisamos entender que a principal arma que temos é o combate ao foco dos mosquitos. Sabemos que mais de 70% dos focos são peridomiciliares, estão dentro ou ao redor das nossas casas. Precisamos entender que combater e buscar esse foco é nossa principal estratégia, em ter a educação, a prevenção, levar esse tema para dentro das escolas, grupos de apoio dos municípios, por isso temos o apoio da assistência social”, finaliza Diana Rêgo.

“No período epidêmico do ano passado montamos uma estratégia que foi bem sucedida, com apenas dois óbitos apesar do alto número de casos, e agora queremos repetir. Agora, de forma ainda mais antecipada, visto que o COE de 2024 foi aberto apenas em março”, pontuou a secretária de Estado da Saúde Pública, Lyane Ramalho, que coordenou a reunião.

Tribuna do Norte

Saúde de São Gonçalo investe na capacitação de gerentes e diretores das unidades básicas

Saúde de São Gonçalo investe na capacitação de gerentes e diretores das unidades básicas
Essa semana serão ofertadas formações em SUS Digital e prontuário eletrônico.

A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, através da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou hoje (15) uma importante série de capacitações voltadas para os gerentes e diretores de unidades básicas de saúde.

Essa é a primeira oficina do programa SUS Digital, trazendo especialistas para capacitar e requalificar as equipes no uso do sistema de regulação. “A ferramenta garante mais agilidade nos atendimentos e redução das demandas deixadas pela outra gestão para o acesso aos especialistas”, afirmou a coordenadora técnica geral da SMS, Rayane Oliveira.

A capacitação tem o acompanhamento da supervisora de área, Rafaela Ilário, e reforça o compromisso com a saúde de São Gonçalo, priorizando um atendimento mais eficiente e humanizado para todos. Na sexta-feira (17), a formação será sobre prontuário eletrônico.

Ministério destina mais de R$ 1 bilhão para ações na Saúde no Estado e cidades do RN; saiba quais

O Ministério da Saúde anunciou os valores anuais destinados ao cofinanciamento das ações e serviços públicos de saúde no Rio Grande do Norte, referentes ao Teto de Média e Alta Complexidade (Teto MAC). Publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (10), os recursos repassados devem ser utilizados para serviços ambulatoriais e hospitalares, garantindo a manutenção e ampliação dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O montante soma mais de R$ 1 bilhão a ser destinado ao Estado e cidades potiguares.

A portaria destaca que os repasses serão realizados de forma automática e regular, em 12 parcelas mensais, por meio do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais. Os valores incluem incentivos permanentes, como os destinados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), e atendem à programação pactuada entre os gestores estaduais e municipais de saúde.

Municípios que vão receber os maiores valores:

Total para o RN: R$ 428.173.758,19

  • Natal: R$ 394.048.753,20; Para o SAMU: R$ 7.412.464,80
    Mossoró: R$ 95.683.721,17; Para o SAMU: R$ 1.665.300,00
  • Santa Cruz: R$ 26.384.137,21
    Parnamirim: R$ 24.562.221,08;
  • Caicó: R$ 20.507.092,17;
  • Pau dos Ferros: R$ 18.587.513,59
    São José de Mipibu: R$ 13.387.031,84
    Macaíba: R$ 12.779.148,62;
  • Alexandria: 12.158.973,50;
  • Ceará-Mirim: R$ 9.623.154,16;
  • São Gonçalo do Amarante: R$ 8.360.211,53;
    Currais Novos: R$ 7.845.896,37;
    Assú: R$ 7.203.649,01;
  • Confira lista completa aqui.
  • De acordo com a publicação, esses valores serão utilizados para custear procedimentos como consultas, exames e internações, além de apoiar a manutenção de leitos hospitalares e a expansão de serviços especializados.

Tribuna do Norte