Na reta final das compras, natalense busca ‘pechinchas’

A manhã de sábado (23) no Alecrim, polo principal do comércio de rua da capital potiguar, foi de movimentação intensa, com muita gente em busca das compras para o Natal. Para os comerciantes, a expectativa é de boas vendas, com incremento de até 10% no período. Já para os consumidores, a palavra de ordem era pechinchar para levar para casa produtos que se encaixassem no orçamento, apesar da correria dos último momentos antes da data natalina. Para atender ao público que costuma fazer compras de última hora, o comércio terá funcionamento diferente neste domingo (24).

O universitário Marcos Vinícius Cabral, de 22 anos, aproveitou o sábado para fazer as últimas compras. Ele foi ao Alecrim em busca de roupas para as festas do final de ano. “Quero comprar uma calça, uma bermuda e talvez um tênis. Espero gastar, no máximo, uns R$ 300. Estou pesquisando e vendo que os preços estão justos. Esta é a segunda loja que eu venho e acredito que o segredo é fazer essa pesquisa mesmo, embora o tempo esteja um pouco apertado. Por isso, inclusive, que preferi vim hoje [sábado] para adiantar, tanto por causa do grande movimento, como também porque quero que neste domingo, tudo esteja pronto para a ceia”, relatou.

A enfermeira Josuela França, de 42 anos e Jabelle Martiniano, de 15, também estavam em busca de roupas para o final do ano para a adolescente. Mãe e filha reconheceram que, diante da correria, sequer prestaram atenção nos preços. “Quero uma blusa e um short. Meu critério é comprar a peça que mais me agradar, até porque está uma correria grande. Mas, se Deus quiser vamos conseguir comprar tudo até o domingo”, disse Jabelle. “Fizemos muitas compras e, confesso que já perdi a noção do quanto gastamos”, acrescenta Josuela.
Para os comerciantes, a expectativa é de alta nas vendas. “Desde sexta o movimento aumentou muito. Estamos apostando em um crescimento nas vendas de 10% até este domingo. Antecipamos uma promoção que a gente, geralmente, só faz em janeiro, com descontos de 30% na loja. Então, nossa expectativa é boa”, afirmou Cleide Alves, gerente da das lojas Emanuelle.

Para o dono da Casa Sarmento, Denevaldo Sá, o aumento nas vendas deve chegar a 8%. “Estamos com movimento crescente. Entre esse sábado e domingo, nós acreditamos que serão dias expressivos de venda”, disse. Para garantir suporte a quem ainda precisa fazer as compras, o comércio contará com funcionamento estendido no domingo no comércio de rua.

Já nos shoppings e supermercados, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), a véspera do feriado será de horário reduzido. Na segunda-feira (25), as lojas não devem abrir. As informações da CDL para o domingo apontam que o comércio de rua, como é o caso do Alecrim, estará aberto de 8h às 17h, enquanto os shoppings devem encerrar as atividades às 19h.

Já os supermercados têm horários variados, com algumas redes fechando às 14h, 18h ou 19h. O consumidor deverá conferir essa informação diretamente com a unidade que costuma comprar. Enquanto isso, na segunda-feira, as lojas dos shoppings deverão estar fechadas, com funcionamento facultativo da praça de alimentação das 11h às 21h no Midway Mall, das 11h às 22h no Natal Shopping e Partage Norte Shopping. Na segunda, os supermercados e o comércio de rua não funcionam.

Tribuna do Norte

Carnatal 2023 movimentou mais de R$ 74 milhões, diz Fecomércio-RN

Foto: reprodução/g1-RN

Realizada entre 8 e 10 de dezembro, a 32ª edição do Carnatal – o maior Carnaval fora de época do país – injetou aproximadamente R$ 74,2 milhões na economia da capital. De acordo com levantamento do Instituto Fecomércio RN (IFC), a maior parte deste valor, R$ 49,5 milhões, foram deixados por turistas, que viajaram principalmente de outros estados do Nordeste para prestigiar a festa.

Os dados (coletados pelo segundo ano pelo IFC) foram apresentados na quinta-feira (21) pela diretoria da Fecomércio aos diretores do Carnatal e da Clap Entretenimento, Fred Queiroz e Felinto Filho, e à imprensa.

Para mapear o perfil das pessoas que participaram do Carnatal 2023, o IFC entrevistou um total de 703 participantes entre os dias 08 e 10 de dezembro. O levantamento possui margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

87,5% pretendem voltar ao Carnatal

De acordo com a pesquisa do IFC, a maior parte das pessoas que participou do Carnatal 2023 pertence ao sexo masculino (60%), tem de 25 a 34 anos de idade (43,4%), possui ensino superior completo (68,6%), recebe até 5 salários mínimos por mês (55,5%) e está solteiro (73,8%). Além disso, a maioria foi ao evento acompanhado por amigos (47,2%).

O estudo da Fecomércio RN também mostrou que a maior parte dos participantes reside no Rio Grande do Norte (53,2%), mas o evento também atraiu muitos turistas de outros estados – como Pernambuco (9,1%), Paraíba (5,3%), Ceará (5,1%) e São Paulo (3%).

Mesmo representando apenas 33% do público, os turistas foram os que mais gastaram dinheiro na festa. Enquanto cada residente deixou cerca de R$ 633,21, os turistas gastaram uma média de R$ 1.374,73 ao longo do evento – um aumento moderado em relação a 2022, quando os valores médios gastos por residentes e turistas foram R$ 596,40 e R$ 1.323,25, respectivamente.

Tribuna do Norte

Reunião em Natal discutirá a suspensão da pesca do atum

Foto: Adriano Abreu

A suspensão da pesca do atum no Brasil por parte do Governo Federal já tem provocado consequências na economia do Rio Grande do Norte, maior produtor e exportador do Brasil do pescado. Empresas já têm dispensado funcionários em férias coletivas, como é o caso da Produmar, que deu férias a 100 pescadores, e apontam ainda que a suspensão, que no papel é até dia 1º de janeiro, na prática será até o fim do primeiro mês de 2024, uma vez que a pesca do atum depende da posição da lua. Com isso, o pescado só voltaria a chegar a mesa dos potiguares a partir de fevereiro, segundo interlocutores do segmento pesqueiro potiguar.

Nesta terça-feira (19), representantes do Ministério da Pesca, do Meio Ambiente, autoridades e interlocutores do setor pesqueiro vão se reunir em Natal para discutir a medida e os impactos para o segmento. Anualmente, o Brasil precisa cumprir uma “cota” de pesca de atum, cota esta que não pode ser ultrapassada por tratados internacionais.

A medida tem afetado grandes empresas, mas também pequenos empresários, como é o caso do vendedor Josenilson Alves de Moura, 52 anos, que trabalha com atum há 40 anos no Canto do Mangue, nas Rocas. O pescado específico do atum (albacora-bandolim) representa 70% de suas vendas e segundo ele, o prejuízo no faturamento será de pelo menos 50%. O vendedor cita ainda que possui pescado em seu estoque e que há expectativa de receber novo carregamento do que já havia sido pescado, mas alega que haverá reajuste no preço.

Tribuna do Norte

Procon Natal aponta aumento nos preços dos combustíveis na capital

Foto: Divulgação/ Procon

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) divulgou os resultados de sua mais recente pesquisa de preços realizada nas quatro zonas administrativas da cidade. A análise revelou um aumento significativo de R$ 0,51 no preço médio da gasolina comum, alcançando o valor de R$ 5,95 para o consumidor na bomba.

O reajuste, resultado das alterações nas distribuidoras, impactou a gasolina tipo A e o diesel tipo A, com percentuais de aumento de 9,40%. Já para o diesel comum e aditivado, foram registradas variações de -0,42% e -0,03%, respectivamente.

O etanol também apresentou um aumento no preço médio, passando de R$ 4,28 para R$ 4,44. Quanto ao gás veicular, houve uma ligeira redução de R$ 0,01 no preço médio do metro cúbico em comparação ao mês anterior, registrando R$ 4,76 em novembro e R$ 4,75 na pesquisa mais recente.

Mesmo com o aumento global, a pesquisa destacou variações expressivas entre os postos pesquisados. A maior diferença encontrada foi de 36,64% no preço do etanol. A gasolina comum, por exemplo, foi comercializada a R$ 5,07, alcançando seu menor preço na região oeste, bairro de Cidade Nova. Já o diesel teve uma variação de R$ 5,48 a R$ 6,38, sendo o menor valor identificado na região oeste, bairro de Cidade Nova, e o maior na região sul, bairro de Candelária.

O Procon Natal acompanhou os preços dos combustíveis ao longo do ano, revelando aos consumidores as variações e seus percentuais. O levantamento anual apontou que o preço máximo da gasolina comum atingiu R$ 6,15 em setembro, enquanto o mínimo foi registrado em janeiro, com o valor de R$ 5,27.

Diante desse cenário, o Procon Natal alerta os consumidores para a importância de ficarem atentos e realizarem pesquisas, buscando os melhores preços na hora de abastecer. O órgão ressalta que, mesmo com os aumentos, existem postos que praticam preços mais acessíveis.

Caso se depare com valores consideravelmente acima da média, o consumidor é encorajado a registrar denúncias na sede do Procon Natal, localizada na rua Ulisses Caldas n° 181, Cidade Alta, ou pelos canais de atendimento ao consumidor: WhatsApp (84) 98812-3865 e e-mail proconnatal@natal.gov.br, para as devidas medidas administrativas cabíveis.

Fonte: www.grandeponto.com.br

Navio-sonda que fará perfuração de poço da Petrobras chega à Bacia Potiguar

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, fez uma postagem em rede social informando que o Navio Sonda 42, que deverá fazer a perfuração do poço de Pitu Oeste, chegou à Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte e do Ceará. A postagem incorpora um vídeo com imagens do navio em funcionamento.

A Petrobras recebeu do Ibama, em outubro de 2023, a licença de operação para perfuração de poços exploratórios, em águas profundas da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira. No âmbito da mesma Licença ambiental, a Petrobras planeja perfurar o poço Anhangá, na concessão POT-M-762, a 79km da costa do estado do Rio Grande do Norte e próximo ao poço Pitu Oeste.

“A Petrobras voltou a perfurar no Nordeste”, disse Prates. Segundo ele, a perfuração de Pitu Oeste vai começar no dia 24. “No total, a depender do licenciamento ambiental subsequente, deverão ser 16 poços exploratórios na Margem Equatorial até 2028”, informou.

Na postagem, feita na X (ex-Twitter), Prates afirmou que a avaliação técnica e econômica de qualquer descoberta deve levar entre 8 e 12 meses. “Até a produção efetiva, eventuais campos encontrados e considerados viáveis levarão outros 4-6 anos para conceber e desenvolver sua respectiva estrutura operacional”, contou.

Com informações do Estadão Conteúdo

Maior leilão de energia do Brasil tem empresa chinesa como vencedora e desconto de 40%

Onda de calor extremo no Brasil leva a segundo dia de recorde no consumo de energia elétrica — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Onda de calor extremo no Brasil leva a segundo dia de recorde no consumo de energia elétrica — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

O maior leilão de transmissão de energia já realizado no Brasil teve como vencedoras a chinesa State Grid, que levou o principal empreendimento – com aportes previstos de R$ 18 bilhões -, a espanhola Celeo Redes e a brasileira Alupar em consórcio com o fundo Mercury.

A licitação desta sexta-feira (15) garantiu a contratação de R$ 21,7 bilhões em investimentos em linhas de transmissão de energia, que vão expandir a capacidade de escoamento da energia renovável gerada no Nordeste para os centros de carga do Sudeste.

Lote 1

O principal projeto ofertado, um bipolo de transmissão em corrente contínua, foi arrematado pela State Grid, que ofereceu uma receita anual permitida (RAP) de R$ 1,94 bilhão pelo empreendimento, representando um deságio de 39,90% ante o valor máximo estabelecido.

O principal projeto ofertado, que passa por Maranhão, Tocantins e Goiás, é um bipolo de transmissão em corrente contínua e foi arrematado pela chinesa State Grid. O deságio do negócio foi de cerca de 40% e receita anual permitida (RAP) ofertada foi de R$ 1,94 bilhão.

A RAP é a remuneração que a empresa recebe pelos serviços que serão prestados e, nesse tipo de leilão, vence quem oferecer o menor valor. O RAP máximo permitido para esse projeto era de R$ 3,2 bilhões.

A companhia chinesa terá de realizar investimentos de cerca de R$ 18 bilhões para erguer o bipolo, com prazo previsto de 72 meses para implantação.

A State Grid é um dos maiores grupos do setor de transmissão brasileiro, controlando 24 concessionárias, sendo 19 próprias e 5 joint ventures (empreendimentos conjuntos, na tradução literal). Ao todo, a subsidiária brasileira da estatal chinesa opera mais de mais de 16 mil quilômetros de linhas no país.

Lotes 2 e 3

A Alupar saiu vencedora do lote 2 do leilão, ao ofertar uma RAP de R$ 239,5 milhões, significando um desconto de 47,01%. Já o lote 3 foi arrematado pela espanhola Celeo Redes, por R$ 101,2 milhões de RAP, deságio de 42,39%.

A Eletrobras, bastante aguardada na concorrência por ser a maior operadora de linhas de transmissão do Brasil e estar com fôlego financeiro para crescer no segmento, chegou a participar da disputa pelos lotes 2 e 3, mas não apresentou propostas vencedoras.

Segundo a agência reguladora Aneel, o desconto médio do leilão calculado com base nos lances ganhadores foi de 40,85%.

www.g1.globo.com

Insegurança jurídica ameaça empregos no setor eólico no RN

Foto: Felipe Gibson/G1

A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) avalia que a recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) para cancelar a licença de instalação do Parque Eólico na Serra do Feiticeiro, em Lajes, na região Central do Estado, pode frear investimentos voltados à cadeia produtiva local de energia eólica.

A licença, segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), passou oito anos em análise. Na avaliação da presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, a ‘interferência’ pode representar um cenário de insegurança jurídica para as empresas, além de influenciar na migração de recursos para outras regiões do Nordeste.

Conforme aponta a presidente da Abeeólica, há uma necessidade global de descarbonização da matriz energética e medidas como a do MPRN podem prejudicar esse processo.

“Esse tipo de interferência traz uma insegurança muito grande para quem está fazendo investimentos, porque um parque eólico exige uma grande quantidade de capital porque tem muito investimento. Se a todo momento os licenciamentos ficarem sujeitos a dúvidas e questionamentos por órgãos do Ministério Público, que tem o seu papel fundamental, isso vai prejudicar os nossos investimentos em energia eólica”, argumenta.

Tribuna do Norte