Senado pretende votar aumento do número de deputados na quarta-feira (18)

Foto:  Andressa Anholete/Agência Senado

Após reunião com os líderes do Senado na Residência Oficial nesta quinta-feira (12), a Casa Alta definiu que votará na próxima quarta-feira (18) o projeto que viabiliza o aumento no número de deputados federais.

A matéria vem sendo defendida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e conta com um requerimento de urgência em fase de coleta de assinaturas. Apesar disso, o texto encontra resistências em algumas bancadas.

“Foi decidido que nós vamos concordar no pedido de urgência. O gesto do presidente Davi lá para o presidente da Câmara, urgência, mas com a liberdade [para votar]. Quando a gente assina o pedido de urgência é só para ajudar no trâmite, mas a liberdade de poder votar contra… Eu por exemplo votarei contra esse aumento”, disse o senador Plínio Valério (PSDB-AM) após a reunião.

O pedido para prioridade de votação da nova composição, com a ampliação do número de deputados, partiu da própria Câmara. Em maio, a Casa aprovou o projeto que amplia de 513 para 531 o número de cadeiras de deputados.

Custos

Apesar de Alcolumbre negar o impacto financeiro, uma estimativa feita durante a tramitação na Câmara dos Deputados indicou estimativa de impacto de R$ 64,8 milhões ao ano — uma média de R$ 3 milhões por nova cadeira na Casa.

“O Orçamento da Câmara já está feito, já foi feita uma avaliação de despesas. Isso não acarretará nenhum aumento”, disse Alcolumbre em entrevista à jornalistas no último dia 5.

CNN Brasil

Novo Licenciamento Ambiental no Brasil: retrocesso travestido de modernização

Por Dayvson Moura

A recente aprovação, pelo Senado Federal, da nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021) inaugura um capítulo preocupante na já frágil relação entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental no Brasil. Apresentada como uma modernização capaz de simplificar os procedimentos, o texto aprovado mascara, sob o véu da desburocratização, um grave esvaziamento dos instrumentos de controle ambiental, colocando em risco direitos fundamentais assegurados pela Constituição Federal.

Representando o Rio Grande do Norte como delegado eleito na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, vi de perto o clamor popular por um modelo de desenvolvimento sustentável, democrático e responsável. A nova proposta legislativa, no entanto, caminha na contramão dessa construção coletiva. Ao institucionalizar modalidades como a Licença por Adesão e Compromisso (LAC), baseada na autodeclaração do empreendedor, o Estado abre mão de seu papel fiscalizador e submete o meio ambiente ao jogo da conveniência empresarial.

A suposta inovação trazida pela Licença Ambiental Especial (LAE), aplicável a projetos “estratégicos”, ignora que o critério de prioridade estatal não pode suplantar o imperativo constitucional da precaução ambiental. É inaceitável que, em nome da celeridade, se relegue a segundo plano a realização de estudos técnicos, a avaliação de impactos cumulativos e a participação popular — pilares do controle ambiental democrático.

Ainda mais alarmante é a dispensa de licenciamento para atividades agropecuárias de pequeno porte. Trata-se de um cheque em branco que desconsidera realidades como o avanço do desmatamento no Cerrado e na Caatinga, muitas vezes impulsionado por ações localizadas e contínuas, mas de alto impacto agregado.

O licenciamento ambiental é, por excelência, uma ferramenta de planejamento, não um entrave ao desenvolvimento. Reduzi-lo a um procedimento cartorial é ignorar a complexidade dos ecossistemas e as dinâmicas territoriais que exigem atenção, estudo e deliberação coletiva. O risco não é apenas ecológico, mas jurídico: ao flexibilizar excessivamente as exigências, a nova legislação pode fomentar a judicialização, ao invés de reduzi-la.

O Ministério do Meio Ambiente já se manifestou de forma contundente, classificando o texto como uma afronta à Constituição. E com razão: o artigo 225 da Carta Magna estabelece como dever do poder público exigir, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de degradação ambiental, o estudo prévio de impacto. O que se observa, no entanto, é a tentativa de esvaziar esse comando sob pretextos economicistas.

Como professor de Direito e Ativista Ambiental, não posso silenciar diante deste retrocesso normativo. O Brasil, um dos países com maior biodiversidade do planeta, não pode abdicar de seus compromissos ambientais em nome de uma política de “passagem livre” ao capital. Precisamos de licenciamento célere, sim, mas sobretudo responsável, técnico, transparente e participativo.

Ao invés de sepultar o licenciamento ambiental, deveríamos fortalecê-lo com investimento em quadros técnicos, digitalização dos procedimentos e articulação federativa eficaz. O que se espera da Câmara dos Deputados agora não é a chancela da pressa, mas a sabedoria de rever um projeto que coloca em risco o que temos de mais valioso: nossa natureza, nossas comunidades tradicionais, nossa dignidade ambiental.

Dayvson M. de Moura
Advogado Ambiental, Delegado Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), Conselheiro de Planejamento Urbanístico e Ambiental do Município de Natal, Professor de Direito Ambiental, Ativista, Consultor e Perito Ambiental.

Lupi pede demissão do Ministério da Previdência

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (2). A decisão foi tomada durante uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O pedido de demissão ocorre após o escândalo envolvendo fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Nas redes sociais, Lupi agradeceu Lula pela “confiança” e “oportunidade”. “Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, escreveu.

“Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, prosseguiu.

Após Lupi comunicar o presidente Lula, o Palácio do Planalto divulgou uma nota, na qual afirma que recebeu o convite do agora ex-ministro da Previdência. O comunicado ainda confirmou o convite do presidente para que o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência, ocupe o cargo. A informação foi antecipada pela CNN.

Fraude no INSS

A Polícia Federal identificou descontos associativos em aposentadorias e pensões que não foram autorizados. Os valores são pagos mensalmente a entidades e sindicatos que representam os aposentados e pensionistas.

Por conta da operação, foram afastados cinco servidores do INSS e um policial federal por determinação judicial.

De acordo com atas de uma reunião realizada com uma conselheira, em junho de 2023, Lupi foi alertado sobre indícios de irregularidades em descontos na folha de pagamento de aposentados.

Em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), presidido por Lupi, uma das conselheiras, Tonia Galleti, solicitou que fosse incluída na pauta uma discussão sobre os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) das entidades que possuem desconto de mensalidade junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Tonia era representante dos aposentados e pensionistas no conselho, que se reúne mensalmente.

Segundo a ata da reunião, o pedido foi negado, pois a pauta já estava elaborada. A conselheira então reforçou o pedido, alegando que havia “inúmeras denúncias feitas”.

Ela solicitou ainda que fosse apresentada a quantidade de entidades que possuem ACTs com o INSS, a curva de crescimento dos associados nos 12 meses anteriores e uma proposta de regulamentação que garantisse maior segurança para trabalhadores, INSS e órgãos de controle.

De acordo com a ata, Lupi registrou que a solicitação era “relevante”, mas não haveria condições de atendê-la imediatamente, pois seria necessário “um levantamento mais preciso”.

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Lupi deve entregar o cargo nesta sexta, dizem auxiliares do Governo Lula

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Imagem: Zeca Ribeiro

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dão como iminente a queda do ministro Carlos Lupi (Previdência). Apesar da ausência de provas de sua participação nas suspeitas de um esquema dentro do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), prevaleceu a ideia de que ele não tomou providências para deter o problema e também não reagiu como deveria após a explosão do caso.

A matéria é de Idiana Tomazelli e Catia Seabra da Folha de São Paulo. Segundo ao menos dois auxiliares do governo, Lupi pode deixar o cargo ainda nesta sexta (2).

Interlocutores do presidente fazem questão de lembrar que o esquema foi instalado no governo Bolsonaro. Frisam ainda que as investigações foram iniciadas na gestão de Lula, incluindo agora a escolha de um novo presidente do INSS com perfil de “xerife”.

Apesar desse esforço saneador, há o diagnóstico de que a Lupi coube a pecha de omisso. A avaliação é que sua permanência é insustentável.

A expectativa é que, sob pressão, o próprio ministro entregue o cargo. A ministra Gleisi Hoffmann está encarregada dessa articulação, segundo fontes.

Lupi é presidente licenciado do PDT e a condução do processo requer delicadeza. A aposta no Palácio do Planalto é que sua saída seja consumada ainda nesta sexta-feira (2). No mais tardar, segunda-feira.

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Em Brasília, Bolsonaro passa por cirurgia para desobstruir intestino

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi encaminhado na manhã deste domingo (13), ao centro cirúrgico do Hospital DF Star, em Brasília, onde passa pelo procedimento cirúrgico de laparatomia exploradora. O objetivo da intervenção é promover a liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal. A informação foi confirmada por meio de nota assinada pela equipe médica do ex-chefe do executivo.

Segundo o boletim, após realização de novos exames laboratoriais e de imagem, foi identificada persistência do quadro de subobstrução intestinal que atinge Bolsonaro. Por conta disso, a equipe concluiu que ele deveria passar por cirurgia. O ex-chefe do executivo passou mal na última sexta-feira (11), enquanto cumpria agenda no Rio Grande do Norte. Ele foi transferido para Brasília em um avião com UTI aérea nesse sábado (12).

A transferência de Bolsonaro para Brasília ocorreu após uma leve melhora em seu quadro clínico, segundo boletim divulgado pela equipe do Hospital Rio Grande. O motivo da internação ainda em território potiguar foi uma obstrução intestinal que, segundo a equipe médica do ex-presidente, está relacionada a complicações decorrentes da facada que sofreu em 2018, durante a campanha presidencial, e às várias cirurgias abdominais realizadas desde então.

Tribuna do Norte

URGENTE!!! Bolsonaro vai passar por cirurgia no intestino neste domingo (13) em Brasília

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai passar por uma cirurgia no intestino em Brasília entre a madrugada e a manhã deste domingo, 13, após decisão da equipe médica que o acompanha no Rio Grande do Norte.

Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), Bolsonaro está bem, mas precisará retirar obstruções intestinal

Como está a saúde de Bolsonaro? Veja o que diz último boletim médico

Bolsonaro teve uma “noite tranquila” e todos os sinais vitais e exames complementares estão “dentro da normalidade”

O avião com Bolsonaro vai decolar no fim da tarde deste sábado, 12, de Natal (RN), e chegar na capital federal à noite. Ele vai desembarcar no Aeroporto de Brasília e será levado de ambulância para o Hospital DFStar, que fica na Asa Sul. O percurso leva 10 minutos de carro.

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Tarcísio sobre tarifaço de Trump: “Oportunidade para o Brasil”

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse, em evento dessa terça-feira (8/4), que o tarifaço imposto pelo governo dos Estado Unidos “cria uma janela de oportunidade para o Brasil”. A fala foi feita durante o Bradesco BBI, que contou com a presença de Fernando Haddad (PT).

Na ocasião, Tarcísio comentou a nova tributação defendendo que ela poderá favorecer a agroindústria brasileira e ajudar o país a alcançar novos mercados.

“Talvez até pela gente não ser tão relevante em comércio exterior para os Estados Unidos, a gente não foi tão prejudicado em termos de tarifas. Agora eu acho que criou uma grande janela de oportunidade para o Brasil (…) Se a gente souber aproveitar essa janela de oportunidade, a gente pode abrir novos mercados, mercados que estavam fechados para o Brasil. Eu vejo esse tarifaço até como uma oportunidade ou um catalisador do acordo Mercosul-União Europeia.”

A fala do governador faz referência à decisão de Donald Trump de taxar em 10% os produtos brasileiro. A tarifa foi anunciada na semana passada e é mais baixa que a imposta sobre outros países como Reino Unido, Cingapura, Chile, Austrália e Turquia.

Durante o evento, o governador também defendeu a reforma orçamentária e criticou políticas assistencialistas do governo federal.

“As pessoas querem prosperar, querem crescer. A agenda assistencialista pura e simples vai perder força a cada dia, porque as pessoas querem crescer. Eu quero caminhar com minha própria perna, quero empreender, quero vencer, quero chegar lá, quero me capacitar, desenvolver meu próprio negócio (…). A agenda assistencial tem que ser uma agenda da emancipação, porque senão ela vira uma agenda de fracasso.”

Por Metrópoles