Terceirizados da UFRN ocupam reitoria em protesto por atrasos em pagamento de salário

Foto: Magnus Nascimento

Trabalhadores do setor de limpeza da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ocupam a reitoria da instituição na manhã desta segunda-feira (15) em protesto contra o atraso no pagamento do salário da categoria. De acordo com o Sindlimp, a folha de dezembro ainda está em aberto para cerca de 170 funcionários terceirizados. O sindicato cobra uma resposta da UFRN.

Os trabalhadores se reuniram mais cedo no Centro de Convivência da Universidade e depois seguiram para a reitoria. As informações iniciais dão conta de que atrasos ocorrem pela terceira vez consecutiva. “A UFRN tem contrato com duas empresas para os serviços de limpeza e higienização. Uma delas pagou aos funcionários, mas a outra, não. Nós queremos entender porquê, só que a universidade não nos dá nenhuma informação. Quem sabe agora, ocupando a reitoria, nós somos recebidos?”, diz Fernando Lucena, presidente do Sindlimp. A TRIBUNA DO NORTE tenta contato com a UFRN para obter um posicionamento sobre o assunto.

Estudantes da UFRN também se somaram aos trabalhadores terceirizados no protesto. Faixas foram levadas

Tribuna do Norte

FMI: inteligência artificial afetará 40% dos empregos em todo o mundo

Foto: Freepick

O desenvolvimento da inteligência artificial (IA) terá consequências para 40% dos empregos em todo o mundo, sobretudo nas economias avançadas, disse a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI). “No mundo, 40% dos empregos serão afetados. E mais: será o caso de quanto mais qualificado for o emprego. Portanto, para as economias avançadas e alguns países emergentes, 60% dos empregos serão afetados”, declarou Kristalina Georgieva.

Em entrevista à agência de notícias France-Presse (AFP), ela explicou que os impactos não são necessariamente negativos, pois também podem resultar em “aumento dos rendimentos”.

Os dados são de relatório divulgado pelo FMI antes das reuniões do Fórum Económico Mundial em Davos, que começam nesta segunda-feira (15) na estância alpina suíça. O documento alerta que a IA poderá agravar as desigualdades salariais, prejudicando sobretudo a classe média, enquanto os trabalhadores com rendimentos já elevados poderão ver os seus salários “aumentarem mais do que a proporção” dos ganhos de produtividade com essa tecnologia.

“É certo que haverá impacto” disse Georgieva, observando que a IA pode acabar com alguns empregos e melhorar outros. A diretora defendeu que a prioridade deve ser ajudar os trabalhadores afetados e “partilhar os ganhos de produtividade”. De acordo com o relatório, Singapura, Estados Unidos e Canadá são os países que estão melhor preparados até agora para a integração da IA.

“Devemos concentrar-nos nos países de rendimento mais baixo”, destacou a diretora-geral do FMI, que demonstrou receio com o risco de abandono escolar nos Estados mais pobres.

“Devemos agir rapidamente, permitindo-lhes aproveitar as oportunidades oferecidas pela IA. A verdadeira questão será deixar de lado os receios ligados ao setor para nos concentrarmos em como obter o melhor benefício para todos”, afirmou Georgieva.

Segundo ela, em um contexto de abrandamento do ritmo de crescimento global, precisa-se “desesperadamente” de elementos capazes de aumentar a produtividade. “A IA pode ser assustadora, mas também pode ser uma grande oportunidade para todos”, observou.

Agência Brasil