Rannier Lira comanda o Prêmio Trampolim da Vitória

O tradicional prêmio do município de Parnamirim é voltado para diversos segmentos empresariais da cidade, onde escolhe através de votação popular inúmeras categorias que concorrem aos Melhores do Ano.

O evento que já existe há mais de duas décadas é coordenado pelo jornalista e promoter, Rannier Lira.

A votação encerra amanhã dia (04), e a festa para celebrar as categorias vencedoras acontecem no dia 10 de novembro.

Este evento é bastante concorrido na cidade de Parnamirim e costuma levar todos os anos grandes empresas e empresários do município para a festa que conta com uma grande noite de gala bastante concorrida.

A participação da classe política que prestigia este grande evento também se faz presente, sempre tendo o prefeito do município, Rosano Taveira saudando os homenageados.

Para votar acesse o link abaixo:

https://rannierlira.my.canva.site/votacao/

Seis ruas de Olho d’água do Carrilho recebem asfaltamento em São Gonçalo

Prefeitura de São Gonçalo do Amarante

No Bairro de Olho d’água do Carrilho, em São Gonçalo do Amarante, iniciou-se nessa semana a aplicação do asfalto em seis importantes ruas da região, dando início a um projeto que trará melhorias substanciais para a mobilidade urbana local.

As ruas contempladas com o revestimento asfáltico são: Av. Vicente de Paula, Rua Estevão Machado de Miranda, Rua São Francisco, Rua São Severin, Rua Nova Zelândia e Rua Nossa Senhora do Ó. Esta intervenção é parte integrante do Programa de Ações Estruturantes (PAES) de São Gonçalo do Amarante, financiado pelo Banco Fonplata e Banco Europeu de Investimento, representando um investimento total de R$ 2.7 milhões em uma área de 14.668,43 m².

Uma das metas principais deste projeto é a criação de uma ligação vital entre as rodovias 101 e 406, o que certamente contribuirá para a melhoria da infraestrutura viária na região. Isso não apenas facilitará o tráfego local, mas também promoverá o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida dos moradores.

O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Eraldo Paiva, expressou seu entusiasmo em relação a essa importante etapa do projeto: “Estamos comprometidos em transformar São Gonçalo do Amarante em um lugar melhor para viver. Essas obras de asfaltamento são um passo fundamental para alcançar esse objetivo, e estamos trabalhando incansavelmente para melhorar a qualidade de vida de nossos cidadãos.”

Os moradores também estão otimistas com as mudanças iminentes. Ailton Souza, morador do residencial Intercity em Olho d’água do Carrilho, compartilhou sua perspectiva: “Antes, nossas ruas eram de areia, e enfrentávamos muitas dificuldades, principalmente quando chovia. Agora, com o asfalto, nossa vida vai melhorar significativamente. É um sonho se tornando realidade”, comemorou.

Prefeitura de São Gonçalo do Amarante

Os martírios de Cunhaú e Uruaçu


Padre João Medeiros Filho

Na primeira metade do século XVII, parte do Nordeste brasileiro esteve sob o domínio holandês, concentrando-se na área de produção açucareira. No início de 1640, a ocupação neerlandesa sofreu grande revés com a queda dos preços do açúcar. A Companhia das Índias Ocidentais, gerenciadora da exportação, passou a exigir o pagamento de dívidas contraídas pelos senhores de engenho e produtores rurais, decorrentes de empréstimos concedidos, durante o governo de Maurício de Nassau. A cobrança e as modificações na política financeira dos Países Baixos para o Brasil motivaram a revolta dos luso-brasileiros. A partir de 1644, teve início um movimento para expulsão dos holandeses, chamado de Insurreição Pernambucana ou Restauração, como preferem alguns historiadores. Foi nesse contexto que, em 16 de julho de 1645, ocorreu o massacre do Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama (RN). Ali, católicos participavam da missa na Capela de Nossa Senhora das Candeias. Forças neerlandesas, indígenas janduis,potiguares e outros opositores do regime português,liderados por Jacob Rabbi, invadiram o templo e mataramos fiéis, inclusive o celebrante Padre André de Soveral. Em Uruaçu (São Gonçalo do Amarante/RN), a chacinaocorreu em 3/10/1645, tendo sido trucidados Padre Ambrósio Ferro e várias pessoas.

Historiadores generalizam, apontando os holandeses protestantes (sem identificar as igrejas às quais pertenciam), como os responsáveis pelas mortes de Cunhaú e Uruaçu. Estudos recentes vêm mostrando que não foram somente protestantes e holandeses os autores domassacre em território potiguar. Cientistas religiososafirmam que nem todos os neerlandeses habitantes do Nordeste eram protestantes. Havia católicos, judeus e descrentes. Consoante Frans Leonard Schalkwijk (em“Igreja e Estado no Brasil holandês”), existiam índios convertidos ao protestantismo, que se aliaram aos neerlandeses para se libertar do jugo português. Dentre os indígenas, havia seis membros de tribos potiguares, que estudaram na Holanda e aqui fundaram a Igreja Reformada Potiguara (1625-1692). Escreve Schalkwijk: “A história do protestantismo indígena durante a ocupação holandesa está registrada nos arquivos de Amsterdã e Haia.

pesquisadores, dentre eles Francisca Jaquelini de Souza, que se contrapõem a essa opinião, afirmando que as congregações evangélicas sediadas em Recife não possuíam filiais no RN. Outros autores relatam, indo na direção de Schalkwijk, que na província ocupadafloresciam denominações protestantes de inspiração franco-inglesa e holandesa, assim como a religião judaica. Segundo F. Varnhagen, “Nassau era liberal, tendo concedido liberdade religiosa. Daí, resulta a fundação da primeira sinagoga em continente americano, no Recife.Várias fontes atestam que Jacob Rabi, de origem judaico-alemã, foi um dos líderes do morticínio.

É inegável o testemunho heroico de vida cristã dos mártires, não obstante existir motivos alheios à religião,que contribuíram para a morte. Há indícios de que otrucidamento foi perpetrado também como represália à Coroa Portuguesa, à Inquisição e punição aos revoltosos contra as medidas tributárias impostas pelos Países Baixos. Este último motivo ajuda a explicar a escolha daexecução em zonas rurais. Desses fatos, infere-se que para a matança concorreram razões religiosas e sociopolíticas.Decorridos quase cinco séculos, torna-se difícil recompor a verdade histórica do morticínio. Se foram os protestantes, a que denominações pertenciam? Eramapenas neerlandeses e índios?

Entretanto, depreende-se das fontes disponíveis queas vítimas foram massacradas por sua fé, apesar de outras motivações: reação ao Padroado, à Inquisição e cobrança aos rurícolas das dívidas contraídas. Tais fatores não são inerentes à fé cristã. Há de ressaltar que os simples católicos da época sequer tinham conhecimento ou consciência do regime concordatário português, não podendo responder por atos das autoridades civis oueclesiásticas. Houve extrapolação sociopolítica, atingindo a dimensão religiosa. A execução das vítimas nos locais e momentos referidos prova esse excesso. Se não havia ódio à religião, por que os assassinatos só atingiram os católicos? O martírio tem uma tripla conotação: a) repulsa ao Estado português e ao Padroado inquisitorial, b) vingança aos inadimplentes lusobrasileiros de empréstimos e c) perseguição à fé cristã. As razões econômico-políticas não invalidam o martírio daqueles que “deram o seu sangue, louvando o SantíssimoSacramento”, segundo Monsenhor Paulo Herôncio de Melo, a quem se deve notável registro do morticínio. Os mártires viveram as palavras de Cristo: “Não temais os que matam o corpo, mas quem pode matar a alma” (Mt 10, 28).