Tapioca mantém esperança de ser o vice de Taveira e critica políticos que fazem “pacto com o diabo”

Tapioca tem origem humilde e acredita ser bom nome para chapa com o prefeito Rosano Taveira

Valdemir Ferreira da Silva tem origem em uma família pobre onde, basicamente, os recursos para a sobrevivência vinham da venda de tapiocas. Desde 1961, passou a morar em Parnamirim, no antigo bairro do Carrasco, hoje Boa Esperança. Ainda menino, cuidava da venda dos produtos onde morava, enquanto a outra parte da produção feita por sua mãe era vendida por ela no antigo mercado do Alecrim, em Natal, onde atualmente está a Praça Gentil Ferreira. Aos 18 anos, realizou o sonho de servir à pátria, ingressando na Aeronáutica, onde aperfeiçoou a paixão pelos esportes.  Desde 1989, quando foi aprovado em concurso público municipal e já popularmente conhecido como “Tapioca”, o adulto que quando garoto tinha na merenda escolar uma refeição garantida por dia, integrou-se nas questões sociais, enveredou no mundo da política, passou a frequentar reuniões com pessoas influentes da cidade e agora, em 2020, vê-se capacitado, e não esconde de ninguém, como possível companheiro de chapa do prefeito Taveira, na disputa pela comando do executivo parnamirinense.

Tapioca concedeu entrevista aos jornalistas Gilson Moura e João Ricardo Correia, no sábado (15), no programa “A Voz da Liberdade”, na Liberdade FM. Usando terno e gravata e uma máscara com emblemas do Fluminense carioca, falou de forma simples e direta, sem arrodeios. Deixou claro que não está satisfeito totalmente com a gestão do coronel Taveira, a quem fez vários elogios, principalmente no tocante a ouvir o que o povo pensa e precisa para viver melhor. “Tem político que depois de eleito parece que fez pacto com o diabo, pois não recebe mais ninguém, não fala mais com ninguém. Tem outros que ficam usando o nome de Deus eu vão”, criticou, sem citar nomes.

Assumindo o papel de “ouvidor da cidade”, Tapioca, que é filiado ao Cidadania, está convicto que é a melhor opção de Taveira para compor a chapa para a disputa, em novembro próximo. Para ele, o prefeito não precisa de gente para ficar “puxando o saco”, mas, sim, de um vice que vá às ruas, que converse com o povo, que ande de ônibus, de trem, que frequente os hospitais públicos, que não tenha problema em circular pela periferia. “Tenho esse perfil e já disse a Taveira, há mais de um ano, que quero ser o vice dele. Até agora, ele não escolheu o vice. Estou esperando. Não é porque eu não tenha dinheiro, não seja uma pessoa rica que não mereça”, avisa Tapioca, acrescentando que, caso seja rejeitado por Taveira como companheiro de chapa, discutirá com seu partido se seria, ou não, candidato a vereador.

Confira a íntegra da entrevista >>> encurtador.com.br/gptAR

Foto: Dimas Nascimento