Projeto mesmo a gente não vê quase nada, diz candidato Tocha à Voz da Liberdade

Neste sábado (17), entrevistamos no programa A Voz da Liberdade, na Liberdade FM, o candidato Tocha Lopes, candidato a deputado federal pelo PSOL.

“Meu apelido vem da época que pintei o cabelo de vermelho, no carnaval de Pirangi. A partir de preconceito, o pessoal passou a inventar histórias com drogas. Tudo de forma pejorativa. Eu assumo esse papel da negritude, não com vitimismo, mas firme. Não sou louco. O cabelo é enrolado, mas na cabeça tudo flui”, exclamou. Continuou o assunto dizendo que deve haver respeito. “A gente tem que respeitar, raça, gênero, a gente tá num mundo que não cabe mais desrespeito.

Nessa eleição, algo que vem muito forte é o posicionamento político, uma polarização, eleitores bem divididos. Algo parecido como torcida organizada de futebol. “O que eu vejo é muito assim mesmo… ABC contra América e pouco bola na rede de verdade. Porque projeto mesmo a gente não vê quase nada”, disse o entrevistado.

Muito empenhado em diversas causas no município, mas atento aos candidatos que estão concorrendo ao pleito se disse revoltado com algumas situações na política. “Tem candidato aí que até ontem tava inelegível e eu, pobre, limpinho, nunca roubei nada nem peguei auxílio emergencial. Por isso que falo para as pessoas analisarem as propostas, os projetos. Tem gente discutindo coisa besta e o povo tá é precisando de educação de qualidade de tempo integral” afirma.

Uma crítica que o candidato fez é em relação a diversos momentos, prefeituras ditas pequenas, com poucos investimentos em diversas áreas receberem cantores e pagarem cachês astronômicos de até R$ 800 mil. “Tem que acabar com isso. O cidadão passando fome e a prefeitura investindo um valor tão alto”, disse.

Tocha é conhecido em Parnamirim, mas nasceu em São Lourenço da Mata em Pernambuco. “Cheguei aqui com 8 meses de idade”, se referindo à sua chegada ao Trampolim da Vitória. Um dos receios dos candidatos é a forma como a população vai recebê-lo, mas o entrevistado diz não temer. “Eu sou um dos poucos políticos com uma receptividade maternal. Ninguém me pede nada. As pessoas olham no fundo dos meus olhos e veem verdade”, garantiu Tocha.