Fracasso de ajuda humanitária era previsível, diz Rodrigo Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao blog que era previsível o fracasso da entrega da ajuda humanitária à população venezuelana. “Era previsível. Todos sabem que o Nicolás Maduro, apesar de toda grave crise na Venezuela, ainda tem o controle do território, ele não iria permitir a entrada de uma ajuda articulada pelos Estados Unidos”, afirmou Maia.

Segundo ele, o Brasil não pode correr o risco de dar um “pretexto” para justificar uma operação mais extremada contra a Venezuela, como uma intervenção militar, como podem acabar decidindo os Estados Unidos. “Temos de tomar todo cuidado, não podemos dar qualquer pretexto para justificar algo pior, não tínhamos que intervir nisso”, afirmou Rodrigo Maia.

O presidente da Câmara dos Deputados foi consultado pelo presidente Jair Bolsonaro a respeito da participação do Brasil na operação de entrega de ajuda humanitária à população da Venezuela. Rodrigo Maia manifestou suas dúvidas sobre a viabilidade da operação na conversa com o presidente, colocando-se no mesmo lado de uma ala dos militares do governo que também não via com bons olhos a operação.

O receio da ala militar era que o Brasil acabasse se envolvendo em conflitos diretos com militares venezuelanos, que poderiam resultar em feridos e até mortos, dando pretexto para que os Estados Unidos decidissem por uma medida de força militar contra a Venezuela. Nos dois últimos dias, venezuelanos no território brasileiro entraram em conflito com militaresdaquele país na fronteira.

Dois caminhões com ajuda humanitária, que chegaram perto do posto de controle venezuelano na fronteira, tiveram de ser retirados do local para evitar incidentes mais graves. Diante do clima de tensão, o Ministério da Defesa determinou que a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal fizesse uma barreira para afastar os manifestantes venezuelanos do local neste domingo (24).

Segundo assessores diretos do presidente Bolsonaro, a medida foi necessária exatamente porque a situação estava correndo o risco de sair de controle. Um incidente mais grave, segundo militares, seria “desastroso” para o Brasil, que poderia ser acusado por Maduro de servir de instrumento dos Estados Unidos para justificar uma intervenção militar no país vizinho.

G1

Em conselho da ONU, Damares diz que Brasil se preocupa com violações aos direitos humanos na Venezuela

Ministra da Família e Direitos Humanos teve primeiro compromisso internacional desde que assumiu o cargo. Ela lembrou da tragédia de Brumadinho, que completa um mês nesta segunda.

A ministra Damares Alves, da Família, Mulher e Direitos Humanos, disse nesta segunda-feira (25) em um conselho da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) que o Brasil se preocupa com “persistentes violações de direitos humanos” na Venezuela.

Damares fez um discurso de 15 minutos durante a sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça. Esse foi o primeiro compromisso internacional da ministra desde que ela assumiu o cargo.

Na sua fala, Damares chamou o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro de ilegítimo.

“Não poderia deixar de expressar a preocupação do governo brasileiro com as persistentes e sérias violações de direitos humanos cometidas pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro”, disse a ministra.

O fim de semana foi de confrontos em áreas de fronteira da Venezuela. Maduro fechou a fronteira com o Brasil para frustrar os planos, defendidos pelo opositor Juan Guaidó, de envio de ajuda internacional para o país. Manifestantes entraram em confronto com o exército venezuelano.

“O Brasil apela à comunidade internacional a somar-se ao esforço de libertação da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo o fim da violência das forças do regime contra sua própria população”, afirmou Damares.

No domingo (24), o Itamaraty já havia, por meio de nota, condenado “os atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro”.

Após os distúrbios dos últimos dias, a segunda-feira começou com situação tranquila na fronteira. Do lado venezuelano, há uma barreira de militares, como tem ocorrido nos últimos dias. Do lado brasileiro, a barreira de agentes da Força Nacional, que havia sido montada no domingo, após confrontos, foi substituída pela presença de alguns agentes e viaturas Polícia Rodoviária Federal.

A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, também falou sobre a situação da Venezuela em discurso no conselho. Ela disse que espera o fim da violência no país.

“Todos os dias, nós lidamos com muitos desafios no planeta. Os olhos do mundo têm se voltado para Venezuela, especialmente nos últimos dias. Ontem [domingo] meu gabinete emitiu uma nota sobre a situação. Nós esperamos o fim da violência, e o respeito aos direitos humanos será parte da solução”, afirmou Bachelet.

Brumadinho

A ministra também abordou no discurso a tragédia de Brumadinho (MG), que completa um mês nesta segunda. Centenas de pessoas morreram após o rompimento da barragem da mineradora Vale.

“Como demonstrou a recente tragédia em Brumadinho, a ação ou omissão de empresas pode ter consequências concretas sobre os direitos humanos, notadamente o direito à vida”, disse Damares.

Ela ainda afirmou que o governo “tem atuado para responder de forma firme a essa tragédia e evitar que novos desastres ocorram no futuro”.

Ações do ministério

Damares listou em seu discurso as ações que, segundo ela, vão nortear sua pasta ao longo do governo. A ministra citou políticas públicas para proteção a mulheres, crianças, índios e pessoas LGBT.

“O Brasil continuará, senhoras e senhores, plenamente engajado com o sistema internacional de direitos humanos”, disse a ministra.

Sem citar especificamente a palavra aborto, ela afirmou que defende a vida desde a concepção.

“Defenderemos tenazmente o pleno exercício por todos do direito à vida desde a concepção e à segurança da pessoa”, concluiu Damares.

 

 

G1

A VELHA POLÍTICA COM DISCURSO DE NOVA

Empresário do segmento educacional de Parnamirim, Daniel Américo(Partido Novo), que nas eleições municipais de 2016 ensaiou uma candidatura a prefeito em Vera Cruz, na época o professor Daniel dizia que não abriria para ninguém a disputa majoritária no município de Vera Cruz, mas desistiu do tão sonhado projeto. A mesma conversa para a vaga de vice, e no final, acabou aceitando ser Secretário Municipal do Meio Ambiente da gestão do atual prefeito Marcos Cabral(PSB). Agora, algumas pessoas andam comentando em Parnamirim que essa estratégia exitosa praticada em Vera Cruz estaria sendo planejada para ser replicada aqui na cidade Trampolim da Vitória, o nome de Daniel estaria sendo colocado para disputar o pleito em 2020 com o mesmo objetivo, ou seja, focando a secretaria de educação, pasta na qual o professor tem expertise na área. Dessa forma, faz-se novamente o mesmo balão de ensaio que deu certo em Vera Cruz, mas vale destacar que o coronel conhece bem esse jogo do poder e não estaria disposto a ceder esse espaço para ninguém, uma vez que já manifestou sua satisfação com relação ao trabalho da atual secretária Ana Lúcia. Detalhe importante, o irmão do professor Daniel, Diego Américo é cargo comissionado da gestão do coronel, mas o próprio Taveira tem dito a alguns amigos que esse discurso do novo ele já conhece e que Parnamirm não é Vera Cruz. Agora é só aguardar, pois 2020 já está bem pertinho.

 

Brasil condena confrontos na fronteira da Venezuela e ‘caráter criminoso do regime Maduro’

Caminhão que transportava ajuda humanitária para a Venezuela foi incendiado em Cúcuta — Foto: Marco Bello/Reuters

 

O governo brasileiro condenou neste domingo (24) “os atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro” ocorridos no sábado, nas fronteiras com o Brasil e com a Colômbia, chamou o governo de Maduro de “criminoso” e apelou à comunidade internacional para “somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela”.

“O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro”, afirma nota divulgada pelo Itamaraty na madrugada deste domingo.

O governo brasileiro diz que os ataques são “um brutal atentado aos direitos humanos” e que “nenhuma nação pode calar-se”. “O Brasil apela à comunidade internacional, sobretudo aos países que ainda não reconheceram o presidente encarregado Juan Guaidó, a somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela”, afirma o governo brasileiro.

A declaração ocorre após conflitos impedirem a entrada de ajuda humanitária na Venezuela no chamado “Dia D”, convocado pelo autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó para receber doações de outros países.

O dia foi marcado pela morte de três pessoas em Santa Elena, cidade venezuelana a 15 km da fronteira com o Brasil, o ataque a uma base venezuelana próxima a Pacaraima e 285 feridos e 37 hospitalizados perto da fronteira com a Colômbia. Mais de 60 militares venezuelanos desertaram e pediram refúgio, segundo o governo colombiano.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursou em Caracas e anunciou o rompimento das relações com a Colômbia. Maduro também afirmou que não é mendigo e que está disposto a comprar toda comida que o Brasil quiser vender.

Após os confrontos, Guaidó mais uma vez pediu a militares venezuelanos que deixem de obedecer a Maduro: “Vocês não devem lealdade a quem queima comida”. O autoproclamado presidente interino da Venezuela também disse que o mundo viu “a pior cara da Venezuela” neste sábado e pediu apoio da comunidade internacional “para assegurar a liberdade do nosso país”.

O opositor de Maduro também anunciou que participará na segunda-feira (26) da reunião do Grupo de Lima, em Bogotá, “para discutir possíveis ações diplomáticas” contra Maduro. O grupo reúne 13 países, inclusive o Brasil, que não reconhecem o governo de Maduro.

O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, representarão o país no encontro. Os outros países do Grupo de Lima são: Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru.

 

O Governo do Brasil expressa sua condenação mais veemente aos atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro, no dia 23 de fevereiro, nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia, que causaram várias vítimas fatais e dezenas de feridos. O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro. Trata-se de um brutal atentado aos direitos humanos, que nenhum princípio do direito internacional remotamente justifica e diante do qual nenhuma nação pode calar-se.

O Brasil apela à comunidade internacional, sobretudo aos países que ainda não reconheceram o Presidente encarregado Juan Guaidó, a somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo que cesse a violência das forças do regime contra sua própria população.

 

G1

Após desentendimento, presidente Bolsonaro demite o presidente da EBC

 

Após um desentendimento sobre as novas medidas para EBC, o presidente Bolsonaro decide demitir o atual presidente da estatal de comunicações. Luiz Antônio Ferreira foi nomeado durante a gestão do ex-presidente Michel Temer e terá a sua exoneração publicada no DOU nesta segunda-feira (25).

 

Segundo o porta-voz da Presidência da República, quem irá substituir o então presidente da estatal é o diretor de operações, Alexandre Henrique Graziani. No entanto, ele não irá ocupar o cargo de maneira imediata, pois para isso será preciso passar por alguns trâmites.

O setor de inteligência do Palácio do Planalto será o responsável pela realização de uma triagem. Nela, será feita uma análise minuciosa sobre a conduta anterior do indicado para ocupar o cargo de presidente da EBC.

Assim, até o momento, só há confirmação de que quem poderá assumir o cargo é Alexandre Henrique Graziani. O anúncio foi feito pelo próprio porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo.

Bebê de São Carlos recebe novo coração em transplante com apenas 10 meses de vida

 

Menina tinha cardiopatia congênita e baixa expectativa de vida. Ela está internada na UTI do Hospital da Criança e Maternidade em São José do Rio Preto (SP).

 

Uma meninade 10 meses de São Carlos (SP) passou por um transplante de coração no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto (SP) na quarta-feira (20). Ela é o bebê mais novo transplantado pela equipe do Serviço de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica (Seccap) do HCM em 17 anos.

A criança, que tinha cardiopatia congênita e baixa expectativa de vida, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HCM e o estado de saúde dela é estável com evolução positiva, informou o hospital.

No sétimo mês de vida, a menina apresentou problema cardíaco e desde então fazia acompanhamento na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Santa Paula, em São Carlos. Após exames e encaminhamento, ela foi internada no HCM há três meses.

A mãe da criança, Karina Silva, recebeu a notícia de um novo coração para a filha em 19 de fevereiro. O doador é da capital.

De acordo com o médico Ulisses Croti, chefe do Seccap, o sucesso desses casos está na solidariedade do doador para continuidade de muitas vidas.

Ele ressaltou que mas de 20 mil crianças por ano nascem com algum problema cardíaco no Brasil e destas nem metade recebe tratamento ou cirurgia adequada por falta de vaga e equipes qualificadas.

“Por isso, queremos ampliar nossos trabalhos, para conseguir atender ao máximo de crianças, de maneira plena. E, para isto, também temos de ressaltar a importância da doação de órgãos. A vida depende disto”, disse o médico.

 

G1