A Prefeitura de Parnamirim, por meio da Secretaria de Obras Públicas e Saneamento (Semop), vai licitar a construção de um importante equipamento de garantia de direitos da população, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social. O novo Creas será implantado no bairro de Nova Esperança, na área verde ao lado da Unidade de Pronto Atendimento da cidade.
O Creas é o órgão responsável por atender e acompanhar famílias e pessoas que estão em situação de risco social ou tiveram seus direitos violados. Será o início das intervenções da Prefeitura em um dos bairros da cidade que mais crescem em população, mas que não recebeu investimentos relevantes de infraestrutura ou de serviço público ao longo dos últimos anos.
A sessão de abertura das propostas das empresas interessadas na concorrência eletrônica está marcada para o próximo dia 9 de maio.
Joel Câmara – ASCOM Fotografia de: Ruben Rafael Rodrigues
O sábado (26) foi movimentado em Parnamirim com a realização do Dia D de multivacinação nas escolas públicas do Município. De acordo com o balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesad) foram aplicadas 2.845 doses de diversos imunizantes ao longo do dia. A prefeita Nilda Cruz acompanhou a ação e circulou em várias escolas.
O objetivo da campanha é atualizar a caderneta de vacinas das crianças, adolescentes e jovens adultos, bem como reforçar a importância da proteção com a aplicação de mais uma dose de vacina.
Foram oferecidas todas as vacinas disponíveis no calendário nacional, incluindo COVID-19, Influenza, HPV, Meningocócica ACWY e Febre Amarela. Ao todo, 27 unidades de ensino entre escolas municipais e estaduais abriram as portas neste sábado.
“Foi um dia muito importante e estamos muito satisfeitos com o resultado deste sábado. Foram mais de 2.800 vacinas aplicadas, ampliando a proteção das nossas crianças e jovens. É fundamental que a população se conscientize e busque atualizar as suas cadernetas vacinais. Vamos seguir estimulando e conscientizado a sociedade sobre a importância das vacinas”, disse a prefeita Nilda Cruz.
Ao longo da semana, a população pode se dirigir a qualquer uma das 29 salas de vacinação das unidades de saúde de Parnamirim para se imunizarem. No próximo dia 10/05, a Prefeitura vai organizar um novo Dia D de Vacinação.
Jihane Paiva diz que, com indicação estabelecida, “canetas” são alternativas eficazes para pacientes com obesidade e diabetes| Foto: Adriano Abreu
Um fenômeno de saúde e comportamento tem se disseminado entre celebridades, influenciadores e pessoas comuns que desejam perder peso de forma rápida e prática: as chamadas “canetas emagrecedoras”. O nome popular mascara a complexidade desses medicamentos injetáveis, criados para tratar diabetes tipo 2 e obesidade. Produtos como Ozempic, Saxenda, Wegovy e Monjauro estão no centro de uma corrida nacional pelo emagrecimento, enquanto especialistas alertam: não se trata de soluções mágicas, mas de medicamentos que exigem responsabilidade, prescrição médica e acompanhamento rigoroso.
A farmacêutica Eli Lilly, que desenvolve o medicamento para diabetes Mounjaro, anunciou na sexta-feira (25) que o produto vai ser lançado no Brasil oficialmente na segunda quinzena de maio, com valores a partir de R$ 1400. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento para o tratamento do diabetes tipo 2 e agora espera a avaliação da indicação de controle crônico do peso, como forma auxiliar à dieta e atividade física.
Especialistas que acompanham essa tendência em consultório relatam um aumento considerável na procura. A médica endocrinologista Jihane Paiva afirma que os tratamentos são eficazes, mas vêm sendo utilizados de forma indiscriminada, muitas vezes sem qualquer prescrição. “Temos que saber separar muito bem as pessoas que buscam esses tratamentos porque realmente têm uma condição de saúde que justifica o uso do remédio, daquelas que têm o desejo social de emagrecer”, afirma.
Na prática clínica, os resultados com uso controlado são notáveis. A substância ativa desses medicamentos, como a semaglutida (presente no Ozempic e Wegovy) e a tirzepatida (no Monjauro), imita hormônios intestinais como o GLP-1 e o GIP. Essas moléculas agem no sistema nervoso central promovendo saciedade, além de retardarem o esvaziamento do estômago. Como resultado, o paciente sente menos fome, consome menos calorias e emagrece.
Apesar da eficiência comprovada, a endocrinologista Natália Nóbrega alerta que não se deve reduzir o combate à obesidade ao uso de um único medicamento. “Na prática clínica, o manejo da obesidade envolve múltiplos pilares, como a reeducação alimentar, prática regular de atividade física, manejo de saúde mental, além do tratamento medicamentoso e, em alguns casos, até a abordagem cirúrgica”, pontua.
Natália explica que os efeitos colaterais dos medicamentos existem e podem ser agravados pelo uso sem acompanhamento médico. Entre eles, náuseas, constipação, refluxo, vômitos e, em casos graves, pancreatite, desidratação e perda de massa magra. “Por se tratarem de medicamentos relativamente novos, ainda estamos acumulando evidências sobre efeitos com o uso prolongado. Por isso, o acompanhamento médico regular com um endocrinologista é essencial”, afirma.
A popularidade das “canetinhas” cresceu de forma explosiva nos últimos dois anos, impulsionada por celebridades e influenciadores que apresentam os efeitos do uso como resultado de emagrecimento, o que, na opinião de especialistas, contribui para a banalização do tratamento. “Vejo com preocupação essa banalização. Quando utilizadas de forma inadequada, sem indicação médica ou em doses incorretas, essas medicações podem oferecer riscos, aumentando a chance de efeitos colaterais e frustrando expectativas em relação aos resultados”, ressalta Natália.
Apesar das advertências, o número de pessoas buscando os remédios ainda cresce, inclusive em contextos clínicos apropriados. Segundo a médica Jihane, muitos pacientes com obesidade ou diabetes têm finalmente encontrado uma alternativa eficaz, segura e acessível. “Lembrando que só temos uma garantia de eficácia e segurança naquelas pessoas que usam com indicação bem estabelecida”, reforça
Eficácia acontece aliada ao acompanhamento
A trajetória do empresário José Luís, de 59 anos, é um exemplo de uso responsável das canetas injetáveis. Ele estava prestes a realizar cirurgia bariátrica quando iniciou o tratamento medicamentoso com prescrição médica. “Minha endocrinologista me orientou a tentar perder 10% do peso antes da cirurgia. Comecei com a Saxenda, depois passei para o Ozempic e atualmente uso o Monjauro. Em pouco mais de dois anos, perdi quase 60 quilos”, conta.
José Luís pesava 152 kg em 2019 e se mantém com 92 kg desde 2021. A ideia era realizar a cirurgia, mas ele acabou desistindo. “O tratamento deu certo. Nunca tive efeitos colaterais, porque sempre fui acompanhado, fazia exames a cada três meses, cuidava da alimentação e da rotina. Hoje não tomo mais remédio para pressão, minha glicose está controlada. Foi uma mudança de vida”, relata.
Ele passou a usar o medicamento por necessidade, depois de ter tentado outras alternativas, como dietas. Então, aliou a medicação à pratica de exercícios físicos, como caminhadas, além do controle da alimentação, que já era relativamente equilibrada. “O medicamento tira sua fome. Você tem que estar consciente. Se tomar e comer uma feijoada, vai passar mal. Se você não comer, não vai. Não sou médico, mas acho que tomar por conta própria porque quer perder uns quilinhos não é o jeito certo”, avalia.
As endocrinologistas ouvidas nesta matéria concordam que os medicamentos são hoje um marco no tratamento da obesidade, com resultados superiores a qualquer outra abordagem medicamentosa existente até então. “Tratamento de obesidade, sobrepeso e diabetes deve ser encarado como de fato é: um tratamento médico, que necessita de acompanhamento médico regular. Precisamos sempre prezar pela saúde como um todo”, alerta Jihane.
Para Natália, é essencial que o paciente entenda que a perda de peso precisa estar ligada à manutenção da saúde e do bem-estar. “É fundamental reforçar que o tratamento da obesidade vai muito além do uso de medicamentos. A perda de peso deve ser gradual, saudável e sustentável. Sempre digo aos meus pacientes que mais importante do que a rapidez ou intensidade do emagrecimento é a manutenção do peso perdido e, principalmente, da saúde ao longo do tempo”.
No fim das contas, o tratamento com os análogos de GLP-1 e GIP é uma ferramenta efetiva — mas não é a única. Reeducação alimentar, psicoterapia, suporte nutricional, sono de qualidade e atividade física seguem sendo indispensáveis no combate à obesidade. “A mudança de estilo de vida – dieta e atividade física – é a base do tratamento de doenças como obesidade, sobrepeso e diabetes e sempre deve ser incentivada”, resume Jihane
Anvisa exige retenção de receita na compra
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu na quarta-feira (16) tornar obrigatória a retenção de receita médica na venda das chamadas canetas emagrecedoras como Monjauro, Ozempic, Saxenda e Wegovy. A partir de agora, as farmácias deverão reter o receituário no ato da compra pelo consumidor. Antes da decisão, a venda era feita somente com a apresentação da receita.
A medida foi tomada pela Anvisa durante reunião da diretoria colegiada do órgão. Por unanimidade, a agência entendeu que a retenção é necessária para aumentar o controle do uso desses medicamentos e proteger a saúde coletiva do “consumo irracional” dos emagrecedores. “É uma forma de conter a automedicação, garantir que o paciente seja avaliado por um profissional e evitar que quem realmente precisa fique sem acesso por conta da alta demanda criada artificialmente”, diz a médica Natália.
Para serem aceitas nas drogarias, as receitas deverão ter validade de 90 dias e possuírem duas vias. Os estabelecimentos deverão registrar o receituário no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). A decisão da Anvisa entrará em vigor 60 dias após a publicação da medida, que deve ocorrer nos próximos dias.
De acordo com a agência, a restrição foi aprovada após a constatação de um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso indiscriminado dos emagrecedores. Os efeitos ocorrem principalmente em pessoas que decidiram usar as canetas apenas com finalidade estética, sem acompanhamento médico.
A Prefeitura de Parnamirim, através das Secretarias Municipais de Saúde (SESAD) e Educação (SME), convida os pais para atualização da caderneta vacinal de crianças e adolescentes, no período de 22 a 26 de abril.
A campanha de vacinação ocorrerá dentro das escolas municipais, e tem como público-alvo pessoas em idade escolar (2 a 19 anos), que estiverem precisando fazer a atualização da caderneta de vacinação para COVID-19, Influenza, HPV, Febre amarela, entre outras.
Documentação necessária: – Menores de 18 anos: A autorização dos pais, que a própria escola irá entrar em contato para adquirir; – Maiores de 18 anos: CPF e documento com foto; – Caderneta Vacinal para todas as idades.
A campanha também é aberta ao público externo, e reforça o comprometimento da Prefeitura de Parnamirim para que a população esteja com a saúde em dia e protegida com as respectivas vacinas.
A Anvisa aprovou nesta quarta-feira (16) a obrigatoriedade da retenção de receita médica para a compra de medicamentos como Ozempic e Wegovy, usados no tratamento de diabetes e obesidade. A medida segue o mesmo padrão aplicado a antibióticos, exigindo que a farmácia retenha a segunda via da receita.
Segundo o diretor-presidente substituto da Anvisa, Rômison Rodrigues Mota, a decisão visa permitir o monitoramento efetivo do uso desses medicamentos, que têm sido amplamente utilizados fora das indicações aprovadas — principalmente para emagrecimento.
A nova norma será publicada na próxima semana e entra em vigor 60 dias após sua publicação. A receita terá validade de 90 dias, e a agência acompanhará os efeitos da medida por 12 meses.
O uso indiscriminado de substâncias como liraglutida e semaglutida, princípios ativos desses remédios, motivou o reforço na regulação. Dados da Anvisa mostram que 92% das 1.165 notificações de uso inadequado referem-se a essas substâncias.
O Governo do Rio Grande do Norte autorizou o repasse de R$ 2, 2 milhões em emendas parlamentares do Fundo Estadual de Saúde (FES/RN) para nove cidades potiguares. Os recursos serão encaminhados aos fundos municipais de saúde para ações e serviços de saúde. As informações foram publicadas nesta quinta-feira (17), por meio de portaria, no Diário Oficial do Estado.
De acordo com a portaria, os valores destinados às cidades variam de R$ 119 mil a R$ 320 mil. O total dos repasses destina-se a custeio e estruturação dos serviços de saúde, incluindo a atenção primária e hospitalar. Entre as cidades contempladas, estão Tenente Ananias, Tibau, Grossos e Nísia Florestas.
A transferência dos recursos será realizada de forma única e regular, diretamente aos fundos municipais de saúde, mediante a instrução de processos de pagamento, após o cumprimento das condições estabelecidas. A prestação de contas sobre a aplicação dos recursos será feita por meio do Relatório Anual de Gestão (RAG) dos municípios beneficiados.
Os valores previstos para os repasses no exercício de 2025 estão alocados nos programas de trabalho voltados ao incremento do custeio dos serviços de saúde e à estruturação da Rede de Atenção à Saúde do estado.
Está virando moda a postura de alguns políticos, invadindo Hospitais, UPAs, Maternidades e UBSs em busca de likes nas redes sociais. Essa postura transforma a dor do cidadão que procura atendimento médico em um palco para espetáculo barato. Um verdadeiro desserviço à população e uma afronta à dignidade de quem está doente e aos profissionais que atuam com responsabilidade nessas unidades.
Em Parnamirim, o cenário é mais grave, pois essas ações têm o patrocínio de politico conhecido que insistem em atacar, de forma leviana, a gestão da professora Nilda, tentando manchar uma administração que, apesar das dificuldades, vem buscando avanços concretos na saúde pública.
Essas “visitas” não autorizadas colocam em risco tanto os pacientes quanto os próprios invasores. Sem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), esses políticos entram nas unidades sem qualquer preparo, desrespeitando normas sanitárias e atrapalhando o trabalho dos profissionais. É preciso discutir com seriedade como o serviço público de saúde deve reagir diante desse tipo de invasão.
É um equívoco acreditar que esse sensacionalismo seja a solução para os desafios da saúde. A população já começa a repudiar esse tipo de comportamento oportunista. Muitos dos que fazem discursos inflamados têm contracheques pagos em gabinetes de políticos que usam o sofrimento humano como trampolim político, escolhendo a dedo quais unidades atacar para montar suas pautas.
E a polícia? Essa sim deveria ser acionada para investigar essa “turma dos likes”, que vem lucrando com visualizações à custa da dor alheia. A saúde pública merece respeito — e não espetáculo.