Férias e veraneio

Padre João Medeiros Filho

As férias (sobretudo escolares) e o veraneio deste ano estão terminando ou já acabaram para alguns. E isso nos leva a refletir. Veranear, hoje em dia, representa mais uma questão de status social ou econômico do que propriamente uma oportunidade de lazer e repouso. Nota-se que não vale qualquer local. E não se fale aqui do caos do trânsito a caminho das praias e do barulho dos vendedores ambulantes e paredões de som. Já no Natal, às vezes, esquece-se o sentido da festa cristã e o pensamento volta-se totalmente para preparar a temporada de verão, seja na praia ou na montanha. Há o mito do veraneio. Não o fazer ou vivê-lo, parece que envergonha ou deprecia uns tantos. “Certas pessoas ficam postando fotos das praias, mas a gente sabe que elas só ficaram por lá dois ou três dias”, brincou o cantor padre Fábio de Melo em seu “twitter”.

Durante a temporada de verão, as redes sociais enchem-se de selfies e mensagens. Parece cômico, porém está se tornando também trágico. Não pelo fato de que as pessoas publiquem imagens e notícias de suas férias por uma ou mais semanas. Mas, pelo que isto representa em relação à necessidade de se construir uma imagem, a qual se encaixe nas expectativas e nos padrões ilusoriamente imaginados e planejados pela sociedade hodierna.

É provável que muitos indivíduos tenham gatilhos que influenciem seu ego. Um elogio costuma fazer alguém sentir-se melhor, enquanto uma crítica pode ser o suficiente para causar desânimo ou até mesmo desencadear depressão. A vontade de aparecer é uma arma de dois gumes. A foto de uma amiga, passando o verão em Fernando de Noronha ou Dubai, a selfie da colega de trabalho, exibindo um corpo “sarado”, impecavelmente dentro dos atuais padrões de beleza ou o carro novo que um vizinho acaba de adquirir poderão atingir a autoestima de alguns. As redes sociais estão aí para comprovar tais fatos. 

Não é raro que pessoas trabalhem sua própria imagem para transmitir a impressão de que sua vida vai muito bem. Muitas vezes, o que se publica está ligado ao que se gostaria de ser, porém distante da realidade. Hoje, há aplicativos para transformar a barriga em “tanquinho” com apenas alguns toques. Isso sem falar em maquiagem, “fotoshop” e outros artifícios. Praticamente, uma plástica virtual. “Vanitas vanitatum et omnia vanitas”, (“vaidade das vaidades, tudo é vaidade”), proclama o Livro Sagrado (Ecl 1, 2). Exibe-se nas redes sociais o sonho ou a utopia de cada um. Entretanto, no cotidiano, não se faz o menor esforço para ser digno e verdadeiro. As “fake news” reforçam e exteriorizam nossa ilusão individual, do nosso faz de conta. Afinal, é bem mais fácil fazer uso de um aplicativo do que ser autêntico e coerente.

Viagens, automóveis e restaurantes de luxo – tudo isto que a sociedade atual valoriza – vêm construindo o perfil de muitos. Até a missão e a arte de informar entraram nessa onda. Isso explica a grande competição por “likes”. Obter mais curtidas confere importância e maior valor. Ninguém quer ser diminuído na mídia. No entanto, é assim que vários acabam se sentindo. Segundo uma pesquisa do “booking.com”, grande parte dos entrevistados assumiu a postura de ter publicado uma foto antiga, de férias anteriores, querendo parecer mais jovem e atraente. 

Acredita-se que o problema não seja somente construir um novo personagem, mas não se aceitar ou estar de bem consigo mesmo. Os sinais da idade, uma reserva menor de dinheiro que obriga a ir para um destino de férias mais barato e simples, não devem ser um problema ou drama. Faz parte do existir e viver humanos. O que diferencia é a forma como se lida com tudo isso. Cristo veio ao mundo para nos ensinar a ser realistas e humildes: “Quem de vós pode, com sua preocupação, acrescentar um só dia à duração de sua vida. Vede os pássaros do céu. Olhai como crescem os lírios. Eu vos digo: nem Salomão em sua glória se vestiu como um só dentre eles”. (Lc 12, 25, 27).

A poesia e Deus

 

Padre João Medeiros Filho

O êxtase poético é o experimento de uma realidade anterior a ti. Ela te observa e te ama. Isto é sagrado. É de Deus. São conhecidas estas palavras inspiradas de Adélia Prado. A escritora mineira é uma das vozes que toca o coração de muitos. As frases supracitadas exprimem a força latente da poesia. Nesta, quando os conceitos não conseguem manifestar o que se sente, a metáfora salva, tornando-se o seu regaço e alcançando, de fato, aquilo que é belo, revelando a essência do real, transpirando deslumbramento e harmonia. Além de toda conceituação lógica ou racional, o poema comunica a experiência daquilo que nos escapa e nossa linguagem cotidiana não dá conta de expressar. Santa Teresa d´Ávila afirmava que “a vivência poética é uma experiência mística, de límpido deslumbramento e encanto. E isso não é ser de outro mundo. É ver este mundo iluminado pela beleza.

O instante poético é uma revelação que nos conduz ao sagrado. Por meio dele, a realidade mostra-se no cotidiano da existência, como uma surpresa que nos seduz e faz ver, além do trivial e do imediato. Tal experiência encontra também expressão na arte. Porém, a poesia paira em toda obra artística, despertando em nós uma sede do transcendente e do infinito.

A poesia reveste-se de uma vitalidade mística. Não porque trate desse tema ou fale sobre Deus, mas por gerar em nós um sentimento transcendental. Encanto e enlevo são duas de suas dimensões religiosas e espirituais. Não se trata de afirmar que ela seja ou deva ser confessional ou esteja a serviço das religiões. Cumpre-lhe servir sempre à beleza, pois é sua manifestação em nosso cotidiano. E quem a percebe, está em comunhão com o sagrado. Ela é uma das faces visíveis de Deus, a qual nos salva de nós mesmos e da dureza da vida. Sabiamente, Dostoievski dissera que “só a beleza nos salvará e a ternura redimirá o mundo”. E, na mesma esteira, Adélia Prado proclama, quase teologicamente: “fora do poema não há salvação”.

Alcançar a transcendência é algo que nos caracteriza, entre outras coisas, como criaturas humanas. Somos seres para além de nós mesmos. Isso torna-nos religiosos, abertos para Aquele que nos ultrapassa e, num sem fim de possibilidades de nomeação, comumente, é chamado Deus. A poesia é liame que nos leva a contemplar o Absoluto e o Eterno. É, portanto, intrínseca e radicalmente algo religioso, seja confessional ou não. Para os que têm fé, a vivência poética extrapola nossas expressões comuns. É o saber e o sabor de Deus. “A borboleta pousada ou é Deus ou é nada”, poetizou Paul Claudel.

A poesia tem uma relação íntima com a espiritualidade. Ambas são nomes do êxtase diante do Inefável, que nos arrebata. Elas se expressam por meio de símbolos, parábolas ou alegorias, isto é, buscando revelar aquilo que a linguagem corriqueira não alcança. O mundo tem fome de beleza e os poetas são diáconos desse pão sagrado, verdadeiros profetas que anunciam a salvação, mesmo entre os escombros do sofrimento, da dor e da morte. Estar atento à revelação do que encanta, é missão do poeta. Ser sempre mais, para além de si mesmo é igualmente sua vocação!

Deus é também Poesia, não obstante sua invisibilidade presencial. Impossível não o sentir. Quem poderá ver o Criador? Este é como o vento. Pode-se senti-lo na pele, ouve-se a sua voz nas folhas das árvores e seu assobio nas gretas das portas. Mas não se sabe de onde vem, nem para onde vai. Na flauta, o vento se converte em pura melodia. Não há como detê-lo. Entretanto, as religiões tentam enclausurar Deus em lugares que denominam templos e igrejas. E, se Ele está fechado e isolado numa casa, ficará ausente do resto do mundo? Para Mário Quintana, “a poesia purifica a alma e um belo poema sempre leva a Deus”! A lágrima se evapora, o sorriso se abre, a flor desabrocha, enquanto a poesia e a oração aproximam a criatura de seu Criador!

A era da impaciência

 

Padre João Medeiros Filho

Vive-se na sociedade dos apressados, agitados e impacientes. Verificam-se manifestações nesse sentido no trânsito, nas filas, nos atendimentos em geral, nas celebrações religiosas etc. Alguns terapeutas afirmam que 60% dos seus pacientes padecem dessa morbidade. As novas tecnologias estão mudando a maneira de percepção da realidade cronológica e o modo de viver das pessoas. Às vezes, tudo parece se acelerar. Então, a impaciência aumenta. Constata-se que, por conta disso, muitos vivem presos à cronometria e se tornam escravos dos relógios.

Não raro, tem-se a impressão de que o tempo voa, alimentado por um invento que se tornou extensão de nosso corpo: o inseparável telefone celular (smartphone). Este parece sempre disposto a oferecer novidades. Porém, de forma adversa, há ocasiões em que tal instrumento funciona como um algoz. Existem momentos, em que se espera uma resposta, a qual tarda a chegar. Recentemente, a psicóloga australiana A. McLoughlin publicou um estudo, demonstrando que o corpo humano percebe o tempo de maneira diferente, quando se permanece longos períodos conectados a dispositivos elétricos ou eletrônicos. Outra pesquisa, realizada na Universidade de Harvard, comprovou que nos indivíduos de sociedades tecnocêntricas os relógios biológicos e internos manifestam-se com um ritmo célere e descontrolado. Isso pode ser útil para se trabalhar com mais rapidez. No entanto, faz com que as pessoas se sintam pressionadas e nervosas. À medida que a marcha de nossas vidas se acelera, sente-se subjetivamente o tempo disponível diminuir. Isto faz os seres humanos mais impacientes. Alguns cientistas afirmam que a percepção temporal está ligada às nossas emoções. Se tudo está bem, passa mais rápido. Quando se está com dificuldades e problemas, pensa-se que ele fica mais lento. O modo como o cérebro humano o percebe, continua ainda sendo um mundo de incógnitas para os pesquisadores.

É muito conhecida a poesia-oração do padre Michel Quoist, em seu livro Poemas para rezar, quando afirma: “Senhor, os homens passam correndo pela terra: apressados, atropelados, sobrecarregados, enlouquecidos, assoberbados. Correm todos, para não perder tempo, para recuperar o tempo, para ganhar tempo. No entanto, Jesus Cristo já advertia sobre a pressa e a agitação: “Quem de vós com toda a sua preocupação pode acrescentar um só dia à sua vida?” (Mt 6, 27; Lc 12, 25). O apóstolo Paulo dirigindo-se ao bispo Timóteo recomenda: “Ao discípulo do Senhor… convém que seja manso para com todos, saiba ensinar e seja sempre paciente” (2Tm 2, 24).

Mas, a questão atual é saber se a vida está transcorrendo mais rápido do que antes. A pressa, a falta de oportunidade para encontros, conversas, leitura, reflexão e até mesmo oração levam a esse questionamento. Uma conclusão deve ser tirada. O tempo não nos pertence. Por mais que se queira, ele nos vence e poderá tonar-se um grande inimigo dos seres humanos. A impaciência não modifica nem melhora a situação. Nota-se que, quanto mais estímulos e compromissos para as pessoas, ele parece mais apressado. No entanto, é fundamental perguntar: vive-se melhor nos dias atuais? Muitos respondem de forma negativa, pois a sobrecarga de informações revela-se como uma fonte de estresse. Quando este aumenta, afeta a percepção do tempo e da vida. Se alguém não está bem, tudo fica mais demorado e lento. O apóstolo Tiago já alertava para a tentação da ansiedade que domina os seres humanos. “O que será de vossa vida? De fato, não passais de uma neblina que se vê por um instante e logo desaparece” (Tg 4, 14). Por que tanto açodamento?

Hoje, há alguns termos menosprezados neste mundo dos vexados, por exemplo: ter paciência e esperar. Isto gera em vários a incerteza. E esta significa muitas vezes sofrimento. O professor Antônio Bayés de Luna, da Universidade de Barcelona, autor do livro “El reloj emocional”, afirma que “é necessário ensinar o valor da espera e da demora”. A Sagrada Escritura caminha nessa direção e tenta nos transmitir isto, como se depreende do Livro do Eclesiastes: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu.” (Ecl 3, 1).

O SER HOMINAL E SUAS INTELIGÊNCIAS: COMPETÊNCIAS DESENVOLVÍVEIS – parte 1

 

Assis Costa
Pedagogo e Jornalista

Howard Gardner e sua equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, afirmam, a partir de 1980, que a inteligência não mais se restringe a duas áreas básicas do conhecimento (a linguística e a lógico – matemática), em cuja constatação científica se demonstra a certeza de que a mente humana não mais oculta à multiplicidade das inteligências.
Inteligência é a “capacidade de compreender e de inventar e ao acolher uma informação atribuir-lhe significado e produzir respostas pertinentes.”, segundo nos auxilia Antunes (2006, V.1, p. 19). E assim, explana essas categorias:
Inteligência Linguística: capacidade de expressar com boa desenvoltura a comunicação verbal e escrita, com domínio, coesão e clareza. Verifica-se tal competência em oradores, professores, escritores, políticos e em assemelhados a esses aspectos;
Inteligência Lógico – matemática: está associada à competência de desenvolver preciso raciocínio, solucionar problemas lógicos, lidar bem com a leitura e compreensão da linguagem algébrica e numérica de alto nível de complexidade, verificada com maior grau em pessoas das áreas de Engenharia, Física, Informática e áreas similares.
Inteligência Corporal – cinestésica: relacionada à agilidade dos movimentos musculares, da força, às habilidades do autocontrole corporal, à destreza na manipulação de objetos. Encontra-se desenvolvida em dançarinos, mímicos, atletas e indivíduos com funções idênticas.
Inteligência Espacial ou viso espacial: faculdade de perceber e administrar distâncias, posicionamentos geográficos, de identificar, transformar o espaço com precisão visual para orientar-se entre objetos. Os navegadores, arquitetos, cirurgiões e pessoas que possuem competência análoga.
Inteligência Pictórica: é a inteligência do espectro, ou seja, mediante a observação do espaço visualizado e explorando a memória ser capaz de reproduzir desenhos, pinturas, artes, grafismos, com caráter de condição complementar, consoante afirma Machado (1996, p.104 apud NOGUEIRA 2009, p.36), que: […] é ainda possível reconhecer três pares que apresentam relações mútuas bastante significativas, com certas características de complementaridade, que são: o par linguístico/lógico-matemático, o intra/interpessoal, o espacial/corporal-cinestésico, restando sem par à competência musical.
Inteligência Musical ou sonora: capacidade de interpretar, escrever, ler partituras e expressar-se pela música, inclusive os intérpretes apenas de ouvido.

O Ser Hominal e a Escola: enfrentamento do analfabetismo emocional.

Francisco de Assis Costa
Pedagogo, Jornalista

Indicadores estatísticos consideráveis registram os feitos do Ser Hominal, através dos avanços da Ciência e Tecnologia, da Civilização, da Ética e das Estruturas Sociais, informando aspectos de desenvolvimento das capacidades cognitivas avantajadas, multiplicadas nos ramos do conhecimento, crescimento notável realçado pelo trabalho e por demasiado esforço humano para atingir resultados surpreendentes.
Na Medicina, os equipamentos de última geração que auxiliam o prolongamento da existência física, humana, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes portadores de gravíssimos problemas de saúde.
No caso da Engenharia, auxiliada pela Arquitetura, as tragédias têm sido minimizadas, tornando o mundo com mais conforto.
A Farmacologia, mediante aplicação de recursos químicos sofisticados coopera com a diminuição da dor física, regula a recuperação de incontáveis enfermidades, reduzindo o sofrimento.
Doenças ameaçadoras que surgem são pesquisadas por cientistas abnegados e despertos que produzem, em laboratórios, medicamentos de natureza preventiva e curadora destinada a salvar vidas.
Na Agricultura, os alimentos são produzidos por intermédio de recursos preciosos, de alta tecnologia, aperfeiçoando o combate aos seres vivos minúsculos e nocivos sem a aplicação de agrotóxicos, cujo objetivo é atender à necessidade da família com segurança alimentar e nutricional, aumentando a oferta de comida adequada.
As conquistas virtuais, disponibilizadas pela Telecomunicação globalizada, informatizadas e de fácil acesso às mídias, trouxeram inegável aporte prático para a redução das distâncias e a consequente aproximação dos indivíduos, ao propiciar a visão de espaços ampliados em tempo real, em cuja demonstração se confirma elevado raciocínio, pois quando bem aproveitado contribui para o sucesso profissional.
O Ser Hominal, diga-se quanto, ao seu entendimento esperançado, é um ser de bons cometimentos, utilizando capacidades racionais e emocionais.
Contudo, ainda libertando-se da insegurança, do medo, da mágoa, da rebeldia, associados ao sentimento agressivo, alardeiam o horror incontrolável, provenientes de movimentos fanáticos, de terrorismo, motivadores de enorme sofrimento coletivo, caracterizando a vida humana sem significado, arrebatada por criminalidade incontida, onde o perigo se alastra e até cultiva a devastação de famílias, sorrateiramente, em número bem maior do que as epidemias, além de banalizar, com efeito, os mais nobres sentimentos existentes em indivíduos de educação emocional bem conduzida.
Constata-se, entretanto, a caracterização da incapacidade quanto ao domínio das emoções, proveniente do analfabetismo emocional, evidenciados nos transtornos comportamentais, visivelmente percebidos através dos meios de comunicação tornam o mundo imprevisível, constrói cenário de desigualdades, discriminações, cada vez mais, cada vez presentes, estimulando a crença que menospreza os valores, dividem as famílias e os incentivam ao consumo desenfreado exigente, ocasionando a ausência de ambos os pais dos seus lares a procura de um trabalho estereotipado pelo conceito de mais valia, na correria pela sobrevivência.
Surge, então, a Escola propondo a sistematização do conhecimento, de forma ativa, e apropria recursos didáticos atinentes ao progresso evolutivo pessoal e social das pessoas, ao instigar o docente à reflexão para investigar processos relacionados à educação emocional, tornando-se também um indivíduo detentor das competências emocionais, no sentido de ampliar dimensões afetivas, para se desenvolver tanto no campo emocional quanto no comportamental, além do cognitivo, para mediar facilitadores condizentes ao despertar as habilidades dos alunos, visando o domínio gradual de suas emoções, em busca da construção ideal do ensino/aprendizagem, pois aprender ensinando a aprender é uma ação que aprimora e constrói continuamente o conhecimento pela intenção que se pretende codificar o mundo.
Neste comenos, faz-se necessário a identificação de questões conscientes ou inconscientes advindas da tríplice relação entre pais, professores e alunos, formadas no ambiente escolar, no sentido de oportunizar o exercício contínuo para fortalecer o aprimoramento emocional tanto dos docentes quanto dos educandos e seus familiares, reconhecendo estilos de vida renovados, consubstanciado pela prática interativa quanto ao desenvolvimento das habilidades voltadas para os campos emocional, cognitivo e comportamental no que diz respeito ao entendimento das carências emocionais existentes entre os sujeitos envolvidos, bem como permitir criteriosa análise de condutas reais socializadas pela comunidade usuária da escola.
Vislumbra-se, portanto, a existência do Ser Hominal em todos os ambientes: no Lar, na Escola, no Trabalho, configurando sua evolução cognitiva, emotiva e biológica, no tempo e no espaço – Vida.

A crise das editoras e livrarias

          

Padre João Medeiros Filho

Até chegar ao leitor, o livro passa pelo seguinte itinerário: autor, editor, gráfica, distribuidor e livraria. Algumas empresas detêm quase todo esse circuito. O mercado brasileiro de editoras e livrarias encerrou 2018, sob muitas nuvens densas e escuras. Setores importantes dessa cadeia entraram em processo de recuperação judicial, fechando dezenas de lojas ou filiais. Indubitavelmente, o momento de recessão econômica, pela qual passa o país, impactou consideravelmente as casas desse ramo, já antes fragilizadas. O fechamento de postos de venda e distribuição traz repercussões sérias sobre a vida literária e cultural. Sem dúvida, isso se deve a diferentes fatores. Sabe-se que o brasileiro não é muito chegado à leitura. Estudiosos afirmam que os europeus, por conta do frio, ficam mais enclausurados. Sol, praia, clima e natureza deixam-nos menos concentrados.  Para vários, o livro é considerado supérfluo. Quando o dinheiro torna-se escasso, o gasto com livros, jornais e revistas é dos primeiros a ser cortado. Outrora, quando se encontrava um amigo, perguntava-se: o que está lendo? Hoje, o questionamento é diferente: viu o blog de fulano, o “youtube”?

Fala-se que a falta de alfabetização é também uma das causas dessa realidade. Segundo estatísticas, mesmo que o número de pessoas letradas tenha aumentado, o advento da mídia eletrônica vem contribuindo para aumentar o analfabetismo funcional. Antigamente, para seus trabalhos escolares o aluno consultava enciclopédias. Coleções clássicas povoavam as bibliotecas familiares. Em alguns lares podia-se encontrar: Tesouro da Juventude, Barsa, Britânica, Delta Larousse etc. Hoje, com a internet e o Google, ficou mais fácil encontrar informações sobre qualquer assunto. O uso do “copiar” e “colar” torna-se costume, deixando o cérebro preguiçoso. No passado, os estudantes aprendiam nos livros, hoje dividem a atenção entre o celular e o computador, que estimula o hábito da leitura superficial e explica, em parte, a dificuldade em redigir bem. Ler exige atenção e disciplina. Hoje poucos conseguem se concentrar. Configura-se uma civilização dispersiva, de muitas informações e pouca profundidade.

O avanço tecnológico fez com que o livro tradicional encontrasse concorrência em outras plataformas. É possível baixar um arquivo em segundos e armazenar inúmeras obras, sem a necessidade de espaço físico. O acesso ao livro eletrônico (“e-books”) é relativamente mais barato, podendo às vezes ser gratuito. Embora muitos resistam, os novos suportes tentam transformar o livro impresso em peça de museu. A sociedade vem acompanhando o fim de jornais, atropelados pela tecnologia digital. O Rio Grande do Norte assistiu nesta última década ao encerramento, em Natal e Mossoró, do Diário de Natal (O Poti), Jornal de Hoje, Novo Jornal, Correio da Tarde, Gazeta do Oeste e O Mossoroense.

Os editores e livreiros investem pouco em publicidade. Tais empresas precisam divulgar largamente seus produtos numa sociedade consumista de espetáculos, cada vez mais sofisticados. O livro permanece quase desconhecido e invisível para o grande público. Isso dificulta a formação de leitores e a consequente ampliação do mercado. Para complicar o quadro, algumas editoras voltam-se para atender a demandas governamentais, em função de bibliotecas públicas e escolares. Com as crises dos governos – não cabe aqui discutir a qualidade dessas edições – as vendas diminuíram. Impostos e taxas sacrificam as editoras e livrarias. Some-se a isso a má qualidade do ensino no Brasil, classificado em penúltimo lugar entre os quarenta países pesquisados, em 2018, pela “Economist Intelligence Unit”, noticiada no portal da Associação Brasileira de Educação.

Segundo dados do Instituto pró-Livro e a pesquisa Retratos da Leitura, estimam-se em cerca de 40% os brasileiros que costumam comprar livros. Neste percentual incluem-se os best-sellers, publicações didáticas ou acadêmicas, inclusive aquelas destinadas às bibliotecas públicas. Na ausência de uma política cultural que valorize o livro e os autores, a situação do mercado editorial só tende a piorar. Oxalá as nuvens carregadas que pairam sobre nossas cabeças não se convertam em um temporal destruidor. Leão XIII cunhou esta frase: “A Palavra de Deus fez-se Escritura, desde o Antigo Testamento. Daí, a importância da escrita”. E o Papa Francisco acrescenta: “Um bom livro aquece o coração”.

Estes Judeus!

por George García Hamilton.- adaptação:Assis Costa.

Vocês já pensaram que neste mundo, ninguém vive sem os Judeus?
O que sente um manifestante ao fracassar nesta luta contra os Judeus? Por que não usar a energia em algo mais produtivo e digno ao invés de ódio sem base contra os Judeus?

Os Judeus sobreviveram aos Egípcios, Babilônios, Persas, Gregos, Romanos, Otomanos, Alemães, Soviéticos e o restante do mundo …

Por que aqueles que fazem demonstrações frente a embaixada de Israel acreditam que em algum momento eles vencerão a partida contra os Judeus? Após 65 anos do Holocausto, os Judeus têm uma nação próspera e moderna no mesmo lugar onde seus vizinhos não tem mais que a miséria e deserto com muita areia. Além disso, todos os anos Judeus ganham ao menos um prêmio Nobel – 25% dos prêmios Nobel da história, 170 deles, são Judeus. Todos esses que fazem demonstrações frente a embaixada de Israel e odeiam os Judeus, de modo inconsequente, e odeiam a metade inteligente da humanidade.

Deixemos bem claro: não sou Judeu. Todavia, Jesus era Judeu e nunca renunciou ao seu judaísmo. Paulo de Tarso era Judeu, Maria era Judia, os doze apóstolos e os primeiros Papas da Igreja foram Judeus.

Claro, meus amigos socialistas, inimigos dos Judeus,- lhes digo que Karl Marx era Judeu, mas também o foram os criadores filosóficos de capitalismo, Samuelson, Milton Friedman etc.
Se você investe na bolsa, deve usar as teorias de Markowitz, que era Judeu. Nenhum dos que se manifestam contra Israel pode ir ao psicólogo (Sigmud Freud era Judeu), não deve tomar aspirina (Spiro era judeu), não pode ser diabéticos porque você me dirá … o criador da forma de aplicar insulina, Karl Landsteiner era Judeu. Tampouco pode ser vacinado contra a poliomielite, contra a cólera, nem contra a tuberculose, já que seus inventores ou descobridores foram famosos Judeus.

Nenhum dos que vão a demonstração contra Israel pode ir vestido já que Isaac Singer, o da máquina de costurar, era Judeu … Evidente, nem pode usar jeans, porque Levi Strauss era mais um Judeu. Calvin Klein, Ralph Lauren ou Donna Karan, famosos designers de roupas, são Judeus.

Ah! o microfone que usam para gritar mensagens explosivas contra os Judeus foi invento de um Judeu chamado Emil Berliner. E um tal Philip Reiss, também Judeu, trabalhou no aparelho de ouvir que serviu de base para o telefone …

A primeira máquina calculadora foi ideia de um Judeu, Abraão Stern. os palitos de fósforo são invenção de um Judeu, Sansão Valobra. Claro que nestas manifestações não se deve usar nenhuma das ideias filosóficas de Durkheim, Spinoza ou Strauss embora sejam fundamentais para a nossa sociedade …

Kafka, Albert Einstein eram Judeus, Ana Frank foi Judia.

Nada de usar o Google já que os seus criadores, Larry Page e Sergey Brin são Judeus. adeus Batman e Homem-Aranha, porque Max Fleischer, o criador da Marvel Comics é Judeu.

Todos os que se manifestam contra Israel devem usar apenas brinquedos de corda porque as pilhas Energizer são coisa de Joshua Lionel. Sim senhoras e cavalheiros, ele era Judeu.

Uma empresa de Israel foi a primeira a desenvolver e instalar uma fábrica que trabalha só com energia solar para produção de electricidade em grandes quantidades no deserto de Mojave na Califórnia. Também o USB e os PenDrivers foram inventos de Judeus de Israel!

Todos os jovens da geração video-game devem abandonar seus monitores de vídeo Sega, já que são coisa do Judeu David Rosen. Aproveite e esqueça os sorvete Haagen- Daaz ou os Donuts.

As lindas mulheres que vão demonstrar contra os Judeus terão que deixar de maquiar-se já que Esthee Lauder é Judia tal como Helena Rubinstein, e – claro – nada de bonecas Barbies.

E sobre quem gosta de música? Nada de ouvir maestros como Leonard Bernstein ou Daniel Baremboim, este Israelense e ambos Judeus. Nenhum dos manifestantes deve assistir filmes da MGM ou da Warner Bros, nem o canal Fox ou o Universal Studios ou a Columbia Pictures. Não mais assistir Spielberg, Harrison Ford, Paul Newman, Kirk Douglas, Jessica Parker, Dustin Hoffman ou Barbara Streisand entre centenas de artistas.

Progressistas do mundo, parem de sujar suas mãos com produtos de Judeus, metade do que há de bom no mundo nós devemos a eles.

Falemos a verdade: qual é o único Estado realmente democrático, moderno, Ocidental, limpo, secular, laico em todo o Oriente Próximo e Oriente Medio? Qual é o único país do mundo em que há hoje mais árvores que havia há cem anos? Qual país tem a maior média de Universitários por habitante no mundo? Em que país se produz mais documentos científicos por habitante que qualquer outro país? Qual foi a primeira nação do mundo a adotar o processo Kimberly, que é um padrão internacional que certifica os diamantes como “oriundos de zonas livres de conflito “?

Qual país desenvolveu a primeira Câmara de Video ingerível, tão pequena que se cabe no interior de um comprimido e é usada para observar o intestino fino por dentro, e ajuda no diagnóstico de câncer e outros distúrbios digestivos? Em que país foi desenvolvida a tecnologia de irrigação por gotejamento? E onde foi que Albert Einsten fundou uma Universidade? Qual é o 2° país em leitura de livros por habitante?

Qual é o país que fornece ajuda humanitária em todo o mundo, o tempo todo? Que país enviou ao Haiti uma equipe de resgate com 200 pessoas logo após o terremoto? Que país montou uma clínica de resgate, em seguida ao terremoto devastador no Japão? Que país faz gratuitamente cirurgias de coração para salvar a vida de mais de 2.300 crianças, incluindo os Palestinos?
Será que em alguma das minhas existências fui Judeu, ou ainda serei um Judeu, também resiliente!?