As seis dezenas do concurso 689 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo. O sorteio terá transmissão ao vivo pelas redes sociais da Caixa. O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 58 milhões.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
A última projeção da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) é de um crescimento de 12% em 2024. O g1 não contabiliza motos e implementos rodoviários. Esse aumento, caso concretizado, significaria aproximadamente 2,6 milhões de unidades emplacadas apenas no mercado interno.
Para automóveis e comerciais leves, a previsão é de um aumento de 12% nesse ano, totalizando 2,44 milhões de emplacamentos.
Já a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima um aumento de 6,1% nos emplacamentos em 2024 contra 2023, para 2,450 milhões de unidades.
A produção deve crescer 6,2% neste ano, para 2,470 milhões, com as exportações na casa das 407 mil unidades, alta de 0,7% na mesma base de comparação.
Como os financiamentos representam 41% dos novos veículos emplacados no país, as entidades do setor acreditam que um bom impulso no mercado está ligado a uma melhora no cenário de crédito.
Mas especialistas ouvidos pelo g1 ponderam que o acesso a empréstimos mais baratos ainda chega a passos lentos ao consumidor, mesmo com a recente sequência de quedas da taxa básica de juros do país, a Selic.
O crédito automóvel vai continuar caro?
Apesar de o BC já ter dado início ao ciclo de corte da Selic, especialistas apontam que o movimento de redução das taxas de financiamento de automóveis ainda leva tampo para se refletir nas condições oferecidas aos consumidores.
O repasse da queda da Selic aos juros na ponta tem um período de defasagem, que leva de três a seis meses para ser sentido pela população. A mudança pode ser um pouco mais rápida nas linhas de crédito com garantia, ou por fatores como o tempo de relacionamento com os bancos.
“É difícil dizer quando a queda de juros passa para a ponta consumidora porque há mais de um componente que explica tudo isso: temos a influência da taxa básica [Selic], o risco de crédito e o componente da inadimplência no mercado, por exemplo, além de impostos e outros fatores. Então além de [o repasse] não ser automático, ele também não é feito na íntegra”, explica a consultora Tereza Fernandez, da TF Consultores Associados, especializada na avaliação do setor automotivo.
Ainda assim, a redução gradual da Selic cria uma tendência positiva de queda para as demais taxas de juros e isso deve, uma hora ou outra, se refletir no segmento automotivo.
“Os juros já começaram a cair. Isso se reflete na cadeia mais lentamente, mas já é um alento”, disse o diretor-executivo da Fenabrave, Marcelo Franciulli.
Dados do BC, por exemplo, indicam que houve uma queda de 3,2 ponto percentual na taxa média de juros cobrados nos financiamentos de automóveis de pessoas físicas em dezembro de 2023 contra o mesmo período de 2022, para 25,5% ao ano.
Mesmo com a retração, o nível de juros continua bem maior do que o observado antes da pandemia. Em dezembro de 2019, a taxa média para os financiamentos era de 19,2% ao ano.
Nos grandes bancos, a média pode ser um pouco mais baixa, a depender do perfil do tomador e do relacionamento do cliente com a instituição. Veja exemplos abaixo.
Itaú Unibanco: em janeiro de 2024, as taxas partem de 1,13% ao mês (ou 14,4% ao ano). No mesmo mês do ano passado, a taxa oferecida era de 1,37% ao mês (17,7% ao ano). Além disso, o prazo para pagamento pode variar entre 6 e 60 meses e o percentual do valor do veículo que pode ser financiado é de até 90%.
Banco do Brasil: as taxas partem de 1,19% ao mês (cerca de 15,25% ao ano). A instituição não informou quanto cobrava de juros em janeiro de 2023. Com prazo médio de 48 meses, o financiamento pode ser de até 100% do valor do veículo.
Procurados, Bradesco e Santander não informaram as taxas de juros nem o prazo médio de pagamento para os financiamentos de veículos em sua carteira de crédito.
Para Fernandez, da TF Consultores Associados, mesmo que a perspectiva seja de que Selic continue caindo pelo menos no primeiro semestre deste ano, esse já é um bom momento para aqueles que pretendem tomar crédito para adquirir um veículo.
“É uma boa aproveitar o atual momento. O cenário está otimista, não temos nenhum impacto lá de fora e é uma boa hora para fazer um financiamento. Até junho, muita coisa pode ou não acontecer. Vai que os Estados Unidos ainda não tenham baixado os juros, por exemplo. Melhor aproveitar o agora”, afirmou.
O que explica esse nível de juros?
Parte desse cenário pode ser explicado pelo nível de calotes observado no setor, que, apesar de ter apresentado uma leve melhora, continua em patamares elevados. Segundo o BC, a inadimplência ficou em 5,2% no crédito para aquisição de veículos em dezembro do ano passado.
O número representa uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao mesmo mês de 2022, quando era de 5,4%, mas ainda é bem maior do que o observado em dezembro de 2019, quando marcou 3,4%.
“A inadimplência está mais alta do que era, mas está estabilizada. E há um viés positivo porque, além da Selic, que está caindo, outro fator importante é a lei que determina que a retomada do bem quando o consumidor está inadimplente passa a ser extrajudicial. É um processo mais rápido e célere, que melhora a garantia e ajuda o mercado de crédito”, avaliou Franciulli, da Fenabrave.
O executivo se refere ao novo Marco Legal das Garantias, sancionado em outubro de 2023. A lei muda as regras para o uso de bens, como imóveis ou veículos, como garantia para empréstimos e facilita a retomada de carros por bancos no caso de inadimplência, entre outros pontos.
A medida fez parte da agenda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do ano passado, e veio como uma tentativa de reduzir as taxas de financiamento por meio da queda do spread (diferença entre o juro cobrado na captação dos recursos pelo banco e as taxas cobradas para o consumidor).
No caso de uso de veículos como garantia, o texto permite a retomada sem recorrer à Justiça, em caso de inadimplência. O procedimento extrajudicial pode ser tanto em cartórios quanto nos departamentos de trânsito locais.
“O mercado de novos atrai um público com crédito um pouco melhor, então a inadimplência [nesse segmento] é um pouco mais baixa do que a média mostrada pelo BC. Mas, para ambos os casos, a tendência é de um 2024 mais positivo”, diz Paulo Noman, presidente da Associação das Empresas Financeiras e Montadoras (Anef).
Segundo Noman, a estimativa é que o mercado geral de veículos é formado por algo em torno de 2,5 milhões de carros novos e de 14 milhões a 15 milhões de carros usados.
Marco legal das garantias: novas regras permitem que um único imóvel seja usado como garantia para mais de um empréstimo
O que esperar para 2024?
Para os especialistas ouvidos pelo g1, o cenário positivo é uma junção de juros mais baixos, inflação mais controlada, um maior apetite por parte dos bancos e um olhar mais voltado para o setor automotivo por parte do governo (entenda mais abaixo).
Mas o número ainda é baixo perto dos picos atingidos pelo setor, entre 2012 e 2014. Na época, o país chegou a emplacar entre 3,5 milhões e 3,8 milhões de veículos anuais, enquanto hoje as projeções estão na casa dos 2,5 milhões de veículos neste ano.
O momento durou pouco, pois a indústria brasileira enfrentou novas crises econômicas — como a de 2015 e de 2016 — e períodos complexos no comércio exterior. Houve queda no volume de produção, de exportações e de licenciamentos.
Desde então, o setor não recuperou os bons números vistos 10 anos atrás. Veja os gráficos abaixo:
Para especialistas, algumas incertezas ainda podem pesar para o segmento automotivo.
“É preciso entender o quanto o componente doméstico e o importado, de juros norte-americanos e no exterior, refletem por aqui”, disse Noman, da Anef.
Além da política monetária ainda restritiva do BC, há influência da crise nas contas públicas brasileiras e de fatores internacionais como as dúvidas a respeito das eleições norte-americanas e de um eventual agravamento da guerra no Oriente Médio.
“Ainda existem algumas interrogações. Quais os efeitos de uma eventual eleição de Donald Trump no Brasil e no mundo, por exemplo? Será que pode afetar o câmbio?”, afirmou a consultora Tereza Fernandez, da TF Consultores Associados, especializada na avaliação do setor automotivo.
“Outro risco é uma eventual piora na guerra no Oriente Médio, que poderia afetar caminho marítimos e fretes, além de trazer possíveis impactos na inflação. É algo para se esperar e ver. Mas, mantidas as condições de temperatura e pressão, o cenário brasileiro é positivo”, completou Fernandez.
O governo deve trazer alguma medida para o setor neste ano?
Se no ano passado um dos fatores que ajudaram o segmento foi o corte de impostos anunciado pelo governo para tentar reduzir o preço de carros de até R$ 120 mil — programa que durou apenas um mês no caso dos automóveis populares, com mais de 125 mil veículos vendidos no período —, neste ano (e nos próximos) o destaque fica com o programa “Mover”.
Uma medida provisória (MP) publicada no final de dezembro do ano passado traz, entre outras coisas, as diretrizes do plano de incentivos para veículos sustentáveis e para a realização de pesquisas voltadas às indústrias de mobilidade.
O programa deve ser custeado pelos recursos arrecadados pelo governo por meio do aumento do imposto de importação incidente sobre veículos elétricos e placas solares. A elevação do tributo será gradual até 2026, e foi pensada como uma forma de incentivar o investimento na produção nacional de veículos elétricos.
Com o aumento do imposto para os veículos importados, a ideia é tornar a mercadoria nacional mais atraente, uma vez que o custo deverá ser menor ao consumidor final.
Para Franciulli, da Fenabrave, o “Mover” é um plano mais abrangente e deve promover uma renovação da frota no Brasil, começando inicialmente por caminhões e ônibus para, depois, abranger toda a cadeia.
“No Brasil, o veículo tem certidão de nascimento, mas não tem de óbito. Temos uma frota enorme registrada no país sendo que, do total, 30% ou 35% não circula”, disse, acrescentando que o setor também precisa trabalhar com o governo para reativar a venda de veículos mais acessíveis. “É esse pessoal que acaba tendo os veículos mais antigos e não tem condição de renovar”, acrescentou.
Franciulli ponderou, no entanto, que “não são medidas isoladas e específicas” que vão trazer novas perspectivas de crescimento para o setor.
“É um conjunto de medidas. Nós precisamos ter um cenário econômico estável e o governo precisa fazer o papel dele no sentido de controlar gasto e promover um equilíbrio fiscal, o que se reflete em uma inflação menor. A ideia é que o consumidor não perca poder aquisitivo”, completou o diretor da Fenabrave.
Fábrica de fertilizantes da Petrobras em Sergipe é parte do acordo firmado com a Unigel.
A Petrobras esclarece que o contrato com a Unigel Participações S.A. (Unigel) assinado no dia 29 de dezembro de 2023 se deu como seguimento dos entendimentos iniciados em 06/06/2023 (nondisclosure agreement), consistindo medida alinhada com o Plano Estratégico 2024-2028 da companhia quanto ao retorno à produção e comercialização de fertilizantes.
O contrato de industrialização por encomenda (tolling) se encontra vigente e a companhia reitera que todos os contratos e projetos são elaborados e executados seguindo todos os padrões e requisitos de governança, hierarquia decisória e responsabilidade operacional da companhia.
A contratação junto à Unigel do serviço de processamento do gás da Petrobras como matéria prima e a entrega/comercialização dos fertilizantes para a contratante, na forma de contrato de serviço (“tolling agreement”), não representa um empreendimento definitivo e autônomo. Trata-se uma medida de caráter provisório que permite a continuidade da operação das plantas localizadas em Sergipe e Bahia (que pertencem à Petrobras) por provisionais oito meses, enquanto as contratantes se engajam na primeira fase rumo a uma solução definitiva, rentável e viável para o suprimento desses produtos ao mercado brasileiro.
A necessidade de abastecimento do mercado nacional tem sido reiterada amplamente, e a reorganização do suas operações no segmento de fertilizantes está prevista no Plano Estratégico 2024-2028 da companhia.
As estratégias de negócio da Petrobras asseguram que nossos recursos sejam empregados no tempo e nos ativos apropriadamente avaliados, de modo a garantir maior retorno ao capital investido, de forma segura e sustentável. Por fim, ressalta-se que a Petrobras prestará todos os esclarecimentos e justificativas técnicas ao TCU dentro do prazo requerido.
O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay – Agência Brasil
“Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.” Carlos Drummond de Andrade
É muito inquietante ver o que virou o Brasil depois de quatro anos de um governo de ultradireita. O ódio foi inoculado nas pessoas. A estratégia de divisão da sociedade, infelizmente, funcionou. Hoje, somos um país no qual a milícia é respeitada, os clubes de tiro ocuparam o espaço das bibliotecas e a arma substituiu o livro no imaginário popular. Um país de Damares, de Bolsonaros e de Kicis. Um lugar triste e profundamente brega. Não é mais uma discussão sobre política partidária ou ideologia, mas sim valores que definem a vida e o caráter. É sobre sentimento do mundo. Sobre que país queremos para nossos filhos e netos.
E a divisão, claro, ocupa os dois polos. Eu tenho, e boa parte dos democratas também, solene asco e certo desprezo por essa gente inculta e banal. A impressão que pode ser recortada do estranho mundo bolsonarista é a de que seres escatológicos saíram do esgoto e estão gostando de tomar sol à luz do dia. É uma ignorância presunçosa. Eles têm orgulho dessa estultice como marca.
Na política, de maneira geral, é normal que as diferenças sejam aprofundadas nos momentos de eleições e nos debates partidários. Quem viveu e cresceu em Minas Gerais sabe o calor e o valor de um bom embate entre UDN e PSD, mas nada que consiga produzir ódios permanentes e fossos intransponíveis. Era comum que, após as acomodações naturais de um pleito eleitoral, os grupos se ajustassem como que prevendo a necessidade de um relacionamento maduro para uma convivência democrática.
A ultradireita bolsonarista mudou completamente a relação entre as pessoas, os grupos e a política. Com uma estratégia toda calcada na mentira e na criação, descarada, de fatos falsos para desestabilizar as relações institucionais, o país foi fragmentado de maneira, talvez, insuperável e irrecuperável. A discussão deixou de ser entre as diferenças para a economia, para a educação e para a saúde, as quais, felizmente, existiam entre Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas e José Serra e Lula, Marta Suplicy e Fernando Haddad. Com a chegada da ultradireita ao poder e à cena política, o ódio passou a ser o centro da análise e deixou de existir qualquer limite ético. Foi a concretização e a vitória da barbárie sobre a civilização.
A divisão, a dúvida e a cizânia se instalaram no seio das famílias e da sociedade brasileira. Passou a ser quase impossível, salvo necessidades específicas, as pessoas se relacionarem com a civilidade necessária. Reconheço a extrema dificuldade, repulsa até, de conviver pessoal e profissionalmente com os bolsonaristas- raiz. Foi quebrado o elo de confiança que possibilita a vida em sociedade. Há um certo código de postura, não escrito, que sustenta uma teia invisível que faz o respeito às diferenças ser o natural na existência de uma relação pública, e porque não, privada, na sociedade como um todo.
Antigamente, existia uma lenda, vulgar e tola, difundida por uma direita rasa e infantil de que “os comunistas comiam criancinhas” . Nada que impressionasse de fato. Mas o bolsonarismo usou como estratégia para chegar ao poder, e se manter lá, uma estrutura de difusão de mentiras e de fatos sem nenhuma base na realidade que jogou as relações em um espaço que parece não ter volta.
Sempre defendi que é impossível debater e conviver com quem não tem nenhum escrúpulo, nenhum critério ético e nenhum compromisso com a verdade. A partir dessa impossibilidade, foi ficando difícil contratar alguém para trabalhar, para poder dividir um apartamento ou uma viagem. Enfim, alguém para partilhar com respeito e, se possível, admiração a vida, no que ela existe de cotidiano e simples.
Na verdade, o bolsonarista por convicção virou um ser que acredita que a terra é plana, que a vacina faz mal para a saúde e pode transformá-lo num jacaré, que prega a volta da Ditadura e quer que o Exército intervenha e possa abolir o Estado democrático de direito. Passou a ser chique, para esses seres estranhos, exercitar o machismo, o racismo e o ódio aos pobres. Ou seja, a vida em comum foi inviabilizada. Não é mais debater sobre o que queremos para um mundo múltiplo e civilizado, mas se vamos conseguir nos relacionar com quem defende a tortura, exalta a morte de pessoas pobres e negras, cultua a violência e despreza a cultura.
Vai ser um longo caminho voltar a ter uma convivência democrática. Só existe uma hipótese de o país ter um encontro consigo mesmo: é necessário identificar e responsabilizar os que atentaram contra os direitos e garantias dos menos favorecidos e mesmo de uma elite lúcida, os que ousaram tentar derrubar as instituições democráticas, os que inocularam o ódio e a mentira como suportes de uma dominação fascista.
Num primeiro momento, a ultradireita dominou o Executivo e cooptou boa parte do Legislativo. Foi preciso o mais conservador e reacionário dos poderes reagir e sustentar a possibilidade democrática: o Judiciário. Patrimonialista e retrógrado, foi, e é, quem nos deu um rasgo de luz. É hora de aprofundar.
Nesta semana, uma operação policial na família Bolsonaro começou a nos dar esperança em tempos de uma possível volta a um país justo e solidário. Para quem conhece a lenda do moleiro alemão, eu posso parafrasear: “Ainda há juízes em Brasília”.
Lembrando-nos do mestre Fernando Pessoa, no poema Tabacaria:
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”
Em um voo de Sevilha para Paris leio, estarrecido, o despacho do Ministro Alexandre de Moraes sobre a “Abin paralela .” A investigação trata de uma rede de proteção aos filhos do presidente Bolsonaro, da tentativa de fazer ligações falsas e criminosas de Ministros do Supremo com o PCC, de monitoramento ilegal de Ministros e Parlamentares e cidadãos, enfim, de uma organização criminosa que se apoderou do Estado. Boa parte do que ouvíamos sobre a bandidagem estruturada no governo Bolsonaro esta exposto na manifestação do Ministério Público e na decisão de Sua Excia o Ministro do Supremo.
É um momento grave da consolidação da democracia. As medidas, ainda que vigorosas, tomadas pelo Ministro do Supremo, não parecem suficientes para conter o verdadeiro ânimo golpista que ainda parece coordenar este grupo terrorista.
É necessário aprofundar as investigações- não estou afirmando que isto não está sendo feito- sobre o general que coordenava a Abin. É possível imaginar uma teia tão grave de insurreição sem o conhecimento do general Augusto Heleno?Afinal ele se dizia tão atento e pressuroso do seu poder. Era um general de fachada? Um fantoche? Tudo de tão grave passava sob suas barbas e ele desconhecia? Que general é este que desonra assim o exército brasileiro com uma incompetência brutal? Desconhecia tudo?Ou ele se apresenta como assistente de acusação ou vai deixar muito mal o exército.
É necessário aprofundar as investigações e dar uma satisfação à sociedade que acaba de resistir a uma tentativa de golpe de estado. Mais uma vez o Poder Judiciário, em regra patrimonialista e reacionário, assume a responsabilidade pela estabilidade democrática. Urge que o Congresso se manifeste pois , ao que consta, parlamentares foram criminosamente investigados. E todos nós, cidadãos que nos aliamos pela consolidação da democracia, temos que acompanhar e cobrar uma investigação desde escândalo. A democracia continua em risco. Até porque há uma sombra a ser desvendada de certo grupo do atual governo ter trabalhado para o não esclarecimentos dos crimes. Grave!
As Forças Armadas orientaram o governo Lula (PT) a se posicionar contra uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) que tenta permitir que mulheres tenham acesso a todas as carreiras militares.
Em um dos documentos que embasaram a posição do governo, o Exército disse que a inclusão de mulheres em determinadas funções (no jargão militar chamadas de armas) pode comprometer o desempenho militar numa situação de combate por causa da “fisiologia feminina”.
“É necessário reconhecer que a fisiologia feminina, refletida na execução de tarefas específicas na zona de combate, pode comprometer o desempenho militar em operações de combate, dependendo do ambiente operacional”, escreveu o coronel Sandro Ernesto Gomes, chefe da assessoria jurídica do gabinete do comandante da Força, general Tomás Paiva.
O coronel ainda argumenta que em situações em que o “emprego da violência atinge seus limites, em consequência, também é exigido dos combatentes profissionais extremo esforço físico e mental”.
Por isso, segundo ele, igualar as condições de acesso para homens e mulheres desconsidera as “peculiaridades de suas atividades”.
Os argumentos estão incluídos em um documento escrito pelo coronel Gomes que deveria ficar restrito internamente para embasar o posicionamento da AGU (Advocacia-Geral da União) perante o STF. O parecer interno, porém, acabou enviado ao Supremo.
A AGU acolheu os argumentos apresentados pelo Exército e se manifestou no processo contra a imediata ampla concorrência para a carreira militar. O ministro-chefe Jorge Messias, no entanto, decidiu modular o discurso para não endossar o argumento de que a entrada de mulheres em determinadas armas representaria um enfraquecimento da Força.
Messias defendeu que a carreira das Forças Armadas é diferente das Polícias Militares —e, por isso, exige que sua composição siga critérios próprios. Trata-se de uma estratégia da AGU para evitar que o STF siga o mesmo entendimento aplicado em ação contra a PM do Distrito Federal, que terminou com a derrubada de um edital que separava somente 10% das vagas da corporação para mulheres.
“Desse modo, dada a sua marcante diferenciação com outras carreiras, notadamente em face da natureza das atribuições desempenhadas, eventual fixação de critérios distintos de acesso, para o exercício de determinadas atividades nas Forças Armadas, não consiste, por si só, em medida discriminatória ou desproporcional”, defendeu o ministro-chefe da AGU.
A subprocuradora Elizeta Ramos apresentou três ações contra leis que permitem reserva de vagas ou proibição de acesso de mulheres a determinadas carreiras no Exército, Marinha e Aeronáutica. As ADIs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) foram entregues ao Supremo em outubro, período em que a ela ocupou, de forma interina, a chefia da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Cada ação tem um relator: Alexandre de Moraes (Exército), André Mendonça (Marinha) e Kassio Nunes Marques (Aeronáutica).
O argumento da subprocuradora é que os trechos das leis que permitem o veto de mulheres a determinadas armas dentro das Forças Armadas representam uma “discriminação em razão do sexo incompatível com a Constituição Federal”.
“Não há fundamento razoável e constitucional apto a justificar a restrição da participação feminina em corporações militares. Se o legislador e a corporação consideram que as mulheres são aptas a exercer os referidos cargos, como admitem por intermédio da própria norma impugnada, não é plausível estabelecer limites ou restrições ao exercício desse direito fundamental, sob pena da configuração de manifesto tratamento discriminatório”, disse Elizeta na ação.
A subprocuradora defende ainda que o objetivo da ação não é conquistar uma reserva de vagas para mulheres nas Forças, mas que haja isonomia de gêneros na concorrência às armas.
“De modo que seja viabilizado que 100% de todas as vagas ofertadas nos cursos de formação de oficiais e de sargentos de carreira da referida Força sejam acessíveis às mulheres, caso aprovadas e classificadas nos concursos públicos correspondentes, concorrendo em igualdade de condições com os homens.”
MULHERES REPRESENTAM SÓ 6% DO EFETIVO DO EXÉRCITO
O Exército permite a entrada de mulheres em seus quadros desde 1992. A participação feminina, porém, avançou pouco: elas representam somente 6% do efetivo da Força Terrestre —13.017 num universo de mais de 212 mil militares ativos.
Uma lei de 2012, chamada Projeto de Inserção do Sexo Feminino na Linha de Ensino Militar Bélica do Exército Brasileiro, foi aprovada pelo Congresso visando permitir que mulheres fizessem os cursos da Aman (Academia Militar das Agulhas Negas) para alcançar o grau de oficial.
A proposta surgiu por decisão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). As primeiras alunas entraram na Escola Preparatória de Cadetes do Exército em 2017, na Aman em 2018 e se formaram em 2021.
O acesso de mulheres no Exército não é autorizado para todas as armas, o que restringe a participação feminina e limita as futuras promoções ao generalato.
Elas não podem entrar em armas consideradas mais combatentes, como a Cavalaria, Infantaria, Artilharia e Engenharia. Os militares que ingressam nessas funções são os responsáveis por ocupar a linha de frente em batalhas, conduzindo armas e blindados para o confronto, ou apoiar as ações com canhões e construções de pontes improvisadas.
Nas armas combatentes, as mulheres podem entrar somente naquelas que exigem menos esforço físico. São elas as de Comunicações (responsável por garantir a troca de informações entre os escalões mais altos e os chefes dos batalhões) e de Material Bélico (que atua no apoio logístico para manutenção e funcionamento de armamentos, viaturas e aeronaves).
Generais ouvidos pela Folha afirmam que a entrada de mulheres no Exército exigiu uma série de estudos e obras de reparo nas academias militares. Foram alterados os dormitórios, estabelecidos novos protocolos para entrada nesses espaços e chapiscadas as janelas.
Rearranjo da Aman para receber a primeira turma com mulheres custou R$ 64 milhões para o Exército
“Ademais, com a formação das primeiras oficiais e sargentos, torna-se fundamental acompanhar a influência dessa formação na continuidade de suas carreiras e no tocante a sua evolução física. Assim, considera-se que uma evolução prudente e responsável das mulheres para os cursos combatentes da Linha de Ensino Militar Bélico deveria aguardar mais alguns anos, até que sejam obtidas mais informações a respeito das consequências da atividade militar sobre a saúde física e mental dessas militares”, concluiu o Exército no documento enviado à AGU.
A presença feminina varia em cada Força. Na Aeronáutica, as mulheres representam pouco mais de 20% do efetivo (14.118 mulheres num total de 67.605 militares) e são impedidas de entrar na infantaria —arma responsável pelo combate a pé.
“Providências já estão sendo tomadas no sentido de colher, analisar e monitorar dados que possam subsidiar de forma segura futuras políticas de inclusão de mulheres, sem descurar da salvaguarda da integridade física e psicológica desse segmento, conforme consta das informações trazidas pela Consultoria Jurídica junto à FAB”, disse a AGU ao Supremo.
Na Marinha, as mulheres ocupam 8.420 dos cerca de 75 mil cargos ativos —total de 11%. A Força não proíbe a participação feminina em nenhuma arma, mas limita o acesso delas a cargos e funções a depender das “exigências do preparo do Poder Naval”, como disse a Marinha em documento para subsidiar a posição da AGU.
“A Marinha é pioneira na participação das mulheres nas Forças Armadas […] e pauta suas ações pela meritocracia e isonomia, oferecendo igual oportunidade aos cidadãos brasileiros que desejam ingressar na Força, sem distinção de sexo”, disse a Força, em nota.
A praia do Sancho, no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, foi eleita a ‘melhor praia do mundo’ em 2023, segundo o site especializado em viagens TripAdvisor.
De acordo com o ranking anual Travellers Choice, a praia brasileira desbancou outras praias paradisíacas localizadas no Caribe, Austrália e Europa, e foi escolhida com base em avaliações e pontuações dadas pelos viajantes durante 12 meses.
Confira a lista das 10 das 25 melhores praias:
1º Praia do Sancho, em Fernando de Noronha (Brasil)
2º Eagle Beach, em Palm/Eagle Beach (Aruba)
3º Cable Beach, em Broome (Austrália)
4º Praia de Reynisfjara, em Vik (Islândia)
5º Grace Bay Beach, em Providenciales (Ilhas Turcas e Caicos)
6º Praia da Falésia, Olhos de Água (Portugal)
7º Radhanagar Beach, na Ilha de Havelock (Índia)
9º Isola del Coligli, em Lampedusa (Itália)
10º Praia de Varadero, em Varadero (Cuba)
Na lista, o Brasil é representado novamente. Dessa vez pela praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, que ficou em 19º lugar como melhor praia do mundo.
Nas redes sociais, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela proteção e conservação do Parque Nacional Marinho do qual o Sancho faz parte, comemorou a premiação e exaltou a beleza do local e sua rica biodiversidade.
“Além da paisagem exuberante, e dos mirantes de onde é possível admirar toda a baía, o Sancho conta com água tão cristalina que chega a revelar a vida marinha para quem observa do alto: tubarões, raias mantas e cardumes são facilmente avistados pelos olhares mais atentos”, afirmou em publicação no Instagram.
“Já nos mirantes, o encontro é com as aves marinhas: Atobás, Noivinhas e Viuvinhas se deixam observar de bem perto, em seus ninhos…Tanta generosidade da natureza merece ganhar reconhecimento!”