Que neste Natal as famílias sintam ainda mais forte o significado da palavra “AMOR”. Que sejamos iluminados pelas luzes da paz, da união e da solidariedade, transformando os nossos dias em dias de felicidade. Que as festas natalinas sejam de fraternidade em todos os lares.
O Blog do GM deseja a todos os leitores um Feliz Natal e que Deus abençoe, em todos os sentidos, a vida de cada um.
A primeira-dama Dayanny Dantas, da cidade de Patú, no oeste do estado, comandou o Sexto do Natal das Crianças da cidade. Acontece que tudo que ela faz, vira um buxixo político. Dayanny apareceu vestida de mamãe Noel, e alguns aliados e parte da oposição já começaram a especular que o nome da primeira-dama pudesse ser a candidata do prefeito Rivelino, para eleição de 2024. Mas o disse me disse, está em torno do estado civil de Dayanny com Rivelino para saber se ela está enquadrada nos impedimentos da legislação eleitoral.
Uma breve consulta à jurisprudência dos tribunais superiores, reflete que Dayanny estaria impedida por ser a atual companheira do gestor municipal, mas o recado já está nas ruas, principalmente depois desse look verde e vermelho da roupa da mulher do prefeito. Vale lembrar que, caso ela pudesse disputar o pleito com o apoio do nosso bigodão, seria praticamente imbatível. Que venha 2024!
No Alecrim, maioria dos consumidores procuravam comprar roupas para as festas de fim de ano. Foto: Alex Régis
A manhã de sábado (23) no Alecrim, polo principal do comércio de rua da capital potiguar, foi de movimentação intensa, com muita gente em busca das compras para o Natal. Para os comerciantes, a expectativa é de boas vendas, com incremento de até 10% no período. Já para os consumidores, a palavra de ordem era pechinchar para levar para casa produtos que se encaixassem no orçamento, apesar da correria dos último momentos antes da data natalina. Para atender ao público que costuma fazer compras de última hora, o comércio terá funcionamento diferente neste domingo (24).
O universitário Marcos Vinícius Cabral, de 22 anos, aproveitou o sábado para fazer as últimas compras. Ele foi ao Alecrim em busca de roupas para as festas do final de ano. “Quero comprar uma calça, uma bermuda e talvez um tênis. Espero gastar, no máximo, uns R$ 300. Estou pesquisando e vendo que os preços estão justos. Esta é a segunda loja que eu venho e acredito que o segredo é fazer essa pesquisa mesmo, embora o tempo esteja um pouco apertado. Por isso, inclusive, que preferi vim hoje [sábado] para adiantar, tanto por causa do grande movimento, como também porque quero que neste domingo, tudo esteja pronto para a ceia”, relatou.
A enfermeira Josuela França, de 42 anos e Jabelle Martiniano, de 15, também estavam em busca de roupas para o final do ano para a adolescente. Mãe e filha reconheceram que, diante da correria, sequer prestaram atenção nos preços. “Quero uma blusa e um short. Meu critério é comprar a peça que mais me agradar, até porque está uma correria grande. Mas, se Deus quiser vamos conseguir comprar tudo até o domingo”, disse Jabelle. “Fizemos muitas compras e, confesso que já perdi a noção do quanto gastamos”, acrescenta Josuela. Para os comerciantes, a expectativa é de alta nas vendas. “Desde sexta o movimento aumentou muito. Estamos apostando em um crescimento nas vendas de 10% até este domingo. Antecipamos uma promoção que a gente, geralmente, só faz em janeiro, com descontos de 30% na loja. Então, nossa expectativa é boa”, afirmou Cleide Alves, gerente da das lojas Emanuelle.
Para o dono da Casa Sarmento, Denevaldo Sá, o aumento nas vendas deve chegar a 8%. “Estamos com movimento crescente. Entre esse sábado e domingo, nós acreditamos que serão dias expressivos de venda”, disse. Para garantir suporte a quem ainda precisa fazer as compras, o comércio contará com funcionamento estendido no domingo no comércio de rua.
Já nos shoppings e supermercados, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), a véspera do feriado será de horário reduzido. Na segunda-feira (25), as lojas não devem abrir. As informações da CDL para o domingo apontam que o comércio de rua, como é o caso do Alecrim, estará aberto de 8h às 17h, enquanto os shoppings devem encerrar as atividades às 19h.
Já os supermercados têm horários variados, com algumas redes fechando às 14h, 18h ou 19h. O consumidor deverá conferir essa informação diretamente com a unidade que costuma comprar. Enquanto isso, na segunda-feira, as lojas dos shoppings deverão estar fechadas, com funcionamento facultativo da praça de alimentação das 11h às 21h no Midway Mall, das 11h às 22h no Natal Shopping e Partage Norte Shopping. Na segunda, os supermercados e o comércio de rua não funcionam.
Marcelo Alves Dias de Souza Procurador Regional da República Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
Não apenas de homens “práticos” é feito o direito. Há também os juristas, numa acepção peculiar do termo, para designar os pesquisadores, doutrinadores, professores e estudantes dessa ciência. E eles têm também o seu devido espaço na literatura universal.
O enorme Honoré de Balzac (1799-1850), o “Napoleão das letras”, por exemplo, se apropriou de muitas coisas do direito: instituições (casamento, herança, falência, crime etc.), linguagem, cenas/dramaticidade e, por que não, de seus juristas. “A comédia humana”, herdeira do “Code Napoléon”, é pródiga em juristas. Aqueles imaginados pelo autor, claro. Mais de 50 “homens da lei”, todos com lugares especiais dentro da “Comédia”, como teria certificado Peirre-François Mourier, em “Balzac, L’injustice de la loi” (Michalon Editeur, 1996). E, mais curiosamente, juristas de verdade, grandes nomes da França, alguns deles professores de Balzac na Faculdade de Direito de Paris, como Hyacinthe Blondeau (1784-1854), Louis-Barnabé Cotelle (1752-1827), Charles Toullier (1752-1835) e Raymond-Theodore Troplong (1795-1869) ou os famosos quatro “redatores” do Código, Jean-Étienne-Marie Portalis (1746-1807), François Denis Tronchet (1726-1806), Jacques de Maleville (1741-1824) e Bigot de Préameneu (1747-1825), que são citados ou aludidos pelo autor em seus romances.
Assim também o fez o gigante Miguel de Cervantes (1547-1616), o pai do “Dom Quixote de la Mancha” (1605). Grandes jurisconsultos são citados nas obras de Cervantes, anota Luis E. Rodríguez-San Pedro Bezares, em “Atmósfera universitaria em Cervantes” (Ediciones Universidad Salamanca, 2006). Por exemplo, “o nome de Justiniano é referido pela boca da personagem Redondo na comédia Pedro de Urdemalas, ainda que de forma grosseira. O mesmo se dá com os importantes juristas medievais Bartolo ou Baldo”. Em “La elección de los Alcaldes de Daganzo”, uma farsa, “num coro de músicos e ciganos, faz-se referência a Bartolo”. Há também “uma menção aos juristas Bartolo e Baldo em La tía fingida, atribuída por um tempo a Cervantes”.
De verdade ou fictícios, estudiosos e estudantes do direito também têm lugar, para além da literatura, no cinema. E aqui, no momento em que se discute o papel da mulher no sistema judicial brasileiro, com a controversa questão da inclusão do gênero como critério de promoções por antiguidade e merecimento na magistratura e no Ministério Público, faço referência ao popular filme “Legalmente loira” (“Legally Blonde”, 2001), adaptado do romance homônimo de Amanda Brown e estrelado pela engraçadíssima Reese Witherspoon.
Basicamente, quanto ao seu enredo, segundo o site em português do IMDb (Internet Movie Database), a patricinha Elle Woods, “uma rainha da irmandade da moda, é abandonada pelo namorado. Ela decide segui-lo para a faculdade de direito [no filme, a Harvard Law School]. Enquanto está lá, ela percebe que há mais nela do que apenas aparência”. “Legally Blonde” é um filme divertidíssimo. Foi sucesso de crítica e público. Ganhou uma sequência (“Legally Blonde 2: Red, White & Blonde”). Virou um musical, que, aliás, assisti em Londres. Adorei. Mas ele é também, sob a aparência de “bobinho”, bem mais do que isso.
“Legally Blonde”, à sua maneira, representa um final rompimento com a tradição secular, no cinema, de os advogados (e outros operadores do direito) serem sempre personagens masculinos. Levando em consideração a completa ausência de mulheres advogadas em “I Am The Law” (1938), passando pelas personagens femininas de “Suspect” (1987), “The Accused” (1988), “Class Action” (1991) e “The Client” (1994), a onipresença feminina da personagem Elle Woods (interpretada por Reese Witherspoon) é um marco notável. Bem construído, por detrás da máscara de bobinho, “Legally Blonde”, com a vitória profissional da protagonista e a demonstração da hipocrisia e preconceito masculinos (e de Harvard), tem um forte apelo em favor da mulher. Representa, em certa medida, o espaço que o “sexo frágil” vem ganhando no mundo do direito. “Mesmo de salto alto e vaidosas, as mulheres terão sempre mais espaço daqui para frente”, foi o que me disse certa feita uma amiga querida.
Têm alguma ou bastante razão, o filme e a minha amiga.
Marcelo Alves Dias de Souza Procurador Regional da República Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL