Presidente de Israel exibe livro de Hitler encontrado em base do Hamas

Foto: reprodução

Um exemplar em árabe do “infame” livro “Mein Kampf” (em português, “Minha luta”), de Adolf Hitler, foi encontrado pelas tropas israelenses “no quarto de uma criança, usado como base terrorista do Hamas em Gaza”, informaram as Forças de Defesa de Israel.

“O livro foi descoberto entre os pertences pessoais de um dos terroristas, apresentando anotações e destaques. O Hamas abraça a ideologia de Hitler, o responsável pela aniquilação do povo judeu”, acrescentaram as FDI no X, ex-Twitter. A nota começa com o lema “Nunca mais é AGORA”, em referência ao Holocausto.

O presidente de Israel, Isaac Herzog (foto), exibiu o livro de Hitler durante entrevista à emissora de TV britânica BBC.

“Este é o livro que levou ao Holocausto e que levou à Segunda Guerra Mundial. Este é o livro que levou à vitória eleitoral dele na Alemanha, o que levou às piores atrocidades da história humana, contra as quais os britânicos lutaram. Bem, ele foi encontrado há apenas alguns dias, no norte de Gaza, num quarto de criança, que foi transformado em base militar de operações do Hamas, no corpo de um dos terroristas e assassinos do Hamas. Ele escreveu anotações, destacou trechos e estudou de novo e de novo a ideologia de Hitler de odiar os judeus, de matar os judeus, de queimar os judeus, de massacrar os judeus”, disse Herzog, concluindo que os terroristas “basicamente apoiam essa ideologia”.

O Antagonista

Lei Seca autua dezesseis motoristas e prende uma mulher na Ayrton Senna

Foto: Divulgação/PMRN

A Operação Lei Seca realizou, na noite do sábado (11) e início deste domingo (12), uma fiscalização na Avenida Ayrton Senna, em Nova Parnamirim, com o objetivo de coibir a condução de veículo por pessoas alcoolizadas. ]

A ação acabou resultando em dezesseis motoristas autuados e na prisão de uma mulher após o teste de alcoolemia apontar valor de 0.57mg/l.

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VÍDEO: Sargento da Marinha é preso após atirar para cima durante confusão com motorista de aplicativo na Zona Sul de Natal

Imagem: Via Certa Natal

Um sargento da Marinha do Brasil foi preso na madrugada deste domingo (12) no bairro Pitimbu, na Zona Sul de Natal, suspeito de efetuar disparos de arma de fogo para cima em via pública após um desentendimento com um motorista de aplicativo.

Segundo informações da Polícia Civil, o militar, acompanhado de sua esposa, deixaram uma festa e estavam em um veículo conduzido por um motorista de aplicativo. Durante a corrida, teve início uma confusão entre o homem e o condutor do carro. Ainda não se sabe o motivo do atrito entre eles.

Por volta de meia noite, próximo de chegar ao local final da corrida, de acordo com a Polícia Militar, o homem começou a agredir o motorista de aplicativo e danificar o veículo. Em seguida, sacou uma arma de fogo e efetuou vários tiros para cima na rua.

Mesmo após a chegada da Polícia Militar ao local, ele não se rendeu e teve início uma negociação com a presença de policiais da área e também do Batalhão de Polícia de Choque (BPCHOQUE), que durou aproximadamente duas horas. Ele foi detido e conduzido à delegacia.

Ainda segundo a Polícia Civil, o homem passou a noite na Central de Flagrantes e foi encaminhado ao quartel militar da Marinha do Brasil na manhã deste domingo.

g1-RN

Veja o vídeo:

Deputada Natália Bonavides debate necessidades e dificuldades da Zona Norte de Natal

Aconteceu ontem (11), no Conselho Comunitário do Conjunto Soledade I, o “PT Pensa Natal”, atividade organizada pelo Partido dos Trabalhadores da capital potiguar que visa construir o programa da próxima campanha eleitoral para a prefeitura de Natal em 2024.

A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN), que colocou o nome à disposição para a disputa municipal, esteve juntamente com a deputada estadual e presidenta do Partido em Natal, Divaneide Basílio, mediando o evento.

Para Natália, essas atividades nos bairros são essenciais para construir um projeto pautado nas necessidades da população. “Pra gente tem sido engrandecedor participar dessas atividades nos bairros e regiões de Natal, temos escutado a população e trabalhado na construção de um modelo de cidade que ofereça dignidade e direitos ao povo trabalhador. Sabemos que os bairros da Zona Norte são atingidos pelo descaso e abandono por parte da gestão municipal e nós temos a tarefa de trabalhar para mudar essa realidade”, destacou Bonavides.

Também estiveram presentes no debate representantes do PV e PCdoB, que são membros da Federação Brasil da Esperança; além de parlamentares do PT, o deputado federal Fernando Mineiro e a vereadora de Natal Brisa Bracchi.

A ética do promotor

Das profissões do direito, talvez a mais “incompreendida” seja a do promotor de justiça. Pelos jurisdicionados em geral, pelos acusados em especial e mesmo pelos próprios membros do Ministério Público, que, em alguns casos, confundem a fiscalização da ordem jurídica ou a busca pela Justiça com algo que mais parece com o Terror de tempos inquisitoriais.

A literatura, o cinema e as séries de TV têm algo – ou muito – a nos ensinar sobre a ética dos membros do Ministério Público.

Com exemplos positivos, como no caso do procurador Granville, de “Um caso tenebroso” (1841), romance policial, de espionagem e também político (sobre a Era Napoleônica) de Honoré de Balzac (1799-1850). Abrindo “um espaço positivo para a lei”, o procurador Granville, que não se deixa enganar pelos corruptores da justiça, encarna a nobreza da profissão do direito.

Mas é com exemplos, digamos, não muito recomendáveis de promotores de justiça, tanto da literatura como da TV, que quero aqui deixar o meu recado.

Foco na obra de Friedrich Dürrenmatt (1921-1990), escritor suíço de língua alemã cujas peças (assim como os romances), à moda de um Bertolt Brecht, embora mais desmascarador do que didático, visavam menos o entretenimento da plateia/leitor e mais fomentar o debate público sobre temas fundamentais. Eram denúncias. “Está escrito” (“Es steht geschrieben”, 1947), “Rômulo, o Grande” (“Romulus der Grosse”, 1950), “A Visita da Velha Senhora” (“Der Besuch der alten Dame”, 1956) e “Os físicos” (“Die Physiker”, 1962) são títulos bem conhecidos.

Entretanto, para nós, profissionais do direito, provavelmente a mais interessante obra de Dürrenmatt seja “O Casamento do Senhor Mississippi” (“Die Ehe des Herrn Mississippi, 1952). Como registra Otto Maria Carpeaux (em “A história concisa da literatura alemã”, Faro Editorial, 2013), o louco promotor público dessa peça, “que manda centenas de sujeitos à forca para moralizar a vida pública, é personagem tipicamente expressionista”. É, assim, peça de pleno desmascaramento. Pondo de lado as relações pessoais entre as personagens, a peça tem como centro o radicalismo do promotor Mississippi, que se acredita um lutador pela “justiça do céu”. Ele internalizou de uma maneira muito peculiar os ditames da Bíblia, especialmente as chamadas “Leis de Moisés”. Convidado a simpatizar com a “esquerda”, ele refuga. É infenso a qualquer moderação. Após uma revolta popular abortada, ele vai para um manicômio. De lá foge. Num ritual macabro de envenenamento recíproco, Mississippi morre ainda na crença de que o homem pode ser mudado por punições inumanas. Ao final, na peça, as personagens retornam à ribalta e fazem um balanço dos acontecimentos.

“O Casamento do Senhor Mississippi” nos lembra bastante “O Alienista” (1882), do nosso Machado de Assis (1839-1908), cujo protagonista da confusão é o médico psiquiatra Simão Bacamarte, o dono da Casa Verde, o seu próprio manicômio, até porque acabou internado lá. Mas quero aqui sobretudo enfatizar uma observação de Otto Maria Carpeaux sobre o teatro expressionista/fantástico de Duerrenmatt: ele “denuncia o absurdo na atualidade, que lhe garante sucesso universal”. Desmascara tragédias. Mas “o que parece tragédia, no mundo de hoje, é na verdade uma farsa, apenas de desfecho trágico”. Vimos isso entre nós, não vimos?

No mais, vou encerrar minhas palavras com a recordação de um episódio da clássica série “Jornada nas estrelas” (Star Trek, no original), que assisti faz um bocado de anos. Algomais do que útil, arrisco que fundamental, em minha profissão de “acusador”, que já nos havia sido historicamente mostradapela face mais triste da Revolução Francesa: não confundir Justiça com Terror; não confundir Salomão com Robbespierre. E foi assim que, ao final de um episódio, em que uma punição é buscada a qualquer preço, que o capitão da Enterprise, Jean-Luc Picard, disse aos seus companheiros de jornada: é fácil identificar o bandido que enrola o bigode; difícil é identificar aquele que, sob uma falsa aparência de Justiça, em verdade faz Terror.

Marcelo Alves Dias de Souza

Procurador Regional da República

Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL