Prefeito anuncia ampliação de cemitérios da zona rural de Mossoró; licitação será publicada amanhã

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, anunciou a ampliação de dois cemitérios públicos localizados nas comunidades rurais de Santana e Jucuri. Os projetos de ampliação estão finalizados e a licitação será publicada nesta sexta-feira (03), no Diário Oficial de Mossoró (DOM).

O projeto de ampliação do cemitério do Jucuri e de Santana conta com abertura de mais uma entrada, ampliação e instalação de portão padronizado, caminho em piso intertravado entre as duas entradas, além de caminho em intertravado para a nova entrada.

“As reformas e reestruturação dos cemitérios de Santana e Jucuri trarão mais comodidade e conforto às famílias, no momento do sepultamento, assim como nas visitas, e também na realização de missas no Dia de Finados”, disse o prefeito.

Dia de Finados
Para este Dia de Finados, a Prefeitura garantiu a realização de limpezas em todo o perímetro interno dos cemitérios da cidade e zona rural, retirado os entulhos de construções anteriores deixados pelos construtores de túmulos, capina e retirada do lixo.

Para os comerciantes que atuam vendendo durante a data, foi concedido isenção de qualquer taxa para ocupação dos espaços. Também foram instalados banheiros químicos em todos os cemitérios com o objetivo de atender os comerciantes e visitantes.

Para onde vão os hominhos?

Quando da guerra na Ucrânia , houve momentos de desespero e indignação por parte de muitos de nós. Os milhares de ucranianos, andando sem rumo e sem esperançanuma fuga sem sentido, misturavam-se com relatos de estupros e de mortos. As crianças, com seus olhares incrédulos de medo e de pavor, enchiam-nos de vergonha da nossa incapacidade de intervir e de fazer algo que pudesse minorar tanta dor. Havia sempre uma promessa de que o conflito seria curto. E o longo tempo fez com que, como um recurso interior de sobrevivência, nós fôssemos nos afastando e deixando de acompanhar o noticiário. Sem informações, era como se a guerra tivesse acabado.

Há muitos anos, quando eu era menino no interior de Minas Gerais , fui ver, pela primeira vez, um programa de televisão. O aparelho tinha acabado de chegar e a expectativa era enorme. Sentamo-nos, eu e um amigo, filho do vaqueiro que morava na roça, meio que sem entender direito o que iria acontecer. A transmissão era sofrível: cheia de chuviscos, em preto e branco e com uma imagem trôpega. Depois de 30 minutos, o filme saiu do ar e eu desliguei a TV. Meu amigo, que estava completamente maravilhado, fez uma pergunta engraçada: “Para onde vão os hominhos?”, preocupado com os personagens do vídeo que havíamos visto. Lembrei-me dessa ingenuidade infantil quando passei a desligar os programas sobre a guerra ou a mudar de canal para acompanhar um filme ou futebol. Claro que eu estava fugindo e querendo não perguntar para mim mesmo: “Para onde vão os hominhos?”. Era como se, ao apagar o aparelho, as pessoas parassem de morrer naquela batalha estúpida.

Agora, outra  guerra abala o mundo. E essa é como se estivesse, de alguma maneira, ocorrendo dentro do nosso país. O conflito entre Israel e Palestina , de tão antigo, parece que, de certa forma, é conhecido e cada um o acompanha à sua maneira. A diferença é que nessa tragédia, mesmo sem sermos judeus ou palestinos, estamos de alguma forma dentro do conflito. Inúmeras pessoas ligadas a nós, pelos mais diferentes laços, estão diretamente participando e perdendo familiares, amigos e companheiros. Por uma definição particular do ser humano, é natural que as crianças jogadas em valas comuns, os inúmeros reféns, os estupros, os ferimentos e as mortes tenham um impacto ainda maior nessa guerra. E, com o acirramento do combate, as tensões só aumentam. Por sorte, tudo ocorre no mundo virtual. São nos grupos que nós vivemos os desentendimentos que resultam em agressões verbais e em saídas do WhatsApp. Se as discussões se dessem ao vivo, fatalmente seria muito pior. Há uma intransigência palpável rondando o assunto.

Essa  guerra é um conflito no qual, mesmo quem defende a paz, pode ser criticado pela maneira com que a defendeu. Não existe lugar para neutralidade. E, dessa vez, não teremos como desligar o noticiário. Os “ hominhos” estão aqui ao nosso lado e, de certa forma, cada um de nós está também em guerra. Daí a importância de nós nos posicionarmos para uma solução dessa tragédia sem fim.

Os organismos internacionais falharam. É claro que, se nem mesmo esses órgãos conseguem fazer algo, as nossas ações individuais certamente não terão nenhum efeito. Mas existem momentos na vida em que valem os gestos. Talvez seja necessário acreditar que é possível um movimento pela cessação imediata dos bombardeios, pelo estabelecimento de regras mínimas humanitárias, pela libertação dos reféns , pelo cuidado com as crianças, pelo direito básico de acesso à água e à energia elétrica, enfim, por um sentimento do mundo que consiga resgatar um pouco do humano que ainda existe em cada um. Pode não ser nada, mas é melhor do que desligar o noticiário. E, afinal, é o que nos resta.

Remeto-me a Clarice Lispector:

“O que tem me perturbado intimamente é que as coisas do mundo chegaram para mim a um certo ponto em que eu tenho que saber como encará-las, quero dizer, a situação da guerra, a situação das pessoas, essas tragédias. Sempre encarei com revolta. Mas ao mesmo tempo sinto necessidade de fazer alguma coisa, sinto que não tenho meios.”

 

Fonte: ig último segundo

Câmara de Parnamirim tem 97,5% de transparência em levantamento do MPRN

A Câmara Municipal de Parnamirim atingiu 97,5% de transparência, segundo o relatório de análise confeccionado pelo Confúcio, ferramenta do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN) que verifica os portais da transparência.

Presidente da Câmara, Wolney França, ressaltou que isso tem sido uma prática aplicada na Câmara para garantir transparência a todos os atos da gestão. “Um reconhecimento como esse só nos motiva a trabalhar ainda mais para alcançar um nível maior de excelência e fortalecer o nosso serviço público”, disse.

O relatório estipula 800 pontos como pontuação máxima e o Legislativo de Parnamirim atingiu 780 pontos. O documento avalia alguns itens, como: Saúde do Portal; Qualidade dos Dados; Usabilidade do Portal; Disponibilidade do Portal; Série Histórica; Qualidade da Despesa; Qualidade do Gasto Público; e Qualidade da Compra Pública.