Wolney França cresce mais de 70% e já empata tecnicamente com Salatiel se aproximando de Kátia em Parnamirim

Presidente da Câmara de Parnamirim foi o candidato que mais cresceu nas pesquisas

O presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, Wolney França, cresceu mais de 70% nas intenções de voto na pesquisa para Prefeito de Parnamirim. O Instituto Exatus, em parceria com o jornal Agora RN, apontou o líder do legislativo da cidade já com 8,56%. A divulgação desta quinta-feira (13), confirmou empate técnico com o apresentador Salatiel de Souza (11,01%), tendo na liderança a professora Nilda (27,94%) e Katia Pires (15,15%), em segundo.

Chama atenção na pesquisa,  a queda considerável de quem estava entre os três da ponta ao comparar com a última amostra da Exatus, realizada no dia 2 de junho. Nilda liderava com 33,36% (hoje caiu para 27,94%), Kátia Pires saiu de 21,83% para 15,15% e Salatiel, que estava com 12,99%, agora com 11,01%. E nesse cenário, Wolney tinha 5,03%, agora tem 8,56%, um crescimento superior a 70%.

A pesquisa divulgada hoje teve ainda na estimulada: Gabriel César (7,9%), Irani Guedes (4,52%), Marciano Junior (1,69%), Vavá Azevedo (0,94%), Homero Grec (0,66%), Manuel Diniz (0,47%), Ninguém/Nenhum/Branco/Nulo (9,03%), Não Sabe/Não respondeu (10,10%).

Na espontânea, a professora Nilda lidera, com 4,7%, seguida por Kátia Pires, com 2,07%, Salatiel de Souza, com 1,51%, Wolney França (1,22%), Irani Guedes (1,03%), outros nomes foram citados, mas tiveram menos de 1%. 85,61% não sabem ou não quiseram responder e 1,69% pretendem votar branco, nulo ou em nenhum dos candidatos.

Professora Nilda (Solidariedade), Kátia Pires (União Brasil), Apresentador Salatiel de Souza e Wolney França (PSDB) lideram em Parnamirim. Foto: reprodução

Magia e encantamento do operário

 

Com apenas seis meses, o governo Lula já começa a mostrar a que veio. A inflação despencou , a economia cresceu e o respeito internacional voltou. Ainda temos os juros a nos aporrinhar , herança maldita, mas é do jogo. O país é outro e até mesmo a reforma tributária, empacada no Congresso há  décadas, conseguiu passar na Câmara. Com todas as dificuldades naturais de um governo formado por um leque mais amplo do que o desejado, única maneira de derrotar o Presidente fascista que tentava a reeleição, o governo vai conseguindo se firmar e ocupar os espaços possíveis.

 

Claro que, neste primeiro momento, é muito difícil a composição. São muitos os interesses que rondam o poder, ávidos para participar da partilha. Democracia é isso mesmo. Até os que foram derrotados, mas ajudam agora na governabilidade, colocam-se na disputa ferrenha por cargos e verbas. Alguns são verdadeiros camaleões e, mal tiraram a camisa escrota do bolsonarismo, já se sentam na janela e dão palpites na divisão da Esplanada.

O Presidente Lula terá que exercer, com maestria, o seu conhecido poder de persuasão e de certo encantamento, quase magia. Um operário que veio do Nordeste, fugindo da fome, e se tornou o maior líder político do mundo civilizado sabe, certamente, o que deve ser feito. Com paciência e sabedoria para sentar-se à mesa com as mais diversas tribos, o Brasil vai se firmando e enfrentando o caos deixado pela desastrada, corrupta e incompetente administração do Bolsonaro.

Mas o governo, qualquer um, ainda que fatiado, às vezes exageradamente, tem que ter cara. Algumas políticas públicas devem expressar a marca que levou milhões de pessoas sérias e com forte formação humanista a enfrentarem a barbárie bolsonarista nas ruas e nas urnas. Se Lula perder o controle da saúde, da educação, da economia, da segurança e do combate à fome e à miséria, o Brasil não avançará e o retrocesso civilizatório será inevitável.

A maioria dos adesistas quer cargo e dinheiro. O governo tem uma capilaridade que permite jogar carne fresca a esses grupos. Só tem que cuidar para que haja um controle ético e político nesse festival. Estamos saindo de uma política de terra arrasada, na qual um bando sem escrúpulos saqueou o país. E, o pior, implantou e fomentou o germe do fascismo, cultuando o ódio, a violência e a mentira. Sem nenhum pudor, estupraram a nação. Saber disso nos dá a noção das dificuldades pelas quais o governo Lula passa. Derrotar o fascismo, sentado em um cofre de dinheiro sem fundo, foi uma tarefa que apenas o Lula seria capaz.

Agora, é hora de avançar com governabilidade, cedendo apenas no que for inevitável para não deixar o fascismo voltar. Mas, com os olhos voltados para um Brasil que merece ser novamente sujeito da sua história. Afastar as nuvens tóxicas e densas que impregnavam nosso ar e voltar a respirar ares democráticos. Com quatro anos tendo o essencial nas mãos, as próximas eleições serão mais leves. A reeleição é sempre mais segura e não precisaremos daquele esforço hercúleo. E será possível ter um grupo mais coeso que represente aquilo que sonhamos e que o povo brasileiro merece. Aí é só torcer, até rezar, pela saúde e disposição do Lula para que o país possa voltar a ser mais igual, mais justo e mais humano. Nosso.

Lembrando-nos de Maya Angelou:

“Você pode me fuzilar com suas palavras,
E me cortar com o seu olhar
Você pode me matar com o seu ódio,
Mas assim, como o ar, eu vou me levantar.” 

 

Fonte: ig último segundo