Novos convocados vão reforçar efetivo do Departamento
A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante anunciou na última sexta-feira (7), a convocação de oito novos agentes de trânsito que integrarão o efetivo do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran). A medida visa reforçar a segurança nas vias, promover a organização do tráfego e estimular uma convivência harmoniosa entre os diversos usuários.
Poti Neto, presidente do Demutran, destacou a importância dessa convocação, afirmando que ela é fundamental para garantir a segurança viária e promover um ambiente de trânsito mais seguro. “Com a chegada dos novos agentes, poderemos intensificar nossos esforços na fiscalização e no incentivo a condutas positivas, visando a proteção e o bem-estar de todos os cidadãos”, ressaltou Neto.
Após a posse, os agentes convocados participarão de um curso de formação abrangente, com o objetivo de prepará-los para desempenhar suas atividades de fiscalização com conhecimento e fundamentação adequados. O curso também enfatiza a importância da orientação ao cidadão, buscando conscientizá-lo sobre a importância de seguir as normas e adotar comportamentos seguros no trânsito.
Os candidatos convocados devem comparecer pessoalmente na nova sede da Secretaria Municipal de Administração e dos Recursos Humanos, localizada na Rua Maria de Fátima Varela Inácio, n° 61, bairro Santa Terezinha, São Gonçalo do Amarante/RN, CEP 59290-731, no período de 10 de julho de 2023 a 08 de agosto de 2023, no horário das 08h às 14h, portando todos os documentos necessários.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) vai solicitar a suspensão de uma torcida organizada do ABC após os ataques registrados contra jogadores do clube e familiares deles no sábado (8) após a derrota para o Criciúma. Além disso, o MPRN já requereu à Polícia Civil que seja designado um delegado para investigar a autoria dos atentados. Depois da partida, alguns jogadores tiveram carros apedrejados dentro do estacionamento do estádio Frasqueirão, em Natal.
O MPRN, com base um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com as torcidas organizadas e com a Polícia Militar, vai solicitar a suspensão da torcida Garra Alvinegra por 10 jogos. Esse pedido de suspensão tem a concordância do Comando da Polícia Militar.
Após uma reunião na tarde desta segunda-feira (10) com integrantes da diretoria do ABC, o MPRN decidiu não mais pedir a suspensão da torcida Movimento 90, como havia informado mais cedo. Nesse encontro, restou esclarecido que não há registro de envolvimento de integrantes desta torcida organizada com os ataques.
Na manhã desta segunda, o promotor de Justiça Luiz Eduardo Marinho Costa se reuniu com o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Francisco Araújo; com o comandante da PM, coronel Alarico Azevedo; com o comandante do Batalhão de Polícia de Choque, tenente-coronel Ricardo Santos; e outras autoridades da segurança pública. No encontro, foi iniciada a discussão para analisar possíveis novas sanções aos envolvidos nos ataques. Ainda na reunião, a PM apresentou o relatório dos fatos registrados no Frasqueirão.
O MPRN solicitou que a Delegacia Geral de Polícia Civil designe um delegado para apurar o cometimento, pelo menos, dos crimes de: tentativa de homicídio, associação criminosa, dano ao patrimônio privado, ameaça e por provocar tumulto em arena esportiva.
Após a Prefeitura de Natal entregar o documento com as respostas aos questionamentos feitos pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) sobre a obra de engorda da Praia de Ponta Negra na manhã desta segunda-feira (10), o Idema disse que responde a demanda em 20 dias.
O diretor-geral do Idema, Leon Aguiar disse que como o documento foi entregue minutos antes da reunião, o diretor-geral explanou que ainda não havia detalhes sobre o teor das respostas. No entanto, destacou que a equipe técnica vai fazer a análise ainda dentro do mês de julho.
“Essas informações provavelmente estão respondidas. Ainda não tivemos como ter o acesso ao conteúdo, até pelo tempo, mas a equipe técnica já ficou com a missão de fazer a análise em 20 dias para que a gente item por item possa ver o que for apresentado”, falou.
Ele reforçou a necessidade de o processo seguir dentro da legalidade. “Naquilo que ainda houver dúvida, a gente acordou que, informalmente, vai conversar com o técnico da prefeitura de forma que a gente dê segurança de um projeto sustentável para Ponta Negra, de uma licença que não venha ser questionável do ponto de vista que foi emitida”, considerou.
A Câmara Municipal de Parnamirim, através da Escola do Legislativo, realizará um workshop gratuito sobre Excelência no Atendimento do Serviço Público. A iniciativa, fruto de parceria com o Senac/RN, acontece na sede da Casa Legislativa nos dias 13 e 14 de julho, das 8h às 12h.
O objetivo da capacitação visa o desenvolvimento, qualificação e preparação de pessoas que trabalham ou trabalharão com o atendimento ao público para melhor atender a população. O Presidente da Câmara de Parnamirim, Wolney França, destaca a importância do tema: “É com muita satisfação que ofertamos mais esta capacitação, sendo esta a primeira em parceria com o SENAC/RN. O atendimento ao público é o coração de qualquer Instituição, seja ela pública ou privada, então o workshop é uma excelente oportunidade para aperfeiçoar estas habilidades”, afirma o Presidente.
As inscrições são abertas para o público em geral e estão sendo realizadas pelo app Câmara Conecta.
Sessenta anos de vida, 40 de carreira em cinco episódios com depoimentos exclusivos e reencontros marcantes. ‘Xuxa, o documentário’ do Globoplay contra a trajetória da Rainha de muitas gerações de baixinhos. Seus amores, perdas, traumas, decepções e o sucesso que atravessou as fronteiras do Brasil e ganhou o mundo.
Neste episódio do podcast ‘Isso é Fantástico’, Renata Capucci recebe a apresentadora XuxaMeneghel, que fala sobre a construção do documentário que vai narrar a trajetória da Rainha dos Baixinhos. Ouça trechos inéditos da entrevista ao Fantástico.
A apresentadora falou sobre o assédio no início da carreira:
“Na época eles falavam realmente “garota de programa”, né? Então, eles vinham a ponto de me dar a mão com um bolo de dinheiro, assim, dizendo, sabe?”.
Com suas marcas de sempre, Xuxa fala com muita sinceridade e gratidão aos fãs.
Marcelo Alves Dias de Souza Procurador Regional da República Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
Como dito no nosso último encontro, quandojá tratamos de Sófocles (497-406a.C.)eda sua “Antígona”(441 a.C.), nesta peça, em meio à guerra entre Tebas e Argos, a personagem-título, filha do incesto entre Édipo e Jocasta, opõe-seà proibição do rei de Tebas, Creonte, de enterrar oseu irmão Polinices, considerado um traidor da pólis tebana. Alegando um direito natural, ela dá exéquias ao irmão. E é condenada à morte, “enterrada” viva em uma caverna/túmulo. A partir daí, justa ou injustamente, mil tragédias se sucedem, até que se cumpram os “destinos” de todos.
Segundo registra Cristiano Otávio Paixão Araújo Pinto, no texto “O teatro e a história do direito: a experiência da tragédia grega”, constante do livro “Direito & literatura: reflexões teóricas”(Livraria do Advogado Editora, 2008): “Não é de se surpreender que a decisão em torno do que é justo ou injustoesteja no centro da trama – e, principalmente, constitua o maior problema a ser resolvido no palco, conforme as opções adotadas pelos personagens”. O citado autor chama atenção para “odiálogo entre Antígona e Creonte acerca do sepultamento conforme os ritos da religião da pólis tebana. Creonte afirma que Polinices atentou contra a cidade, portanto não pode ser sepultado conforme o ritual praticado na pólis. Antígona replica, lembrando que o poder do soberano – rei da cidade – encontra limites. O diálogo se inicia com o debate em torno dessa questão, pois Antígona desobedecera ao comando de Creonte. A longa digressão de Antígona acerca da Justiça é uma das passagens mais marcantes da literatura antiga”. Bela página, é vero.
Vejamos esse e outros trechos da peça, na traduçãode Millôr Fernandes (Editora Paz e Terra, 1996), que militam em favor da solução de Antígona para o dilema entre o direito natural e o direito positivo: “Dizem que a justiça é lenta, mas não existe nada mais veloz do que a injustiça”; “A tua lei não é a lei dos deuses; apenas o capricho ocasional de um homem. Não acredito que tua proclamação tenha tal força que possa substituir as leis não escritas dos costumes e os estatutos infalíveis dos deuses. Porque essas não são leis de hoje, nem de ontem, mas de todos os tempos: ninguém sabe quando apareceram”; “Sábio é quem não se envergonha de aceitar uma verdade nova e mais sábio é o que a aceita sem hesitação. (…). Domina a tua cólera e cede no que é justo”; “Nenhum Estado pertence a um homem só. A cidade então não é de quem governa? Pensando assim serias um bom governante, mas de um deserto”; “Não deixem que meu coração fraqueje vendo a destruição que causei por não reconhecer que havia leis antes de mim”.
É verdade que a poesia de “Antígona” nos faz simpatizar com a personagem–título, aquela sobre quem, por ser filha de Édipo, Zeus não poupou desgraça alguma. Invoco novamente as palavras de Cristiano Pinto: “Esses versos assumiram uma dimensão simbólica única na história da civilização. Escritores e filósofos como Goethe, Hölderin, Hegel, Brecht, Heidegger, Lacan e Derrida retomaram, em diferentes épocas e contextos, o conflito entre Antígona e Creonte como exemplo vívido do dilema que norteia a busca pela justiça e pela vida em sociedade. A trama foi ainda reconfigurada e adaptada em certos períodos históricos. Consoante explicação de Carpeaux, Antígona ‘anda pelos séculos, sombra comovente, e em tempos de tirania volta ao palco para consolar-nos, fortalecer-nos pelo exemplo’”.
Todavia, vou fazer um ligeiro contraponto à solução de Antígona. Faço com base em John Finnis, autor do livro “Natural Law and Natural Rights” (1980), a quem devemos a revitalização do jusnaturalismo no mundo anglo-saxão.Um dos aspectos mais intrigantes na filosofia de Finnis trata dascondutasque devem ter as autoridades e os cidadãos em relação às leis consideradas “imorais” ou “injustas”. As autoridades, segundo Finnis, devem corrigir ou mesmo invalidar tais normas. Mas, com os cidadãos, é diferente. Em regra, eles devem cumprir as normais legais, mesmo que supostamente “injustas”, sob pena de descumprimento da própria rule of law e do enfraquecimento/deterioração do sistema legal como um todo. Só em “circunstâncias extremas”, quando a própria autoridade pública age injusta e propositalmente em desfavor do cidadão, uma desobediência civil seria permitida e mesmo recomendada.Saber que circunstâncias extremas são essas, de que lado da linha estamos pisando, eis o problema, aqui e na Tebas de“Antígona”.
Bom, se hoje cometemos erros na aplicação do direito, na Tebas de então, idem. “Um erro traz um erro”. Tragédias se sucedem. Tebas morre. Afinal, “desafiado o destino, tudo é destino”.
Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL