Assessor que fez o empréstimo, esposa e duas filhas trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro

Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o assessor Fabrício Queiroz Foto: Reprodução

Em fotos postadas por amigos nas redes sociais, o subtenente da Polícia Militar Fabrício José Carlos de Queiroz, de 53 anos, aparece como uma pessoa próxima da família Bolsonaro . Sua presença é registrada em jogos de futebol, atos de campanha e churrascos de confraternização.

Queiroz, como é conhecido, ganhou primeiro a confiança do presidente eleito, Jair Bolsonaro, antes de ir, há mais de dez anos, trabalhar no gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro, o filho mais velho de Jair.

A exoneração do subtenente só veio em 15 de outubro deste ano. Oficialmente, a versão é que ele saiu para tratar de sua ida para a reserva. Policial desde 1987, Queiroz já foi lotado no Batalhão Policial de Vias Especiais (BPVE). Há relatos, porém, de que a exoneração, a pedido, ocorreu após divergências na campanha de Flávio para o Senado.

No relatório em que cita a movimentação atípica de Queiroz, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informa que o policial militar tem renda mensal de R$ 23 mil, o que indica que acumulava os salários de subtenente e do gabinete, o que é permitido.

Família empregada

A mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, e duas filhas, de um total de quatro, também foram lotadas no gabinete de Flávio. Márcia tinha salário bruto de R$ 9.835 entre março de 2007 a setembro do ano passado.

Nathália Melo de Queiroz, uma das filhas, trabalhou, entre setembro de 2007 a fevereiro de 2011, no gabinete da vice liderança do PP, partido de Flávio à época, com salário de R$ 6.490. Depois, passou pelo Departamento Taquigráfico e Debates e, em agosto de 2011, foi para o gabinete de Flávio, com salário de R$ 9.835, onde ficou até dezembro de 2016.

Nathália foi substituída pela irmã, Evelyn Melo de Queiroz. Nathália, que tem quase 15 mil seguidores no Instagram, estava lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, mas deixou o cargo em 15 de outubro, mesmo dia em que o pai pediu exoneração.

O GLOBO

Bolsonaro defende aprofundamento da reforma trabalhista: ‘É horrível ser patrão’

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, durante reunião com MDB Foto: Reprodução

BRASÍLIA — O presidente eleito, Jair Bolsonaro, defendeu nesta terça-feira, em reunião com bancada do MDB, um aprofundamento da reforma trabalhista que foi aprovada no ano passado pelo Congresso. De acordo com Bolsonaro, “é horrível” ser patrão no Brasil com a legislação atual. Ele não explicou, contudo, quais mudanças precisam ser feitas.

— Quero cumprimentar quem votou na reforma trabalhista. Devemos aprofundar isso daí. Ninguém mais quer ser patrão no Brasil, é horrível ser patrão no Brasil com essa legislação que está aí. Nós queremos, através do parlamento, mudando as leis, fazer com que nós tenhamos prazer de ver pessoas investindo no Brasil e pessoas dentro do Brasil acreditando no seu potencial.

Mais tarde, em entrevista coletiva, Bolsonaro afirmou que ainda está estudando as reformas que quer fazer, mas ressaltou que “não basta ter só direitos e não ter empregos”. Ele elogiou a queda de ações trabalhistas causada pela última reforma:

—Não quero entrar em detalhes aqui, estamos estudando. Agora, não basta ter só direitos e não ter empregos. Esse é o grande problema que existe. A guerra da informação, tenho dito aos empregadores, eles têm que entrar nessa guerra, não deixar a cargo do governo. Alguns falam até que poderíamos nos aproximar da legislação que existe em outros países, como os Estados Unidos. Acho que seria aprofundar demais. Mas a própria reforma trabalhista última, em que votei favorável, já tivemos algum reflexo positivo. O número de ações trabalhista praticamente diminuiu pela metade. E hoje em dia continua sendo muito difícil ser patrão no Brasil, não há dúvida.

De acordo com o presidente eleito, nenhum trabalhador será prejudicado com o fim do Ministério do Trabalho, confirmado na segunda-feira.

— Essa pasta do Trabalho, ela é de recordações aqui que não fazem bem à sociedade. Funcionava como um sindicato do trabalho, e não como o Ministério do Trabalho. Nenhum trabalhador vai perder seus direitos, até porque todos estão garantidos no artigo 7º da Constituição. Nenhum trabalhador vai ser prejudicado, tendo em vista a não existência mais do Ministério do Trabalho.

O Globo

Partidos fazem 1ª reunião formal para fechar bloco e isolar PSL

Com 340 deputados de 15 partidos, grupo pode ficar com os principais cargos da Câmara

Líderes de 15 partidos fizeram a primeira reunião formal para criar um bloco que pode isolar o PSL de Jair Bolsonaro e o PT na distribuição de cargos de comando na Câmara a partir de 2019.

Com a negociação, o grupo dominaria as vagas na cúpula da Casa e nas comissões que discutem projetos de lei. O acordo deve ser fechado nos próximos dias.

A formação do bloco deve reduzir a participação na Câmara dos dois partidos que tiveram o melhor desempenho na última eleição. Os petistas saíram das urnas com 56 das 513 cadeiras. O PSL, com 52.

Tradicionalmente, as maiores bancadas têm direito a cargos de comando na Mesa Diretora, além do controle de algumas das principais 25 comissões permanentes, mas o bloco articulado nesta quarta-feira (5) deve barrar essa pretensão.

A articulação do grupo foi noticiada pela Folha na segunda-feira (3). Fazem parte das negociações PP, MDB, PSD, PR, PSB, PRB, PSDB, DEM, PDT, Solidariedade, PTB, PC do B, PSC, PPS e PHS. Caso seja formalizado, o bloco reunirá 340 deputados —o equivalente a 66% da Câmara.

Líderes que participaram do encontro afirmaram que o objetivo não é isolar PSL e PT, mas criar um grupo que atue de maneira independente, sem vínculos com o Palácio do Planalto ou com a oposição.

Na prática, porém, a formação do bloco evita que o governo e os petistas assumam força expressiva na Câmara, o que reduziria o poder de barganha dessas legendas.

A composição desse grupo deve determinar a distribuição dos principais cargos da Mesa Diretora e das comissões da Câmara entre esses partidos. Com isso, eles terão poder para disciplinas a condução de votações e questões administrativas da Casa.

A rigor, a formação de blocos também não assegura automaticamente os postos de comando na Câmara, que são definidos por meio de eleições secretas. O objetivo do blocão, porém, é firmar um acordo entre as siglas de apoio mútuo aos candidatos à Mesa e às principais comissões.

O acordo repete uma estratégia adotada por Eduardo Cunha (MDB) em 2015. Ele derrotou na época o candidato da então presidente Dilma Rousseff (PT), Arlindo Chinaglia (PT-SP), e se elegeu presidente da Câmara por meio de um acordo que excluiu o PT dos principais postos de comando.

PT e PSL poderão, ainda, lançar candidatos próprios à presidência da Câmara —cargo mais almejado, por ser o segundo na linha sucessória da chefia do Executivo, além de ter o poder de definir a pauta de votações e de barrar ou dar sequência a pedidos de impeachment.

Há vários nomes sendo discutidos para o posto nesse blocão, mas o discurso é o de que primeiro é preciso formar o grupo para depois escolher candidato.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com o presidente da câmara dos deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), após um café da manhã no CCBB, sede do governo de transição.

O atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é um dos citados. Ele tem apoio na esquerda por não ter, em sua gestão, tratorado a oposição.

Mas sofre resistência em sua própria legenda. O futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), trabalha contra ele. Alguns partidos dizem que sua reeleição representaria excessiva concentração de poder no DEM, que já tem três ministros no novo governo.

Outros nomes do blocão são o do atual vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), do 1º secretário, Giacobo (PR-PR), do líder do PP, Arthur Lira (AL) —que têm bom trânsito com o chamado baixo clero, deputados de pouca expressão nacional que representam a maioria da Casa—, e de Alceu Moreira (MDB-RS), da bancada ruralista e apoiador de Bolsonaro.

Folha de São Paulo

Congresso começa a votar Previdência ‘com toda certeza’ em 6 meses, diz Bolsonaro

Presidente eleito disse nesta terça (4) que pretende apresentar ao Congresso uma proposta fatiada de reforma da Previdência e iniciar discussão por idade mínima para aposentadoria.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), durante entrevista nesta quarta-feira (5), em Brasília — Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta quarta-feira (5) que a reforma da Previdência começará a ser votada no Congresso o “mais rápido possível”, ainda nos seis primeiros meses do seu governo.

Bolsonaro conversou com jornalistas após encontro e solenidade no Exército onde recebeu uma medalha. O presidente foi condecorado pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, por ter salvo, em 1978, um soldado de um afogamento.

“O mais rápido possível, né? No primeiro mês é impossível. Nos primeiros seis meses com toda certeza o Congresso começará a votar estas propostas”, disse Bolsonaro sobre a votação da reforma da Previdência.

O presidente eleito voltou a falar que o ponto inicial da reforma será a idade mínima para aposentadoria. “O que mais interessa é idade mínima. Pode mudar ate lá. Não significa que houve recuo, mas sim negociação”, disse.

Ele reforçou a importância da reforma. “Se nós continuarmos sem fazer reforma, daqui a pouco estaremos como a Grécia”, afirmou.

Nesta terça-feira (4), Bolsonaro afirmou que pretende apresentar ao Congresso uma proposta fatiada de reforma da Previdência Social. Segundo ele, o primeiro tema que deve ser apresentado ao parlamento é a proposta de definição de uma idade mínima para aposentadoria.

A reforma da Previdência é considerada fundamental para equilibrar as contas públicas do país. O governo do presidente Michel Temer chegou a enviar ao Legislativo uma proposta de alteração das regras previdenciárias, porém, desistiu da reforma em fevereiro após perder apoio no Congresso em razão de denúncias de corrupção.

Créditos: G1

VÍDEO: em voo, Lewandowski se irrita com crítica e pede prisão de homem

O ministro do STF Ricardo Lewandowski não gostou de ouvir do passageiro que ‘o STF é uma vergonha’, e solicitou a presença da Polícia Federal na aeronave

https://www.youtube.com/watch?v=trIIobwgO5I
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski se irritou nesta terça-feira (4/12), durante um voo, com um passageiro que criticou a Corte e o ameaçou de prisão.

Em um vídeo ao qual o Correio teve acesso, feito de dentro da aeronave, Lewandowski é visto na primeira fila do avião, olhando seu celular. Ouve-se, então, uma voz dizer: “Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando vejo vocês”.

Lewandowski fica claramente incomodado e se dirige ao homem. “Você quer ser preso?”, pergunta, virando-se, em seguida, para um comissário de bordo e pedindo a presença da Polícia Federal no voo. O homem, então, retruca: “Eu não posso me expressar? Chama a Polícia Federal, então”.
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Segundo pessoas que estavam no voo, que fazia a linha São Paulo—Brasília, nenhuma prisão foi feita. O Correio ainda tenta contato com o autor das críticas e com o ministro Lewandowski.

Créditos: Correio Braziliense.

Presidente Estadual do PHS, Leandro Prudencio, deverá ser indicado secretário no Governo Fátima

Crédito das Fotos: Divulgação
A governadora eleita do Rio Grande do Norte, senadora Fátima Bezerra, deverá indicar em breve o nome do Presidente Estadual do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Leandro Prudencio para compor o seu secretariado.

Este espaço atenderá aos anseios dos humanistas/solidaristas do Estado, que contribuíram com a Coligação do “Lado Certo”, vencedora do último pleito. A ida de Leandro Prudencio para o secretariado de Fátima, fortalece o mandato do deputado estadual Souza, que foi reeleito com 31.097 votos pelo PHS.

Leandro Prudencio, é graduado em Gestão Pública pela UnP e Pós-graduando em Gestão Pública na Escola da Assembleia. Leandro já foi secretário de Administração e Finanças na Prefeitura de São José do Campestre/RN, e chefe de gabinete na Câmara Municipal do Natal. Atualmente é chefe de gabinete na Assembleia Legislativa do RN e presidente estadual do PHS/RN. Se confirmado o seu nome no primeiro escalão, será uma indicação técnica.

Acusado de tentar matar promotores de Justiça no RN vai a júri popular no dia 11

Guilherme Wanderley Lopes da Silva é acusado de tentar matar a tiros, em março de 2017, o então procurador-geral do Estado, o procurador adjunto e mais um promotor de Justiça.

Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi

O ex-servidor público Guilherme Wanderley Lopes da Silva, acusado de tentar matar a tiros três promotores de Justiça do Rio Grande do Norte, vai a júri popular na próxima terça-feira, dia 11. O crime aconteceu no dia 24 de março de 2017 dentro da sede do Ministério Público do Estado, em Natal.

O julgamento foi marcado pelo juiz Geomar Brito Medeiros, e acontece a partir das 8h no Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes, no bairro Lagoa Nova, na Zona Sul da capital.

Guilherme aguarda o julgamento detido na Unidade Psiquiátrica de Custódia, no Complexo Penal João Chaves, que fica na Zona Norte. Ele é acusado por três crimes de homicídio tentado, com o agravante de dissimulação. Isso significa, de acordo com a acusação, que ele ocultou sua verdadeira intenção quando, portando um envelope, disse às secretárias do procurador-geral que precisava entrar na sala para entregar alguns documentos encaminhados por um procurador em caráter de urgência – o que levou as funcionárias a abrirem a porta.

Na sentença, a acusação ainda destaca que Guilherme foi “impelido por motivo fútil, consistente na insatisfação, desaprovação e descontentamento que particularmente nutria em relação a medidas administrativas adotadas pela equipe do então procurador-geral de Justiça”.

No ano passado, um laudo feito na esfera administrativa por uma perícia constituída pelo Conselho Nacional do Ministério Público atestou que Guilherme tinha total consciência do que estava fazendo. Tanto que ele foi demitido do cargo.

Ambulância do SAMU foi chamada para socorrer os promotores feridos — Foto: Fred Carvalho/G1

O caso

O atentado aconteceu dentro da sede do próprio MP, na Zona Sul de Natal. Guilherme entrou na sala do então procurador geral de Justiça, Rinaldo Reis, jogou um envelope na mesa dele, sacou sua arma de fogo que estava escondida sob a roupa e disparou.

O então procurador adjunto de Justiça Jovino Pereira Sobrinho e o promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra foram baleados. Rinaldo também foi alvo de um disparo, mas Guilherme errou o tiro.

Outras pessoas também estavam na reunião, mas não foram atingidas. Guilherme fugiu e só se entregou à polícia na manhã seguinte.

Créditos: Portal G1/RN