Bancada da bala quer votar projeto que facilita porte de arma logo após a Câmara analisar nova Previdência

 

Bala no tambor Integrantes da bancada da bala dizem ter recebido sinal verde de Jair Bolsonaro para retomar na Câmara debate sobre um projeto que facilita o porte de armas. O presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, Capitão Augusto (PR-SP), chamou reunião com o grupo para quarta (30). Ele diz que vai trabalhar para construir consenso em torno de proposta que já está em tramitação, para levá-la ao plenário logo após a aprovação da reforma da Previdência, o que espera que ocorra até julho.

Engatilhado A bancada deve adotar o projeto do deputado Rogério Peninha (MDB-SC) que revoga o Estatuto do Desarmamento. Em conversa recente com um dos líderes da frente pró-armas, o presidente avaliou que seria possível retomar a discussão sobre a medida no início desta Legislatura.

Tática de guerrilha Capitão Augusto vai trabalhar para buscar consenso em torno do texto de Peninha primeiro entre os deputados da Frente da Segurança Pública, que deverá ter cerca de 240 integrantes. Em seguida, vai tentar acordo com os demais. Segundo o parlamentar, sua intenção é criar “critérios objetivos” para o porte.

Plano traçado A proposta está pronta para ser votada em plenário, mas o texto ainda é alvo de resistências. Depois da reforma da Previdência e mudanças no porte, Augusto diz que a frente vai atuar para aprovar alterações na Lei de Execução Penal sugeridas por Sergio Moro (Justiça).

Antagonista

Barragem da Vale se rompe em Brumadinho, Grande BH; há 9 mortos e até 300 desaparecidos

RESUMO

  • Uma barragem da mineradora Vale se rompeu nesta sexta, em Brumadinho, Região Metropolitana de BH.
  • A Vale informou que o rompimento ocorreu no início da tarde de ontem, na Mina Córrego do Feijão; uma barragem rompeu e fez outra transbordar.
  • Um mar de lama destruiu casas da região. Rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.
  • Há 9 mortos e até 300 desaparecidos. Nove pessoas foram resgatadas com vida da lama e mais de 100 que estavam ilhadas também.
  • Governo federal montou gabinete de crise; Bolsonaro irá sobrevoar o local neste sábado.

ACOMPANHE

O Corpo de Bombeiros informa que o acesso a Brumadinho pela rodovia BR-040 está bloqueado. Como por Casa Branca o percurso é muito longo e está com problemas, o melhor acesso é passar por Barreiro, Ibirité e Mário Campo, até chegar em Brumadinho.

Os bombeiros já retomaram as buscas na manhã deste sábado.

O Governo do Estado de Minas Gerais decretou lutou de 3 dias por causa da tragédia em Brumadinho.

 

O presidente Jair Bolsonaro vai sobrevoar a região do desastre nesta manhã. A previsão é de que o sobrevoo ocorra por volta das 10h.

As buscas por vítimas do rompimento da barragem foram interrompidas durante madrugada e serão retomadas nesta manhã. Ao longo da madrugada foi realizado cadastramento de familiares das vítimas.

G1

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Segundo o governo, além dos pacientes nas unidades, cerca de 6 mil pessoas esperam por cirurgias eletivas em casa. Estado tem dívida de R$ 20 milhões com rede credenciada.

Em um vídeo gravado com um celular, é possível ver acompanhantes de pacientes dormindo em um papelão no chão, no corredor do Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, na região metropolitana de Natal. O pedreiro Francisco Sales está na unidade há uma semana, à espera de uma cirurgia no pé. Passa o dia na cadeira de rodas e na hora de dormir, também vai para o chão.

“Tive que passar minha maca para um amigo meu que está pior que eu e eu dormi aqui no chão, onde eu estou dormindo. Só o corbertor no chão”, disse.

Também sem previsão para ser operada, Maria de Lourdes só não está dormindo no chão porque um outro paciente cedeu um maca. Mas ela passou a noite numa cadeira. “A pessoa passar a noite numa cadeira e doente do jeito que vivo…”, lamenta.

A espera também é dolorosa na maior unidade de saúde do estado, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Mais de 100 pacientes aguaram no corredor por uma cirurgia ortopédica. A autônoma Fátima Régir caiu e quebrou a perna. Está esperando por atendimento há 20 dias.

“Desprezada. Isso não é para ninguém ficar. Nem eu nem qualquer um dos que estão aqui”, comenta.

G1

Sete das dez maiores notas de corte parciais do Sisu 2019 incluem bônus para residentes locais

O levantamento levou em conta as notas de corte divulgadas até a 0h de quinta-feira (24); inscrições terminam no domingo (27).

 

Quatro das dez maiores notas de corte parciais da ampla concorrência do primeiro semestre de 2019 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) são para cursos de medicina, e sete são notas que incluem bônus de até 20% na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para estudantes que já residem nas regiões das instituições participantes.

Os dados são de um levantamento feito pelo G1 com base nas informações divulgadas pelo Ministério da Educação no site do Sisu. Veja a variação das notas de corte de medicina

Eles levam em conta as notas de corte parciais divulgadas até a 0h de quinta-feira (24). O Ministério da Educação anunciou que vai divulgar novas parciais a partir da 0h desta sexta (25). O prazo de inscrição foi prorrogado até as 23h59 de domingo (27) e deve ser feito pelo site do Sisu.

Entenda o bônus do Sisu:

  • Assim como as cotas, o bônus é um tipo de política para auxiliar um determinado universo de candidatos
  • Enquanto a cota é uma reserva de vagas que apenas os candidatos que preenchem os requisitos podem disputar, no bônus esses candidatos disputam as mesmas vagas da ampla concorrência, mas recebem uma pontuação extra para poderem concorrer com os demais candidatos
  • No caso do Sisu 2019, cada instituição tem autonomia para determinar quantas vagas estarão em disputa tanto para as cotas quanto para a ampla concorrência, e inclusive pode definir a porcentagem de bônus e os critérios para o candidato recebê-lo

Em alguns casos, os bônus foram definidos em cada campus da instituição, e algumas têm regras diferentes de outras. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por exemplo, o bônus de 20% é aplicado nas 20 vagas da ampla concorrência em medicina no campus de Caicó. Isso fez com esse curso tivesse a nota de corta mais alta até o último levantamento divulgado pelo MEC.

Segundo o termo de adesão da universidade, podem receber os pontos extras qualquer estudante da rede pública ou privada, independentemente da renda e da raça, que tenha cursado o ensino fundamental e médio integralmente em escolas regulares de determinadas microrregiões do Rio Grande do Norte e da Paraíba, “excluídos aqueles que concluíram o ensino fundamental e/ou o ensino médio por meio de exames supletivos”.

Já no curso de medicina do campus de Macaiba da mesma UFRN, não existe bônus.

Ajuda aos estudantes locais

As sete notas de corte parciais com bônus na lista do top 10 são de cursos de quatro instituições diferentes, todas nas regiões Nordeste e Norte do país. Em alguns casos, nem todos os cursos estão incluídos na regra do bônus, apenas os que são alvo de grande concorrência de estudantes de todas as partes do Brasil.

A disputa acirrada pode levar a uma exclusão dos estudantes locais das vagas em carreiras mais prestigiadas nessas instituições. Um levantamento sobre a mobilidade do Sisu feito pelo G1 em 2013, por exemplo, mostrou que, no geral 13% dos aprovados saíram de seu estado de origem para estudar. Mas, considerando apenas as vagas de medicina, essa mobilidade subiu para quase 50% das matrículas.

Veja abaixo as dez maiores notas da ampla concorrência registradas até a 0h de quinta-feira, além das maiores notas de corte para as ações afirmativas:

As dez maiores notas da ampla concorrência

  1. Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), campus da Caicó: 902,05 (com bônus regional de até 20%)
  2. Engenharia aeronáutica na Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos: 894,75 (sem bônus)
  3. Engenharia civil no Instituto Federal do Ceará (IFCE), campus de Fortaleza: 864,20 (com bônus regional de até 20%)
  4. Medicina na Universidade Federal do Acre (Ufac), campus de Rio Branco: 863,22 (sem bônus)
  5. Medicina na Universidade de São Paulo (USP), campus de Bauru: 859,03 (sem bônus)
  6. Direito na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), campus de Marabá: 858,24 (com bônus regional de até 20%)
  7. Medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus de Caruaru: 852,49 (com bônus regional de até 10%)
  8. Engenharia de computação no IFCE, campus de Fortaleza: 849,46 (com bônus regional de até 20%)
  9. Engenharia mecânica no IFCE, campus de Maracanaú: 846,31 (com bônus regional de até 20%)
  10. Direito na UFRN, campus de Caicó: 833,96 (com bônus regional de até 20%)

Ações afirmativas

No caso das cotas, seis das dez maiores notas de corte também são para cursos de medicina. Na grande maioria das vezes, a modalidade de concorrência é a cota para estudantes que fizeram o ensino médio integralmente em escola pública, mas independentemente de sua raça ou renda.

Esse é o caso de sete das dez maiores notas de corte parciais.

Há casos, porém, em que a nota de corte para a cota racial e de escola pública é mais alta do que a disputa pelas vagas abertas a qualquer aluno de escola pública. Na Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, até a 0h de quinta a nota mínima para um candidato conseguir uma das três vagas reservadas para alunos pretos e pardos de escola pública era 813,90. Já para as três vagas da cota para alunos de escola pública a nota mínima era 808,14 (veja abaixo).

As dez maiores notas das ações afirmativas

  1. Engenharia aeronáutica na USP, campus São Carlos: 821,98 (cota para alunos de escola pública)
  2. Medicina na USP, campus Ribeirão Preto: 814,50 (cota para alunos de escola pública)
  3. Medicina na USP, campus Bauru: 814,32 (cota para alunos de escola pública)
  4. Direito na Universidade Federal Fluminense (UFF), campus Aterrado: 813,90 (cota para alunos de escola pública e de baixa renda)
  5. Medicina na Universidade de Brasília (UnB), campus Darcy Ribeiro: 811,43 (cota para candidatos pretos ou pardos)
  6. Direito na UFF, campus Aterrado: 808,14 (cota para alunos de escola pública)
  7. Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Cidade Universitária: 806,48 (cota para alunos de escola pública)
  8. Medicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR), campus Centro-Reitoria: 801,71 (cota para alunos de escola pública)
  9. Medicina na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), campus Passos: 800,84 (cota para pessoas com deficiência)
  10. Engenharia química na USP, campus Cidade Universitária – Capital: 800,56 (cota para alunos de escola pública)

G1

VIVO E FELIZ

Fake news assusta família do tabelião do 1°Ofício de Notas de Parnamirim.

 

A cidade de Areia Branca acordou triste com a notícia do falecimento de seu filho Ilustre Eguiberto Lira do Vale. Assim corriam os boatos na cidade… O tabelião oficial do 1º Ofício de Notas de Parnamirim – Dr. Eguiberto Lira do Vale, seus familiares e amigos tomaram um tremendo susto com essa falsa notícia que circulou nesta manhã… O fato é que existe um cidadão areia-branquense, enfermo, conhecido por EDILBERTO, logo foi gerado um conflito de informações devido à semelhança dos nomes. Esse jornalista vem informar que o nosso Dr. Eguiberto está bem vivo, forte, saudável e feliz. Tudo não passou de um grande mal entendido. Vida longa a esse ser humano que vem prestando um excelente serviço ao Rio Grande do Norte.

 

Análise: fustigado por rolos do filho, Bolsonaro dá cartada em Maduro

Quando retornar de Davos, o presidente Jair Bolsonaro encontrará o ambiente político diferente no Brasil e na América Latina. Nos últimos dias, a série de revelações sobre seu filho Flávio, senador eleito pelo PSL, descortinou um mundo de benesses com dinheiro público nos gabinetes da família. Mostrou, também, ligações perigosas com personagens procurados pela polícia fluminense.

Na América Latina, o agravamento da crise na vizinha Venezuela – com apoio do Brasil, EUA e outros países aos opositores de Nicolás Maduro – sacode a geopolítica regional e cria condições para Bolsonaro buscar protagonismo no cenário externo.

Em entrevista concedida na noite dessa quarta-feira (23/1) à TV Record, o presidente agiu na defensiva ao comentar os problemas de Flávio. Genericamente, disse que as acusações são “infundadas” e tentou proteger o primogênito.

Também não mencionou os empregos dados pelo filho a familiares de milicianos nem fez referência ao seu expressivo aumento patrimonial. “Não é justo usar o garoto para tentar me atingir”, argumentou.

Para agir na sublevada Venezuela, Bolsonaro mostrou-se de prontidão. “Estamos no limite do que podemos fazer para restabelecer a democracia naquele país”, afirmou.

As notícias corrosivas para Flávio e a mobilização contra Maduro turvaram os movimentos da comitiva brasileira em Davos. Flagrado enquanto almoçava sozinho em um bandejão, Bolsonaro também deixou má impressão na imprensa internacional pelo discurso curto – e superficial – na abertura do fórum e por ter faltado a uma entrevista coletiva agendada para essa quarta (23).

Sobre o cancelamento do encontro com jornalistas, mais tarde, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, explicou que a mudança se deu para permitir que o presidente, perto de fazer mais uma cirurgia no abdômen, descansasse um pouco naquele momento.

Apesar dos tropeços, mais um recorde na Bolsa brasileira e a queda de 1% do dólar deram mote para o presidente fazer, na entrevista à TV, um balanço positivo sobre a viagem à Suíça. A atuação do ministro da Fazenda, Paulo Guedes, nos contatos com agentes externos, também deu fôlego para o discurso brasileiro.

Mesmo assim, a repercussão das apresentações dos brasileiros entre os investidores estrangeiros foi discreta. A falta de anúncios claros sobre a reforma da Previdência e a indefinição do perfil da privatização preparada pelo governo contribuíram para a cautela dos interlocutores.

Na volta ao Brasil, na esfera familiar, Bolsonaro terá de encarar os enroscos de Flávio. Como primeira tarefa, tentará estancar os efeitos negativos das descobertas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da imprensa sobre a imagem do filho.

Do ponto de vista político, o presidente vai trabalhar para evitar que a onda contra o senador eleito avance sobre o Congresso no momento da aprovação dos projetos de interesse do governo. Pelo histórico recente do Congresso, em decorrência do desgaste da família Bolsonaro, pode-se imaginar deputados e senadores mais arredios na hora de apreciar as propostas do Palácio do Planalto.

Por fim, vale observar que, por mais que a Venezuela seja relevante para a estabilidade do Brasil, o futuro do governo depende, primeiramente, da capacidade da equipe de Bolsonaro em resolver nossos desajustes internos. Nesse sentido, um episódio sul-americano serve como exemplar referência.

Em 1982, o então ditador da Argentina, Leopoldo Galtieri, ocupou as Malvinas e declarou guerra contra a Inglaterra, que domina essas ilhas no Atlântico. Com a ação, o militar buscava o apoio da população para seu governo sanguinário.

No final, a Inglaterra derrotou a Argentina, Galtieri foi destituído e condenado a 12 anos de prisão por incompetência na invasão das Malvinas. Moral dessa história: não adianta se meter nos problemas dos outros países se não for capaz de comandar a política interna.

Metrópoles