Fogo já destruiu 3,461 milhões de hectares do Pantanal

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O fogo que há meses destrói parte do Pantanal, na região Centro-Oeste, já incinerou a 3,461 milhões de hectares. Segundo balanço que o governo do Mato Grosso do Sul divulgou na tarde de hoje (1), só no estado o bioma já perdeu 1,408 milhão de hectares. Além disso, no Mato Grosso, as chamas consumiram outros 2,053 milhões de hectares.

Cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial. Convertida, a área incinerada equivale a 34,6 mil quilômetros quadrados. Um território maior que Alagoas, com seus 27,8 mil km².

Os dados foram apresentados pelo chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, tenente-coronel Waldemir Moreira Júnior.Segundo ele, o tamanho da área do Pantanal queimada até o último dia 27 confirma que este tem sido um ano atípico não só para o bioma, como para toda região. Em 2019, no mesmo período, as chamas consumiram 1,559 milhão de hectares em todo o Pantanal, nos dois estados. Ou seja, menos da metade do último período.

“Desde março, extrapolamos a máxima histórica mensal de focos de calor no Pantanal”, comentou Moreira, comparando os 18.259 focos de calor registrados no bioma entre 1 de janeiro e ontem, 30 de setembro, com os 12.536 focos registrados no mesmo período de 2005, pior resultado até então. “Este ano já superamos o recorde histórico. E tudo indica que em outubro não será diferente”, acrescentou Moreira.

Durante a apresentação dos números, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, reforçou o prenúncio feito pelo tenente-coronel. “[Nos próximos dias] Teremos um incremento enorme do número de focos de incêndios no Mato Grosso do Sul”, afirmou o secretário, que disse considerar “assustador” o atual número de focos de incêndio registrados no estado.

Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), a forte onda de calor e a baixa umidade deve persistir por pelo menos mais dez dias, em todo o estado. Os meteorologistas prevêem que, ao menos pelas próximas duas semanas, os dias ficarão ainda mais quentes, podendo inclusive superar marcas históricas. Ontem (30), em regiões como Coxim e Água Clara, os termômetros chegaram a marcar 44,1 °C, com sensação térmica de 52° C, a mais alta registrado no estado desde 1973. Para agravar a situação, em algumas partes do Mato Grosso do Sul, a umidade relativa do ar chegou a 8%.

Agência Brasil

PASSOU A BOIADA: Salles aprova extinção de regras que protegem manguezais e restingas

Com um conselho de meio ambiente controlado majoritariamente por ministérios e membros do governo federal, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, aprovou nesta segunda-feira (28) a extinção de duas resoluções que delimitam as APPs (áreas de proteção permanente) de manguezais e de restingas do litoral brasileiro. A revogação dessas regras abre espaço para especulação imobiliária nas faixas de vegetação das praias e ocupação de áreas de mangues para produção de camarão.

O Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), presidido por Salles, revogou ainda uma resolução que exigia o licenciamento ambiental para projetos de irrigação, além de aprovar uma nova regra, para permitir que materiais de embalagens e restos de agrotóxicos possam ser queimados em fornos industriais para serem transformados em cimento, substituindo as regras que determinavam o devido descarte ambiental desse material.

Pela manhã, ambientalistas, parlamentares e a Abrampa (Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente) pediram que todos itens fossem retirados da pauta da reunião do Conama, instituição que tem caráter consultivo e deliberativo sobre questões ambientais. Houve ainda tentativa de cancelar a reunião, por meio de ação judicial. Todas as tentativas fracassaram.

A revogação das resoluções 302 e 303, ambas de 2002, elimina instrumentos de proteção dos mangues e das restingas, as faixas com vegetação comumente encontradas sobre áreas de dunas, em praias do Nordeste. O argumento do governo é que essas resoluções foram abarcadas por leis que vieram depois, como o Código Florestal.

Especialistas em meio ambiente apontam, porém, que até hoje essas resoluções são aplicadas, porque são os únicos instrumentos legais que protegem, efetivamente, essas áreas. No mês passado, por exemplo, em São Paulo, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) perdeu uma ação na Justiça e foi obrigada, por meio de sentença, a respeitar as delimitações previstas na resolução de 2002, “para evitar a ocorrência de dano irreparável à coletividade e ao meio ambiente”.

A extinção da resolução 302, também acaba com regras que definiam limites de áreas de preservação permanente de reservatórios artificiais, bem como o regime de uso do entorno desses lagos.

Já revogação da resolução 284, de 2001, acaba com os critérios de regras federais para licenciamento ambiental de empreendimentos de irrigação. No entendimento dos ambientalistas, a revogação tem o objetivo de acabar com exigências legais a pedido de parte do agronegócio.

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que é membro do Conama, argumentou, no entanto, que a resolução conflita com outras que já estão em vigor. O Ministério da Agricultura declarou que irrigação não é “atividade”, mas sim um acessório da agricultura. “Não vemos impacto positivo nessa resolução no meio ambiente”, declarou o ministério, que é um dos membros do conselho.

R7

Morte misteriosa de 300 elefantes na África foi provocada por toxinas na água

Foto:AFP/National Park Rescue

Toxinas na água, produzidas por cianobactérias, mataram mais de 300 elefantes em Botsuana este ano, afirmaram autoridades nesta segunda-feira (21), ao anunciar o resultado de uma investigação sobre as mortes que deixaram os conservacionistas ambientais confusos e alarmados.

As cianobactérias são organismos microscópicos comuns na água e às vezes encontrados no solo. Nem todas produzem toxinas, mas os cientistas dizem que as tóxicas estão ocorrendo com mais frequência à medida que as mudanças climáticas aumentam as temperaturas globais.

Cyril Taolo, vice-diretor do Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais, disse em uma entrevista coletiva que o número de carcaças de elefantes encontradas desde que as mortes foram relatadas pela primeira vez no início de maio subiu para 330. O tipo específico de neurotoxina ainda não foi identificado.

As autoridades irão monitorar a situação durante a próxima estação chuvosa, e Taolo disse que, por enquanto, não havia evidências que sugerissem que a vida selvagem de Botsuana ainda esteja sob ameaça, pois as autoridades não estavam mais constatando mortes.

O veterinário principal do departamento, Mmadi Reuben, disse na mesma entrevista coletiva que ainda havia dúvidas sobre por que, entre os animais da região, apenas os elefantes foram afetados.

Algumas proliferações de cianobactérias podem prejudicar pessoas e animais, e os cientistas estão preocupados com seu impacto potencial, já que a mudança climática leva a temperaturas mais altas da água, o que favorece muitas cianobactérias.

As temperaturas da África Austral estão subindo duas vezes a média global, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

— É necessário ter as condições certas, o momento certo, e o lugar certo e essas espécies vão proliferar. Essas condições estão surgindo com mais frequência, em mais lugares, então estamos vendo mais dessas proliferações tóxicas em todo o mundo — disse Patricia Glibert, professora do Centro de Ciências Ambientais da Universidade de Maryland, que estudou cianobactérias.

No vizinho Zimbábue, cerca de 25 carcaças de elefantes foram encontradas perto do maior parque de caça do país e as autoridades suspeitam que eles tenham sucumbido a uma infecção bacteriana.

Os animais foram encontrados com as presas intactas, o que exclui a caça furtiva e o envenenamento deliberado. As autoridades dos parques acreditam que os elefantes podem ter ingerido a bactéria enquanto procuravam comida. As carcaças foram encontradas perto de fontes de água.

— Nós consideramos a possibilidade de cianobactérias, mas não temos evidências de que este seja o caso aqui [no Zimbábue] — disse Chris Foggin, veterinário do Victoria Falls Wildlife Trust, que testou amostras de elefantes mortos do Zimbábue e em Botsuana.

O Zimbábue enviou amostras para a Grã-Bretanha e está aguardando permissão para enviar amostras para outros dois países, afirmou Foggin.

A população geral de elefantes da África está diminuindo devido à caça ilegal, mas Botsuana, lar de quase um terço dos elefantes do continente, viu os números crescerem para cerca de 130.000.

O Globo

Projeto Baleia Jubarte registra nascimento de 60 filhotes no Brasil

Foto:Projeto Baleia Jubarte

O projeto Baleia Jubarte registrou este ano, com a chegada do inverno, o nascimento de 60 bebês baleias da espécie entre Salvador e o litoral norte da Bahia, no Banco dos Abrolhos e no litoral de Vitória (ES). No entorno de Ilhabela (SP), os registros foram feitos pelos parceiros do Projeto Baleia à Vista e Instituto Verde Azul.

A temporada de reprodução de baleias jubartes no litoral brasileiro, antes ameaçadas de extinção pela caça indiscriminada, hoje vem sendo motivo de celebração pela recuperação populacional acelerada, graças a um trabalho de longo prazo. Os registros em Ilhabela podem indicar que a região, que já foi palco de atividades de caça a baleia nos séculos 18 e 19, está vendo a reocupação do antigo território reprodutivo do Sudeste.

De acordo com o coordenador de Comunicação do Projeto Baleia Jubarte, Enrico Marcovaldi. este é apenas o início do censo de filhotes deste ano. “Com a retomada de nossas atividades de campo, esperamos poder fazer muito mais registros. Esperamos que esta seja uma temporada de muitos nascimentos, levando a população brasileira ainda mais perto da recuperação total”, avalia.

Os pesquisadores estimam que haja perto de 20 mil baleias jubarte frequentando a costa brasileira nesta temporada reprodutiva, um número animador quando se comparado com os cerca de mil animais estimados quando a população foi redescoberta no Banco dos Abrolhos, em 1988. Estima-se também que nasçam em águas brasileiras mais de 1,5 mil filhotes a cada temporada.

Programa socioambiental

O Projeto Baleia Jubarte é patrocinado pela Petrobras há 23 anos. Os projetos que recebem o patrocínio da companhia visam à proteção e recuperação de quase 60 espécies da fauna ameaçadas de extinção, muitas delas integrantes da biodiversidade marinha e costeira.

Agência Brasil

Bolsopet: presidente cria coordenação para cuidar de política pública para cães e gatos

O presidente Jair Bolsonaro determinou a criação de um departamento específico para tratar de políticas públicas voltadas para pets como cães e gatos. A Coordenação Nacional de Proteção e Defesa Animal foi instituída por meio de decreto publicado nesta quarta-feira (12/8) que reestruturou o Ministério do Meio Ambiente. As mudanças têm 45 dias para serem implementadas.

A nova coordenadoria está ligada à Secretaria da Biodiversidade, subordinada ao Departamento de Conservações de Espécies, dedicados à proteção de fauna e flora brasileira e exótica.

“Esse foi um pedido do presidente. Nunca teve nada nesse sentido de defesa e proteção animal. É a pauta de proteção dos pets, cachorros, gatos. Vemos discussão disso todos os dias e não tinha na Esplanada quem cuidasse dessa pauta”, disse Salles ao Estadão.

A promessa de criar um órgão para cuidar de animais domésticos foi feita por Bolsonaro logo após se eleger presidente em outubro de 2018, quando ainda se discutir unificar os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente. “Em falar em animais de estimação, vocês podem ter certeza que em nosso governo teremos uma secretaria específica para tratar dos direitos dos animais, os animais merecem respeito”, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Arapuan FM, da Paraíba.

Plástico nos oceanos pode chegar a 600 milhões de toneladas em 2040

Caso não sejam tomadas medidas urgentes e de impactos ambientais e financeiros, o volume de plástico existente no mercado dobrará, o volume anual do produto que entra no oceano subirá de 11 milhões de toneladas, em 2016, para 29 milhões de toneladas, em 2040, e a quantidade nos oceanos quadruplicará, atingindo, no mesmo período, mais de 600 milhões de toneladas.

A projeção foi feita pelo estudo Breaking the Plastic Wave (Quebrando a Onda dos Plásticos, em tradução livre), publicado este mês pela Pew Charitable Trusts e a Systemiq e feito em parceria pela Fundação Ellen MacArthur, Universidade de Oxford, Universidade de Leeds e Common Seas.

Os 29 milhões de toneladas de plástico que poderão entrar nos oceanos em 2040 representarão 100% de emissão de gases de efeito estufa, envolvendo um cenário sem mudanças na cultura ou no comportamento do consumidor. O custo líquido desse vazamento é estimado em US$ 940 bilhões por ano.

Em entrevista por e-mail à Agência Brasil, o líder da iniciativa Nova Economia do Plástico, criada em 2016 pela Fundação Ellen MacArthur, Sander Defruyt, explicou que o cenário descrito no estudo é uma projeção do que pode ocorrer caso o cenário permaneça como está. “Ele revela o quanto é poluente e desperdiçador o atual sistema e reforça a necessidade de uma mudança. A transição para uma economia circular do plástico poderia gerar economia anual estimada em US$ 200 bilhões, em comparação ao cenário atual, além dos benefícios ambientais e climáticos”.

Solução prévia

Para a idealizadora da fundação, Ellen MacArthur, a solução tem que ser encontrada muito antes que o plástico chegue aos oceanos. Ela reiterou que uma mudança em direção a uma economia circular, com a máxima redução do uso do plástico, da coleta e reciclagem, e a substituição do produto sempre que possível, permitiria que,até 2040 o volume que entra nos oceanos caísse para 5 milhões de toneladas por ano.

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Ministério Público Federal quer reabertura de base do Tamar em Parnamirim

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública (ACP) contra a União e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para que seja reaberta a Base do Centro Tamar localizada na praia da Barreira do Inferno, em Parnamirim (RN). O local é um dos que registra a maior densidade de ninhos da chamada tartaruga-de-pente, espécie criticamente ameaçada de extinção e em risco constante em decorrência do desenvolvimento costeiro desordenado. A base era responsável pela fiscalização de todo o litoral potiguar.

Em meio à pandemia de covid-19 e sem o devido debate com a sociedade, o ICMBio – autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente – editou a Portaria 554, no último dia 25 de maio, e extinguiu as bases do Tamar em Parnamirim e as de Arembepe em Camaçari (BA) e Pirambu (SE). A ACP proposta no RN requer a anulação do inciso II do art. 6º dessa portaria, que trata especificamente do fechamento da base no litoral potiguar.

O procurador da República Camões Boaventura, autor da ação, cobra o restabelecimento da estrutura administrativa da base, “nos moldes do modelo anterior”, e requer da Justiça a condenação do instituto e da União de forma a impedir que inviabilizem o funcionamento desse órgão, seja pela redução de recursos materiais ou humanos.

Contradição – O próprio IMCBio, em nota enviada ao MPF, reconhece a importância da criação da base como um dos fatores primordiais para o crescimento do número de desovas de tartarugas marinhas no litoral potiguar, nos últimos 10 anos. O local sediava atividades de pesquisa, monitoramento, fiscalização de licenciamento e educação ambiental, com papel de destaque na proteção, conservação e preservação das tartarugas marinhas.

“(…) a extinção do Centro Tamar em Parnamirim/RN sem lastro científico sobre as consequências ao ambiente e também sem o indispensável debate plural, técnico e amplo relacionado ao tema, constitui medida que colide frontalmente com os princípios e as regras ambientais vigentes”, resume Camões Boaventura.

A nota do ICMBio, ao mesmo tempo que atribui o aumento no número de ninhos dessas tartarugas à implantação de estruturas como a base de Parnamirim, se contradiz apontando como “adequado” seu fechamento. O monitoramento no local passaria a ser “terceirizado”, ficando a cargo de outras organizações governamentais e não governamentais. “Apesar da importância do trabalho desenvolvido por essas organizações (…), tais entidades não possuem a atribuição legal para o exercício do poder de polícia ambiental”, adverte o representante do MPF.

Ameaças e desmonte – Outra alegação do instituto para o fechamento é de que “ocorre no estado um reduzido número de encalhes (de tartarugas marinhas) se comparado a outras regiões do litoral”, sendo que, na verdade, os principais riscos à vida desses animais estão no aumento do desenvolvimento costeiro desordenado, do tráfego de veículos nas praias, da erosão costeira, da atividade pesqueira e do turismo desordenado.

Quanto à redução da equipe de analistas ambientais do Tamar, mais uma das justificativas incluídas na nota, para o MPF “pode ser compreendida como uma confissão implícita de que a extinção da Base Tamar de Parnamirim não se trata de uma opção administrativa decorrente da oportunidade e conveniência”. O Ministério Público entende que a autarquia reconhece, indiretamente, que o fechamento é consequência do desmonte da estrutura de preservação ambiental em todo o País.

Boiada – A ação reforça que a portaria foi editada em um contexto no qual o próprio ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, declarou – na reunião ministerial de 22 de abril – que pretendia utilizar o atual momento de pandemia como “oportunidade” para promover modificações de normas ambientais (“passar a boiada”), longe da atenção da opinião pública.

Para o MPF, a portaria em particular confronta diversos princípios constitucionais, precarizando a proteção à fauna marinha, representando um retrocesso na promoção do meio ambiente saudável, além de resultar na irregular extinção de um órgão público mediante portaria, sem contar a falta de procedimentos adequados para a discussão da medida. Enfraquece ainda o poder de polícia ambiental em área considerada prioritária, desrespeitando outras normas do próprio ICMBio e o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Tartarugas Marinhas (de 2017).

Relevância – O Projeto Tamar foi criado em 1980 e é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas experiências de conservação marinha. O litoral do Rio Grande do Norte abriga a maior densidade de bolsões de desovas de tartaruga-de-pente em todo o Atlântico Sul, com destaque para a faixa de praias que vai de Natal até a divisa com a Paraíba.

O Tamar protege as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). São 1.100 quilômetros de praias monitoradas, incluindo áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais, do Rio Grande do Norte até Santa Catarina.

Os cuidados são fundamentais, tendo em vista a ameaça de extinção dessas espécies e também o fato de que, de cada mil filhotes nascidos, apenas um ou dois atingem a idade adulta.

A ação civil pública irá tramitar sob o número 0804507-14.2020.4.05.8400.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República no RN