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Terceirizados da saúde no RN anunciam paralisação de serviços essenciais por falta de pagamento

Foto: Thalles Ikaro/TV Ponta Negra

A empresa Justiz Terceirização protocolou um indicativo de paralisação das atividades de higienização e assistência em unidades importantes de saúde do Rio Grande do Norte a partir da próxima segunda-feira (27). A decisão foi tomada devido à ausência de repasses financeiros por parte do Governo do Estado, situação que, em alguns contratos, já acumulada.

Os serviços afetados incluem a higienização no Hospital Walfredo Gurgel, a enfermagem no Hospital João Machado e os procedimentos cirúrgicos nos hospitais Santa Catarina, em Natal, e Lindolfo Gomes Vidal, em Santo Antônio. Por serem considerados essenciais, a paralisação seguirá as disposições legais, com a manutenção de uma escala mínima de 30% dos profissionais, abrangendo médicos, enfermeiros, técnicos e técnicos e higienistas que atuam em contratos com o Governo do RN.

A crise financeira enfrentada pela empresa ficou ainda mais evidente após uma reunião realizada na última quarta-feira (22) entre representantes da Justiça e a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Segundo a empresa, durante o encontro, o Governo do Estado não apresentou nenhuma previsão de regulapontanegranews.com.

www.pontanegranews.com.

O dedo quebrado do reitor e as mentiras como estratégia

ARTE:KIKO
Por Kakay.
“O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”
Guimarães Rosa
A discussão sobre como confrontar a força das mentiras é, como diria lá em Minas Gerais, “mais velha que a Serra”. Em praticamente tudo na vida, temos que enfrentar uma questão, que é, no fundo, ética: como devemos nos posicionar em momentos graves. Em meio a dado embate, todos nós sabemos disso, a maneira com que você vai enfrentar a realidade é que vai definir, aos poucos, seu caráter e sua postura diante da vida.
Nas questões caseiras e mundanas que ocorriam nos pequenos grandes dramas familiares, era possível, em regra, identificar quem era quem. Numa simbólica briga interna familiar, sempre dava para ver quem optava por mentir, por fazer acordos espúrios de delação e por deixar que o medo superasse um esboço de honra que já começava a se definir. Quem tinha medo do chinelo, em casa, e da voz grave do Irmão Reitor, no colégio, muitas vezes usava o caminho mais fácil, ainda que obscuro e sombrio, para resolver os embates. Ali, naquele momento fugaz, já se instalava um vírus da traição, do vale tudo e da não opção por caminhos republicanos. O caráter não se molda em grandes cursos e universidades; no máximo ele se revela com o acúmulo de anos de fazer o que tem que ser feito.
Meu pai era um homem admirável. Não estudou, mas tinha uma postura perante a vida que ensinava a todos. Era essencialmente amado. E amava. Sem pejo e sem nenhum constrangimento. Abraçava e beijava os filhos e os sobrinhos com uma naturalidade que, à época, chamava a atenção dos outros. Não a nossa, pois fomos criados nessa incrível corrente de amizade, confiança, carinho e amor.
Tem um episódio que ocorreu no Colégio Maristas, em Patos de Minas, que mostra a dimensão da solidariedade que ele emprestava aos filhos. Certa vez, o poderoso Irmão Reitor resolveu me tratar com uma virulência inusitada. Reconheço que eu falava muito. Gostava de ouvir minha voz nas pequenas insurreições do colégio. Mas ele, um senhor enorme, resolveu me interpelar na frente de todos no colégio e, de dedo em riste, a um palmo do meu rosto, começou a gritar e a me destratar. Violento. Eu não tive dúvida: peguei o dedo, em riste, repita-se, e o quebrei na hora. Um grito de dor e de perplexidade ecoou forte. E, claro, o uso do poder: eu estava expulso do colégio! Esse era o desastre, eu perderia a minha bolsa tão duramente conquistada.
A minha aflição era a reação dos meus pais. Fui em casa e expliquei a eles. Minha mãe ficou preocupada com a bolsa que me permitiria estudar. Meu pai falou: “vamos ao colégio”. Chegando lá, fomos à Diretoria. O Irmão Reitor, com o braço na tipoia, não queria nos receber. Meu pai pegou minha mão e entramos na sala. Ele se levantou, um homem de 1.90, e eu, um menino de 12 anos. Meu pai disse a ele: “seu dedo foi quebrado, pois estava no rosto do meu filho. Um menino. Eu tenho a sua idade e estou aqui para lhe dar a oportunidade de colocar o outro dedo em meu rosto. O senhor verá minha reação e vai aprender a respeitar os meninos”. Silêncio absoluto. Um pedido de desculpas por parte do Reitor e a expulsão suspensa na hora.
Com o sofisticar das relações e a complexidade das informações, o uso da mentira, do engodo e da falsidade passou a ter um papel definitivo e ainda não totalmente entendido nas relações de poder. A extrema direita, em regra sem ética, sem escrúpulos e sem limites, redescobriu seu lugar no mundo do poder. Vale tudo. O uso deliberado das informações falsas, mentirosas, passou a ser uma estratégia de poder.
Na última semana, um vídeo inverídico sobre o PIX quase desestabilizou a parte econômica do governo. O número de visualizações alcançou milhões e milhões de desavisados. Sem nenhuma preocupação com a verdade, o que interessa é usar, sem absolutamente nenhum critério ético, mentiras, invenções, meias-verdades, maldades, enfim, no imenso lamaçal, que virou um grande esgoto, onde parte da ultra direita chafurda. E com pompas e galas.
Enquanto isso ocorre no Brasil, o rei da mentira toma posse outra vez na Presidência dos EUA. E com um discurso, que pegou, que o controle ético e a imposição de limites dessas ações criminosas seriam, na verdade, um crime contra a liberdade de expressão. Uma defesa deliberada do vale-tudo em um terreno no qual a falta de limites favorece os bárbaros e os inescrupulosos. E, pelo visto, não vai adiantar quebrar o dedo do reitor.
É bom lembrarmos do velho matuto Manoel de Barros: “Noventa por cento do que escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira”.
Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay
Fonte: www.odia.ig.com.br

Farmácias criticam proposta de vender medicamentos em supermercados

Foto: Reprodução

O presidente da Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias), Sérgio Mena Barreto, publicou uma nota com críticas à proposta de venda de medicamentos em supermercados. A medida seria adotada para reduzir a inflação de alimentos. Eis a íntegra do texto (PDF ­– 58 kB).

Os supermercados seriam autorizados a vender os MIPs (medicamentos isentos de prescrição). Ao comercializar mais uma categoria de produtos, os preços dos alimentos poderiam cair. O presidente da Abrafarma criticou a medida. Disse que esses produtos representam aproximadamente 30% das vendas dos produtos em farmácias.

“Nas 93.000 farmácias brasileiras, que cobrem 99% das cidades do país, geramos 2 milhões de empregos diretos; 56.000 farmácias são optantes do Simples/micro-empresas”, disse. “Aprovar MIPs em supermercados, apenas para lhe dar MAIS UMA categoria de vendas, é provocar o desequilíbrio econômico de um setor que funciona bem e é muito respeitado em todo o mundo”, completou.

Barreto defendeu ainda que o custo de operação da uma farmácia é alto com aluguel, salários, estoques e outros. Disse que a medida teria um efeito rebote de aumento nos preços de medicamentos de prescrição, impactando negativamente a população, principalmente os mais pobres.

As farmácias dizem que os MIPs têm riscos e podem exigir indicação específica. Afirmou que em 68% dos casos o cliente esclarece suas dúvidas com o farmacêutico.

“Quem vai responder a essas perguntas no supermercado? O açougueiro? O padeiro? O caixa?”, questionou Barreto. “Será lamentável que, num governo que sempre colocou a saúde das pessoas em 1º lugar, a ‘marca’ dessa gestão Lula 2023-2026, seja a destruição das farmácias, o aumento da automedicação e o agravo de doenças crônicas na população”, completou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na 2ª feira (20.jan.2025), durante a 1ª reunião ministerial de 2025, que os ministros têm que trabalhar para abaixar os preços dos alimentos. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou na 4ª feira (22.jan.2025) que o governo está trabalhando em medidas para baratear os alimentos.

Segundo noticiou o jornal Valor Econômico, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) teria sugerido vender medicamentos em supermercados para viabilizar a queda dos preços dos alimentos.

Poder 360

Vereador César Maia visita Sebrae em busca de parceria para fortalecer a Câmara Municipal de Parnamirim

Na última terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, vereador Dr. César Maia, realizou uma visita ao Sebrae, onde foi recebido pela diretoria da instituição. O encontro teve como objetivo estabelecer uma parceria administrativa que visa fortalecer a Câmara, com foco especial nas iniciativas da Escola do Legislativo e na TV Câmara.

Durante a visita, Dr. César Maia destacou a importância da colaboração entre as instituições para promover um desenvolvimento mais eficaz e inovador na gestão pública. “Essa visita marca o início de uma parceria administrativa que promete fortalecer as iniciativas da Escola do Legislativo e na TV Câmara.”, afirmou o vereador.

A expectativa é que, em breve, a população de Parnamirim possa acompanhar as novidades decorrentes dessa cooperação, que promete trazer melhorias significativas para os serviços oferecidos pela Câmara Municipal.

Mulher é sequestrada na Via Costeira e abandonada em área de mata nos Guarapes

Foto: Cedida
Na noite desta terça-feira (21), por volta das 20h40, uma mulher foi vítima de sequestro na Via Costeira, em Natal. Após ser abordada pelos criminosos, a vítima foi levada para uma área de mata nos Guarapes, onde foi abandonada nas proximidades de uma estrada de barro.
A mulher conseguiu acionar seu pai e a polícia às 22h27, informando sobre a situação e os detalhes do crime. Segundo a vítima, os sequestradores foram agressivos verbalmente durante o ocorrido, além de roubarem seu carro, celular, documentos, joias e cartões bancários, que posteriormente foram utilizados em transações financeiras.
O veículo roubado foi encontrado pela polícia na manhã desta quarta-feira (22), na mesma Via Costeira, mas os criminosos ainda não foram identificados ou localizados.

Copa do Nordeste: América enfrenta o Juazeirense hoje (22) na Arena

Foto: Divulgação

O América tem confronto, hoje, pela primeira rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste. O Alvirrubro enfrenta o Juazeirense (BA) a partir das 19h, na Casa de Apostas Arena das Dunas.

A partida marcará o segundo jogo da temporada da Arena e promete atrair o torcedor Alvirrubro em mais uma partida eletrizante.

Os ingressos estão à venda no site www.casadeapostasarenadasdunas.com, e nos já tradicionais pontos de venda físicos: na loja do América na Arena e em qualquer das unidades da Gol Mania Store (Lagoa Nova, Nova Parnamirim e Zona Norte).

Hoje, os torcedores alvirrubros poderão adquirir os ingressos na Bilheteria 2, no Portão L, que iniciará as vendas às 15h, com previsão de encerramento às 19:45h.

Já os torcedores do Juazeirense, poderão se dirigir à bilheteria 1, no Portão T, que também começará as vendas às 15h, com término às 19:45h.

Unicat registra falta de 30% do total de medicamentos

Foto: Magnus Nascimento

Usuários da Unidade Central de Agentes Terapêuticos do Rio Grande do Norte (Unicat-RN) continuam enfrentando dificuldades para ter acesso a medicamentos que deveriam estar disponíveis gratuitamente para a população. Na manhã desta terça-feira (21), conforme levantamento feito com base nos dados disponíveis no site da Unicat, havia 65 medicamentos em falta, o equivalente a 30% de um total de 216 ofertados. Alguns usuários não conseguem receber os remédios desde o ano passado, conforme relatos colhidos pela reportagem.

É o caso da tia de Eineide Maria. A idosa, de 81 anos, faz tratamento para a coluna, em função de um problema ósseo avançado. Em outubro, o médico receitou que ela fosse tratada com romosozumabe 90 mg/ml, uma solução injetável que Erineide conta não ter acesso nem em farmácias. “Desde que o médico passou essa injeção que a gente tenta, mas não consegue pegar aqui na Unicat. Minha tia não consegue nem andar porque está com os ossos da coluna todos desgastados. O caso é muito grave”, relata Erineide sobre o estado da tia.

Diante da contínua falta de acesso, Erineide afirma que pretende acionar a justiça para fazer com que a Unicat viabilize a medicação. “Ela vai precisar tomar duas aplicações por mês. Por enquanto, não tem outro jeito a não ser esperar, porque a gente não encontra essa injeção na farmácia”, diz a mulher. A dona de casa Maria da Guia Soares, de 56 anos, está preocupada porque a irmã dela, diagnosticada com cirrose, vai ficar sem o remédio (pancreatina 25 000 UI CAP) que auxilia na digestão. “Faz quatro meses que ela descobriu a cirrose, está com a barriga muito grande. Cheguei hoje para pegar o remédio e não tem”, conta Soares.

Os problemas na Unicat não se restringem à falta de fármacos. Na segunda-feira (20), usuários relataram longa espera para conseguir pegar os remédios – alguns deles contaram que a espera chegou a seis horas. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que administra a Unicat, divulgou que um problema no sistema interno da unidade provocou a demora no atendimento. Ontem, usuários disseram à reportagem que não havia problemas em relação à espera, que registrava tempo médio de 30 minutos.

Ainda nesta terça, foi questionado à Sesap sobre a falta de medicamentos, mas a pasta não respondeu à reportagem. De acordo com as informações que constam no site da Unidade, 51 fármacos estão em processo de licitação (incluindo o formoterol e a pancreatina, citados nesta reportagem), 12 aguardam distribuição do Ministério da Saúde (incluindo o romosozumabe) e dois estão suspensos.

Tribuna do Norte