Nova interdição na Ponte de Igapó tem início e segue durante a semana

O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) iniciou uma nova interdição na Ponte Presidente Costa e Silva, a Ponte de Igapó, que interliga as zonas Leste e Norte de Natal. As obras estão em andamento há 20 meses e estão previstas para serem concluídas até o fim do mês, segundo o órgão. A interdição foi motivada por serviços de pavimentação da pista e deve seguir ao longo desta semana, segundo o órgão. O serviço vai acontecer das 6h às 17h, sendo liberada novamente três das quatro faixas da ponte logo em seguida.

“O DNIT informa que a programação de interdição ocorre durante esta semana para a execução dos serviços de pavimentação. Com relação à conclusão dos serviços a autarquia reitera que a previsão é final deste mês de maio, caso as condições climáticas sejam favoráveis”, disse o órgão.

Os serviços acontecem no sentido Centro/zona Norte de Natal e foram iniciados nesta terça-feira (20). A previsão era de início na última segunda-feira (19), mas de acordo com o DNIT, não houve a necessidade de bloqueio porque os serviços executados no dia foram de varrição da via para a retirada de resíduos existentes e preparação do substrato para receber a nova camada de pavimento asfáltico.

Segundo fontes do setor de trânsito ouvidas pela TN, os serviços de pavimentação devem seguir ao longo desta semana. Após isso, a empresa responsável pela obra ainda fará a pintura e sinalização da pista. A previsão é de se fazer no período noturno, segundo informou uma fonte à TN.

Motoristas ouvidos pela TN relatam que têm evitado ir para a zona Norte pela Ponte de Igapó justamente em razão dos congestionamentos. “Muitos motoristas evitam de vir para Ponte de Igapó porque perdem muito tempo. Eu moro em Extremoz, por exemplo, mas evito passar por aqui. Vou pela Ponte Nova (Ponte Newton Navarro)”, relata o motorista Luiz Antônio Santos, 45 anos.

Com intuito de recuperar a ponte, que interliga bairros da zona Leste à zona mais populosa de Natal, a Norte, os serviços de recuperação na base da Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte de Igapó, estão acontecendo desde 12 de setembro de 2023 e tiveram orçamento inicial de cerca de R$ 20,8 milhões. Com previsão inicial de conclusão para janeiro de 2025, a intervenção sofreu alterações e a perspectiva do Dnit é de que a ponte seja totalmente liberada em maio de 2025, atingindo uma duração de 20 meses.

A obra está sendo viabilizada com Orçamento Geral da União. As intervenções incluem a restauração e o reforço de estacas, blocos e pilares; demolição de estruturas deterioradas; substituição asfáltica e de aparelhos de apoio; reforço de vigas, recuperação de barreiras de refúgio da ponte ferroviária e da passagem dos pedestres e guarda-corpos, dentre outros. A Ponte de Igapó, com 600 metros de extensão, nunca havia passado por uma reparação desde a construção de suas duas partes – uma em 1970 e outra em 1985.

Com os serviços, apenas um lado da Ponte está liberado ao tráfego, gerando transtornos para motoristas e para o transporte público de Natal. Além dos quase 20 meses de obras nas imediações da ponte, os natalenses que atravessam o espaço diariamente já conviveram por vários meses com as obras da Avenida Felizardo Moura e no entorno do Viaduto da Urbana, que dá acesso à zona Norte e aos bairros Quintas e Nordeste, ambos da zona Leste.

A Prefeitura do Natal chegou a entrar com ação na Justiça Federal pedindo que a empresa vencedora da licitação para a reforma da Ponte mudasse o canteiro de obras para outro local, permitindo o tráfego na Ponte. A Justiça negou o pedido e chegou a pedir um laudo a um engenheiro nomeado pela Justiça para saber da possibilidade, que geraria custos a mais para a obra e quase um ano a mais de execução. Por outro lado, haveria maior tráfego de veículos e minimização de prejuízos.

Durante o processo, a Prefeitura do Natal apresentou um cálculo que o bloqueio de um dos lados da via gerou um prejuízo social de R$ 17,9 milhões/mês aos natalenses. Além disso, a Secretaria de Mobilidade Urbana chegou a sugerir também medidas que poderiam minimizar os impactos sociais da obra, como a liberação do tráfego de uma das faixas da ponte na qual se realiza a obra, das 17h às 7h do dia seguinte, permitindo a circulação em três faixas da ponte no período em que os serviços não estarão sendo realizados. As medidas não foram implementadas.

Tribuna do Norte