A prefeita Nilda tem enfrentado, muitas vezes de forma solitária, o peso da responsabilidade pela superlotação do sistema de saúde municipal, cuja UPA de Nova Esperança se tornou o principal ponto de tensão. Críticas têm recaído com intensidade sobre a gestora de Parnamirim, especialmente diante de episódios delicados como o recente falecimento de uma mulher residente em Macaíba.
Em um primeiro momento, setores da oposição não hesitaram em explorar politicamente o fato, tentando imputar à prefeita Nilda a responsabilidade por um episódio que, posteriormente, veio a se esclarecer com o relato da própria família da vítima. A mulher, ao contrário do que se propagou inicialmente, não faleceu em decorrência do atendimento prestado em Parnamirim, mas sim enquanto recebia um procedimento odontológico em Macaíba.
Esse caso isolado ajuda a lançar luz sobre uma realidade mais ampla e preocupante: a crescente demanda de pacientes oriundos de outros municípios vizinhos, como Macaíba, Nísia Floresta e São José de Mipibu que buscam atendimento na rede de saúde de Parnamirim, especialmente na UPA de Nova Esperança e no hospital Márcio Marinho. Trata-se de um reflexo direto da sobrecarga suportada pelo município de Oarnamirim que arca sozinho com custos que deveriam ser partilhados de forma mais equilibrada.
A prefeita Nilda tem sido transparente ao apontar as limitações orçamentárias e estruturais enfrentadas pelo município que além de atender sua própria população, ainda acolhe, de forma humanitária e por determinar a lei do SUS, pacientes de cidades vizinhas sem o devido suporte financeiro ou institucional. Soma-se a isso a atuação ainda da regulação estadual, a qual precisa ser mais célere e eficiente no redirecionamento dos atendimentos para evitar a saturação da UPA, uma unidade que foi concebida para casos de urgência e emergência e não como hospital de retaguarda para internações prolongadas.
É necessário, portanto, responsabilidade e honestidade intelectual no debate público. Antes de direcionar acusações à gestão da prefeita Nilda. É fundamental compreender a complexidade do cenário e identificar os verdadeiros gargalos do sistema. Fazer política com seriedade é reconhecer onde estão os problemas e trabalhar por soluções conjuntas e não usar a dor alheia como palanque para ataques infundados.