No sábado 7, bolsonaristas foram à Avenida Paulista, em São Paulo, sob o comando de Bolsonaro, para pedir a saída do ministro do STF.
A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolou, nesta segunda-feira 9, no Senado Federal, o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O requerimento tem a assinatura de mais de 150 deputados e contou com o apoio eletrônico de mais de 1 milhão de brasileiros. A formalização do documento deve subir no sistema nas próximas horas.
O pedido foi entregue pessoalmente no gabinete da presidência da Casa nas mãos do chefe do Poder Legislativo, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A decisão de abrir um processo de impeachment contra ministros do STF depende do aval do presidente do Senado.
No sábado 7, bolsonaristas foram para a Avenida Paulista, em São Paulo (SP), para pedir a saída do ministro. O ato havia sido convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Cartazes com “Fora Alexandre de Moraes” e “Abaixo a Ditadura” eram maioria entre os apoiadores, que protestam contra a inelegibilidade do ex-chefe do Executivo e contra a decisão que suspendeu a rede social X no Brasil.
Pacheco já sinalizou que não fará nenhum movimento no sentido de dar prosseguimento a um processo de impeachment contra ministro do STF. Nos atos de sábado, o congressista foi um dos alvos dos manifestantes que estavam na Paulista. Atualmente, não há prazo para os chefes das Casas Legislativas decidirem sobre um pedido que chega ao Congresso Nacional.
Moraes é campeão de pedidos
Com o pedido protocolado nesta segunda 7, há um total de 23 pedidos contra Moraes no Senado, deixando o ministro como o que mais tem pedidos de impeachment contra si.
Arthur Silva, ouro no judô, Thalita Simplício – 400m T11 (prata), Cecília Araújo – 50m livre S8 (prata), Romário Marques – Goalball (bronze), Maria Clara Augusto – 400m T47 (bronze) e Rosicleide Andrade – judô (bronze) foram os potiguares que colaboraram com a maior campanha do Brasil em Jogos Paralímpicos. O país conquistou o maior número total de medalhas, 89, superando as 72 de Tóquio 2020 e do Rio 2016. Também bateu o recorde de medalhas de ouro, com 25, batendo as 22 douradas de Tóquio 2020. No total foram 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, o que rendeu a inédita 5ª posição no megaevento (atrás de China, Grã-Bretanha, EUA e Holanda).
A quinta colocação em Jogos Paralímpicos foi a meta que o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu para os Jogos de 2016, no Rio, mas na ocasião não a atingiu, conquistando 14 ouros. O planejamento estratégico feito em 2017, e revisitado em 2021, colocava a meta entre 70 e 90 medalhas e o top 8 em ouros, o que foi conquistado e até ultrapassado em Paris.
A delegação brasileira contou com 280 atletas que participam dos Jogos Paralímpicos de Paris. O Comitê Paralímpico Brasileiro convocou 255 atletas com deficiência, e também viajaram à França 19 atletas-guia (18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.
Antes, a maior equipe nacional era um total de 259 convocados em Tóquio 2020. O recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil foi sede e contou com 278 atletas com deficiência.
“Em cada brasileiro, hoje, pulsa um coração paralímpico, então, eu quero agradecer demais o empenho, os jogos foram extensos. Resultados tão extraordinários proporcionados pelos nossos atletas aqui. O resultado dos Jogos Paralímpicos foi excepcional, mas não dá para falar sobre esse resultado sem voltar a 2017, quando a gente elaborou o nosso plano estratégico e que foi uma bússola ao longo dos últimos oito anos, foi ele quem nos guiou até aqui”, disse Mizael Conrado, bicampeão paralímpico como jogador de futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
O atleta O mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, conquistou três medalhas de ouro em Paris, e se tornou bicampeão paralímpico em duas provas. Ele foi escolhido como o “Atleta das Paralimpíadas de Paris 2024”.
O nadador da classe S2 (limitações físico-motoras) voltou a vencer os 200m livre e os 50m costas, provas nas quais também foi medalhista de ouro em Tóquio 2020. A terceira vitória, ainda no primeiro dia de disputas em Paris, veio nos 100m costas, provas em que o mineiro havia sido prata na edição anterior do megaevento.
Além disso, nos 150m medley, prova na qual Gabrielzinho compete com atletas da classe SM3, com limitações físico-motoras menores que as suas, o atleta quebrou o recorde mundial de sua classe por duas vezes no mesmo dia. Nas eliminatórias, o nadador completou a prova em 3min15s06 e, na final, nadou em 3min14s02.
Potiguares faturam R$ 600 mil Cada medalha rendeu aos atletas uma premiação em dinheiro do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB): 250 mil reais para o lugar mais alto do pódio, 100 mil reais para o segundo e 50 mil reais para o terceiro. Os atletas do Rio Grande do Norte somaram em premiação R$ 600 mil em prêmios.
Arthur Silva (judô) – ouro na categoria até 90kg J1 – R$ 250 mil, Thalita Simplício (atletismo) – prata nos 400m T11 – R$ 100 mil, Cecília Araújo (natação) – prata nos 50m livre S8 – R$ 100 mil, Romário Marques – Goalball (bronze), Maria Clara Augusto – 400m T47 (bronze) e Rosicleide Andrade – judô (bronze), R$ 50 mil cada.
Em nível nacional, a atleta pernambucana da natação, Carol Santiago, foi quem mais faturou em Paris 2024. Com cinco medalhas, dois ouros e três pratas (uma no revezamento 4x100m), ela levou 900 mil reais. Na mesma modalidade, na classe S2, Gabrielzinho foi o segundo atleta que mais faturou. Seus três ouros lhe renderam 750 mil reais.
O terceiro maior valor em premiações ficou com Jerusa Geber, do atletismo, que conquistou dois ouros, no 100m e 200m da classe T11. Com isso, ela vai levar 500 mil reais. Talisson Glock ficou em quarto no quesito premiações e faturou 425 mil reais ao ganhar um ouro, uma prata e dois bronzes (sendo um no revezamento 4x50m).
Os atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiros também recebem premiação. Eles embolsam 20% do valor da maior medalha que o atleta que acompanham tenha conquistado, e 10% do valor dos pódios subsequentes. Os valores das premiações do CPB em Paris 2024 é quatro vezes maior do que os dados na Rio 2016.