Um olhar que liberta

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay – Foto: Reprodução

É difícil ser humano no mundo cruel em que vivemos. A tentativa de viver com dignidade à dor de quem pensa entender as dificuldades do preconceito é, se levada a sério, um impeditivo real para ser feliz com inteireza intelectual. Somos todos esfinges a fingir que levamos a vida a sério. Como ser realmente inteiro e íntegro nessa vida estranha e, no mínimo, confusa e falsa, quase hipócrita. Ao ler e ver o livro Translúcida, do fotógrafo e ministro do Superior Tribunal de Justiça Sebastião Reis, da Editora Amanuense, pude sentir aquilo que sabia, mas escondia de mim, por covardia, talvez.

A leitura é um soco no estômago. Fotos sensíveis, tiradas por um juiz criminal, com a cumplicidade amorosa, das presas trans em um Centro de Detenção. Cada imagem — que não precisaria de legenda e fala por si própria, por ser captada por uma lente que expôs o demasiadamente humano de todas as meninas —, foi emoldurada por reflexões de diferentes atores no mundo de máscaras. Cada um de nós se escondeu na foto escolhida, ou se revelou. As fotografias fazem um recorte da vida na prisão das mulheres trans que impressionam. São libertárias e belas, mas sabemos que as retratadas continuam presas não só ao destino, mas à crueza do cárcere.

O mundo trans já sofre as odiosas pressões e covardias pelo preconceito generalizado. Imagine a realidade dentro do sistema penitenciário. É assustador e deprimente. Mas o livro é libertador. Não pelo que permite criar sobre qualquer expectativa de melhoria de um sistema falido, independentemente de trans. A questão carcerária no Brasil é uma vergonha para a direita fascista e para a esquerda punitivista. Um horror. O grande mérito do livro é ser libertador, não pelos textos, mas pelas imagens fotográficas que extrapolam os limites das celas e que nos libertam. Vão muito além da dureza do cárcere. São falsas, por não tirarem de lá aquelas mulheres tristes e presas; mas são igualmente reais por permitirem que elas sejam catapultadas daquelas celas horríveis.

Embora elas continuem presas numa cadeia desumana e cruel, depois que fechamos o livro e seguimos em frente com o natural esquecer das vidas delas no cárcere, de certa forma, a gente dá liberdade a elas que, na visão do juiz fotógrafo, mostra uma leveza real além da dor.

A questão carcerária brasileira fez, de cada um de nós, uma pessoa menor e hipócrita. Nenhum governo teve a seriedade, e um pingo de dignidade, de tratar o drama dos presídios. A esquerda é, talvez, mais idiota e cruel, pois a direita sempre assumiu que o tratamento deve mesmo ser desumano. Somos todos cúmplices de uma barbárie diária. Esse livro de fotografias e de textos constrangidos e romanceados, mas, também, libertadores, pode servir para uma reflexão da nossa falência. Da nossa inaptidão para o humanismo. Um dos textos é meu, logo, penso ser uma crítica sincera. Apego-me ao grande Mia Couto, no poema “Versos do Prisioneiro — Última Carta do Preso ao Poeta”:

“Durmo sem corpo
como um cão
que, em si mesmo,
inventa um travesseiro.
Enroscado como o feto
que adia o dia
e procura a luz
na raiz do próprio ventre.
Aqui se dorme como se vive:
com pouca pátria e muita insônia.
Dormirei tudo, sim,
quando valer a pena despertar.
No enquanto da espera,
me vou, por vezes, suicidando.
Nesses dias, não risco o tempo das paredes.
E é tanto o desejo de desviver
que já não me basta morrer.
A morte perdeu a validade,
de tanto nela me aconchegar.
A ausência que desejo
é a da viagem sem distância,
sombra sem teto nem parede.
Onde reine, não o silêncio,
mas a palavra emudecida.
Que eu sonho a morte
como o poeta quer o poema:
um falso morrer
de quem não quer viver em falso.”

Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay

Vereadores aprovam projetos de grande importância que visam melhorar as políticas públicas em Parnamirim

Fonte: Cida Ramos – DRT 00793/JP Jornalista Ascom – CMP

Nesta quinta-feira (29), no plenário da Câmara Municipal, os vereadores parnamirinenses estiveram reunidos para a realização de mais uma sessão ordinária. Na ocasião, foi debatida uma extensa pauta, com 16 matérias aprovadas, entre projetos de lei, requerimentos, emendas e decretos legislativos. “Votamos algumas matérias em regime de urgência de grande importância, que visam melhorar a execução das políticas públicas em nosso município”, disse o presidente da Casa Legislativa, vereador Wolney França.

Durante a sessão, a vereadora Fativan Alves e os vereadores Gabriel César e Michael Borges utilizaram a tribuna como oradores para tratar de assuntos de interesse da população, como a Saúde Pública e infraestrutura, como a questão das mudanças no trânsito no centro da cidade e as adequações para os comerciantes.

Dentre os projetos de lei aprovados, destaca-se o que dispõe sobre a correção nos valores do adicional de insalubridade, que beneficia os servidores municipais. Além disso, a sessão ordinária também aprovou o Projeto de Lei nº 073/2023 sobre o remanejamento dos recursos do Finisa e o Projeto de Lei nº 142/2023 do Poder Executivo que dispõe sobre a autorização para abertura de crédito especial.

Câmara Municipal de Parnamirim

 

Agência Ratts Ratis atende mercado imobiliário com formato comercial diferenciado

O mercado imobiliário e de construção civil do Rio Grande do Norte está dando sinais de forte retomada, com diversos lançamentos imobiliários sendo programados para os próximos meses. Com experiência de vinte anos neste segmento, a agência de propaganda Ratts Ratis, que possui em seu portfólio dezenas de lançamentos para grandes construtoras como Constel e BSPAR, trabalha já há algum tempo com formato de remuneração percentual sobre as vendas, o que tem atraído para a sua carteira de clientes construtoras do Rio Grande do Norte e de estados vizinhos.

Segundo seu diretor, o publicitário Pedro Ratts, “o mercado de construção civil é diferente dos demais, ele é de alto risco, com muito capital envolvido e acho justo que a agência de propaganda entre no risco do empreendedor, assim todos ganham com o sucesso do empreendimento”. Para conhecer um pouco do trabalho da Ratts Ratis ou agendar uma visita, basta clicar no perfil @rattscom no Instagram.

Prefeito Pedro Henrique assinou Financiamento na Caixa. 14 obras de uma só vez

Na região do Mato Grande, o município de Pedra Grande vive o seu melhor momento quando se fala em desenvolvimento. O prefeito Pedro Henrique (PSDB) fez assinatura do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA). É um financiamento oferecido pela Caixa Econômica Federal, a municípios que cumprem todas as exigências de responsabilidade e de saúde fiscal, contábil e financeira e que não oferecem riscos para realizar a operação de crédito.

Serão 14 obras que acontecerão simultaneamente no município, um verdadeiro canteiro de obras será feito em Pedra Grande, proporcionando mais desenvolvimento e crescimento. Durante a solenidade, a equipe de engenharia e arquitetura do município, apresentou todos os projetos que serão executados, um investimento de 10 milhões de reais. Representantes da Caixa econômica elogiaram a gestão inovadora e a organização, sobretudo do cumprimento de todas as exigências para a habilitação do município ao financiamento. Segundo a Caixa Econômica Federal, Pedra Grande está entre os cinquenta municípios do Rio Grande do Norte aptos a receber recursos do FINISA.

O prefeito Pedro Henrique falou do trabalho desenvolvido e que seu objetivo é deixar um legado de muito avanço. Um exemplo de gestão inovadora.