Filho do cantor Belo é preso com drogas na Rodoviária do Rio

Foto: reprodução

Um dos filhos do cantor Belo foi preso com drogas, na manhã desta terça-feira (13), durante uma abordagem na Rodoviária do Rio, no Santo Cristo, na Região Portuária da cidade. Paulo Arthur Vieira, de 29 anos, chegou a ser conduzido para a 4ª DP (Presidente Vargas), mas foi liberado da delegacia após assinar um termo circunstanciado. 

Segundo a Polícia Militar, o 5º BPM (Praça da Harmonia) realizava um policiamento pelas imediações do terminal, quando se aproximou de um grupo. Durante a revista, os agentes encontraram uma pequena quantidade de erva seca com um dos homens e o levou para a delegacia. A Polícia Civil informou que o filho do cantor foi autuado por porte de drogas para consumo próprio e vai responder ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Procurada, a assessoria de imprensa do cantor Belo informou que Paulo Arthur estava voltando de um show realizado nesta segunda-feira (12), em São Paulo, e que confirmou aos policiais militares que estava portando uma quantidade de maconha para uso próprio, ao ser questionado, durante a abordagem.

Cantor e filha caçula já foram presos

No dia 11 de novembro de 2020, a filha caçula de Belo foi presa junto com outras 11 suspeitas de aplicar o golpe do motoboy. Isadora Alkimin Vieira, à época com 21 anos, integrava uma quadrilha de estelionatários que se passavam por gerentes bancários e ligavam para vítimas informando sobre um falso problema no cartão de crédito, como uma compra não autorizada ou tentativa de clonagem. A jovem responde pelo crime de organização criminosa.

Já em fevereiro de 2021, o próprio cantor acabou preso por provocar aglomeração ao realizar um show no Ciep Professor César Pernetta, na comunidade do Parque União, no Complexo da Maré, Zona Norte. A apresentação não foi autorizada pela Secretaria Municipal de Educação do Rio (SME) e aconteceu em meio às restrições impostas pela pandemia de covid-19. 

Em 2004, Belo foi preso por associação com o tráfico de drogas, após a polícia interceptar telefonemas do cantor com traficantes. Ele foi condenado a oito anos e ficou quase quatro preso. O pagodeiro ficou livre do processo em março de 2010, quando a Vara de Execuções Penais do Rio concedeu o indulto ao cantor, após pedido da defesa.

Fonte: O Dia 

Santo Antônio, de Lisboa e de Pádua

Padre João Medeiros Filho

Celebra-se sua festa litúrgica em 13 de junho. Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo era seu nome civil. Nasceu aos 15/08/1195, em Lisboa. Faleceu com apenas 35 anos, aos 13 de junho de 1231 em Pádua (Itália), onde vivera alguns anos. Por essa razão, passou a ser chamado de Santo Antônio de Pádua, não obstante sua origem lusitana. Inicialmente, ingressou na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, tendo sido ordenado sacerdote no Mosteiro da Santa Cruz, de Coimbra, em 1220. Posteriormente, após uma tentativa frustrada de fixar-se no Marrocos – onde pretendia ser missionário entre os muçulmanos – partiu para a Itália. Durante a viagem, foi acometido de grave doença. O navio em que embarcara acabou desviado por uma tempestade para a Ilha da Sicília. Ali chegando, resolveu ir até Assis para conhecer São Francisco. Este o impressionou e marcou tanto sua vida, que resolveu deixar os agostinianos e ingressar na ordem franciscana. Sua lucidez e equilíbrio eram relevantes. Em carta, São Francisco o chama: “Meu bispo”.

Grande pregador e conselheiro, Antônio orientou nobres e ricos de seu tempo. Intermediou vários casamentos entre membros da aristocracia europeia. Conta-se que ajudou muitas noivas a comprar o enxoval e pagar o dote esponsal. Daí, nascem a fama de promotor de matrimônios e o epíteto de “casamenteiro”, surgindo também a devoção das moças casadoiras. Combateu os erros doutrinários de sua época com tanta convicção e sabedoria que São Francisco o designou superior provincial dos franciscanos. Sediado no Convento de Arcella (Pádua), viajou pela Europa com tanta rapidez e frequência, a ponto de a tradição atribuir-lhe o dom de ubiquação, pelo qual podia estar em vários lugares ao mesmo tempo.

Dotado de grande eloquência, inteligência privilegiada e exímio conhecimento teológico, reiterou que a virtude maior do cristianismo é a caridade. O convento onde morava era rodeado por pobres e famintos, que lhe suplicavam o pão material e o alimento espiritual. A tradição conserva até hoje o símbolo de sua atenção e amor pelos pobres: o pão de Santo Antônio, distribuído à porta dos conventos franciscanos às terças-feiras (dia da semana em que ocorreu o seu sepultamento). Compreendeu desde cedo a lição de Cristo: “O que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a Mim que o fazeis” (Mt 25, 40).

Para pregar unicamente a Palavra de Deus, renunciou à cátedra da Universidade de Bolonha. Sabia da existência dos mais sedentos da Água que nos sacia e famintos do Pão da Vida. O ministério da pregação foi a prioridade de seu apostolado. Na verdade, transmitia “palavras de vida eterna” (Jo 6, 68). Na sociedade contemporânea, inundada de falas e informações pelas redes sociais e mídia, sua mensagem convida-nos a buscar os ensinamentos que nos salvam. Num mundo contaminado por falsos valores, que nos deixam perdidos e atônitos, ele nos leva a encontrar Deus, “tesouro que a traça não corrompe” (Mt 6, 19). Fez muitos descobrir Jesus Cristo. Impressionou tanto os cristãos e as autoridades eclesiásticas pela sua santidade e sabedoria que o Papa Gregório IX o elevou às honras dos altares, canonizando-o em apenas onze meses após a sua morte, declarando-o Doutor da Igreja.

Dada à influência portuguesa e à catequese dos franciscanos, primeiros missionários a aportarem no Brasil, bem como à devoção por parte do povo mais simples, Santo Antônio foi integrado aos festejos juninos, ao lado de São João e São Pedro. Muitos conhecem o folguedo: “Matrimônio, matrimônio, isso é lá com Santo Antônio.” Sua influência contribuiu, à época, no registro batismal de muitos portugueses. Havia incidência significativa do prenome Fernando, oriundo das dinastias espanhola e lusitana. O ilustre frade mudou essa rotina. Muitos passaram adotar o nome do santo como prenome ou acrescentá-lo ao já existente. Exemplo relevante é o do poeta Fernando Pessoa. Essa tradição foi trazida para o Brasil. Podem ser encontrados vários registros de Fernando Antônio nos livros paroquiais de batismo e nos cartórios. Rezamos em nossas igrejas: “Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus santos.”