Resolução que zerou imposto de importação de revólveres é suspensa

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspendeu hoje (14) os efeitos da resolução do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que zerou a alíquota do Imposto sobre Importação de revólveres e pistolas. Fachin atendeu a pedido liminar feito pelo PSB. A resolução entraria em vigor em 1º de janeiro. 

O partido alegou, no pedido, que a medida da Camex “facilitaria o acesso da população a armas de fogo”, além de representar renúncia fiscal em tempos de pandemia.

Na decisão, o ministro entendeu que a resolução se “apresenta como contrária à Constituição da República”.

“Conclui-se pela verossimilhança da alegação de que a redução a zero da alíquota do Imposto de importação sobre pistolas e revólveres, por contradizer o direito à vida e o direito à segurança, viola o ordenamento constitucional brasileiro”, entendeu o ministro.

A decisão de Fachin entra em vigor imediatamente, mas deverá ser submetida ao referendo do plenário da Corte. Cabe recurso contra a decisão.

Agência Brasil

Registros de armas de fogo aumentam 120% em 2020, mas apreensões estão em queda

O número de registros de armas de fogo em poder de colecionadores, atiradores e caçadores no Brasil mais do que dobrou em 2020. Na comparação com o ano anterior, houve um aumento de 120%. Trata-se do modelo de registro usado por atiradores esportivos, como os pais da jovem que diz ter atirado acidentalmente na adolescente Isabele Ramos, morta com um tiro no rosto em um condomínio de luxo em Cuiabá no dia 12 de julho.

O total de armas registradas no sistema da Polícia Federal, onde são incluídas aquelas compradas por cidadãos comuns, sem registro de colecionador ou prática esportiva, também cresceu: de 2017 para 2019 houve um crescimento de 65,6% nos registros ativos.

Apesar disso, as apreensões de armas de fogo caíram: a queda foi de 1,9% nas operações da Polícia Rodoviária Federal e de 0,3% nas apreensões feitas pelas polícias estaduais em 2019, na comparação com 2018. Os dados são do 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste domingo (18) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A queda nas apreensões feitas pelas polícias, em um contexto de aumento nos números de armas registradas, mostra que houve uma diminuição no interesse das autoridades neste tipo de operação, segundo Ivan Marques, presidente da Organização Internacional Control Arms e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

“Como os números demonstram um aumento significativo nos registros de armas ativos, tanto para civis quanto para forças de segurança, e, historicamente observa-se que parte dessas armas migra do mercado legal para o ilegal, infere-se que a diminuição das apreensões é também sinal de redução de interesse neste tipo de operação”, avalia o especialista no Anuário.

Em 2019, das 105 mil armas apreendidas no país, pelos menos 6.740 caíram no mercado ilegal. Para o pesquisador David Marques, coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e doutorando em sociologia na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o número de armas legais que vão parar no mercado ilegal pode ser ainda maior, já que muitos proprietários de armas legalizadas não registram em sistema quando seus equipamentos são furtados, roubados ou extraviados.

Segundo o pesquisador, um dos fatores que podem contribuir para o aumento nas mortes violentas intencionais verificado no 1º semestre de 2020, documentado pelo Monitor da Violência do G1 e confirmado pelo Anuário, é justamente a disponibilidade de armas de fogo no mercado ilegal.

“A questão da violência é um fenômeno multidimensional, que sofre influência de diferentes fatores, e um deles é com certeza a disponibilidade de armas de fogo. Isso está bem comprovado na literatura cientifica, e isso está relacionado também a essa migração, porque algumas dessas armas legais vão ter uma vida útil nas mãos da criminalidade, vão alimentar o mercado ilegal e vão ser usadas em crimes violentos, como homicídio e latrocínio”, explica David Marques.

No primeiro semestre deste ano, mesmo com a pandemia, houve uma alta nas mortes intencionais, segundo o Monitor da Violência. O Anuário também identificou o aumento. Foram 25.712 mortes violentas de janeiro a junho, segundo a publicação, ante 24.012 do mesmo período do ano passado – um aumento de 7%.

Dois sistemas diferentes reúnem os registros de armas de fogo no Brasil, um administrado pelo Exército e outro pela Polícia Federal.

O Exército é responsável pelo Sistema de Gerenciamento Militar de Armas de Fogo (Sigma), que reúne dados das armas registradas para as Forças Armadas, policiais militares dos estados, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além daquelas usadas por Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores, que são chamados CACs.

No sistema do Exército, há 1.128.348 registros de armas de fogo ativos, segundo dados de agosto de 2020. Dessas, 496.172 armas são da categoria CACs – um número 120% maior do que o verificado em 2019.

Um outro banco de dados, chamado Sistema Nacional de Armas (Sinarm) e controlado pela Polícia Federal (PF), reúne as armas da própria corporação e também as usadas pelas polícias civis dos estados, Polícia Rodoviária Federal, guardas municipais, de órgãos como Ministério Público e Poder Judiciário, além daquelas compradas por qualquer cidadão que tenha direito a posse ou porte.

Neste sistema também houve aumento no número de registros ativos. Em 2017, eram 637.972 registros de armas de fogo ativos no Sinarm. Em 2019, este número passou para 1.056.670, um crescimento de 65,6%.

O Anuário não traz dados dos registros de armas registradas por CACs em cada estado do país, mas há números estaduais dos registros feitos no sistema da Polícia Federal.

A unidade da federação que teve o maior aumento nos registros foi o Distrito Federal, com um crescimento de 538% nos cadastros de posse ativos, que foi de 35.693 em 2017 para 227.940 em 2019.

Apesar do aumento na quantidade de armas registradas, as apreensões estão estáveis há alguns anos no país. Em algumas regiões, houve inclusive queda brusca na taxa de apreensões a cada 100 mil habitantes.

A mais acentuada ocorreu na região Centro-Oeste, que em 2016 era a campeã de apreensões no país, retirando de circulação 99 armas para cada cem mil habitantes. Em 2019, este número despencou para apenas 32,6 para cem mil habitantes, colocando a região como a que menos retira armas ilegais de circulação em todo o Brasil.

Para David Marques, coordenador no Fórum de Segurança Pública, é preciso que a sociedade cobre das forças de segurança mais controle do mercado ilegal de armas.

“A gente não pode achar natural que as policias apreendam menos armas num contexto em que temos mais armas em circulação. A gente tem que demandar, para que seja possível haver uma redução de homicídios, que a gente tenha policias nos estados preparadas para lidar com o mercado ilegal de armas, com mais investigação e inteligência”, afirma Marques.

A existência de dois sistemas diferentes para o registro de armas de fogo é alvo de críticas dos analisas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O pesquisador David Marques explica que os sistemas são “obsoletos” e não permitem comparações e análises que seriam necessárias para melhor controle da posse de armas no país.

O Anuário critica a existência de duas bases que, juntas, não dão conta de indicar exatamente quantos cidadãos brasileiros possuem armas de fogo legais no país – uma questão que especialistas em segurança pública tentam responder há anos.

“Os sistemas federais ainda não conseguem fornecer essa informação básica. Não ajuda a instabilidade jurídica promovida pelo sem-fim de decretos e alterações de portarias publicadas pelo Governo Federal a partir de janeiro de 2019”, avalia o advogado Ivan Marques, presidente da Organização Internacional Control Arms, no Anuário.

Uma determinação de 2004 prevê que o Exército promova a troca de informações com a Polícia Federal do seu cadastro de armas, mas a normativa ainda não é cumprida pela instituição. Em junho de 2019, um decreto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, reforçou a exigência e deu prazo de um ano para que o compartilhamento passasse a ser feito, mas também foi descumprido.

Segundo Ivan Marques, a criação de novos critérios e classificações faz com que fique difícil definir quais categorias, por lei ou norma infra legal, devem registrar sua arma nos bancos de dados oficiais.

G1

Policiais civis aprovam paralisação e cobram diálogo com Governo do RN

Os Policiais Civis do Rio Grande do Norte se reuniram em Assembleia Geral, na manhã desta sexta-feira, 19, e decidiram por uma paralisação de 24 horas a ser realizada na próxima quarta-feira, dia 24 de julho. A categoria, ao invés de ir para as delegacias, irá se concentrar em frente à Governadoria, no Centro Administrativo.

De acordo com o presidente do SINPOL-RN, Nilton Arruda, os Policiais Civis cobram diálogo com Governo do Estado e andamento da pauta de reivindicações. “Nós temos uma pauta e já protocolamos três ofícios solicitando reunião com a governadora Fátima Bezerra e, até agora, não tivemos resposta”, explica.

Além disso, a categoria quer que o Governo do RN implante as promoções e progressões dos Policias Civis que estão em atrasos. “Para se ter uma idéia, alguns processos estão com mais de dois anos aguardando implantação”, justifica Edilza Faustino, vice-presidente do Sindicato.

Outro ponto da pauta de reivindicações dos Policiais Civis é referente aos salários atrasados. De acordo com o SINPOL-RN, o Governo precisa definir como quitará os passivos e apresentar o planejamento para os servidores.

“Antes, havia a promessa de antecipação dos royalties para que os atrasados pudessem ser quitados. Agora, o Governo desistiu dessa antecipação. Ou seja, os servidores estão sem perspectivas e vendo suas dívidas geradas pelos atrasos se acumularem”, comenta Nilton Arruda.

A paralisação de 24 horas foi deliberada de maneira unânime entre os presentes à Assembleia Geral. Com isso, a partir das 8h da manhã de quarta-feira, todos os Policiais Civis devem se concentrar em frente à Governadoria. Apenas as delegacias de Plantão estarão em funcionamento.

“Os Policiais Civis têm atuado de maneira abnegada, prova disso são os números de prisões e apreensões de drogas no Estado. No entanto, o Governo parece desprezar essa categoria e sua importância para a sociedade. Uma polícia que trabalha precisa ser valorizada”, finaliza o presidente do SINPOL-RN.

(Agora rn)

STF reforça segurança após descoberta de plano para ‘metralhar’ ministros

O inquérito que investiga ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) identificou na rede “deep web”, tramando “metralhar” ministros, os mesmos que “ajudaram” nesse espaço marginal da internet os bandidos do atentado à escola Raul Brasil, de Suzano (SP), em março. Os criminosos já foram identificados e estão sob monitoramento, mas, pelo sim, pelo não, ministros terão cuidados redobrados de segurança. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, tomou conhecimento da descoberta do plano para atentar contra ministros da Corte.

Responsável pelo inquérito, o ministro Alexandre de Moraes mantém discrição. Mas já citou “avanços” na investigação na rede “deep web”.

Esta coluna revelou quinta (2) que o inquérito descobriu um plano para “metralhar” ministros no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Nas conversas da rede “deep web”, os criminosos citaram facilidades de acesso ao desembarque do aeroporto para praticar o crime.

(Diário do poder)

PRF intensifica fiscalização nas rodovias federais do RN durante o feriadão

Operação Ano Novo segue até a terça-feira (1º).

 

 

A Polícia Rodoviária Federal iniciou à meia-noite desta sexta-feira (28) a Operação Ano Novo 2018. Até terça-feira (1º), policiais rodoviários reforçarão a fiscalização nas rodovias federais de maior movimento. O efetivo terá um acréscimo de 30%, com a implementação de equipes extras.

A Operação Ano Novo compreende mais uma etapa da Operação Rodovida 2018/2019, desencadeada no último dia 14 de dezembro. Na operação Ano Novo de 2017 foram registrados 18 acidentes, 25 feridos e uma morte.

De acordo com a PRF, serão priorizadas ações voltadas para combater o excesso de velocidade, o uso de bebida alcoólica antes de dirigir e as ultrapassagens proibidas. Será dispensada atenção especial aos condutores de motocicletas, bem como a aos motoristas que fazem uso do celular enquanto dirigem. A PRF também estará atenta para o uso do cinto de segurança e para o uso dos dispositivos de retenção para o transporte de crianças de até sete anos e meio de idade.

Restrição para veículos de carga

Para garantir a fluidez e a segurança do trânsito nas rodovias de pista simples, o tráfego de caminhões bitrem, veículos com dimensões excedentes e caminhões cegonha, sofrerá restrição de tráfego na terça-feira (1º), das 14h às 22h. O motorista que descumprir a determinação será multado e terá o veículo retido.

A PRF recomenda algumas dicas para uma viagem segura:

  • Faça uma revisão preventiva no veículo antes de viajar. Verifique principalmente pneus (inclusive o estepe), palhetas dos limpadores de para-brisa e itens de iluminação e sinalização;
  • Planeje a viagem, lembre-se de programar o horário de início, além das paradas para alimentação, abastecimento e descanso. A melhor hora para viajar é ao amanhecer;
  • Mantenha a atenção redobrada nas rodovias;
  • Respeite a sinalização de trânsito, ela existe para proteger a sua vida;
  • Mantenha o farol baixo aceso durante a viagem, é obrigatório;
  • Não viaje cansado, com pressa ou sob efeito de bebida alcoólica;
  • O cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo;
  • O transporte de crianças de até sete anos e meio de idade, será nos dispositivos de retenção (bebê conforto, cadeirinhas e assento de elevação).

G1