RIO – Para empresários, o primeiro dia de funcionamento do Pix não foi tão fácil como se esperava. Algumas empresas tiveram problemas com a liberação de uso, e outras, para transferir dinheiro.
Além disso, em meio a dúvidas sobre como funcionam pagamentos e estornos, muitos preferem esperar para ver como o Pix vai operar na prática e só depois aderir.
Roberto Maciel, sócio da fábrica Maré Chocolate, fez seu cadastro na semana passada, mas não conseguiu acessar o Pix ontem:
— Tentei fazer o pagamento para um fornecedor, mas deu QR Code inválido. Paguei por TED mesmo.
Ainda assim, Maciel aprova o novo modelo e pretende usá-lo para tudo, “uma vez que a plataforma esteja certinha”.
No restaurante Billy The Grill, no Shopping Tijuca, o Pix também ficou para depois. Segundo o gerente de Inteligência de Negócios do Grupo Alento, Marcelo Campos Theophilo, o entrave é que o ciclo do pagamento ainda está confuso para o lojista:
Instabilidades: No 1º dia do Pix, usuários esperam horas por transferência, que seria feita em 10 segundos
— O problema é que hoje quem faz a transação é o funcionário e ele não tem acesso à conta da loja, que é onde chega o recebível, onde o Pix está cadastrado.
Este é o mesmo problema do empresário Ricardo Linck. Em março, ele teve de fechar as portas do Maya Café, em Laranjeiras, por causa da pandemia, ficando apenas com o delivery. As entregas cresceram, a ponto de ele abrir nesta semana um novo negócio, o Maya Vegan, voltado para comida vegana — tudo delivery.
Como seu negócio é hoje centrado na entrega, feita por parceiros, ele questiona como vai conseguir acompanhar o pagamento do QR Code à distância:
— Não está claro. Tenho 25 funcionários, como eles vão usar minha conta? Futuramente, se der certo, pode, sim, substituir até outras formas de pagamento, mas hoje ainda não tem a agilidade necessária.
Sobre a questão apresentada por Maciel e Linck, o Banco Central informou que “os empreendedores podem adaptar seus softwares de gestão para integrar recebimento com Pix à conta de pessoa jurídica”.
Na prática, a operacionalização do pagamento pelo Pix, seja transação ou via QR Code, deve ser feita por meio das empresas que já fazem a operação de débito e crédito, as maquininhas — que já estão adicionando essa funcionalidade aos aparelhos. Esse é o caminho que a Billy The Grill adotará.
A Stone explica que a maquininha gera um QR Code, que o cliente vai escanear para fazer o pagamento. Na mesma hora é gerado um recibo, com isso o funcionário não precisará acessar a conta da loja. Por enquanto, não haverá custo para incluir o Pix.
A Linx, por sua vez, vai centralizar os recebimentos em uma plataforma que já existe e faz operações com QR Code, integrado ao ponto de venda e em tempo real. Segundo a empresa, para quem já tem esse programa, a inserção do Pix será automática.
Já Marina Morena, sócia da Rio Tap Beer House, no Flamengo, ainda não sabe se vai usar o Pix, pois tem dúvida sobre estorno e o procedimento para alguns erros:
— O complicado do Pix é que, se errar, o estorno deverá ser realizado pelo próprio recebedor. E se fizerem o cadastro com telefone e ele mudar? E se ele não lembrar de mudar no seu cadastro? O CPF é o mais seguro, porém não controlamos como e com qual chave um fornecedor colocará se seu CNPJ ou e-mail.
O BC ressaltou que, no caso do estorno e erros, todas as operações com Pix têm uma tela de confirmação, exatamente para verificar se as informações estão corretas. E lembrou que a devolução de valores é uma funcionalidade disponível no Pix.
Desde o dia 5 de outubro, pessoas e empresas estão fazendo o cadastro das chaves Pix, para identificar a conta para receber pagamentos e transferências. E a fase restrita de operação ocorreu de 3 a 15 deste mês, com horários específicos para fazer as transações, disponível apenas para alguns clientes selecionados pelas instituições financeiras.
Segundo o Banco Central, não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. As instituições que ofertam o Pix podem estabelecer limites máximos de valor para reduzir de riscos de fraude, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Para fazer transferência ou pagamento, bastar ter a chave de quem vai receber o dinheiro, em vez de informações sobre agência, conta e dados pessoais do recebedor.
A chave Pix previamente cadastrada pode ser CPF, CNPJ, e-mail, número de celular ou chave aleatória (uma sequência alfanumérica gerada aleatoriamente que poderá ser utilizada por usuários que não queiram vincular seus dados pessoais às informações de sua conta). O recebedor também pode gerar QR Codes.
O Pix deve ser gratuito para pessoas físicas nas operações de transferência e de compra. As exceções serão o recebimento de vendas de produtos e de serviços, que poderão ser tarifadas pelas instituições financeiras.
Também pode haver cobrança se os clientes (pessoas físicas e jurídicas) que, podendo fazer a transação por meio eletrônico (site ou aplicativo), preferir fazê-la presencialmente ou por telefone. Nesse caso, as instituições poderão cobrar tarifas.
Em relação às pessoas jurídicas, as instituições financeiras poderão cobrar tarifa tanto no envio como no recebimento de dinheiro por meio do Pix. Serviços acessórios ligados ao pagamento e ao recebimento de recursos também poderão ser tarifados.
No site do Banco Central, há perguntas e respostas sobre o novo sistema de pagamentos.
A batalha dos aplicativos de entrega deixou o âmbito econômico para ganhar espaço nos tribunais. Na última quarta-feira 11, VEJA noticiou que a Rappi, entregou uma denúncia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, por suposta prática anticompetitiva de sua principal concorrente no Brasil, o iFood. O processo corre em sigilo desde o início de novembro e é motivado sobretudo pelos contratos de exclusividade firmados com diversos restaurantes. É importante ressaltar que a prática é comum entre os players do segmento – algo que acontece, inclusive, em outros países – e o próprio Rappi também pratica. Mas, como o mercado recebeu diversos novos competidores, os acordos de exclusividade firmados nos últimos anos pelo iFood poderiam, com a sua posição de liderança no mercado, trazer prejuízos do ponto de vista do consumidor.
O contrato de exclusividade dá benefícios aos restaurantes como menores taxas de venda e entrega, além de posição de destaque nas visualizações dentro da plataforma de entrega. Como o iFood começou a operar no Brasil em 2011 e reinou por muitos anos sozinho neste setor, ele, em dado momento, ofereceu benefícios em troca de ter o cardápio exclusivo de vários dos principais estabelecimentos sobretudo nas capitais Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje, no entanto, há donos de bares e restaurantes que se dizem “reféns” dessa estratégia. “Eu acho que alguém tinha de protestar mesmo. Essa situação está muito ruim para todo mundo. Há dois elos da cadeia escravizados: os restaurantes, que se abraçaram a essas margens do iFood, e os motoboys, que são precarizados nessa situação”, diz uma fonte do mercado que prefere não se identificar. “O Cade deveria ter feito alguma coisa antes, quando eles saíram consolidando o mercado e comprando dezenas de empresas.”
Para driblar os aplicativos e marcar presença em mais de uma plataforma, alguns estabelecimentos adotam uma prática tão inteligente como suicida: trabalham com cardápios distintos para serviços de entrega diferentes. Outros preferem não aceitar o contrato de exclusividade sob risco de serem penalizados com pouca visibilidade. Há quem diga que valha a pena ter um parceiro-fiel. “Nós somos parceiros exclusivos do iFood. Fizemos essa escolha, mas não existe nenhuma obrigatoriedade nesse sentido”, diz Afrânio Barreira, dono da rede especializada em frutos do mar Coco Bambu. “Entendo que quando o parceiro é exclusivo ele acaba tendo mais vantagens. É uma prática normal de mercado. Hoje, para nós, essa estratégia faz sentido. Desenvolvemos um app próprio, mas que ainda não tem um volume significativo. Com o iFood, conseguimos entregar para mais pessoas”, complementa.
BOAS VENDAS? – Mensagem do iFood aos restaurantes em maio: em plena pandemia, empresa revisou suas taxas de entrega para cima – Reprodução/Reprodução
Outra reclamação comum no mercado é acerca das taxas cobradas aos restaurantes. Líder de mercado, com cerca de 75% de participação em tráfego de usuários, o iFood cobra em torno de 27% sobre o valor dos pedidos realizados pela plataforma, porcentagem que pode variar e que a empresa não confirma oficialmente. “São cifras exorbitantes. Mas quem é o número 1 do mercado acaba colocando a taxa lá em cima para ditar a regra do jogo. No início, o iFood cobrava uma taxa simbólica de 6%”, diz um empresário do mercado, que já foi franqueado de algumas redes de alimentação e vendia pelo aplicativo. Hoje, o sistema de entregas Uber Eats aparece como segundo principal player, com uma fatia de 15% do mercado. A Rappi, unicórnio de origem colombiana, por sua vez, tem 7% e sofre para ganhar escala no mercado de restaurantes no Brasil — ela lidera em entregas de compras de mercados e farmácias. Em 2019, a empresa recebeu um aporte de 1 bilhão de dólares por parte do fundo japonês SoftBank. Recentemente, em setembro, mais 300 milhões de dólares foram levantados com outros fundos. A injeção de capital tem sido usada para ampliar as suas linhas de atuação no país.
Um investidor importante para o desenvolvimento do mercado no Brasil indica que o Cade deva avaliar se há, por exemplo, dumping por trás da atuação do iFood no Brasil. Ao cobrar mais de restaurantes, sobretudo daqueles que não têm um contrato de exclusividade, a empresa fica livre para queimar caixa com ações promocionais aos clientes e campanhas de marketing agressivas. “As taxas do mercado não precisam ser tão abusivas. O iFood, principalmente, cobra a mais dos restaurantes para depois colocar a oferta abaixo do preço de custo para o consumidor ou para o motoboy. Eu entendo a frustração da Rappi. Fica difícil competir assim”, diz.
Não à toa, a maior rede de alimentação rápida do mundo se incomodou. O McDonald’s iniciou negociações recentemente com a 4all para desenvolver uma nova plataforma de delivery em ação conjunta com outros donos de restaurantes. A ideia é mitigar a dependência existente na relação com os apps. Se antes a receita dos restaurantes por meio do delivery era marginal, hoje, com a pandemia do novo coronavírus, tornou-se crucial para os resultados. Quando os estabelecimentos foram fechados em todo o país para se evitar a aglomeração de clientes, os aplicativos garantiram demanda para as cozinhas. Por outro lado, os donos dos espaços viram suas margens serem comprimidas. A conta começou a ficar salgada, apesar de o iFood ter feito algumas ações como zerar a comissão para alguns produtos e medidas de auxílio de 180 milhões de reais para restaurantes sobreviverem nos priores momentos da crise. Fora as questões de taxas e exclusividade, donos de restaurantes querem ter maior conhecimento do perfil de seu cliente na plataforma. Esses dados, atualmente, são exclusivos do aplicativo de entrega.
A seu favor, o iFood conta, na investigação que pode correr no Cade, com o fato de o órgão de controle da concorrência já ter tratado de caso semelhante contra a empresa em 2018. Nenhuma mudança em seu modelo de negócios foi pedida e, desde então, nenhuma grande alteração foi feita pela empresa que justificaria uma decisão diferente desta vez. Além disso, o Cade não deve investigar se o iFood alcançou posição de muita liderança no segmento — algo que o app conseguiu principalmente por meio de crescimento orgânico –, mas se estaria abusando dessa posição ou se estivesse comprando rivais para impedir que crescessem. A empresa também não estaria tornando impossível a expansão de rivais, uma vez que todo o setor experimentou forte crescimento de receitas durante a pandemia.
Novos players
O mercado tende só a ficar cada vez mais competitivo, com a chegada de empresas ainda maiores do que o iFood. Além de McDonald’s, demonstram interesse pelo nicho de atuação o Google e a Magazine Luiza. Algo que deverá ficar claro em 2021. O McDonald’s, a despeito de seu tamanho, pode ter mais dificuldades ou menos interesse de se expandir nesse campo, uma vez que teria de investir muito em marketing para ganhar tração em um mercado que o iFood já domina. O que tende a ser revolucionário, entretanto, é a entrada de gigantes do varejo eletrônico brasileiro nas entregas de alimentos. É o caso, por exemplo, do Magazine Luiza, que comprou a plataforma paranaense AiQFome em setembro. O valor envolvido no negócio não foi revelado, mas a startup de delivery já tem presença em 350 cidades, a maioria pelo interior dos estados, 2 milhões de clientes e cerca de 20.000 restaurantes cadastrados, movimentando algo em torno de 700 milhões de reais ao ano. O Grupo Pão de Açúcar, por sua vez, chamou atenção ao comprar a plataforma James Delivery, em 2018, numa estratégia para competir com a própria Rappi nas entregas a partir dos supermercados. Quem não tem feito muito barulho, mas tem um potencial para ocupar uma fatia considerável do mercado é as Lojas Americanas, que lançou o Americanas Mercado em julho. “Há uma corrida das grandes empresas para se tornarem superapps e venderem de tudo, tendo controle de toda a cadeia. Isso pode fazer com que o mercado se autorregule”, aponta o especialista em comércio eletrônico Pedro Guasti, cofundador da agência de pesquisas Ebit.
Temerosa com os rumos do mercado, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, a Abrasel, trabalha na criação de um sistema aberto do mercado. Paulo Solmucci, presidente da entidade, chama o projeto ainda em fase embrionária de “Open Delivery”. “É como o ‘open banking’. Os restaurantes vão usar essa plataforma para subir suas informações, como cardápio. E os aplicativos de entrega poderão consultar esses dados e fechar um acordo. É importante ressaltar que não é uma plataforma ou um aplicativo de entregas nosso”, diz. “A ideia é que a governança desse sistema esteja sob comando da Abrasel. Já conversamos com o Banco Central, com o Cade e o Ministério da Economia. Todos estão preocupados para que esse mercado seja mais competitivo e interoperável. Devemos ter um código aberto, que aumente a concorrência e facilite a entrada de pequenos estabelecimentos nesse mercado”, reforça. O projeto ainda não tem data para ganhar vida, mas vários varejistas e desenvolvedores de softwares estão em contato com a Abrasel. A princípio, o sistema funcionaria no modelo B2B (empresa para empresa).
O setor também olha com curiosidade as movimentações do Google. As redes de shopping center Multiplan e BRF Malls anunciaram, em agosto, que a empresa na qual são sócias Delivery Center estariam participando da plataforma Google Food Ordering. Trata-se de um serviço de entregas de refeições para os usuários da busca do Google. Se a disputa no mercado promete ser cada vez mais competitiva, o consumidor deve ser beneficiado.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou hoje (12) que se houver uma segunda onda de contaminações pelo novo coronavírus no Brasil, o governo voltará a conceder o auxílio emergencial aos brasileiros em situação de vulnerabilidade econômica.
“Se houver uma segunda onda, não é uma possibilidade, é uma certeza [que o governo vai pagar novamente auxílio emergencial]”, disse, no evento do Dia Nacional do Supermercado, organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Mas ele enfatizou que considera a probabilidade de nova onda de contaminações “baixa”. De acordo com Guedes, o plano do governo é retirar o auxílio aos poucos até o final do ano. “Estamos retirando os estímulos, de R$ 600 [valor inicial das parcelas do auxílio] baixa pra R$ 300 [auxílio emergencial residual] e depois aterriza ali na frente numa versão Renda Brasil ou na própria Bolsa Família. Temos as duas possibilidades, é uma escolha política”, disse.
Em agosto deste ano, o presidente Jair Bolsonaro disse que a proposta de criação do programa Renda Brasil estava suspensa. O programa pretendia expandir o Bolsa Família. A proposta da equipe econômica era retirar o abono salarial para quem ganha até dois salários mínimos para financiar o novo programa.
Contribuição sobre transações digitais
Guedes voltou a defender a criação de uma contribuição sobre transações digitais, como forma de substituir a desoneração da folha de pagamentos. Segundo o ministro, o governo tem o compromissão de não aumentar a carga tributária.
“Esse compromisso de não aumentar imposto significa que vamos fazer um programa de substituição de carga tributária. Não queremos criar um imposto, queremos a desoneração da folha de pagamentos”, afirmou. Ele acrescentou que para desonerar a folha de pagamentos e estimular a criação de emprego formal no país, é preciso encontrar uma “forma de financiamento” para essa redução dos impostos sobre os salários.
Guedes disse ainda que “não haverá aumento de imposto para quem paga imposto”. “Mas quem nunca pagou, vai aumentar”, disse. De acordo com o ministro, haverá imposto sobre dividendos e se houver tributação das transações digitais, “quem não pagava vai começar a pagar”. E acrescentou que essas mudanças dependem de momento político adequado.
Inflação e recuperação da economia
O ministro reforçou que a “economia brasileira está voltando com força”. Ele disse que foi considerado muito otimista quando a crise gerada pela pandemia começou. “Me surpreendeu a velocidade xcom que a economia está voltando, bem acima da minha visão que era considerada otimista”, disse. Segundo Guedes, os sinais da rápida recuperação da economia brasileira estão na arredação de impostos neste mês que “está extraordinária” e há dados de aumento do consumo de energia elétrica, de óleo diesel, além de as novas fiscais eletrônicas estarem “subindo em alta velocidade” e aumento do emprego.
Sobre a inflação, Guedes afirmou que muita gente fica com “raiva dos supermercados” quando vê os preços dos alimentos mais caros, mas os estabelecimentos são apenas “uma plataforma de distribuição”. “Se esse produto já chega caro porque subiu o câmbio ou a demanda foi forte e os preços subiram, temos que deixar a engrenagem do mercado funcionar”, disse.
Para o ministro, com os preços altos, o setor agrícola brasileiro vai aumentar a produção e em “dois, três, quatro meses a frente os preços começam novamente a se estabilizar”. Guedes acrescentou que o governo pode reduzir tarifas de importação quando houver “abusos” nas altas dos preços para estimular a competição e assim segurar a inflação.
As seis dezenas do concurso 2.317 serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo.
De acordo com a Caixa, o valor do prêmio principal, caso aplicado na poupança, renderia no primeiro mês R$ 39,4 mil.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade do Natal, calculado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema_, através da Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos (CES), registrou no mês de setembro, uma variação positiva de 0,95% em relação ao mês anterior. Com este resultado, a variação no ano ficou em 3,87%, nos últimos doze meses (Novembro/19 a Setembro/2020) atingiu 5,18% e 505,60% desde o início do Plano Real.
O grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 32,43% do índice geral em termos de participação no orçamento familiar, apresentou uma variação positiva de 2,36% em relação ao mês anterior. Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: cereais, leguminosas e oleaginosas (8,91%), óleos e gorduras (6.98%), alimentação dora do domicílio (5,58%), carnes (4,27%), hortaliças e verduras (3,33%) e enlatados e conservas (2,84%).
O grupo transporte apresentou neste período uma variação positiva de 1,27% em função do aumento de preços nos seguintes itens: combustíveis (veículos) (3.25%) e veículo próprio (1,76%). O grupo artigos de residência apresentou uma variação positiva de 0,66%. Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preço foram: nobiliário (1,29%), eletrodomésticos e equipamentos (1,26%) e utensílios e enfeites (0,39%).
Cesta Básica:
O custo da cesta básica teve uma variação positiva de 1,61% em relação ao mês anterior. Dos produtos que compõem a cesta básica, sete tiveram variação positiva: arroz (11,70%), óleo (10,10%), feijão (8,10%), carne de boi (5,32%), leite (3,22%), farinha (1,92%), margarina (1,24%). As variações negativas ocorreram em seis produtos restantes: tubérculos (-5,11%), pão (-4,90%), frutas (-2,03%), café (- 1,78%), legumes (-1,76%) e açúcar (-0,07%).
O custo com alimentação por pessoa foi de R$ R$ 417,94. Para uma família constituída por quatro pessoas, esse valor alcançou R$ 1.671,76. Se a essa quantia fossem adicionados os gastos com vestuário, despesas pessoais, transportes, dentre outros o dispêndio total seria de R$ 5.155,08.
Os pedidos de falência se reduziram ao menor patamar em dez anos, segundo balanço divulgado hoje (4) pela Serasa Experian. Segundo a consultoria, foram feitas 754 solicitações de falência de janeiro a setembro deste ano. No mesmo período de 2019 foram registradas 1.100 pedidos. O número de falências em 2020 é ainda 50% menor do registrado nos nove primeiros meses de 2011.
Para o economista da Serasa Experian. Luiz Rabi, a redução do número de pedidos de falência está ligado a uma mudança de comportamento no mercado. “O pedido de falência está caindo em desuso. Antes, quando uma empresa atrasava os pagamentos era muito comum o pedido de falência. Hoje, existem diversas ferramentas que a ajudam a evitar essa medida”, explica.
O período de isolamento social também é outro fato que, de acordo com o economista, faz com que as empresas busquem formas diferentes de resolver os seus problemas. “Estamos tendo um ano bem diferente em todos os sentidos. Com o isolamento social as empresas tiveram que se redescobrir e inovar, pensando em estratégias para sobreviverem num momento tão difícil”, acrescentou.