Grupo de 20 clubes das Séries A e B decide boicotar a eleição da CBF

Foto: reprodução

Um grupo de 20 clubes decidiu não participar da eleição da CBF por discordar do sistema eleitoral. No grupo, estão Corinthians, Flamengo, Fluminense, Cruzeiro, São Paulo, Inter e Santos, entre outros. Veja a lista completa abaixo.

Depois do manifesto inicial, um outro time aderiu: o Operário-PR, isto, passaram a ser 21 os que boicotam o pleito.

A eleição terá o candidato único Samir Xaud, único que conseguiu ser inscrito por ter atendido o requisito de ter oito federações e cinco clubes.

Outros 29 times apoiaram uma candidatura do presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos.

Pelo estatuto vigente da CBF, o quórum necessário da eleição na CBF é de pelo menos metade das federações ou clubes de futebol. No caso, são 67 eleitores, sendo 40 times e 27 entidades estaduais. Ou seja, são necessários 34 presentes para a assembleia eleitoral ser instalada, sendo que o candidato Xaud tem 35 assinaturas.

Além disso, pelo estatuto, se não houver quórum, pode haver nova convocação no mesmo dia sem um número mínimo de membros.

Abaixo a nota divulgada pelos 20 clubes em que há membros da Liga Forte União e da Libra:

SEM CLUBE NÃO TEM FUTEBOL

O futuro do futebol brasileiro precisa ser pautado pela democracia, transparência e representatividade.
Neste domingo, haverá eleição para o próximo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas não compareceremos à votação por discordarmos do processo vigente.
Estaremos prontos para conversar com a nova gestão, a partir da próxima semana, para que juntos possamos debater como mudar o processo eleitoral e outras demandas dos clubes em prol de um futebol cada vez melhor.

SEM CLUBE NÃO TEM FUTEBOL

América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo-SP, Chapecoense, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Cuiabá, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Mirassol, Novorizontino, Santos, São Paulo, Sport.”.

UOL

Correios farão atendimento presencial de vítimas das fraudes do INSS

Crimes em investigação são os de corrupção violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Beneficiários poderão contestar os descontos nas agências da estatal a partir de 30 de maio; 1,9 milhão informaram que não autorizaram.

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, anunciou nesta 5ª feira (22.mai.2025) que, a partir de 30 de maio, os Correios farão atendimento aos beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para viabilizar o ressarcimento dos descontos indevidos.

Segundo Queiroz, só 2% das pessoas que procuram atendimento da Previdência utilizam o meio presencial, mas o montante corresponde a cerca de 2 milhões de pessoas. A maioria (98%) dos atendimentos é feita pelos canais digitais, como o aplicativo “Meu INSS”, o site ou telefone 135.

Os segurados do INSS já podiam utilizar as agências dos Correios para entrar com o Atestmed (Requerimento de Benefício por Incapacidade Temporária) ou documentos de cumprimento de exigência. Agora, poderão contestar os descontos associativos indevidos que resultaram na Operação Sem Desconto.

Queiroz declarou que os funcionários dos Correios estão treinados e capacitados a instruir os aposentados e pensionistas. O ministro disse que 4.730 agências da estatal estarão disponíveis para fornecer o atendimento. O número representa 66% das cidades brasileiras.

“Ninguém, nenhum aposentado ou pensionista ficará prejudicado. Essa é a nossa meta, nosso foco, assunto principal que nos guia em todas as reuniões e decisões”, disse o ministro.

O presidente do INSS, Gilberto Waller, disse que “não adianta correr”, porque o prazo para os aposentados e pensionistas é indefinido. Afirmou que a proposta presencial é uma alternativa, mas que pode provocar filas se houver grande procura.

DESCONTOS IRREGULARES

Waller disse que 11 milhões de brasileiros procuraram a autarquia, de forma digital ou presencial, para fazer consulta sobre os débitos realizados nas aposentadorias. Afirmou que, do total, 5,7 milhões de brasileiros já haviam sido avisados que não tiveram desconto algum, mas optaram por checar as informações.

Outros 5,3 milhões tinham algum tipo de desconto associativo, mas só 1,9 milhão informaram se haviam autorizado ou não os descontos. Ao informar que não houve permissão, o beneficiário inicia o processo de contestação no INSS.

O ministro da Previdência Social declarou não haver um tempo determinado para buscar o ressarcimento e que a prioridade do governo federal é solucionar a questão.

Até as 9h desta 5ª feira (22.mai), o INSS registrou 1,913 milhão de canais abertos para a revisão dos benefícios. Afirmou que 1,874 milhão (97,9%) não reconheceram os descontos. Outros 40.262 (2,1%) reconheceram.

Pensionistas do INSS podem contestar descontos irregulares em seus benefícios desde 14 de maio de 2025. Os beneficiários devem indicar se os débitos foram autorizados. O pedido de ressarcimento pode ser feito pelo aplicativo, ou por ligação telefônica à Central 135. Vale lembrar que não haverá atendimento presencial em agências da Previdência Social.

Com a contestação feita, o sistema do INSS irá acionar a associação responsável para justificar o desconto.

Usuários que não tiverem acesso ao app podem falar por telefone com atendentes. Basta discar 135. A ligação é gratuita, e será recebida de segunda a sábado, das 7h às 22h. O serviço de suporte irá pedir dados pessoais para completar a solicitação.

Eis o passo a passo no aplicativo “Meu INSS” para solicitar pelo aplicativo a devolução dos valores retidos sem permissão:

  • faça login com a sua conta gov.br; selecione “consultar descontos de entidades associativas”;
  • analise os vínculos e descontos. se não reconhecer, indique no campo apontado;
  • clique em “declaro que as informações são verdadeiras” e “estou ciente de que declarar informação falsa pode ser considerado crime”;
  • não é necessário incluir documentos para comprovar o pedido de ressarcimento.

Em seguida, o INSS irá acionar a associação para que ela comprove o consentimento do aposentado. Alguns documentos que cumprem esses requisitos são a cópia do documento de identidade do beneficiário e uma autorização escrita de realização dos descontos.

Se a entidade não conseguir comprovar o vínculo, terá 15 dias úteis para devolver os valores. Associações que passarem do prazo serão encaminhadas para a AGU (Advocacia Geral da União).

Poder 360

Governo Lula congela R$ 31,3 bilhões do Orçamento de 2025

Prédios na Esplanada dos Ministérios servidores
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Medida é necessária para que o governo cumpra meta fiscal de déficit zero para 2025, mas com tolerância de até R$ 31 bilhões.

O governo federal faz, nesta quinta-feira (22/5), a primeira contenção no Orçamento deste ano, como parte dos esforços para cumprir a meta de gastos do arcabouço fiscal — como é chamada a nova forma de controle de endividamento público brasileiro. Serão congelados R$ 31,4 bilhões, sendo R$ 10,6 bilhões em bloqueio e R$ 20,7 bilhões em contingenciamento.

Os órgãos deverão indicar onde serão feitos os bloqueios e contingenciamentos em até cinco dias utéi

Os dados foram adiantados pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, e constam no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) do 2º bimestre, documento bimestral que avalia a evolução das receitas e despesas primárias do governo central com intuito de acompanhar o cumprimento da meta fiscal.

O ministro falou da contenção e completou: “[O governo] Vai ao mesmo tempo anunciar um incremento de IOF, que vai aumentar, por outro lado, menor que isso um pouco a receita e vai garantir objetivamente o cumprimento das regras do arcabouço fiscal”.

Como o Orçamento de 2025 só foi aprovado em março, a publicação do relatório previsto para o 1º bimestre era facultativa. Dessa forma, não houve indicação de bloqueio nem contingenciamento. Logo, este é o primeiro corte nas contas públicas.

A meta fiscal para 2025 é de déficit zero — equilíbrio entre despesas e receitas —, com banda (intervalo de tolerância) que permite um déficit de até R$ 31 bilhões. Isso porque o arcabouço fiscal permite um rombo de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os ajustes nas contas públicas

  • Bloqueio e contingenciamento — tecnicamente — são duas coisas diferentes, embora sejam usadas como sinônimos. Enquanto o contingenciamento guarda relação com as receitas, o bloqueio é impactado pelas despesas.
  • O contingenciamento do orçamento é necessário quando a receita não consegue comportar o cumprimento da meta de resultado primário (receitas menos despesas, sem contar os juros da dívida) estabelecida, que é de déficit zero em 2025.
  • Ou seja, a arrecadação com impostos federais (quanto o governo tem nos cofres) é menor do que a projetada pela equipe econômica para o período.
  • Enquanto o bloqueio se faz necessário quando as despesas obrigatórias (como os benefícios previdenciários, pagamentos de pessoal e despesas mínimas para saúde e educação) crescem e o governo precisa cortar esses gastos.
  • Nesse caso, a União pode escolher quais programas serão afetados pelos bloqueios.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou a existência de um novo pacote fiscal. Ele frisou que a equipe econômica estuda medidas voltadas “exclusivamente para o cumprimento da meta fiscal”, apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento realizam coletiva de imprensa para detalhar as medidas.

Participam da coletiva os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Orçamento), além dos secretários-executivos Dario Durigan e Gustavo Guimarães. Ainda é esperado a presença do secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

Meta fiscal de 2025

Para este ano, a meta fiscal é de déficit zero, ou seja, buscar o equilíbrio das contas públicas. De acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, as projeções de 2026 até 2028 são de superávit. São elas:

  • 2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões);
  • 2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões);
  • 2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões).

Metrópoles

Comissão aprova anistia para ex-presidente Dilma Rousseff

Rio de Janeiro (RJ), 22/05/2025 - Dilma Rousseff durante interrogatório na Auditoria Militar do Rio de Janeiro (RJ) em 1970, aos 22 anos. Foto: Comissão da Verdade/Divulgação
Foto: Comissão da Verdade/Divulgação

Estado brasileiro pede desculpas por perseguição na ditadura.

A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania concedeu, nesta quinta-feira (22), a anistia política à ex-presidente Dilma Rousseff e fez um pedido de desculpas pela perseguição e tortura realizada pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar. Ela também terá direito a uma reparação econômica de R$ 100 mil em razão de sua demissão da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul, em 1977.

“Esta comissão, pelos poderes que lhe são conferidos, lhe declara [Dilma Vana Rousseff] anistiada política brasileira e, em nome do Estado brasileiro, lhe pede desculpas por todas as atrocidades que lhe causou o estado ditatorial; causou à senhora, a sua família, aos seus companheiros de luta e, ao fim e ao cabo, a toda a sociedade brasileira”, disse a presidente da comissão, a procuradora federal aposentada Ana Maria Oliveira.

“Nós queremos também lhe agradecer pela sua incansável luta pela democracia brasileira, pela sua incansável luta pelo povo brasileiro”, acrescentou Ana Maria durante a sessão plenária da comissão, em Brasília.

A sessão foi transmitida ao vivo pelo canal do ministério no YouTube. Em razão de compromissos como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (o banco do Brics), na China, Dilma não pôde comparecer pessoalmente, mas a reunião contou com a presença de outros presos políticos e das deputadas federais Maria do Rosário, Jandira Feghali e Érika Kokay.

O pedido de anistia foi enviado por Dilma pela primeira vez em 2002, quando a Comissão de Anistia foi criada, mas o processo foi suspenso a pedido dela enquanto ocupava os cargos de ministra de Estado e de presidente da República. Em 2016, ele voltou à tramitação e, em 2022, Dilma teve o pedido negado. A ex-presidente, então, entrou com recurso.

A ordem de análise dos pedidos tem os critérios definidos pela Portaria nº 652/2017, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na sessão de hoje, 96 requerimentos estavam em pauta.

“Durante o período da ditadura, a requerente dedicou-se à defesa da democracia, da igualdade, da educação estudantil e dos direitos sociais, por meio de intensa atividade política e de oposição aos abusos cometidos pelo regime militar. Por tais motivos foi perseguida, monitorada por 20 anos, expulsa do curso universitário, demitida, além de ter sido presa e severamente torturada”, diz o pedido de Dilma, que foi lido pelo relator do caso na comissão, Rodrigo Lentz.

Tortura

A ex-presidente foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos “repetidos e infundados” em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e Minas Gerais, “sempre pelos mesmos fatos investigados, com a finalidade de prolongar seu período na prisão”.

Nesta quinta-feira, Lentz também leu diversos depoimentos que Dilma deu ao longo dos anos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. Ela relata choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez, privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outros.

À Comissão Nacional da Verdade, a ex-presidente afirmou que a tortura deixa cicatrizes que não são apenas físicas. “Acho que nenhum de nós consegue explicar a sequela, a gente sempre vai ser diferente”, disse, explicando que, por ser mais jovem, ela suportou melhor à prisão, fisicamente, mas o impacto no médio prazo é maior.

“Quando se tem 20 anos o efeito é mais profundo. No entanto, é mais fácil aguentar no imediato. Fiquei presa há três anos, o estresse é feroz, inimaginável. Descobri pela primeira vez que estava sozinha, encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente o resto da vida, as marcas da tortura fazem parte de mim”, disse.

Reparação econômica

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na FEE. Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército a época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo reparações econômicas simbólicas. No Rio Grande do Sul, foi atestada a motivação exclusivamente política de sua demissão e, em 1990, ela foi readmitida, com a assinatura de um novo contrato de trabalho.

No pedido à Comissão de Anistia federal, Dilma diz que deveria ter sido reintegrada, considerando o tempo de serviço e a evolução profissional que teria alcançado durante o período que ficou afastada pelo ato de exceção. A diferença salarial dessa evolução seria de cerca de R$ 5 mil.

Em seu relatório, Rodrigo Lentz reconhece o direito à reparação financeira em prestação única, considerando a extensão temporal de todos os atos de exceção, de 20 anos de repressão política, desde o pedido de prisão em 3 de março de 1969 até o final da vigilância em 5 de outubro de 1988. Dilma vai receber, então, o teto de pagamento previsto na Constituição, de R$ 100 mil, bem como a contagem de tempo para a Previdência.

“Para além do terror da tortura e do tratamento degradante do cárcere, é possível elencar outros atos de exceção por motivação exclusivamente política que a requerente foi vítima”, disse, orientando o reconhecimento da anistia política e o pedida de desculpas à ex-presidente.

Anistia política

A Comissão de Anistia é o órgão de Estado responsável por analisar os pedidos de reconhecimento e reparação econômica a cidadãos perseguidos politicamente por agentes do Estado ou aos seus familiares, no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988.

Em entrevista recente à Agência Brasil, a presidente do colegiado, Ana Maria Oliveira, destacou que o conceito de anistia cabe àqueles que sofreram violações do Estado, como perseguição, prisão e tortura, em uma violação à democracia e aos direitos humanos. “Hoje nós pedimos desculpas àqueles que lutaram pelas liberdades no regime de exceção e que, portanto, foram perseguidos pelo Estado ditatorial”, disse.

Em 2023, já sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao nomear a nova equipe da comissão, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania destacou que a principal missão do colegiado seria reverter a interferência política propagada desde 2019, quando teve início o governo de Jair Bolsonaro. Na ocasião, a pasta indicou que a descaracterização do conceito de reparação integral levou ao indeferimento de 95% dos casos analisados entre 2019 e 2022, com um total de 4.081 processos negados.

Agência Brasil

Duplo homicídio em Parnamirim: polícia prende suspeito em Natal

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Policiais civis da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Parnamirim prenderam, nesta quinta-feira (22), um homem de 29 anos suspeito de envolvimento em um duplo homicídio em Parnamirim. A prisão ocorreu no bairro Neópolis, na Zona Sul de Natal, em cumprimento a um mandado de prisão temporária.

O crime aconteceu na noite de 12 de maio de 2025, na Avenida Olavo Montenegro, entre os bairros Parque das Nações (Coophab) e Nova Parnamirim. As vítimas, um casal que trafegava de carro, foram atingidas por disparos de arma de fogo. Jordan Matheus Leite de Castro morreu no local. Mariana Emily de Souza foi socorrida, mas faleceu no hospital.

Investigação aponta crime passional

Logo após os disparos, testemunhas viram o veículo ainda em movimento, com os pisca-alertas ligados. Mariana conseguiu sair do carro e pedir ajuda. Mesmo ferida, ela relatou que o crime poderia ter motivação passional. A declaração foi fundamental para as investigações.

Peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) recolheram cápsulas de pistola no local do crime. Esses vestígios ajudaram na coleta de provas. A equipe da DHPP iniciou diligências imediatamente após o ocorrido.

As apurações apontaram que o suspeito seria o atual companheiro da ex-namorada de Jordan. Movido por ciúmes, ele teria decidido matar o antigo parceiro da mulher. Mariana, por estar com Jordan, também foi alvejada e não resistiu.

Durante a operação, o investigado tentou fugir pelos fundos da casa e chegou a jogar o celular na casa vizinha, numa tentativa de se livrar de provas. Os policiais conseguiram recuperar o aparelho, que foi apreendido.

A Polícia Civil reforça que a colaboração da população é essencial para a elucidação de crimes. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo número 181.

Ponta Negra News

Dia de Santa Rita de Cássia: cidade no RN abriga maior estátua católica do mundo

Santuário de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz (RN) — Foto: Augusto César Gomes
Foto: Augusto César Gomes

Com 56 metros de altura, estátua concluída em 2010 é maior que a do Cristo Redentor. Dia de Santa Rita, comemorado nesta quinta (22), reúne milhares de fiéis em Santa Cruz.

A cidade de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte e com uma população estimada em cerca de 37 mil habitantes, abriga a maior estátua católica do mundo: a imagem de Santa Rita de Cássia, padroeira do município, que tem 56 metros de altura.

A estátua é maior, por exemplo, do que a do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), que tem 38 metros, e do que a de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), que tem 50 metros. (Veja comparação).

Aparecida, Cristo Redentor e Buda: Conheça estátuas religiosas gigantes construídas no Brasil. — Foto: Arte: Rodrigo Magalhães/TV Vanguarda
Foto: Arte: Rodrigo Magalhães/TV Vanguarda

Nesta quinta-feira (22), Dia de Santa Rita de Cássia, a estátua vira um ponto de encontro de milhares de fiéis católicos e devotos, que lotam o santuário na cidade de Santa Cruz.

De acordo com a Arquidiocese de Natal, em anos anteriores, a procissão que encerra o dia de comemorações já chegou a passar das 100 mil pessoas.

A imagem de Santa Rita de Cássia foi inaugurada em junho de 2010, após dois anos de construção. Na época, o investimento foi de R$ 6 milhões.

Mais de uma década depois da conclusão da estátua, a imagem é tida como polo turístico e religioso do estado.

“Atualmente, a Paróquia-Santuário é referência no turismo religioso, recebendo romeiros de todas as partes do país, bem como visitantes de diversos países”, cita a Arquidiocese de Natal em página dedicada à paróquia de Santa Rita de Cássia.

Segundo a Arquidiocese de Natal, Santa Rita de Cássia é conhecida como santa das causas impossíveis ou madrinha dos sertões, tendo morrido num dia 22 de maio, em 1457.

A relação do município de Santa Cruz com Rita de Cássia foi aproximada desde a fundação da cidade. A paróquia com o nome da santa na cidade existe desde 1835.

Diariamente, o Santuário de Santa Rita de Cássia fica aberto para visitação do público das 7h às 19h.

100% de lotação nos hotéis

Para este ano de 2025, segundo a prefeitura de Santa Cruz, os 800 leitos em hotéis e pousadas disponíveis na cidade estavam com 100% de lotação.

A programação da paróquia acontece todos os anos entre os dias 13 e 22 de maio, Dia de Santa Rita de Cássia, quando a festa é encerrada com uma programação especial, inclusive com uma missa do arcebispo de Natal, Dom João Santos Cardoso, às 9h.

Neste período, a festa contempla, além de missas e procissões, uma programação com corridas, shows musicais, passeios de bicicleta e cavalgadas, por exemplo.

A expectativa, baseada em pesquisa do município em parceria com a Federação do Comércio do Rio Grande do Norte (Fecomércio), era de movimentar neste ano de 2025 cerca de R$ 50 milhões com a festa da padroeira na cidade.

Teleférico em construção

O Santuário de Santa Rita de Cássia tem a previsão da construção de um teleférico, que vai ligar uma estação turística no centro da cidade de Santa Cruz à estátua.

Em 2021, o Ministério do Turismo liberou recursos para a obra, que entrava na quarta e última etapa, tendo previsão para ser concluída um ano depois.

Parte da estrutura do teleférico, também chamado de bondinho, já pode ser vista na cidade, mas, até maio de 2025, no entanto, a obra não estava concluída e nem em funcionamento.

“Esse bondinho ainda não começou os trabalhos oficialmente porque tem alguns impedimentos para concluir a obra. Um deles é a parte mecânica, a parte do software, do sistema que vai operacionalizar”, explicou a prefeita de Santa Cruz, Aninha Araújo.

Segundo a gestora, além do software, é necessário ainda um complemento na parte estrutural, como um transformador, o que, segundo ela, demanda mais recursos.

“Isso, no caso, vai precisar de mais emendas, de mais recursos, e é em torno de R$ 2 milhões para terminar. Nós estamos nessa batalha com os nossos deputados, para que essas emendas possam chegar para poder finalizar”, falou.

“Queríamos muito ter essa previsão para dar a vocês aqui agora, porque é um sonho nosso, ver isso aqui funcionando. Mas o mais breve possível nós estaremos na final dessa obra, se Deus quiser”, completou.

G1 RN