Habemus archiepiscopum?

A comunidade católica aguarda com
ansiedade a nomeação do novo arcebispo metropolitano de Natal. Esse anúncio acontecerá entre os dias 11 a 18 de janeiro de 2023. Dois nomes estão sendo cogitados no meio clerical, o primeiro é Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, paulista, de 63 anos, atualmente é bispo auxiliar da arquidiocese metropolitana de Brasília. O outro candidato é Dom José Francisco Falcão Barros, 57 anos, alagoano, bispo auxiliar do ordinariato militar do Brasil com sede em Brasília, já foi capelão militar em Alagoas. A nomeação do novo arcebispo é realizada pelo papa Francisco e ocorrerá após completar 75 anos de idade e a solicitação de renúncia das funções do Dom Jaime Vieira Rocha, conforme prevê o código do direito canônico.

A publicação do novo arcebispo será divulgada no site do Vaticano e também no site da CNBB. Então, ansiosos aguardaremos a nomeação e rogaremos a Deus que possa abençoar o novo arcebispo metropolitano de Natal.

O Papa Francisco renunciará?

Padre João Medeiros Filho

Sempre acessível à imprensa, Francisco concede entrevistas a jornalistas de diversos países. Costumarecebê-los na Casa Santa Marta, onde mora. Seu bom humor contribui para a conversa fluir descontraidamente. Avesso a certos protocolos, sequer exige perguntas enviadas com antecedência pelos entrevistadores, como sói acontecer com muitos dignitários. Por isso, várioscomunicadores sentem-se à vontade para tratar de assuntos delicados. Num desses encontros foi questionado sobre sua possível renúncia. A entrevista era concedida a um canal lisboeta de TV. Ao ser indagado, se iria a Portugalem 2023 para conduzir a Jornada Mundial da Juventude, respondeu em tom bem-humorado: “O Papa irá. Ou eu ou João XXIV. A partir de então, sobretudo após a morte de Bento XVI, aumentaram as especulações sobre sua abdicação ao trono de São Pedro.

Poderá parecer mais um gracejo do atual Pontífice. No entanto, a resposta contém algo mais profundo. Francisco nunca escondeu sua admiração por João XXIII, a quem canonizou por “equipollenza” (equivalência). Talprocedimento canônico dispensa o candidato aos altares da realização de milagres para sua beatificação ecanonização. A legislação eclesiástica prevê tal isenção,quando houver:a) prova da constância, antiguidade e amplitude da devoção ao futuro santo, b) comprovação de suas virtudes e vivência exemplar dacatólica.Bergoglio agiu deste modo na canonização de seu confrade jesuíta José de Anchieta, em 2014. Tal argumentação canônica poderá ser apresentada para a canonização de Padre João Maria, antigo pároco de Natal (RN). Sua fama de santidade é secular, resultando em grande devoção popular e consciência dos fiéis quanto ao seu testemunho heroico das virtudes cristãs, máxime da caridade. Eis uma das metas para o próximo arcebispo natalense.

No início do pontificado de Francisco, muitos chegaram a afirmar que seu papado seria semelhante ao de Paulo VI. Mas, após anunciar reformas, ficou evidente queele imprimiria uma marca análoga ao pastoreio de João XXIII. Francisco alude constantemente à colegialidadesobre a qual foram lançadas as bases doutrinárias e pastorais da Igreja primitiva. Verifica-se essa tendência, quando em 1959 João XXIII anunciou o Vaticano II. Segundo as palavras do “Papa Bom, seria um concílio em prol “da unidade e da graça”. Realmente, o Vaticano II teve a maior participação de bispos em eventos conciliares na história do catolicismo. Não existiram forças antagônicas querendo acabar com a Igreja, segundo a interpretação equivocada de alguns. O pontificado de Francisco inspira-se em muitos aspectos no papado deJoão XXIII. Na verdade, o Pontífice reinante recorre à própria Tradição, quando impulsiona a Igreja nessa direção. Bergoglio vem escolhendo cardeais de diversosmatizes pastorais, culturas e nacionalidades. As suas nomeações seguem, principalmente, o critério da pluralidade eclesial. Se a Igreja é universal, os conselheiros e colaboradores próximos do Papa devem ter a dimensão da catolicidade.

Nos sonhos do atual Pontífice, um João XXIV” seria ideal para dar continuidade às suas reformas. Ele trabalha para isso. Entretanto, como homem de fé, está consciente de que a instituição, a depender “dos sinais dos tempos”, pode avaliar o contrário. Também hoje, há quem diga: eu sou de Paulo; outro, sou de Cefas; um terceiro, sou de Cristo (1Cor 1, 12). É a Ele que pertence a Igreja.Percebe-se que nos tempos hodiernos, os católicosparecem não desejar mais um “monarca”, mas um verdadeiro pastor. Quem continua apegado aos vícios dascortes da nobreza, ligado ao tradicionalismo cismático, à espiritualidade ideológica e à religiosidade estética, não entendeu a missão da Igreja. Esta, sem distanciar-se da Escritura e Tradição que a fundamentam, esforça-se para ser sacramento de Deus e promotora da dimensão transcendental dos homens e do mundo.

Além das comorbidades naturais de um ancião, Francisco tem apenas um pulmão. Segundo opiniõesmédicas, suas condições clínicas desaconselham uma cirurgia em seus joelhos. Ele nunca revelou apego ao poder. Renunciará, se não puder mais exercer satisfatoriamente o seu ministério ou se, com suas limitações, vier a prejudicar a caminhada da Igreja,necessitada de purificação de erros e deslizes. Num gesto de humildade e grandeza, como seu antecessor, entregao báculo a outro pastor. “Paulo planta, Apolo rega, mas Deus é quem faz crescer (1Cor 3, 6).

Câmara aprova intervenção federal na segurança pública do DF

Câmara aprova intervenção federal na segurança pública do DF
A votação foi simbólica, mas as bancadas do Novo e PL liberaram o voto. O texto segue agora para o Senado Federal e será analisado nesta terça-feira

A Câmara confirmou há pouco em plenário a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente Lula. A decisão foi uma resposta aos atos antidemocráticos ocorridos neste domingo em Brasília.

A votação foi simbólica, mas as bancadas do Novo e PL liberaram o voto para posterior registro contrário. O texto segue agora para o Senado Federal e será votado às 11h desta terça-feira.

O relator da proposta, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), afirmou que se trata de medida “amarga”, mas “necessária e proporcional” em face dos fatos tão graves ocorridos.

Arthur Lira, presidente da Câmara, também se manifestou nesse sentido.

“A profanação do templo da democracia e o inaceitável vandalismo que aconteceram ontem na Praça dos Três Poderes são condenáveis sob todos os pontos de vista e merecem uma apuração rigorosa. As punições devem vir pelas mãos da Justiça com uma dosimetria que considere não só os danos ao patrimônio público como o simbolismo de um atentado simultâneo aos palácios que representam os poderes da nossa República”, disse Lira.

“Os autores que atentaram contra nossa democracia representam uma minoria que recorreu a atos absurdos e abomináveis. Nenhum de nós se sente representado pela desordem de ontem, independente de seus pontos de vista políticos, partidários e ideológicos”, acrescentou.

Com a intervenção federal, a União passa a ser responsável pelo comando da Polícia Civil e Militar no Distrito Federal por um período de 30 dias.

Fonte: o antagonista

Confesso que chorei

 

Confesso que chorei. Quando vi a destruição do plenário do Supremo Tribunal, não pude conter as lágrimas. Aquela Tribuna sagrada que ocupei tantas vezes, em nome da liberdade e da democracia, usurpada por bárbaros.

 

Quando vi as cenas daqueles energúmenos se vangloriando da invasão vil, eu entendi, de maneira definitiva, a força deletéria da mensagem de ódio e de violência inoculada nesses idiotas pelo chefe deles, o ultradireitista Jair Bolsonaro.

O país só será pacificado com a condenação desse líder fascista e deletério. Vamos dar a ele todos os direitos constitucionais, inclusive o direito de só ser preso definitivamente após o trânsito em julgado da sentença condenatória. Digo definitivamente, porque, se ele insistir em promover atos insurrecionais, estarão presentes os requisitos para uma prisão cautelar.

A invasão das sedes dos Três Poderes comprova o que tenho escrito há meses: Bolsonaro sempre intentou uma ruptura institucional. Só não conseguiu quando era presidente por não ter nenhum prestígio junto à intelectualidade das Forças Armadas. Qualquer pessoa com razoável descortino racional tem solene desprezo por esse ser escatológico. E nossos chefes militares são, em regra, preparados intelectualmente. Bolsonaro nunca teve o respeito que seria natural como comandante em chefe.

É necessário olhar com a acuidade os fatos graves dessa tentativa de golpe de Estado. Estamos ainda no meio da intentada criminosa. E ter a maturidade para apoiar o governo no repúdio ao golpe. Um governo, com uma semana de exercício do poder, para enfrentar uma tentativa violenta de golpe tem que ter muita competência para resistir. E esse governo teve. Induzido em erro por um irresponsável secretário de segurança do Distrito Federal, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que convenceu o governador do DF de que existia segurança, enquanto alimentava o golpe.

A cena da Polícia Militar do Distrito Federal protegendo e acompanhando os terroristas até a porta dos três palácios na Praça dos Três Poderes é revoltante. Dá asco. Desce um sentimento punitivista que leva à certeza da necessidade de retirar tais pessoas do convívio social.

Nesta nossa resistência democrática, devemos ter a humildade para reconhecer os erros, talvez o excesso de confiança, depois de uma posse pacífica, histórica, comovente, mas também a maturidade da reflexão dos nossos acertos. A postura de estadista do presidente Lula fez toda a diferença.

Depois de um forte discurso em Araraquara, onde estava em solidariedade cívica, junto com o prefeito Edinho, ao povo sofrido pela chuva, Lula desceu em Brasília e foi direto mostrar que ele é o nosso condutor da estabilidade democrática.

A visita do presidente Lula aos escombros do interior do plenário do Supremo Tribunal, acompanhado da Ministra Rosa Weber, presidente da Corte, do ministro Barroso e do ministro Tofolli, é carregada de forte simbolismo. O respeito aos poderes institucionais. O apreço à democracia. O necessário resgate da independência entre os poderes, mas com o apoio institucional.

O presidente Lula só não foi ao Congresso por recomendação de sua equipe de segurança. Por ele, iria. O espírito indomável de um estadista tendo que se submeter aos cuidados em plena tentativa covarde de um golpe de Estado.

A resistência se faz com cada um exercendo seu papel na sociedade. O repúdio frontal ao golpismo. A palavra sem medo, em nome da democracia. A alegria, os fascistas cultuam o ódio. A recitação de poesia em público, eles não suportam poesia. A demonstração pública de afeto e carinho, eles são, em regra, enrustidos, não assumem a sexualidade.

Enfim, vamos vencer a barbárie, porque o tempo deles, que nem deveria ter existido, acabou. Ninguém mais vai rasgar o Di Cavalcanti, ou quebrar a Peretti, ninguém vai estuprar novamente nossa esperança em tempos mais leves e felizes.

Ser feliz é um destino revolucionário, não a felicidade individual ensimesmada no individualismo, mas a felicidade coletiva, aquela que invadiu a rampa do Palácio do Alvorada no dia da posse do Lula. O símbolo mais significativo de um país tomando posse de si mesmo. A pluralidade representada pelos invisíveis sociais.

Eu não tenho dúvida de que o que impulsionou o ataque fascista ao Palácio do Governo foi o inconformismo com o fato de o povo ter subido democraticamente a rampa. Os fascistas enlouqueceram. Vamos vencê-los e vamos esperançar juntos. O povo brasileiro merece.

Lembrando nosso Pessoa, no Livro do Desassossego na Estalagem da Razão: “A meio caminho entre a fé e a crítica está a estalagem da razão. A razão é a fé no que se pode compreender sem fé; mas é uma fé ainda, porque compreender envolve pressupor que há qualquer coisa compreensível”.

Fonte: uol notícias

 

MORRE O COMUNICADOR AURIVAN LACERDA, IDEALIZADOR DO CADERNO DE OCORRÊNCIAS


Faleceu no final da tarde de segunda-feira 09 de Janeiro de 2023, em Porto Nacional, no Estado de Tocantins, o comunicador Aurivan Lacerda. 

 

Aurivan, estava com a saúde fragilizada após enfrentar problemas na úlcera. Ele passou por alguns procedimentos e estava internado. Aurivan, não resistiu e faleceu.

Narrador, redator, noticiarista, repórter, locutor animador, apresentador policial, político e demais outras funções que faziam parte do curriculum do profissional. O sepultamento acontecerá em Porto Nacional, terra em que Aurivan morava e trabalhava na comunicação.

Natural de Luis Gomes, Aurivan teve passagem registrada na Rádio Princesa do Vale, e foi o principal idealizador do programa líder de audiência da Princesa, o Caderno de Ocorrências.

Aurivan, também marcou passagem na rádio Difusora de Cajazeiras, na Paraíba, Libertadora de Mossoró, Salinas de Macau, Tocantins FM de Gurupi e Araguaína, no Tocantins, Porto FM e Tocantins AM de Porto Nacional. O profissional também deixou registrado sua voz e sua imagem na TV. Com passagem na TV ASSÚ, TV Gurupi, TV Agaguía, TV Capital-Palmas, TV Porto e TV Pontal. Em todas elas, Aurivan atuou como repórter, apresentador e produtor jornalístico.

Fonte: blog Alex Silva

Vídeo: Juiz determina que Jefferson fique à frente do executivo Municipal de Ipanguaçu até as eleições suplementares


O Juiz de Direito, Nilberto Cavalcanti de Souza Neto, divulgou uma sentença na tarde desta segunda feira dia 09 de janeiro de 2023, determinando que Jefferson atual prefeito interino da cidade de Ipanguaçu continue à frente do cargo do executivo Municipal até a realização das eleições suplementares no próximo dia 05 de março.

 

“Ante o exposto, com supedâneo nas razões fático-jurídicas elencadas, em juízo de cognição sumária, DEFIRO PARCIALMENTE a tutela provisória requerida, determinando, que sejam sustados os efeitos da sessão realizada em 01 de dezembro de 2023 às 00h30 naquilo tão somente que deu posse a DOEL SOARES DA COSTA como Prefeito Interino do município de Ipanguaçu/RN (id. 93417910), mantendo-se, assim, o promovente, JEFFERSON CHARLES DE ARAÚJO SANTOS, enquanto Prefeito Interino do município de Ipanguaçu, até que sobrevenha decisão judicial em sentido contrário por parte do TER ou até que se realizem as eleições suplementares já aprazadas para o dia 05 de março de 2023, o que ocorrer primeiro”.

Fonte: blog Alex Silva 

Kakay diz que alertou Ibaneis sobre “secretário bolsonarista”

Conhecido e experiente advogado criminalista, Kakay considera atos violentos como tentativa de golpe de Estado
Conhecido e experiente advogado criminalista, Kakay considera atos violentos como tentativa de golpe de Estado –
Ao acompanhar as cenas de vandalismos em Brasília pela televisão, o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, lembrou imediatamente da conversa que teve há uma semana com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (PMDB), afastado do cargo por três meses, ainda neste domingo, 8,  por determinação do Ministro Alexandre de Morais, do STF (Supremo Tribunal Federal).

“No domingo passado, antes da posse [de Lula], eu falei com Ibaneis, já tentando dizer a ele do risco que seria reconduzir esse golpista, bolsonarista, de extrema direita, Anderson Torres, ao cargo de secretário da Segurança, que ele não deveria fazer isso, porque seria uma afronta aos poderes constituídos. Infelizmente, o Ibaneis preferiu manter uma pseudo autoridade, em vez de conversar com o governo federal”, contou Kakay, em entrevista ao A TARDE, nesta segunda-feira, 9.

Notório por transitar com facilidade na capital federal e na mídia, e defender clientes famosos, entre políticos e celebridades, Kakay diz não ter dúvidas de que os atos de ontem foram uma tentativa de golpe de Estado e que, se estivesse no Brasil, Anderson Torres já estaria preso. “Deu proteção a eles [manifestantes], os levou para a porta do trem, para a porta do Congresso e para a porta do Planalto, num ato criminoso que precisa ser responsabilizado”. Torres está nos Estados Unidos e foi exonerado no mesmo dia.

Ainda neste domingo, diante do agravamento dos protestos violentos, o advogado conta que manteve contato com os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio. Ele sugeriu ao governo determinar intervenção federal em toda a administração do DF e não apenas na Segurança Pública, como decretada pelo presidente da República, para controlar a situação e coibir novas manifestações golpistas.

Em conversa reservada com ministros do STF, ontem, o advogado notou todos muito emocionados diante da violência dos atos. “Teve um ministro que diz que chorou quando entrou no plenário do Supremo. Todos reagiram de forma unanimemente favorável à estabilidade democrática. Acho que tem uma unidade forte aí contra esse golpismo”.

Além do governador Ibaneis Rocha e do ex-secretário de Justiça Anderson Torres, os atos violentos em Brasília trouxeram aos holofotes o Procurador-geral da República, o baiano Augusto Aras, criticado por se omitir em diversos episódios envolvendo crimes cometidos por apoiadores radicais de Bolsonaro e pelo próprio ex-presidente. Questionado pela reportagem sobre a postura de Aras neste caso, Kakay foi sintético. “Sem comentários”.

Fonte: blog a tarde